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O candidato a governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defendeu, nesta quarta-feira (1°), a escolha de um pernambucano para comandar nacionalmente a legenda socialista. A afirmativa do postulante acontece um dia após o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), afirmar que nunca pleiteou a vaga. Até agosto a sigla era presidida pelo ex-governador Eduardo Campos, falecido após um acidente aéreo, desde então o comando do PSB está a cargo de Roberto Amaral. A eleição do novo presidente está agendada para o próximo dia 13.

"Defendo um Pernambucano sim. Como pernambucano é sempre bom ter um pernambucano, mas isso não é uma questão fundamental do discurso, pelo contrário, a gente quer o melhor do PSB e se não for um pernambucano, que seja uma pessoa que tenha condições de levar a frente o projeto", observou, ao conversar com jornalistas após um encontro com Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e Sindicato dos Cultivadores de Cana no Estado de Pernambuco (Sindicape). 

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Para o socialista, independente da direção geral do partido ser ocupada por um pernambucano, o estado terá voz ativa na legenda. "Pernambuco vai ter voz ativa no comando do partido como sempre teve até porque a gente tem a expectativa de em nossa eleição para o governo do estado, eleger uma grande bancada de deputados federais do PSB de Pernambuco, então com certeza vamos ter uma voz importante dentro do partido", pontuou Câmara. 

Reivindicações do setor canavieiro

Durante a reunião, Paulo Câmara recebeu uma série de reivindicações em defesa da manutenção do setor canavieiro. Além de ouvir as propostas, o postulante criticou a presidente Dilma Rousseff dizendo que "ela vai entregar o país pior do que pegou" e enalteceu as propostas de Marina, lembrando que são as mesmas do Eduardo. 

"Quando fui secretário Estadual da Fazenda, pude acompanhar de perto e discutir com a associação e os sindicatos as questões da atividade da cana-de-açúcar. A partir de 2015, vamos continuar juntos, encontrando caminhos para enfrentar as condições adversas que vocês enfrentam hoje, por conta da política perversa que o Governo Federal lhes impôs. Muito do que vocês estão sofrendo, se deve à falta de regras claras no Brasil, onde a cada momento a política para o setor muda. A presidente Dilma Rousseff se recusou a fazer esse debate", disparou. 

Entre as pautas do setor, os produtores pediram a imediata redução do ICMS para o etanol combustível, produzido em Pernambuco. Hoje o tributo é de 25%, onerando o preço final do produto para o consumidor nos postos de abastecimento. Câmara se comprometeu em analisar as demandas dos sindicatos. "Vou tratar dessa questão com responsabilidade, assimilando as boas ideias, construindo as condições necessárias para que a Zona da Mata Pernambucana possa atravessar estas dificuldades e se desenvolver, fazendo um setor sucroalcooleiro cada vez mais forte, gerando mais emprego e mais renda", disse. 

Apoio formal de ala do PT

Após o evento, Paulo Câmara recebeu o coordenador da corrente PT de Lutas e Massas (PTLM), Gilson Guimarães, que entregou um documento oficializando o apoio à candidatura dele. "Nós fizemos uma leitura e identificamos que o PSB sempre contribuiu bastante com o desenvolvimento do país. Isso não é dito só por mim", observou Guimarães.   

A dissidência do grupo petista causou um desconforto dentro da legenda que integra a principal chapa adversária com João Paulo (PT) na disputa pelo Senado. 

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