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Em reunião nesta quarta-feira (8), a Comissão de Meio Ambiente (CMA) elegeu a senadora Leila Barros (PDT-DF) como presidente para o biênio 2023-2024. O senador Fabiano Contarato (PT-ES) vai ocupar a vice-presidência da comissão. A eleição ocorreu por unanimidade, de forma simbólica e foi fruto de acordo entre as lideranças partidárias do Senado. O senador Confúcio Moura (MDB-RO) dirigiu os trabalhos e desejou boa sorte aos eleitos.

Leila prometeu dialogar com todos os membros e respeitar as opiniões divergentes. A senadora informou que já pediu o levantamento dos principais projetos que aguardam votação dentro da CMA e apontou que o tempo da pandemia do coronavírus terminou comprometendo o funcionamento da comissão. Leila disse ter a consciência de que sua responsabilidade é muito grande e agradeceu o apoio dos colegas.

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"Nosso compromisso é com o meio ambiente. Vamos debater o que o Brasil precisa para crescer de forma sustentável", declarou. 

Dia da Mulher 

Para Contarato, a eleição de Leila é simbólica, por ocorrer no Dia Internacional da Mulher. O senador disse que é preciso “caminhar de mãos dadas, mas também fazer os alertas devidos”. Na visão de Contarato, a responsabilidade ambiental é importante, principalmente, para as parcelas mais vulneráveis da população, como os moradores de periferia e os indígenas. O senador ainda fez questão de agradecer os servidores e funcionários da equipe técnica da comissão e disse que vai trabalhar com foco nos interesses da população brasileira. 

O senador Jaques Wagner (PT-BA), que ocupou a presidência da CMA no último biênio, se disse alegre pela confirmação dos nomes de Leila e Contarato na liderança da comissão. Ele também destacou o fato de uma senadora assumir a presidência da CMA no Dia Internacional da Mulher. Como líder do governo no Senado, Jaques Wagner disse que o governo do presidente Lula tem o meio ambiente como uma das pautas prioritárias.

O senador Jayme Campos (União-MT) se disse feliz com a eleição de Leila e apontou o meio ambiente como uma pauta mundial. Ele ainda pediu que a comissão não seja transformada em um palco político. Para o senador Marcos do Val (Podemos-ES), a senadora Leila vai dar protagonismo à CMA. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) disse que, nos últimos quatro anos, o Brasil registrou um grande retrocesso, inclusive na área ambiental. Na visão de Eliziane, esse cenário torna a CMA uma das comissões mais importantes do Senado.

"Conte conosco, como militantes da causa ambiental, neste novo desafio", afirmou a senadora.

Abstenção 

Apesar de a eleição ter sido simbólica e a votação ter sido anunciada como unânime, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) pediu para registrar em ata a abstenção dos senadores do bloco Vanguarda (PP, Republicanos, PL e Novo). A senadora manifestou a discordância do bloco sobre a forma como vem sendo conduzida a eleição para a presidência das comissões do Senado. Ela disse que o Senado também precisa de pacificação. Segundo Tereza, não foi observada a proporcionalidade na eleição das comissões, prejudicando os partidos que compõem o bloco Vanguarda. 

A CMA 

Composta por 17 senadores e o mesmo número de suplentes, a CMA trata de temas relacionados às florestas, aos recursos naturais e hídricos, à fauna e à flora. A comissão avalia também a Política Nacional do Meio Ambiente e atua ainda na fiscalização de alimentos e produtos que são usados na agricultura e na agropecuária. A CMA também promove audiências públicas para debater as matérias que estão em análise no Senado sobre o tema ambiental, ouvindo convidados e especialistas das mais diversas opiniões.

*Da Agência Senado

A senadora Leila Barros (DF) anunciou a saída do PSB e vai se filiar ao Cidadania. O comunicado foi feito pela parlamentar em nota divulgada pela assessoria de imprensa nesta quarta-feira, 4. "A nova legenda permitirá à senadora Leila desempenhar uma atividade mais eficaz e organizada no Senado Federal ao lado dos senadores Eliziane Gama e Alessandro Vieira", diz a nota.

