Tópicos | Pólo Sul

A Nasa anunciou nesta segunda-feira (20) que um robô capaz de procurar gelo pousará em 2023 em uma região do polo sul da Lua chamada cratera Nobile.

A agência espacial espera que o veículo confirme a presença de água congelada logo abaixo da superfície, que poderia um dia se tornar combustível para foguetes em missões com destino a Marte ou mais além no espaço.

"A Nobile é uma cratera próxima do polo sul e que nasceu da colisão com um corpo celeste menor", disse Lori Glaze, diretora da divisão de ciência planetária da Nasa. É uma das regiões mais frias do sistema solar, que só foi explorada à distância, por meio de sensores do Lunar Reconnaissance Orbiter da Nasa e do Satélite de Observação e Detecção de Crateras Lunares.

O robô se chama Viper e suas dimensões são semelhantes às de um carrinho de golfe, lembrando os androides de "Guerra nas Estrelas". Seu peso é de 430 kg.

Diferentemente dos robôs usados em Marte, o Viper pode ser pilotado praticamente em tempo real, uma vez que a distância entre a Terra e a Lua é muito menor do que em relação a Marte: cerca de 300.000 km, ou 1,3 segundos-luz. O robô também é mais rápido, atingindo uma velocidade máxima de 0,8 km/h.

O Viper é equipado com uma bateria de 50 horas recarregada com energia solar, e é capaz de resistir a temperaturas extremas. Sua equipe quer, antes de tudo, descobrir como a água congelada chegou à Lua, como foi preservada por bilhões de anos, e onde o líquido foi parar.

A missão faz parte do Artemis, projeto dos Estados Unidos para voltar a levar seres humanos à Lua. A primeira missão tripulada está prevista para 2024, mas o programa pode sofrer um atraso significativo.

Um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, aponta a existência de 91 vulcões na região conhecida como West Antarctic Rift System (Sistema Oeste da Fenda Antarctica, em tradução livre). A descoberta faz com que o local seja comparado à regiões densamente povoadas por vulcões da África Oriental e América do Norte, segundo os cientistas.

Como a região é totalmente coberta por gelo, os pesquisadores estão utilizando modelos digitais para estudar o impacto da atividade vulcânica no aquecimento global. É feito um escaneamento da área e, em seguida, as informações são cruzadas com imagens de satélite, para dar um panorama do que está acontecendo no local. Mesmo com indicativos de ser uma das mais densas regiões vulcânicas do mundo, não existem ainda evidências de atividades dos vulcões.

##RECOMENDA##

A descoberta não aponta indícios de impacto direto no derretimento da calota polar atualmente, mas a atividade sísmica detectada no local pode ajudar a soltar icebergs. Na Islândia, por exemplo, já se sabe que grande parte da responsabilidade do degelo de algumas regiões se dá por causa de erupções subterrâneas.

O príncipe Harry chegou nesta sexta-feira à Antártida, onde participará de uma caminhada humanitária ao Polo Sul, disputada por três equipes de soldados feridos britânicos, americanos e da Commonwealth (australianos e canadenses), anunciou o organizador do "trekking".

Harry chegou à base aérea de Novo Sul no continente branco, com um atraso de dois dias, devido aos ventos violentos da África do Sul.

##RECOMENDA##

Ele participará, junto com a equipe britânica, dessa corrida de 335 quilômetros que começa em 30 de novembro e vai durar 16 dias. As equipes esperam atingir o Polo Sul 18 dias depois.

Harry, de 29, piloto de helicóptero Apache que serviu no Afeganistão, ficará alguns dias com sua equipe para se ambientar à altitude e às baixíssimas temperaturas. Cada equipe contará com um mentor e um guia polar.

O príncipe dirige a associação Walking With The Wounded (ou "Caminhando com os feridos"), que arrecada fundos para a recuperação de soldados feridos e os ajuda a encontrar novos empregos civis.

Ele lançou a caminhada humanitária ao Polo Sul na última terça-feira, na Trafalgar Square, em Londres, elogiando a "magnífica coragem" de todos os participantes.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando