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Além da angústia da guerra, as mulheres em Gaza sofrem o estresse adicional da menstruação, obrigadas a utilizar fraldas ou pedaços de pano e enfrentam condições humilhantes e infecções.

O território palestino sofre uma escassez de alimentos, água e produtos sanitários, com o deslocamento de 80% de seus 2,4 milhões de habitantes pelo conflito entre Israel e Hamas.

"Corto roupas dos meus filhos ou qualquer pedaço de pano que encontro e uso como absorvente", explica Hala Ataya, de 25 anos, na cidade de Rafah(sul), para onde muitos fugiram.

"Tomam banho a cada duas semanas", acrescenta.

Forçada a deixar sua casa no campo de refugiados em Jabaliya, no norte de Gaza, se instalou em uma escola administrada pela ONU onde compartilha banheiro e chuveiro com centenas de pessoas.

O banheiro cheira mal e está cheio de moscas.

As ruas de Rafah, cidade na fronteira com o Egito, estão virando lixões a céu aberto.

- "Voltamos à Idade da Pedra" -

A cidade se transformou em um imenso campo de refugiados com a chegada de grande parte da população, impedida de sair do território.

"Voltamos à Idade da Pedra. Não há segurança, alimentos e água, não há higiene. Me sinto envergonhada e humilhada", assegura Samar Shalhoub, de 18 anos, deslocada da Cidade de Gaza.

A guerra foi desencadeada após o ataque sem precedentes de 7 de outubro por combatentes de Hamas, que mataram cerca de 1.200 pessoas em Israel, em sua maioria civis, segundo autoridades israelenses.

A resposta do Exército israelense já matou cerca de 18.200 palestinos, em sua maioria civis, segundo os últimos números do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza.

Sem acesso a produtos de higiene, Shalhoub utiliza retalhos em seus períodos menstruais, o que tem causado "irritação e infecções de pele".

Os pedidos por anticoncepcionais quadruplicaram por mulheres que buscam controlar seus períodos, afirma Marie-Aure Perreaut Revial, de Médicos Sem Fronteiras (MSF).

- "Absolutamente nada" -

A organização ActionAid adverte que há pouca água para lavar e que alguns abrigos têm apenas um chuveiro para cada 700 pessoas e um sanitário para cada 150.

"Não há absolutamente nada: privacidade, sabonetes, produtos menstruais", alerta a ONG.

Para Ahlam Abu Barika, em seu terceiro mês deslocado, a higiene pessoal é uma "batalha diária".

"As mulheres usam fraldas ou panos para embrulhar bebês. Não há água suficiente", lamenta Abu Barika.

Está comendo e bebendo menos para ceder aos seus cinco filhos e reduzir as idas ao banheiro.

"Perdi 15 quilos", afirma.

A ONG Action Against Hunger afirma que muitas mulheres usam roupas sujas de sangue menstrual e utilizam "produtos para o período por mais tempo do que o previsto, o que aumenta o risco de infecção".

Em uma sala de aula onde os deslocados dormem, Umm Saif disse que suas cinco filhas usam fraldas durante seus períodos.

Os preços das fraldas descartáveis quase duplicaram desde o início da guerra, assim, cortam cada uma em duas partes, mas uma filha ainda precisa de retalhos.

Para a mais nova, a mãe substitui a fralda por um pedaço de pano.

"Começou a chorar, mas não posso fazer nada", explica, impotente. "Comprei uma pomada na farmácia para tratar as infecções após a menstruação".

Janguiê Diniz - Fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

Normalmente, as pessoas gastam muita energia tentando evitar o caos e as incertezas do dia a dia, como se fosse possível fugir dos problemas e das dificuldades encontradas pelo caminho. Tenta-se evitar a todo custo qualquer tipo de conflito ou situações que tragam alguma carga emocional mais pesada, o que naturalmente causará mais estresse. Mas será essa uma boa estratégia? O mais sábio, na verdade, é abandonar o desejo de eliminar os contratempos e encarar de frente o estresse de cada embate da vida.

