Tópicos | Protógenes Queiroz

A juíza federal substituta Andréia Moruzzi, da 1ª Vara Federal Criminal, mandou prender o ex-delegado Protógenes Queiroz. A decisão foi disponibilizada na Justiça Federal nesta sexta-feira (31).

Protógenes, delegado que em 2008 deflagrou a polêmica Operação Satiagraha que levou à prisão o banqueiro Daniel Dantas - mais tarde inocentado pelos tribunais superiores -, foi condenado em 2010 pelo juiz federal Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo a uma pena de três anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de violação de sigilo funcional e fraude processual - delitos que Protógenes nunca admitiu ter cometido.

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O ex-deputado e ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que reside atualmente na Suíça, entrou no Supremo Tribunal Federal com uma ação de revisão criminal e pedido de indenização.

No pedido à Corte máxima, por meio de seu advogado, Protógenes se compara a Sérgio Moro e atribui ao juiz da Lava Jato 'vazamentos intencionais' de dados da grande operação.

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Ele sustenta que, assim como o magistrado que mandou para a cadeia empreiteiros, doleiros, políticos e ex-dirigentes da Petrobrás, sempre agiu 'no interesse público e dos brasileiros'.

Protógenes alega ter havido 'erro judicial' no processo em que foi condenado a uma pena de dois anos e oito meses de prisão por quebra de sigilo funcional no âmbito da Satiagraha - investigação deflagrada em 2008 sobre o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, arquivada por ordem do Superior Tribunal de Justiça.

A pena imposta a Protógenes foi convertida em restritiva de direitos, prestação de serviços e trabalhos comunitários. A Justiça impôs a ele, também, perda do cargo de delegado federal e dos direitos políticos por oito anos.

Representado pelo advogado criminalista e constitucionalista Adib Abdouni, o ex-delegado pede ao Supremo que anule a ação penal que o condenou.

"Fato é que a conduta reprovável apontada pode, perfeitamente, ser atribuída tanto a Protógenes, que perdeu o cargo de Delegado de Polícia Federal por ter, em tese, violado sigilo funcional, como ao juiz Sérgio Moro, condutor no Judiciário da Operação Lava Jato", sustenta o advogado.

O defensor do ex-delegado da PF diz que em 22 de setembro de 2016 a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4ª Região manteve por 13 votos a 1 a decisão de arquivamento da representação contra Moro - o juiz teria dado publicidade a grampos da Polícia Federal que pegaram conversas dos ex-presidentes Lula e Dilma, em março de 2016.

"Um dos fundamentos mais fortes no voto do relator da ação (no TRF4) é a tese do interesse público, de que o juiz (Moro) vazou as conversas referidas em nome do interesse público, interesse do povo, para fazer cessar a obstrução da justiça, que pretendia o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva."

"Neste sentido, é mais que sabido que o ínclito magistrado Sérgio Moro se utilizou dos vazamentos intencionalmente, a nosso ver para garantir a investigação criminal, do mesmo modo que Protógenes, e que fique claro que somente o que se pretende com a presente revisão é o mesmo tratamento, pois ambos agiram para o interesse público, interesse da nação, interesse do povo brasileiro", assinala a defesa do ex-delegado da PF.

"A situação política do País hoje é idêntica à época da Satiagraha", insiste a defesa. "A corrupção deflagrada na Operação Lava Jato já vem de muito tempo, muitos de seus protagonistas já faziam parte da Satiagraha, ou já estavam ligados a todo este cenário político que estourou agora, tais como banqueiros, políticos, empresários."

Protógenes quer receber, a título de indenização, 'todos os direitos, prerrogativas e vantagens pecuniárias cessados no ato de demissão'. Na prática, ele pede o reenquadramento imediato à classe de Delegado Especial da PF e o recebimento de todas as remunerações vencidas e a vencerem.

