Tópicos | Rodrigo Paiva

Neste domingo, durante o comovente velório de Zagallo no Rio de Janeiro, que ocorre na sede da Confederação Brasileira de Futebol, um episódio preocupante envolvendo o diretor de comunicações da entidade, Rodrigo Paiva, chamou a atenção.

Durante as homenagens ao icônico técnico da seleção brasileira e único tetracampeão mundial, Rodrigo Paiva passou mal e teve um episódio de pressão baixa, chegando a desmaiar. A situação causou apreensão entre os presentes, que prontamente acionaram os serviços de saúde do local.

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Profissionais de saúde agiram rapidamente, prestando os primeiros socorros ao diretor da CBF. Ele foi resgatado e recebeu atendimento fora das dependências do prédio. Felizmente, Rodrigo Paiva está bem e atualmente se encontra em bom estado de saúde. Ele teve apenas um desmaio, mas foi amparado e atendido por um médico na ambulância do lado de fora da CBF.

Segundo a reportagem do Estadão no local, o motivo do desmaio foi queda de pressão e hipoglicemia. Paiva já acordou e conversa normalmente dizendo que tá tudo bem. Deve, inclusive, voltar à ativa ainda hoje.

Zagallo morreu na noite da última sexta-feira, em razão de falência múltipla de órgãos. O lendário jogador e técnico estava internado desde 26 de dezembro na Barra da Tijuca. Rodrigo Paiva conviveu mais de uma década com Zagallo e escreveu ao Estadão uma análise sobre o Velho Lobo.

A disputa pela prefeitura de Belo Horizonte poderá caminhar para um confronto que coloca em lados opostos líderes que emergiram do discurso contra a "velha política" nas duas últimas eleições. O atual prefeito, Alexandre Kalil (PSD), tentará a reeleição e deverá ter como um dos principais adversários o engenheiro Rodrigo Paiva (Novo), estreante numa disputa e nome do governador Romeu Zema (Novo) - que surpreendeu ao vencer a eleição de 2018.

O confronto seria uma prévia do que pode ocorrer em 2022, quando Zema deverá buscar a reeleição tendo Kalil como seu adversário. As candidaturas de Kalil e de Paiva, no entanto, ainda não foram oficializadas. Dos 14 postulantes à prefeitura de BH, apenas três já foram anunciados como candidatos: Áurea Carolina (PSOL), Rodrigo Paiva (Novo) e Marcelo Souza e Silva (Patriotas).

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Ex-presidente do Atlético Mineiro, Kalil foi eleito em sua primeira candidatura pelo nanico PHS com o discurso de rejeição à "velha política". Em 2018, no entanto, seu partido não atingiu a cláusula de barreira e entrou em processo de fusão com o Podemos. Em junho de 2019, o prefeito então migrou para o PSD - uma das siglas que compõem o Centrão no Congresso Nacional -, após negociações com participação direta do presidente da legenda, o ex-ministro Gilberto Kassab.

Assim como Zema em 2018 (e Kalil em 2016), Rodrigo Paiva deverá se apresentar como um "outsider" na política em sua primeira campanha eleitoral. Engenheiro civil, de 56 anos, Paiva era presidente da Companhia de Tecnologia da Informação e Processamento de Dados de Minas Gerais (Prodemge) na gestão Zema e deixou o posto no início de junho para se candidatar.

O secretário-geral do governo, Mateus Simões, garante a presença do governador na campanha de Paiva, inclusive com participação em programas eleitorais de rádio e TV e para a internet do candidato. Uma prévia ocorreu no dia 18, quando Zema participou de uma live do candidato. Simões afirma, no entanto, que o foco do partido é a eleição deste ano. "(A disputa de) 2022 não é o centro de nossa preocupação", disse.

O governador enfrenta, no entanto, um cenário nada favorável para quem pensa em ser cabo eleitoral. O Estado passa por grave crise fiscal, agravada por gastos exigidos pela pandemia do novo coronavírus, e segue pagando de forma escalonada o salário da maior parte do funcionalismo - que começou atrasar ainda na gestão anterior, de Fernando Pimentel (PT). Para 2021, a previsão é de que o déficit fiscal atinja R$ 17,2 bilhões.

Outro ponto é a tramitação da reforma previdenciária do Estado na Assembleia Legislativa, que causa descontentamento no funcionalismo às vésperas da eleição. O diretor político do Sindicato dos Servidores Públicos de Minas Gerais (Sindipúblicos), Geraldo Henrique da Conceição, afirmou que as mudanças aumentam a contribuição de servidores. "Achamos que o comportamento do governador deveria ser em outro sentido, no de evitar a sonegação e privilégios a empresas."