Quando falamos em estresse, imediatamente nos vem à mente uma situação ruim, prejudicial, que só nos desgasta. Mas é preciso considerar que situações estressantes podem ser boas para nos tirar da zona de conforto e nos permitir experimentar coisas novas. Por isso é importante ver o lado positivo do estresse. De acordo com a psicóloga Kelly McGonigal, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o que prejudica a saúde dos indivíduos é a crença de que o estresse faz mal. Ou seja, ele só causa mal se a pessoa acredita nisso. No livro “The upside of stress” (algo como “O lado positivo do estresse”), McGonigal demonstra que é possível utilizar momentos de estresse para benefício próprio e que trabalhos e desafios significativos, ainda que tenham certa carga de estresse, costumam ser mais gratificantes e benéficos do que nos acomodarmos com algo mais tranquilo apenas para evitarmos momentos estressores.

Ora, por mais assustador que seja, abandonar a zona de conforto é imprescindível para se desenvolver a antifragilidade. Para se tornar um antifrágil, é preciso se preparar, predispor-se para o aleatório, para o imprevisível, para enfrentar o caos. E, é lógico, não há como fazer isso permanecendo o tempo todo dentro da nossa zona de conforto, lidando apenas com o que é familiar.

O que é primordial é buscar um equilíbrio para ter o estresse na medida certa. Sem dúvida, o estresse de longa duração pode causar muitos males e precisa ser evitado, mas episódios curtos de estresse desafiam e convidam a melhorar a vida, tornando-nos mais fortes e melhor preparados para encarar os desafios da jornada. Esse seria o estresse positivo de que precisamos lançar mão a fim de nos prepararmos para enfrentar os desafios.

Algumas atitudes simples são excelentes maneiras de injetar estresse positivo na vida: andar rápido, tomar banhos frios, fazer uma corrida de obstáculos desafiadora, levantar pesos um pouco acima do que você está habituado, correr em vez de andar, dar um passo a mais quando você sente que já chegou ao limite de suas forças, ousar um pouco mais nos negócios, mesmo sabendo que existem riscos extras. Cabe a cada um saber utilizar esses pequenos momentos de estímulo extra de forma benéfica.

A verdade é que tanto corpo quanto mente têm a antifragilidade embutida como parte importante da nossa estrutura de vida, mas ela normalmente está dormente e exige estresse para ser ativada. Para se tornar um antifrágil mais intenso e atuante, busque intencionalmente o estresse positivo em sua vida.

Pelo menos 71% dos professores brasileiros estão estressados pela sobrecarga de trabalho, mostrou um levantamento feito pelo instituto de pesquisa Ipec, encomendado por entidades como Todos Pela Educação, Itaú Social, Instituto Península e Profissão Docente. O levantamento foi realizado com 6.775 professores de escolas públicas (municipais e estaduais) de todo o país, entre julho e dezembro de 2022.

“Outro aspecto que nos chamou atenção é uma opinião [dos professores] de que a gestão educacional deveria priorizar, nos próximos dois anos, o apoio psicológico a estudantes e docentes”, afirma a pesquisadora Esmeralda Macana, especialista em desenvolvimento e soluções do Itaú Social.

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O apoio psicológico está no topo das preocupações dos professores, entre dez medidas relacionadas pela pesquisa. Essa necessidade é lembrada por 18% dos pesquisados e fica à frente de aumento no salário dos profissionais (17%).

Chamar atenção

Esmeralda Macana avalia que o cenário é muito complicado nesse período de pós-pandemia. “Estamos nesse desafio de dar conta de recuperar essa aprendizagem e poder engajar os estudantes em todo o processo”.

 A pesquisadora em desenvolvimento humano explica que os professores também sinalizaram que um dos problemas que enfrentam é o desinteresse dos estudantes pela escola. Esse problema foi apontado por 31% dos professores consultados. Para 28%, outra questão é a defasagem na aprendizagem dos alunos.

Segundo a pesquisadora, esse cenário deve permanecer por um tempo em função do impacto das crises sanitária e social. “Isso gera necessidade de inovar as estratégias pedagógicas para acelerar o processo de aprendizagem”. 

Uma questão é que estudantes voltaram para o ensino presencial com dificuldades de alfabetização, e também em temas da língua portuguesa e matemática.

Risco de desânimo

Nesse contexto, as dificuldades com os conteúdos acabam desanimando os estudantes ao não conseguir acompanhar as aulas. “Eles [os alunos] também se sentem sobrecarregados e estressados, assim como os professores, tentando inovar, priorizar o currículo e buscar outras formas de motivação e de engajamento”, diz Esmeralda Macana.