"Não se pode admitir que, pela natureza do suposto delito cometido pelo autor (Protógenes), qual seja, violação de sigilo funcional, este sofra pena tão gravosa como perda do cargo, pagamento de multa e prestação de serviços comunitários, tudo porque estava combatendo a corrupção e agindo pelo País", sustenta Abdouni.

Segundo o advogado, Protógenes 'não ganhou nada com sua conduta, muito pelo contrário só perdeu, o que deixa claro que agiu estritamente pelo País e pelo que julga correto, sempre em busca da verdade real'.

"A decisão que o condenou causa tamanha descrença, desesperança em relação ao sistema judiciário, chega até dar a impressão que os investigados na Operação Satiagraha tiveram melhor sorte que ele", argumenta a defesa.

"Ainda que tenha havido violação de sigilo funcional, (Protógenes) jamais o fez com o intuito de cometer qualquer crime e lesar a Administração. Nunca. Muito pelo contrário, seu intuito era cumprir o seu mister de defender o País da corrupção e dos crimes organizados."

No pedido de revisão, a defesa sustenta. "A situação (do ex-delegado federal) é tão grave, que em função de não fazer mais parte da Polícia Federal, virou motivo de chacota por seus desafetos que foram encarcerados em outras operações coordenadas por ele. Além disso, passou a ser perseguido e ameaçado numa espécie de revanche destes. Não se pode esquecer que a Satiagraha não foi a única operação coordenada por Protógenes, foi ele que coordenou a operação que prendeu Hildebrando Pascoal, o caso da 'motoserra' no Acre, que é ex-deputado federal, Operação do caso Corinthians/MSI, Operação da 'máfia do apito', operação que prendeu o empresário chinês por contrabando Law King Chong, dentre outras, que foram muito bem sucedidas, lucrativas e estritamente ao interesse público."

A Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região revogou a prisão do ex-delegado da Polícia Federal e ex-deputado Protógenes Queiroz. A decisão, unânime, foi tomada nesta segunda-feira, 8, pelos desembargadores federais que julgaram o habeas corpus impetrado pelo advogado Adib Abdouni, defensor do ex-delegado.

Protógenes deverá ser intimado na Suíça, onde reside, por meio de carta rogatória, a participar da audiência que irá determinar em qual instituição filantrópica daquele país ele terá de prestar serviços.

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Em 2010 Protógenes foi condenado pela Justiça Federal em São Paulo a 2 anos e 6 meses de reclusão - pena essa que foi transformada em restritiva de direitos - pelo vazamento de informações na Operação Satiagraha.

Em maio último a juíza Andrea Silva Sarney Costa Moruzzi, da 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo, emitiu mandado de prisão e pediu a inclusão do ex-delegado na lista vermelha da Interpol - índex dos mais procurados em todo o mundo.

De acordo com o criminalista Adib Abdouni, a decisão da juíza Andrea Moruzzi foi "prematura, porque ela teria de esgotar todos os meios legais para localizar o ex-delegado, mas não o fez".

"Ela (juíza) já tinha conhecimento de que meu cliente se encontrava na Suíça e, portanto, decretou a prisão desnecessariamente, sem antes tomar os cuidados necessários."

O ex-deputado e ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz pede asilo político na Suíça, alegando que sua vida "corre risco" por conta de seu trabalho como delegado investigando a corrupção. Seu dossiê foi aceito nesta quarta, 6, pelas autoridades que passarão avaliar o processo.

Numa longa entrevista concedida ao jornal Sept, da Suíça, ele conta que se exilou já em outubro, ao viajar para o país para uma conferência em Genebra. "Eu me sinto em casa aqui", disse.

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Segundo o delegado, se ele voltar será "executado". "Minha vida está em jogo", disse. "Eu detenho muitos segredos", insistiu. "A Justiça do meu país decidiu retirar a proteção que eu tinha quando era policial. Decidi buscar a segurança aqui na Suíça ", explicou.