Minas tem cerca de 600 mil servidores. Do total, cerca de 500 mil são do Executivo, dos quais 30% estão na capital, conforme as contas do diretor do Sindipúblicos. Entre os servidores com pagamentos escalonados de salários estão cerca de 320 mil profissionais da educação, segundo Conceição.

Paiva avalia que os problemas enfrentados pelo Estado não prejudicam sua candidatura à prefeitura. "Já apresentamos à Assembleia Legislativa a solução, que é a reforma da previdência. Temos pessoas no Estado que se aposentam aos 48 anos", disse. Para ele, Zema já tem a marca de que faz gestão séria. Ele concorreu ao Senado nas eleições de 2018 e teve 1,3 milhão de votos, dos quais 190 mil na capital.

Desafios

O próximo prefeito ou prefeita de Belo Horizonte, cidade com 2,5 milhões de habitantes, terá pela frente grandes desafios principalmente nas áreas de habitação, transporte e drenagem urbana, aponta a coordenadora do grupo de estudos vinculado ao instituto Observatório das Metrópoles, Jupira Mendonça. Professora do curso de pós-graduação em arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, ) Jupira diz que a capital mineira tem mais pessoas vivendo em ocupações do que em moradias sociais oferecidas pelo poder público.

Outro desafio é preparar a cidade, construída sobre duas bacias, para que as chuvas não causem mais estragos. No início deste ano, temporais na cidade levaram o problema, antes restrito às periferias, para a região Central, com o estouro da canalização de cursos d'água tamponados. "A impermeabilização cresceu e agora os rios estão retomando seus espaços", alerta.

O ex-diretor de comunicação da CBF Rodrigo Paiva disse nesta quinta-feira que ainda está "tentando entender" a operação do FBI que prendeu cartolas do futebol mundial, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Paiva, que trabalhou em parte da gestão de Marin e por anos na de Ricardo Teixeira, lembrou que a ação partiu da Justiça americana, e não da brasileira - e deu a entender que a Polícia Federal (PF) também deve fazer sua investigação.

"Estou ainda tentando entender, porque é uma coisa que veio de fora. Não é no Brasil, é no mundo todo. Essa é uma investigação da Justiça americana, a Justiça brasileira não entrou ainda", considerou ele, por telefone, à reportagem. "A coisa mais estranha é que veio de fora. A gente vê essa investigação toda da Polícia Federal no caso da Petrobrás, um trabalho sensacional, mas ainda não há algo no futebol."

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Paiva disse que, se for chamado para ajudar nas investigações, irá com prazer porque é "um cidadão brasileiro", mas afirmou que não terá nada de relevante a dizer. "Quando o Marin e o Marco Polo chegaram (à presidência) eles me afastaram da parte política e me deixaram só com o futebol. Eu me afastei da gestão e dei graças a Deus."

Ele destacou que, por ter sido afastado da comunicação institucional por Marin e Del Nero, nunca presenciou nada de anormal - o que não quer dizer que não tenha acontecido. "Isso se percebe, mas você não sabe", sustentou. "Me afastaram (da gestão) mesmo. Quem assumiu foi um outro cara, lá de Brasília. Um lobista. Marcelo Netto, se não me engano."

Marcelo Netto foi assessor do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci. Ele foi exonerado junto com Palocci no escândalo da quebra do sigilo bancário do ex-caseiro Francenildo dos Santos Costa, no primeiro mandato do presidente Lula. À época, Netto foi acusado de vazar os dados à imprensa.

Discreto, Netto acompanha Del Nero em entrevistas e, desde que o dirigente assumiu a presidência, é o responsável pela comunicação na CBF. Mas, informalmente, já ocupava o cargo ainda à época em que Rodrigo Paiva era diretor de comunicação. "Já recebia o dele", diz Paiva.

SEM MÁGOA - Rodrigo Paiva trabalhou na CBF por 12 anos. Ele foi demitido do cargo após a Copa do Mundo do ano passado, mas garantiu que não ficou chateado por isso. "Eu tinha programado fazer a última Copa aqui no Brasil e dar um tempo. Eu vinha de quatro Copas, trabalho com o Ronaldo, com o Romário, e eu trabalhei num período muito vitorioso", lembrou.

"Eu saí, mas não saí chateado. Foi difícil (o período na CBF), teve momentos de muita pressão, eu ficava muito solitário. Quando chegou o Felipão e o Parreira eles me ajudaram muito. Tenho certeza que o Felipão me segurou lá. Ele não diria isso, porque não é uma coisa que ele costuma fazer, mas tenho certeza disso", contou. "Eu quero deixar publicamente meu agradecimento ao Felipão. Vou levar para o resto da vida."