A especialista defende que a gestão educacional precisa considerar a necessidade de fortalecer a formação continuada dos professores. “Parte da [ideia e sentimento de] desvalorização se dá pelo docente se sentir sozinho lidando com desafios muito grandes e complexos”.

A pesquisadora observa que, de acordo com pesquisas, as famílias de estudantes da rede pública valorizam ainda mais o trabalho do professor depois da pandemia. “As famílias também perceberam quão difícil e desafiador é o trabalho dos professores”. Mesmo com as dificuldades, os pesquisados entendem que a profissão é gratificante. “Nove em cada dez docentes escolheriam ser professores novamente”.

Segundo o levantamento, 84% dos professores concordam que cursos presenciais formam profissionais mais bem preparados para o início da profissão.

Quando as plantas são submetidas a algum tipo de estresse, elas emitem sons em uma frequência que os humanos não conseguem ouvir, mas são semelhantes ao estouro de plástico bolha. Ele pode ser detectado a mais de um metro de distância e seu volume é semelhante ao de uma conversa normal. Um estudo da Universidade de Tel Aviv publicado na revista Cell estudou esses sons em plantas de tomate e tabaco "estressadas", seja devido à falta de água ou porque um caule foi cortado.

A frequência desses sons é muito alta para nossos ouvidos captarem, mas existem animais e plantas que "podem ouvi-los, então há uma chance de haver muita interação acústica acontecendo", disse o coordenador do estudo Lilach Hadany, da Universidade de Tel Aviv, em Israel.

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Embora vibrações ultrassônicas já tenham sido registradas em plantas, esta é a primeira evidência de que elas são transmitidas pelo ar, fato que as torna mais relevantes para outros organismos do ambiente, explica a publicação.

As plantas interagem com insetos e outros animais, muitos dos quais usam o som para se comunicar, "então seria altamente inadequado para as plantas não usar som algum", disse Hadany.

A equipe agora está estudando as respostas de outros organismos, tanto animais quanto vegetais, a esses sons, e a capacidade de identificar e interpretar sons em ambientes naturais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O final do ano chegou e com ele fazemos a tão conhecida retrospectiva sobre o que foi realizado e o que faremos no ano que se aproxima. O que fiz e aprendi em 2022? Quais os meus objetivos e planos para 2023?

É nesta época que começamos a refletir sobre isso, o que certamente provoca inúmeros sentimentos e atitudes, ansiedade, estresse, expectativa…. Especialmente neste momento em que vivemos, de tantas incertezas, de crise económica, política e ideológica. Este é o momento de preparar-nos para realidades inesperadas e ameaçadoras. Tempo de (re)estruturação e organização dos nossos projetos, muitas vezes “engavetados”.

Ao planejar, não crie altas expectativas, pois isso poderá lhe causar um elevado nível de estresse. Quando esperamos algo e isto é frustrado, o resultado é muita tensão e preocupação. Aprenda, então, a gerenciar as suas expectativas e a controlar toda ansiedade que decorre durante a implementação dos seus planos, desta forma conseguirá reduzir suas frustrações e desilusões, quando estes não forem concretizados ou forem realizados de forma diferente daquilo que idealizou.

Um novo ano se aproxima, e se deseja que 2023 seja com menos estresse e com mais confiança, ao pensar em suas metas futuras, leve em consideração estas três rápidas sugestões:

1 - Analise o Contexto – Ao fazer os seus planos para 2023, considere não apenas os seus interesses e decisões, mas leve em conta o que as pessoas ao seu redor pensam e as experiências daqueles que já passaram pelo mesmo contexto. Assim poderá gerenciar melhor as suas expectativas e transformá-las em situações mais concretas.

2 - Defina o seu Plano de Ação – Após analisar os prós e contras da sua decisão e planos, estabeleça as ações pensando nas condições favoráveis e adversas. Seu objectivo é assegurar ao máximo a capacidade de implementação do seu plano, mesmo em tempo de incertezas.