O PSB e o Cidadania fazem oposição ao governo Jair Bolsonaro. Leila Barros é cotada como candidata ao governo do Distrito Federal em 2022.

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"Leila agradece a acolhida dada pelo PSB, tanto a nível nacional quanto distrital, e ressalta que mal-entendidos e possíveis mágoas diante da sua decisão não a impedirão de continuar ao lado dos colegas da legenda nas lutas comuns. Os interesses e as aspirações do povo brasileiro e dos brasilienses devem sempre vir em primeiro lugar", diz a nota.

Com a filiação, o Cidadania mantém um gabinete de liderança no Senado, com acesso a verbas e cargos, estrutura reservada a partidos com no mínimo três senadores. Em abril, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) saiu do Cidadania, deixando a legenda apenas com dois senadores.

"A parlamentar manterá sua coerência, independência e postura de intransigente defesa dos interesses dos brasilienses e do povo brasileiro por justiça social, direitos humanos e de luta pela democracia, pelas liberdades, pela soberania nacional, pela urgente superação da pandemia e de suas consequências", diz a nota da senadora.

Senadores lamentaram o incêndio que atingiu a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, na última quinta-feira (29). Parlamentares lembraram que o governo federal foi alertado em diversas ocasiões sobre o risco que corria o acervo da instituição e afirmaram que a tragédia é um exemplo do descaso com a cultura.

Filmes, material impresso e documentos foram consumidos pelo fogo. Segundo o Corpo dos Bombeiros, as chamas começaram após a manutenção de um ar-condicionado em uma sala da instituição. Não houve vítimas.

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“É muito triste ver parte do importantíssimo acervo da Cinemateca pegando fogo. Pior ainda é saber que o MPF-SP já havia alertado o governo federal, que é o responsável pelo órgão, para risco de incêndio. É inadmissível tamanho desprezo à nossa cultura”, lamentou José Serra (PSDB-SP).

Para a senadora Leila Barros (PSB-DF), era uma “tragédia anunciada”. Ela também reforçou que, em audiência no último dia 20, o Ministério Público Federal de São Paulo alertou o governo federal, responsável pela Cinemateca Brasileira, para o risco de incêndio. 

“A tragédia anunciada se concretizou. Parte da memória do cinema nacional brasileiro foi destruída em um incêndio na Cinemateca. Apesar do alerta feito pelo MPF sobre os riscos, nada foi feito. O que já não vinha bem em virtude de um governo que enxerga a cultura como um instrumento de manipulação ideológica, degringolou de vez com a pandemia e a crise econômica”, apontou.

Líder do PT, Paulo Rocha (PA) cobrou profunda investigação, mas apontou o governo Bolsonaro como responsável. 

“O legado do governo Bolsonaro para o Brasil na cultura é a completa falta de gestão e suas consequências graves. O incêndio da Cinemateca Brasileira, como se poderia imaginar, é um crime anunciado. Exigimos investigação total dessa perda irreparável”, afirmou. 

Assim como Paulo Rocha, outros senadores petistas avaliaram que o incêndio é resultado do descaso do governo federal com a cultura. “ Mais um crime contra a história e a cultura brasileira”, escreveu Jaques Wagner (PT-BA). “O governo comete mais um crime de prevaricação ao ignorar os alertas”, avaliou Rogério Carvalho (PT-SE). “Essa destruição não é um acidente. É uma política de governo”, apontou Humberto Costa (PT-PE).

Já o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) recordou outras tragédias recentes:

“Museu da Língua Portuguesa, Museu Nacional e, agora, a Cinemateca: o abandono criminoso do patrimônio cultural é uma política de governo e a memória do povo brasileiro lamentavelmente se consome, mais uma vez, em chamas. Até quando teremos essas tragédias?”, indagou. 