Em outubro de 2015, o governo demitiu Protógenes da PF por transgressões disciplinares. Ele foi alvo de uma ação criminal na Justiça Federal em São Paulo e acabou condenado a dois anos e seis meses de prisão por quebra de sigilo funcional ao promover o vazamento de dados do inquérito da Operação Satiagraha, que terminou anulada.

Apresentando-se como alguém que lutou contra a corrupção desde 1999, ele é qualificado pelo jornal suíço como "uma espécie de Eliot Ness contemporâneo" e "incorruptível". Protógenes admite que precisaria se apresentar à Justiça diante de uma condenação que sofreu por abuso de poder. Mas ele alerta que "tem medo".

Eliot Ness foi um famoso agente federal americano que aniquilou Al Capone, o poderoso contrabandista de bebidas que desafiou a lei seca implantada a ferro e fogo na Chicago dos anos 1930. Ele virou herói no filme Os Intocáveis, no papel do ator Kevin Costner. O jornal francês Le Monde, já havia comparado o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, ao agente.

Protógenes também afirma ter colaborado com a Operação Lava Jato. "Minha participação foi muito discreta", explicou, contando que isso ocorreu por conta de suas atividades de investigação anteriores. O ex-deputado acusa o "entorno da presidente Dilma Rousseff " ainda de tê-lo afastado da investigação, no início de 2015.

Para ele, a Lava Jato corre o risco "de terminar como as anteriores, com a demissão de policiais e talvez assassinatos."

Na entrevista, ele garante que investigou Lula e Dilma e que sua enquete "já apontava para o Panamá". Ele diz ainda ter escapado de quatro atentados e uma de suas filhas foi sequestrada.

Satiagraha

A Satiagraha foi deflagrada na manhã de 8 de julho de 2008 e sacudiu o País. Sob comando de Protógenes a PF prendeu o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, no Rio, além do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (1997/2000) por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Outro alvo da missão espetacular foi o investidor Naji Nahas.

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a conduta do delegado e concluiu que ele fez uso de grampos ilegais e mobilizou um grande efetivo de arapongas da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) - que trabalham para a Presidência da República e não para a PF.

A Satiagraha acabou anulada em 2011 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Os ministros da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmaram a condenação do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) a uma pena de 2 anos e 6 meses de reclusão por violação de sigilo funcional qualificado. O delito foi praticado na época da Operação Satiagraha, quando Protógenes atuava como delegado da Polícia Federal.

A pena poderá ser substituída por prestação de serviços à comunidade. O STF concluiu que Protógenes deve perder o cargo público de delegado da Polícia Federal. Atualmente, ele está licenciado. No julgamento, os ministros decidiram absolver o parlamentar da acusação de crime de fraude processual.

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O deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) quer que a Câmara dos Deputados investigue as atividades do Instituto Royal, de São Roque (SP), que utiliza cães da raça Beagle em testes de medicamentos. O objetivo, segundo o parlamentar, é obter esclarecimentos dos responsáveis pelo instituto e dos órgãos do governo que avalizam seu funcionamento. O instituto presta serviços à indústria farmacêutica testando o efeito de medicamentos novos em animais - além de cães são usados ratos, coelhos e camundongos - e é credenciado pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea).

Segundo sua assessoria, Protógenes vai entrar nesta segunda-feira (21) com requerimento para a criação de uma subcomissão na comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado visando à investigação do instituto. O pedido deve ser apreciado até quarta-feira (23). Neste domingo (20), a segurança foi reforçada na entrada do instituto, em São Roque. Um pequeno número de ativistas se revezava no local. Uma viatura da Polícia Militar protegia a entrada.

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De acordo com o tenente Fabrício Afonso de Souza, o policiamento visava a atender uma liminar de interdito proibitório dada pela Justiça para impedir nova invasão do local. A medida foi pedida depois que ativistas invadiram o prédio, na madrugada de sexta-feira (18) e levaram os 178 cães que estavam no canil. As instalações foram depredadas.

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