3 - Estabeleça Prazos e Execute – Ao definir as ações, estabeleça prazos realistas para cada ação e coloque em prática. A organização de um cronograma facilita, mas não adiantará nada se não cumprir com os prazos definidos para realização e conclusão de cada tarefa. No seu plano de ação, faça opção por períodos de curto prazo (meses), como já dito e visto, na atual conjuntura, não podemos fazer planos de longa duração (1 ano).

Importa sempre lembrar que, independentemente da retrospectiva que estamos a fazer agora e dos sentimentos que ela pode trazer ao pensar no futuro, este é momento ideal para juntos construirmos um Ano Novo de muita confiança. E se nos seus planos pretende mudar para Portugal, conte com a gente!

Ao que parece, apesar da vida glamorosa, Anitta está passando por maus bocados. De acordo com o colunista Gabriel Perline, a cantora voltou ao Brasil, após a temporada nos Estados Unidos, para cuidar da saúde mental. Isso porque, ela estaria sofrendo episódios de estresse por conta da agenda apertada de trabalho e o término do namoro com Murda Beatz.

Ainda segundo o jornalista, a artista chegou até a ser internada, mas, agora, segue bem e descansando em sua mansão no Rio de Janeiro. A assessoria de Anitta negou para a coluna que ela tenha sido isolada no hospital.

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Vale lembrar que a intérprete de Girl From Rio andou sumida das redes sociais e apareceu com curativos no vídeo de agradecimento pelos troféus do Prêmio Multishow.

Trânsito, trabalho, faculdade, filas, relacionamentos. Motivos para o estresse são muitos. E os sintomas também podem se manifestar de muitas maneiras. Uma delas é o tremor no olho. Segundo o médico oftalmologista e professor do curso de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) Dr. Pedro Durães Serracarbassa, o tremor no olho é principalmente causado pelo estresse.

"O estresse pode causar tremor nos olhos e, inclusive, tem sido a principal causa deste sintoma. Importante reforçar que problemas como a síndrome do olho seco, doenças neuromusculares e paralisia facial também podem gerar tremor nas pálpebras", diz o especialista.

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O oftalmologista conta que, em caso mais leves ,o principal tratamento é realizar atividades que diminuam o nível de estresse. "O tratamento recomendado para os casos mais leves é a realização de atividades que diminuam o nível de estresse. Mas, caso o tremor leve a uma situação de contração da pálpebra, chamada de blefaroespasmo, o tratamento poderá ser realizado com injeção de toxina botulínica e, em casos mais graves, com uso de ansiolíticos", destaca.

Acordar entre três e quatro da manhã pode indicar estresse e má qualidade no sono. De acordo com o pesquisador Greg Murray, diretor do Centro de Saúde Mental da Swinburne University of Technology, na Austrália, esse é o pior horário para se acordar durante a madrugada, apesar de ser um hábito comum e ser também um momento do sono em que o ser humano está mais autoconsciente. O fenômeno é chamado de “lacuna da realidade”.

O especialista aponta, ainda, que acordar nesse horário é um fenômeno coletivo e está ligado às preocupações de cada indivíduo. Cerca de uma em cada três pessoas relata insônia às três da madrugada, e o hábito se tornou mais comum com a chegada da pandemia.

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De acordo com especialistas em sono, essas ruminações iniciais estão relacionadas ao estresse – embora não diretamente. Estar estressado não nos faz acordar mais à noite, explicou Murray, mas nos torna mais conscientes de que isso está acontecendo.

“Como terapeuta cognitivo, às vezes eu brinco que a única coisa boa de acordar às 3 da manhã é que isso nos dá um exemplo vívido de catastrofização. Acordar e se preocupar às 3 da manhã é muito compreensível e muito humano”, escreveu ele em seu artigo de 2021 para The Conversation. “Mas, na minha opinião, não é um grande hábito para se adquirir'', acrescentou.

O estresse não é o único fator para a insônia entre as três e quatro da manhã. Horários erráticos; doomscrolling (ato de gastar uma quantidade excessiva de tempo de tela dedicado à absorção de notícias negativas); e mesmo a falta de ar fresco pode atrapalhar a higiene do sono o suficiente para nos acordar durante a noite.

“Na verdade, acordamos muitas vezes todas as noites, e o sono leve é ​​mais comum na segunda metade da noite. Quando o sono está indo bem para nós, simplesmente não temos consciência desses despertares. Mas adicione um pouco de estresse e há uma boa chance de que a vigília se torne um estado totalmente autoconsciente”, continuou Murray.

