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Após uma semana marcada por polêmicas envolvendo o pagamento de dividendos e a alteração no estatuto social, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, cumpre agenda política, neste sábado, no Rio Grande do Norte, estado pelo qual foi senador. Prates anunciou, junto da governadora Fátima Bezerra (RN-PT), repasse de R$ 20 milhões para a Saúde e a agricultura familiar no Estado.

Prates era suplente da então senadora Fátima Bezerra e assumiu o mandato em 2019, quando ela iniciou seu mandato no governo do Rio Grande do Norte. Por sua vez, Prates deixou o cargo em janeiro deste ano para assumir a liderança da petroleira.

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Em postagem na rede social Instagram, o executivo disse: "Grande dia! Formalizando o repasse de recursos financeiros para a Saúde do nosso RN e a entrega de veículos e equipamentos para a agricultura familiar", contou. "Os recursos são provenientes de Emendas Parlamentares destinadas pelo nosso mandato no Senado", completou.

Em outra postagem, na mesma rede, Prates destacou: "Aproximadamente R$ 20 milhões que fortalecerão a Saúde e a Agricultura Familiar no RN".

A Petrobras convocou Assembleia Geral Extraordinária (AGE) sobre reforma no estatuto social da companhia para o próximo dia 30. A proposta de revisão do estatuto social foi anunciada no último dia 23 e causou desconfiança do mercado, razão pela qual os papéis da estatal chegaram a cair mais de 6%.

Segundo a estatal informou na ocasião, o objetivo da revisão do estatuto é criar uma reserva de remuneração do capital - o que poderia afetar o pagamento de dividendos - e alterar as regras para indicação de administradores da companhia.

Conforme a Petrobras, a revisão visa "explicitar a vedação de cobertura do seguro D&O Directors & Officers, na sigla em inglês para administradores da companhia nos casos de atos eivados de dolo ou culpa grave; excluir vedações para a indicação de administradores previstas na Lei nº 13.303/2016 consideradas inconstitucionais por meio de Tutela Provisória Incidental na Ação Direta de Inconstitucionalidade 7.331-DF, em curso perante o Supremo Tribunal Federal, bem como explicitar que, para a investidura em cargo de administração, a companhia somente considerará hipóteses de conflito de interesses formal nos casos expressamente previstos em lei".

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça-feira, 16, que não há nenhum tipo de intervenção do governo na estatal. A declaração foi dada ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após a empresa anunciar uma mudança na estratégia comercial para definição dos preços de combustíveis. A política anterior vinha sendo duramente criticada nos últimos meses pelo governo.

"Não há intervenção absolutamente nenhuma", disse Prates, em entrevista a jornalistas, ressaltando que a estratégia comercial da empresa é decisão de sua diretoria executiva. "Nós somos parte do governo brasileiro. Não há intervenção nesse sentido de dizer assim 'bote o preço assim'. Os instrumentos da Petrobras competitivos, de rentabilidade, de garantia da financiabilidade da companhia estão integralmente garantidos."

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Representantes do governo já haviam sinalizado a intenção de mudar o modelo adotado até então, a paridade com o mercado internacional - também conhecido como PPI. As críticas à política de preço da Petrobras geraram, nos primeiros meses do governo, um desgaste na relação entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e a empresa.

Ao comentar a mudança, Prates ressaltou que os preços das áreas de influência variam de região e também de clientes, que são as distribuidoras. Afirmou também que a empresa continuará tendo transparência total e que os componentes da composição de preços estarão disponíveis no site da empresa.

Prates afirmou que a mudança pode parecer ser uma volta ao passado, mas, na verdade, a empresa está colocando um filtro para amortecer os preços praticados no Brasil. "O que nós estamos garantindo aqui é menos volatilidade especulativa internacional. Vamos ter efeito da referência internacional? Vamos, mas estarão refratados numa série de possibilidades nacionais."

O presidente da estatal afirmou que ter boa parte dos custos em reais não pode se comparar com a paridade de preços de importação e que irão deixar o pior cenário para as moléculas que precisam ser importadas. "Seremos capazes de mitigar a volatilidade internacional", disse, afirmando que a Petrobras praticava preços dos concorrentes.

A Petrobras informou nesta sexta-feira (13) que recebeu, do Ministério de Minas e Energia, a confirmação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) como indicado para exercer a Presidência da estatal. O ofício foi recebido nessa quinta (12) pela empresa, segundo nota divulgada à imprensa.

De acordo com a Petrobras, o ofício informa que a indicação de Prates foi aprovada pela Casa Civil da Presidência da República.

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Agora, o nome do senador precisa ser aprovado pelo Conselho de Administração da empresa e referendado pela Assembleia Geral dos Acionistas.

Prates foi eleito como primeiro suplente de Fátima Bezerra, em 2014. Ele assumiu o cargo no Senado Federal, em janeiro de 2019, depois que a titular renunciou para assumir o governo do Rio Grande do Norte. Seu mandato como senador se encerra em 31 de janeiro deste ano.

A Presidência da Petrobras está sendo ocupada interinamente por João Henrique Rittershaussen desde 4 de janeiro deste ano, quando o então presidente, Caio Paes de Andrade, renunciou ao cargo.

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