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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou no início da tarde desta quarta-feira, 18, que pretende levar na próxima semana a plenário os recursos ao processo do mensalão. Barroso foi sorteado ontem como novo relator do tema, depois da renúncia do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, à relatoria desses casos.

Barroso disse que se não for possível julgar os recursos em plenário, decidirá de forma monocrática, ou seja, sozinho. O STF tem apenas mais uma sessão plenária antes do recesso de julho. Cabe ao presidente do Supremo incluir o processo em pauta. Se Barbosa não quiser incluir o tema na pauta dessa última sessão, Barroso terá de decidir sozinho os recursos pendentes.

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Depois os analisados os recursos, Barroso disse que deixará a cargo da Vara de Execuções Penais de Brasília a análise dos próximos recursos e da situação dos presos. Os dois temas principais a serem julgados, nesse pacote, são o pedido de prisão domiciliar do ex-presidente do PT José Genoino e a possibilidade de os mensaleiros que, condenados em regime semiaberto, trabalharem durante o dia e voltarem à noite para a prisão, sem que ainda tenham cumprido um sexto da pena. Nessa última situação está, por exemplo, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

A Ação Penal (AP) 470 e todas as execuções penais a ela relacionadas foram redistribuídas, por sorteio, ao ministro Luís Roberto Barroso. A redistribuição foi determinada pelo vice-presidente do tribunal, ministro Ricardo Lewandowski, durante o expediente desta terça-feira (17). A redistribuição decorre da decisão do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), de se afastar da relatoria de todas as execuções penais relacionadas ao processo.

O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), indicou na manhã desta segunda-feira (7) o senador Romero Jucá (PMDB-RR) para ser o relator das questões de ordem que tratam sobre abrangência da CPI da Petrobras. Inicialmente, o nome escolhido foi o do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que rejeitou a "missão". Jucá deve assumir o posto ainda hoje, véspera da discussão do assunto na CCJ, prevista para ocorrer amanhã à tarde.

"Acabei de designar o senador Romero Jucá para relatar a questão de ordem delegada pelo presidente Renan Calheiros (presidente do Senado). Como critério, busquei nomes de senadores que não assinaram os pedidos de Comissão Parlamentar de Inquérito", afirmou Vital do Rêgo ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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Segundo o presidente da CCJ, Dornelles recusou a relatoria sob a alegação de que estaria totalmente envolvido nas discussões da Medida Provisória 627, conhecida como a MP das Coligadas. Dornelles é tio do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), um dos articuladores do pedido de criação de uma CPI exclusiva da Petrobras.

Em razão da mudança de relator, o presidente da CCJ disse que não descarta um possível adiamento da discussão da questão de ordem na comissão. "Pode votar amanhã mesmo, mas pedidos de vista podem ser feitos, que podem durar horas ou dias. Já que temos um prazo de dois dias, não sei se vai ser cumprido porque o relator de sexta-feira não aceitou a missão e o relator de segunda-feira só vai ter agora 24 horas para apresentar o seu parecer", afirmou Vital.

Segundo ele, a questão sobre a abrangência da CPI também vai depender de um entendimento dos líderes partidários aguardarem, ou não, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ampliação dos temas da CPI. Junto com o pedido de investigação da estatal, proposto por integrantes da oposição, líderes da base aliada tentam endossar na CPI casos referentes ao PSDB, de Aécio Neves, e ao PSB, de Eduardo Campos. Integrantes da oposição alegam que, se a CPI da Petrobras for endossada por outros temas, vão recorrer ao Supremo.

"Se os líderes decidirem não votar nada na CCJ e aguardar o STF, isso será uma decisão política. Na prática, não tem nada que impeça o STF julgar um processo legislativo e o Congresso continuar a tocá-lo", afirmou Vital do Rêgo.

Questionado sobre o entendimento que teria a respeito da questão de ordem, o presidente da CCJ afirmou: "Não existe nenhum julgado por parte do STF que aponte falha no processo legislativo em questão, ou seja, em tese pode anexar outro temas. Mas se os membros da CCJ apresentarem considerações sólidas, essa minha avaliação pode mudar", ressaltou.

O senador não escondeu, porém, que o processo eleitoral, que deverá se intensificar em junho com as convenções partidárias, pode atrapalhar as investigações da CPI. "A eleição é um fator perturbador de qualquer processo de investigação. Influencia quando tem problemas de datas para realizar as sessões. Influencia quando tem contaminação eleitoral do processo. Mas o Senado não deve ficar refém de processo eleitoral. Tem que cumprir com as suas tarefas e deveres. Mas não se pode esconder que a eleição perturba o processo."