Exercitar uma rotina, para que o cérebro entenda o horário regular do sono, é fundamental. Exposição à luz durante o dia, atividades sociais e acordar todos os dias no mesmo horário são hábitos que auxiliam nesta definição, de acordo com especialistas.

Um estudo científico realizado pelo Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) afirma que brinquedos que promovem experiências sensoriais para crianças, como o pop-it, quebra cabeça e massinha de modelar, podem ser capazes de melhorar o comportamento infantil em relação à ansiedade.

Vale lembrar que os brinquedos deste gênero, como o pop-it, podem ser considerados como uma alternativa às telas, seja de smartphone, tablet, computador ou televisão. Segundo a Associação Brasileira de Neurologia, é importante lembrar que, caso uma criança desenvolva sintomas de ansiedade, os brinquedos não devem ser a única opção de entretenimento infantil. 

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Outros estudos fora do Brasil também foram realizados a respeito, já que a Universidade da Califórnia em Santa Cruz (UCSC) idealizou o artigo científico intitulado “The Conversation”, que informa sobre os benefícios do brinquedo em momentos de estresse, não apenas para crianças, mas também para adultos. Além disso, o pop-it está na categoria de brinquedos “fidget toys”, que ajudam no foco e na concentração.

Os pop-it’s ganharam fama após a repercussão de um vídeo no Tik Tok, que mostra um macaco usando o brinquedo. Logo após isso, os pot-it’s passaram a ser um dos objetivos mais comprados para crianças, seja por suas cores estimulantes ou por trazer a repetição do movimento manual. Vale lembrar que existem várias versões dos pop-it’s, com diferentes cores e formatos. Confira o vídeo do macaco: https://www.youtube.com/watch?v=bADBQ_ixFus&ab_channel=erikdali

O hábito de ranger e apertar os dentes de maneira excessiva, denominado pelos dentistas como bruxismo, se potencializou  durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). De acordo com o levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de bruxismo afetam 40% da população.

Um estudo encomendado pelos programas de pós-graduação dos cursos de Odontologia e Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), indicou que a condição de ranger os dentes durante o sono saltou de 8% para 28%. Já os casos que ocorrem enquanto a vítima está acordada foi de 6% para 12%.

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A pandemia trouxe à tona muito estresse, uma vez que as pessoas passaram a temer por suas saúdes e condições financeiras. Esse constante estado de preocupação causou impactos físicos e mentais, entre eles, o bruxismo. “Essa é uma desordem de movimento relacionada ao sistema nervoso central, com causa desconhecida. Mas sabe-se que é extremamente ligada ao estresse”, explica o cirurgião dentista especialista em odontologia estética pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto e diretor da Clínica Boutique em Fortaleza (CE), Anderson Marques.

De acordo com Marques, o bruxismo se divide em duas categorias: A primeira é o cêntrico, também conhecido como apertamento dental, que afeta a musculatura do rosto e causa fadiga muscular, dores de cabeça e até mesmo assimetrias faciais. O segundo é denominado como  excêntrico, caracterizado pelo ranger dos dentes. “Este pode causar desgastes dentários e até mesmo fraturas dos dentes. Consequências estas, que podem ser irreversíveis. Por isso a importância de tratar de forma precoce já nos primeiros sintomas”, alerta o dentista.

Uma das formas de manifestações do bruxismo ocorre durante o sono. “Com isso o paciente não tem controle sobre esses movimentos deletérios. Quando é diurno, o paciente pode se pegar no ato de apertar ou ranger os dentes, e quando percebe pode se policiar e tentar não fazer os movimentos”, detalha Marques.

O principal destaque que esse distúrbio pode trazer é o desgaste dentário, mas a cirurgiã dentista especialista em reabilitação oral pela USP de Bauru Ticiana Campos, também destaca que alguns pacientes reclamam de dores musculares agudas e desconfortos na região da face. “Em casos mais severos, comprometimentos articulares podem aparecer e o paciente passa a ter uma DTM, que é o Distúrbio da Articulação Temporomandibular. Ou seja, essas dores podem passar da musculatura para esta articulação e estalidos ao abrir a boca também podem surgir”, ressalta.