Izalci Lucas (PSDB-DF) cobrou maior cuidado com a cultura:

“ É a história de nossa gente, quem fomos e o que somos. Vamos continuar ajudando a cultura e nossa história”, afirmou. 

*Da Agência Senado

A pressão pelo adiamento do Enem, que tem crescido nos últimos dias com pedidos de universidades e atos de protesto organizados on-line, e com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) admitindo que o Exame Nacional do Ensino Médio pode atrasar, tem recebido apoio no Senado. 

Por meio das redes sociais, senadores como Weverton (PDT-MA), Simone Tebet (MDB-MS) e o ex-presidente Fernando Collor (Pros-AL) fizeram enquetes para perguntar a opinião da população sobre o adiamento da prova. “Mesmo com números expressivos de inscritos, divulgados pelo MEC, há uma forte corrente contrária à realização das provas, por conta da pandemia”, disse Collor, cuja pesquisa informal teve 2.193 respostas até esta sexta-feira (15), com 77,5% das pessoas contrárias ao cronograma do Enem. 

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A senadora Leila Barros (PSB-DF) apontou para desigualdades sociais entre estudantes brasileiros, que se assentuam durante a pandemia de Covid-19, devido ao fechamento das escolas e necessidade de implementação do ensino remoto. "O adiamento é necessário para que nenhum estudante seja prejudicado pela pandemia, principalmente os mais carentes", escreveu ela em seu Twitter. Uma posição semelhante foi defendida por Paulo Paim (PT-RS), para quem o adiamento do Enem seria uma medida justa. “Enormes prejuízos para pobres e negros que vivem nas periferias e não têm acesso à internet”, afirmou o senador.

Projetos

Há alguns projetos tramitando no Senado no que diz respeito ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ações para mitigar os impactos da Covid-19 sobre os estudantes que almejam ocupar vagas no ensino superior. 

O projeto de lei (PL 1.277/2020) da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) prevê a prorrogação automática de prazos para provas, exames e demais atividades para acesso às universidades quando for decretado estado de calamidade pelo Congresso ou as atividades de ensino do país estiverem comprometidas. Já os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Jader Barbalho (MDB-PA) apresentaram projetos de Decreto Legislativo (PDL 137/2020 e PDL 218/2020) com o objetivo de suspender os editais do Enem 2020, tornando-os inválidos.

*Com informações de Agência Senado

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A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) rejeitou, nesta quinta-feira (5), duas sugestões populares. Uma delas (SUG 27/2019) pretendia revogar a lei 12.612, de 2012, que declara o educador Paulo Freire como patrono da educação brasileira. A ideia legislativa foi apresentada pelo cidadão Steh Papaiano, de São Paulo (SP), por meio do portal e-Cidadania.

Como recebeu o apoio de mais de 20 mil pessoas, a proposta foi encaminhada à CDH. A justificativa de Steh é que o método criado por Paulo Freire é responsável pela má qualidade do sistema de ensino brasileiro, em razão de este educador ser “filósofo de esquerda e seu método de educação se basear na luta de classes e no sócio-construtivismo, que é a materialização do marxismo cultural”.

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A senadora Leila Barros (PSB-DF) apresentou relatório pela rejeição da ideia. De acordo com Leila, “ao contrário do que afirmam os autores da sugestão, o método Paulo Freire, em todas as avaliações internacionais, é reconhecido, admirado e respeitado”. Leila destaca em seu relatório que o intelectual brasileiro obteve o reconhecimento público pela sua “práxis educativa em inúmeras instituições estrangeiras”, recebendo o título de honoris causa de universidades como Universidade Aberta de Londres, Inglaterra, Universidade Católica de Louvain, Bélgica, Universidade de Michigan, Estados Unidos, Universidade de Genebra, Suíça, e New Hamphire College (atual Southern New Hampshire University), Estados Unidos, entre algumas das muitas instituições que reconheceram seu método.