Atualmente, Rodrigo Paiva diz estar "descanso e estudando muito". Ele está iniciando um projeto voltado à cultura e futebol e não pretende mais trabalhar diretamente em clubes.

O ex-diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, que por 13 anos trabalhou diretamente com a seleção brasileira, admitiu que durante esse período uma de suas principais missões foi tentar evitar turbulências que atingissem a equipe. "Tive que encobrir muita coisa por muito tempo. É parte do meu trabalho", disse em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN, que foi ao ar na noite desta terça-feira.

Demitido pouco depois da Copa do Mundo de 2014, Rodrigo procurou medir bem as palavras durante a entrevista, numa de suas primeiras aparições públicas depois de deixar o cargo. Não criticou ninguém diretamente. Disse que sua saída da CBF era uma "conclusão de ciclo" e não guardava mágoa nem ressentimentos de ninguém com quem conviveu nestes 13 anos, mas reconheceu ter visto muita coisa errada - "em relação ao comportamento das pessoas", enfatizou - e que conviveu com várias pessoas que tentaram derrubá-lo.

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Rodrigo Paiva disse que seu período mais difícil na seleção foi com Dunga como treinador, mas no qual também aprendeu muito. "Eu tinha resistências. Mas não guardo mágoa. Ele é talentoso e um dos meus ídolos como jogador".

O ex-diretor garantiu que trabalhar com Luiz Felipe Scolari foi prazeroso, apesar da dificuldade representada por uma Copa do Mundo no Brasil, referindo-se a do ano passado. Disse não ter sido consultado sobre o encontro que o treinador teve com alguns jornalistas após a partida das oitavas de final com o Chile e que, se fosse chamado a opinar, alertaria que iria dar "m...". "Mas aquilo foi uma coisa pura, do coração dele. Ele quis reviver o que fez em 2002 (na Copa da Coreia e do Japão), quando se sentou com 100 jornalistas e conversou com eles.''

Paiva também comentou o episódio do intervalo jogo com o Chile, quando se envolveu na confusão entre chilenos e adversários no caminho para o vestiário, foi acusado de agredir o atacante Pinilla e acabou suspenso pela Fifa. "Coitadinho do Pinilla... Tem 2,10 metros de altura... Eu errei, mas meu maior erro foi ter revidado e quando eu fiz o movimento com o braço o quarto árbitro estava chegando e viu. Meu erro foi revidar."

Apesar de dizer várias vezes que não guardava mágoa de ninguém com quem trabalhou nos 13 anos em que ficou na CBF, Rodrigo deixou transparecer ressentimento pela críticas recebidas dentro e fora da entidade por causa daquela confusão. "Eu passei a vida consertando, reduzindo e subdimensionando os erros das pessoas", afirmou, tom de desabafo.

Em sua carreira, Rodrigo também foi assessor do Flamengo e dos dois maiores craques do futebol brasileiro nas últimas décadas, Romário e Ronaldo. Sobre o Baixinho, disse que "deu trabalho, mas foi divertido". Em relação ao Fenômeno, considera ter ajudado a mudar a imagem distorcida e deturpada que muitos faziam dele, sobretudo no Brasil.

Ele já não estava mais trabalhando com Ronaldo quando o ex-jogador envolveu num escândalo com travestis, em 2008, mas disse que se tivesse sido chamado a atuar, o episódio não teria consequências. "É mole. Eu ia lá, tirava ele de lá e depois resolvia. Ele confiava em mim", garantiu. "Eu sempre resolvi. Tudo. Quase tudo."

A CBF iniciou uma reformulação após o fracasso na Copa do Mundo de 2014. Depois de não renovar com o técnico Felipão e o coordenador Carlos Alberto Parreira, mais seis deixam a entidade. Entre eles, estão o diretor de comunicação, Rodrigo Paiva, e o médico José Luiz Runco. Completam a lista Thiago Larghi (analista de desempenho), Paulo Paixão (preparador físico), Carlos Pracidelli (preparador de goleiros) e Flávio Murtosa (auxiliar).

Rodrigo Paiva estava há 12 anos na CBF e sempre foi considerado um homem de confiança de Ricardo Teixeira. Mesmo após a saída do ex-presidente, se manteve no cargo e seguiu com força na CBF. Porém, envolveu-se em uma polêmica na Copa do Mundo, na partida contra o Chile, após ser acusado de agredir o atacante Mauricio Pinilla. E foi suspenso por quatro partidas pela Fifa.

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Já José Luis Runco foi o médico da Seleção nas últimas quatro Copas do Mundo – de 2002 a 2014. Apesar do anúncio oficial da CBF, ele ainda não havia sido comunicado da decisão.

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