O deputado federal Sérgio Brito (PSD-BA) será o novo relator do processo por quebra de decoro parlamentar que corre contra Carlos Lereia (PSDB-GO) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. A informação é do presidente do Conselho, Ricardo Izar (PSD-SP).

O deputado baiano vai substituir Mauro Lopes (PMDB-MG) que, no final da semana passada, abriu mão da relatoria, alegando excesso de trabalho e "impossibilidade de dedicação adequada" ao processo. Dessa forma, a leitura do parecer do caso Lereia deve acontecer somente na quarta-feira da próxima semana, 11 de setembro.

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O prazo regimental de 90 dias para a análise do processo já expirou e, portanto, o Conselho de Ética está com a pauta trancada e não pode apreciar nenhum outro caso até concluir o do tucano.

O deputado federal Carlos Lereia é acusado de envolvimento com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O primeiro relator do caso no Conselho, Ronaldo Benedet (PMDB-SC), chegou a pedir a cassação do mandato de Lereia, em 21 de agosto. O voto do peemedebista, no entanto, foi rejeitado por 12 votos a três, além de uma abstenção.

Em seu voto, Benedet disse que fica "evidente a participação do parlamentar na intermediação dos interesses buscados por Carlinhos Cachoeira". De acordo com o ex-relator, Carlos Lereia beneficiou-se do esquema de Carlinhos Cachoeira e trabalhou para que o contraventor alcançasse seus objetivos.

Como o parecer de Benedet foi derrubado, Lereia não mais poderá perder o mandato. O Conselho de Ética poderá absolvê-lo ou propor punições alternativas, que podem ir de uma advertência à suspensão temporária do mandato.

A exposição das empresas X, do empresário Eike Batista, no mercado financeiro está concentrada em cinco bancos brasileiros, de acordo com relatório do Bank of America Merril Lynch, enviado a clientes.

Os estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal estão entre as principais com R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente.

Em seguida estão os privados Bradesco, Itaú Unibanco e BTG Pactual. Juntos, conforme cálculos dos analistas Alessandro Arlant, Anne Milne e Roy Yackulic, esses bancos somam exposição de mais de R$ 9,4 bilhões às empresas do grupo X.

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Eles destacam, no relatório, que os números estão baseados nos balanços do primeiro trimestre deste ano e são apenas uma visão parcial da exposição global das empresas X aos bancos brasileiros.

“As informações e a divulgação das mesmas são pobres e, por isso, é tão difícil avaliar o tamanho da exposição dos bancos em relação às empresas X uma vez que ele pode estar subestimado”, avaliam os analistas.

Eles lembram que o fato de o grupo EBX, holding que concentra os negócios de Eike Batista, não ter capital aberto e, por isso, não divulgar informações sobre suas dívidas totais, dificulta uma análise mais apurada sobre o risco X para os bancos.

Além disso há, conforme atentam Arlant, Anne e Yackulic, títulos de dívidas, como debêntures, por exemplo, que não são contabilizadas na linha de empréstimos dos balanços das instituições bancárias e garantias concedidas.

Os analistas destacam ainda que Bradesco (R$ 1,252 bilhão) e Itaú Unibanco (R$ 1,235 bilhão) têm uma exposição semelhante ao grupo X, representando 1,3% e 1,4% do seu capital, respectivamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Humberto Costa (PT-PE) vai relatar o projeto de lei que propõe mudanças no mercado de cartões de crédito na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. De autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), a proposta indica que o comerciante poderá dar descontos em relação ao preço base para diferentes meios de pagamento ou para prazos de pagamento menores.

O projeto de lei também estabelece que, se a administradora de cartões oferecer programa de recompensa aos usuários, deverá colocar à disposição deles a opção alternativa de concessão de desconto, em porcentual sobre o valor efetivamente pago da fatura, incidente sobre a fatura seguinte à do pagamento. Apresentado pelo senador tucano nesta semana, o projeto precisa ser discutido e aprovado na CAE. Depois, seguirá para o plenário da Casa e, posteriormente, para a Câmara dos Deputados.

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A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara criou e distribuiu a relação de relatorias dos 51 casos de mortos e desaparecidos durante a ditadura militar. Os nomes foram organizados segundo envolvimento que tinham com partidos políticos, o ano em que o fato ocorreu, as vítimas e os temas relacionados.

Os trabalhos são alvo de análise dos nove membros que compõem a Comissão Estadual. Para contextualizar cada caso foram criadas também oito relatorias temáticas dividas em algumas áreas estratégicas. 

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Serão analisadas ocorrências no campo, no meio acadêmico e cultural, religiões, sindicatos, órgãos da justiça e da repressão, financiamento da repressão/IBAD, meios de comunicação e cassação dos mandatos parlamentares.

Veja a lista em anexo:

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