Na visão de Leila, “Paulo Freire revelou ao mundo uma educação para além da sala de aula, da educação formal, capaz não só de ensinar conteúdos e comportamentos socialmente esperados e aceitos, mas também capaz de conscientizar a todos e a todas. Mais objetivamente, pensou nos jovens e adultos trabalhadores, homens do campo e da cidade para abrir-lhes a possibilidade de enfrentarem a opressão e as injustiças”.

Símbolos religiosos

Outra sugestão rejeitada pedia o fim dos símbolos religiosos nas repartições públicas (SUG 27/2017). Para Daniel Pereira, autor da sugestão, “o Estado brasileiro é laico, o que significa que a administração pública deve ser neutra com relação à religião. Portanto, os locais de acesso público a repartições públicas, como escolas, salas de audiência, câmaras legislativas, entre outros, não podem ostentar símbolos de qualquer grupo religioso”.

A sugestão conseguiu pouco mais de 20 mil apoios e foi analisada na comissão. O relator, senador Eduardo Girão (Podemos-CE), apresentou voto pela rejeição da ideia. Ele aponta que o princípio da separação entre igreja e Estado é um avanço civilizatório. Girão aponta, porém, que a laicidade “não é incompatível com a expressão pública do sentimento religioso, ainda que esta ocorra no âmbito de instituições do Estado”.

O senador ainda registra a religiosidade como parte essencial da formação do povo brasileiro, a presença de referência a Deus na Constituição, decisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a respeito do tema e o reconhecimento legal do casamento em cerimônia religiosa. Além disso, a decisão sobre o uso de símbolos religiosos em repartições estatais seria de competência de cada ente federado.

Para Girão, “a expressão pública de uma simbologia vinculada a uma determinada confissão religiosa, no contexto histórico concreto da sociedade brasileira deste início de século 21, não ofende o sentimento de outras pessoas que eventualmente professem outras religiões, ou que não façam parte de qualquer instituição dessa natureza, porque revelam o sentir de milhões de outros compatriotas, e o curso de nossa história”.

*Da Agência Senado

 

Duas das maiores desenvolvedoras de games do país, Riot Games e Ubisoft, formalizaram na última sexta-feira (12), uma carta aberta ao Senado brasileiro. As empresas, responsáveis por alguns dos mais importantes torneios nacionais envolvendo eSports, escreveram em apoio à decisão da senadora Leila Barros (PSB-DF) de dar continuidade ao debate acerca do PL 383/2017.

O Projeto de Lei  prevê a regulamentação dos esportes eletrônicos no Brasil e tem voltado ao debate, após ter sido aprovada por duas comissões do Senado. As empresas defendem a participação de todo o ecossistema gamer na criação de uma regulamentação, inclusive desenvolvedores, organizadores, jogadores profissionais, clubes e torcedores e não apenas de pessoas que não têm contato com o universo de jogos. 

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Apesar das duas desenvolvedoras estarem apoiando a decisão da senadora Leila Barros, de reacender o debate a cerca da regulamentação, a ex-jogadora de vôlei ficou conhecida por dizer que eSports não eram esportes de verdade. “Nós estamos falando sobre as questões éticas, morais dos jogos eletrônicos, mas quando se fala de esporte, tem que ser ouvida a comunidade esportiva porque existe uma preparação para ser atleta, para se entrar em quadra e representar um país, uma liga ou uma empresa. O alto rendimento é isso. É uma entrega", disse a senadora, que já se desculpou publicamente por ter desmerecido a categoria.  

Na carta enviada pela Riot Games e pela UbiSoft as empresas ressaltam a necessidade do debate chegar a diferentes esferas por se tratarem de ambientes distintos, em relação aos esportes tradicionais. 

É importante ressaltar que, diferente dos esportes tradicionais, os esportes eletrônicos possuem características particulares, como o direito garantido por lei sobre a propriedade intelectual das desenvolvedoras e publicadoras, que hoje são responsáveis pela atualização, manutenção e suporte de seus jogos. Essas empresas também investem no cenário esportivo eletrônico sob a forma de criação de infraestrutura e organização de torneios, transmissão de conteúdo, bem como fomento e apoio aos times e jogadores, suportando todo um ecossistema que gera milhares de empregos indiretos e movimenta a economia, tudo isso fazendo parte de uma esfera singular que não se assemelha à espera contemplada na normatização que hoje rege os esportes tradicionais”, diz o comunicado.

