Tópicos | roer unhas

O hábito de roer as unhas sempre se mostrou presente em situações de ansiedade e estresse. Porém, na pandemia do coronavírus (Covid-19), a prática tornou-se ainda mais recorrente e pode trazer sérios prejuízos para a saúde.

As unhas acumulam diversos microorganismos, como bactérias, fungos e vírus, que são ingeridos pelo indivíduo durante a ação de roer, o que pode causar doenças infecciosas gastrointestinais. "Além disso, muitas pessoas roem a pele envolta das unhas, propiciando a entrada de germes na dobra ungueal e favorecendo a infecção e inflamação ao redor das unhas, processo esse chamado de paroniquia", explica a dermatologista Fabiana Seidl.

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Algumas práticas podem ajudar a evitar o vício. As mulheres podem optar por esmaltes com gosto ruim, que ajudam a não roer. Outra dica é sempre manter as unhas cortadas e lixadas. "Se mesmo assim o hábito persistir, sugiro procurar ajuda profissional de um psicólogo para tentar identificar qual é o real motivo que está levando a pessoa a manter esse hábito, que na maior parte dos casos tem um fundo ansioso", orienta a dermatologista.

Durante a quarentena, é aconselhável deixar as unhas sem esmalte ou base e higienizá-las com frequência. "Existem hidratantes específicos para mãos e para as unhas no mercado, mas podemos usar óleo de amêndoas, que cumpre muito bem a função de hidratar mãos e unhas", indica Fabiana.

Pessoas que utilizam muitos produtos de limpeza, lavam muita louça e roem as unhas, devem ficar mais atentas. "Sugiro sempre usar luvas grossas de borracha, isso evita que as unhas fiquem úmidas e propiciem infecção por fungos, além de proteger contra a ação química dos produtos. Não existe tratamento de unhas frágeis sem o uso correto de luvas", conclui a dermatologista.

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