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No próximo dia 2 de outubro, milhões de brasileiros irão às urnas para escolher seus representantes em âmbito estadual e federal. Serão cinco votos: para deputado estadual/distrital, deputado federal, senador, governador e presidente da República. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) destaca que, embora a forma de votar seja a mesma, a forma de calcular o voto é distinta. Isso porque existem dois sistemas diferentes, o majoritário e o proporcional.

No sistema majoritário, a conta é simples: vence quem tem mais votos. Por meio desse sistema, serão eleitos governadores, senadores e o (a) presidente da República. Para os cargos de governador e presidente, o candidato só será eleito em primeiro turno, encerrando a disputa, se tiver mais votos do que a soma de todos os concorrentes (50% + 1 de votos válidos).

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Já no sistema proporcional, válido para os cargos de deputado federal, estadual e distrital, pode ser que uma pessoa que tenha mais votos não seja necessariamente eleita. Nesse sistema, o voto do eleitor vai para o partido, já que a proposta é que o partido tenha mais força do que o candidato em si. Aqui, o mandato é do partido.

E por que, então, cada candidato tem um número e pode receber votos individualmente? Isso acontece porque quem ocupa as vagas que o partido conquistou são exatamente os candidatos mais votados dentro daquele partido. Mas o número de vagas destinadas a cada candidato na Câmara dos Deputados e nas Casas Legislativas será definido pela quantidade de votos totais recebidos pelo partido. Ou seja, o número de vagas do partido será proporcional ao número de votos que ele recebeu.

Voto em legenda

O sistema proporcional permite ao eleitor votar apenas na legenda, sem destinar seu voto a nenhum candidato em específico. Nos cargos de deputado estadual/distrital e federal, ele pode votar dessa maneira digitando na urna apenas os dois primeiros números – referentes ao partido – e confirmando no botão verde. Assim, o voto será computado ao partido e incluído na conta que elegerá os candidatos mais votados daquele partido.

Está em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prevê que os partidos políticos reservem cotas mínimas para candidaturas de afro-brasileiros nas eleições para o Poder Legislativo, incluindo os pleitos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais.

Pelo texto, o número de candidaturas de autodeclarados negros será igual ou equivalente à proporção de pretos e pardos na população da unidade da Federação, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Além disso, o texto assegura recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (conhecido como Fundo Eleitoral), do Fundo Partidário e do tempo de propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV para as candidaturas de mulheres negras - conceito que inclui pretas e pardas.

“Existe ainda no Brasil uma sub-representatividade de pessoas negras em poderes eleitos, o que não condiz com a realidade brasileira, em que mais de 50% da população se autodeclara negra”, destaca a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), autora da proposta, assinada também por outros 33 deputados do PT.

Dos 513 deputados federais eleitos em 2018, 104 se reconhecem como pardos (20,27%) e 21 se declaram pretos (4,09%), totalizando 24,36% de deputados negros.

Candidaturas femininas

O projeto insere na Lei Eleitoral a garantia de reserva para as candidaturas femininas de pelo menos 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha alocado a cada partido e de pelo menos 30% do tempo de propagada eleitoral gratuita no rádio e na TV. Hoje essa reserva é garantida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2018, mas não consta na legislação.

O texto prevê, adicionalmente, que esses recursos e o tempo de propaganda eleitoral serão distribuídos na proporção de 50% para candidaturas de mulheres brancas e 50% para mulheres pretas e pardas.

Além disso, altera a Lei dos Partidos para também estabelecer a reserva para as candidaturas femininas de 30% de recursos da parcela do Fundo Partidário destinada às campanhas políticas, sendo 50% também garantido para mulheres pretas e pardas.

TSE

Está em análise atualmente no TSE consulta apresentada pela deputada Benedita da Silva sobre a possibilidade de instituição de cota para candidatos negros nas eleições; e de reserva de recursos do Fundo Eleitoral e do tempo de propaganda eleitoral para candidaturas negras.

O relator do caso e presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou a cota de candidaturas negras, argumentando que a iniciativa depende de lei a ser aprovada pelo Congresso, mas se mostrou favorável à divisão da "fatia feminina" do Fundo Eleitoral e do tempo de rádio e TV entre candidatas negras e brancas na exata proporção das candidaturas apresentadas por cada partido. O mesmo critério deverá ser adotado para homens negros e brancos, caso o voto seja acatado pelo TSE.

O ministro Alexandre Moraes pediu vista da matéria, e por isso a votação da consulta ainda não foi finalizada pelo tribunal.

*Da Agência Câmara de Notícias

A primeira medida da nova Executiva Estadual do PSDB foi à criação de um Conselho Político para deliberar as articulações sobre a composição das chapas proporcionais da legenda para deputados federais e estaduais. O grupo, definido nesta segunda-feira (17), é composto pelo presidente e deputado federal Bruno Araújo, o vice-presidente e deputado estadual Daniel Coelho, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes e o líder do PSDB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Antônio Moraes.

“O conselho estadual é algo estatutário, mais amplo e formal. Já o nacional é composto pelos governadores do partido e o ex-presidente da legenda José Serra. Aqui optamos para tratar de um assunto determinado, ele está autorizado especificamente para discutir a nossa chapa proporcional”, explicou Bruno. A legenda, que já firmou parceria para a majoritária com o PSB, pretende ampliar o quadro de parlamentares tanto na Alepe quanto na Câmara Federal.

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De acordo com Bruno, “o projeto do PSDB é fazer um número maior que nas eleições de 2010”, fazendo um esforço “para melhorar os quadros”. “Vamos fazer, a partir de agora, uma radiografia mais clara desta situação do PSDB, da configuração da nossa chapa de deputados federais e da confirmação que nós já temos de uma candidatura de Claudiano Martins”, disse. Comentando ainda a espera pela decisão do deputado estadual Betinho Gomes, sobre a postulação federal. “E veremos também na chapa estadual quais são as candidaturas que se confirmam, para que possamos fazer uma gestão inteligente desta luta partidária por região e dentro das necessidades que cada um precisa no sentido de contar com o apoio do partido”, completou. 

Visando a construção de uma “chapinha” no âmbito estadual, o PSDB tem conversado com outros partidos, como o DEM, PPS e PMN. Segundo Daniel Coelho, as articulações não abrangem a proporcional para deputado federal, que deve permanecer ao lado do PSB.

“Tem conversas sim. Elas estão iniciando, mas na questão de deputado estadual. Para federal o sentimento é de participar da coligação, continuando no chapão. Já estadual, há um sentimento de parte  do partido que ainda não é uma definição, mas pelo menos de fazer uma análise das possibilidades de coligação com outros partidos para uma chapinha”, adiantou.

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