A Ubisoft e a Riot Games são responsáveis pelo cenário competitivo de Rainbow Six Siege e League of Legends, respectivamente.

A ex-atleta de vôlei e atual senadora pelo PSB-DF Leila Barros criticou a proposta do também senador Roberto Rocha (PSDB) para reconhecer os eSports, jogos eletrônicos, como esporte no Brasil. A crítica aconteceu na Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

O projeto de lei 383/2017 visa que seja oficializado o reconhecimento dos eSports como modalidade esportiva no Brasil. Leila, que se auto intitulou "legítima representante do esporte", foi dura ao comentar seu voto.

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"Esporte, vocês vão ver lá Cuba e Estados Unidos competindo dentro de uma quadra e cessando todo tipo de conflito. Desculpa, isso não é esporte, porque esporte tem uma preparação também. Tem que ouvir a comunidade esportiva também. O alto rendimento é isso, é uma entrega. Quem é do esporte abdica muito da sua vida, inclusive pessoal, para representar um país", afirmou Leila.

O debate que chegou a relacionar os jogos de tiros ao massacre de Suzano foi rebatido pelo autor do projeto. "O esporte eletrônico hoje é fonte de renda para milhares de atletas no mundo que tiveram suas carreiras encerradas precocemente. A gente também deveria mostrar as famílias reunidas em ginásios, enchendo e lotando estádios na China, no Japão, nos Estados Unidos e agora no Brasil, gerando fonte de renda, recursos para os municípios", salientou.

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O presidente Jair Bolsonaro sancionou na tarde desta segunda-feira (13) a lei que permite que autoridades policiais determinem a aplicação de medidas protetivas a mulheres vítimas de violência doméstica. O prazo para sanção ou veto presidencial terminava hoje. A relatora do Projeto de Lei no Senado, Leila Barros (PSB-DF), confirmou a assinatura do presidente, que transformou o projeto em lei, sem vetos.

“Hoje no finalzinho da tarde o presidente sancionou o PL 94, sobre as medidas protetivas [para as mulheres vítimas de agressão] nas primeiras 24 horas”, disse a senadora. “Sabemos que nos rincões desse país existem muitos municípios que não têm comarca e muitas mulheres são vítimas de violência e não têm medida protetiva naquelas primeiras 24 horas. Sabemos que [as primeiras 24 horas] são a diferença entre a vida e a morte de muitas delas”. Leila acompanhou, no Palácio do Planalto, a sanção do PL.

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O texto prevê que a autoridade policial poderá determinar a medida protetiva em cidades onde não haja um juiz para fazê-lo. Assim, o delegado ou até o próprio agente, na ausência do delegado, poderá determinar que o agressor saia de casa, mantendo distância da vítima até a análise do juiz. Segundo o texto, a autoridade policial deverá informar a decisão ao juiz da comarca mais próxima em até 24 horas.

Atualmente, a lei estabelece um prazo de 48 horas para que a polícia comunique o juiz sobre as agressões, para que, só então, ele decida sobre as medidas protetivas. A efetiva aplicação de medidas, no entanto, pode levar mais tempo para ocorrer, uma vez que a decisão só passa a valer após o agressor ser encontrado e intimado por um oficial de justiça.

A lei encontra resistência entre os magistrados. A categoria alega que o texto confere à polícia uma competência exclusiva do Judiciário. Já representantes da Polícia Civil entendem que a medida pode salvar a vida de muitas mulheres.

“É muito comum as vítimas fazerem a ocorrência e voltarem à delegacia enquanto ele ainda não foi intimado de uma decisão judicial. E ela volta dizendo 'ele está me mandando recado todos os dias, estou me sentindo muito ameaçada'”, disse a delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), Sandra Melo, em entrevista à Agência Brasil.

 

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