Embora não exista cura para o bruxismo, Ticiana explica que alguns tratamentos podem ser feitos, entre eles, a utilização de uma placa rígida em resina acrílica durante o sono, que protege os dentes do paciente um dos outros. Para dores musculares, a dentista indica a aplicação de toxina botulínica (Botox), que auxilia no relaxamento dos músculos e diminui as dores. “Quando o nível de estresse do paciente é muito alto, podemos indicar um acompanhamento com fisioterapeuta e até mesmo com um psicólogo”, orienta. 

 Para os que não sofrem do distúrbio mas procuram por maneiras de evitá-lo, principalmente por estarem inseridos em um momento estressante, Ticiana recomenda buscar por uma válvula de escape, como um hobby ou uma atividade de lazer.

Na próxima quinta-feira (3) é celebrado o Dia Mundial da Bicicleta. A data foi instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em abril de 2018, depois de um estudo defender a bicicleta não apenas como uma fonte de exercício físico e lazer, mas também como ferramenta de desenvolvimento sustentável. 

  De acordo com o fisioterapeuta Fábio Akiyama, a prática do exercício físico em geral é de extrema importância em condições normais e também na pandemia. “Se praticado de forma regular, faz com que nosso sistema imunológico esteja mais fortalecido e menos propensos às doenças”.  E quando a prática é sobre duas rodas, a vantagem é o fato de não acontecer exclusivamente em locais fechados, em academias, mas também nas ruas. O fisioterapeuta, no entanto, recomenda que a atividade seja feita em qualquer lugar, desde que não haja  aglomeração, e que a pessoa se sinta segura. Seja ao ar livre ou não,  devem ser mantidos certos protocolos, como o uso de máscara.  

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Segundo o especialista, existem uma série de benefícios que o exercício físico com a bicicleta gera. “Um treino com spinning [bicicleta estática] vai proporcionar uma melhora no condicionamento físico e respiratório, vai ativar a circulação do sangue e fortalecer a musculatura abdominal e dos membros inferiores”. Já quando se trata do ciclismo ao ar livre, além desses fatores, a atividade vai proporcionar uma série de questões neurais, por conta da estratégia que se cria ao planejar um trajeto para o destino que se quer seguir.

Este este é o exemplo de Victor Del Vecchio, 29 anos, advogado, que faz o uso da bicicleta com bastante frequência e não pretende adquirir um carro. “Eu vejo a bicicleta não apenas como uma forma rápida de me locomover, mas é uma maneira de adicionar um exercício físico no meu dia, além de eu estar contribuindo para a sociedade, à medida que tira um carro de circulação, emite menos poluentes e reforça a cultura do uso da bicicleta como meio de transporte”, afirma. 

O advogado conta que mesmo se usasse o mesmo trajeto com o carro, ainda assim não chegaria tão rápido quanto de bicicleta por causa do trânsito, especificamente nos horários de pico. “Também é uma forma de conhecer e vivenciar a cidade. Andando de bicicleta você observa mais o seu entorno, muito mais que se você passasse de carro ou até mesmo moto, você acabaria não aproveitando muito”, aponta. 

O fisioterapeuta conta que neste momento de pandemia, a bicicleta pode servir como uma ferramenta para se livrar do estresse também, já que o isolamento social proporcionou mais momentos em casa, dando espaço ao sedentarismo. “Quando a gente só fica em casa, nosso nível de estresse e nosso estado de tensão aumentam. Então, quando a gente fala sobre praticar uma atividade física, a gente não pensa apenas na questão cardiorrespiratória, a gente pensa também na questão de bem estar e na questão hormonal por trás disso”, analisa.

Desta forma, quando se trata de uma situação com a pandemia, a tendência é que a tensão seja mais presente. “Um corpo estressado é um corpo ácido, que favorece a presença de doenças e infecções. Inclusive na questão mental, porque a atividade física libera neurotransmissores que fazem com que nosso corpo se sinta bem e a gente tenha bom humor. E assim, é possível levar toda esta situação [pandemia] de uma maneira não tão traumática”, observa.

 

 

 

Os resultados de uma pesquisa feita em 2020 pelo Instituto TIM, através do projeto “O Círculo da Matemática no Brasil”, trazem novas informações sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus na saúde mental e bem-estar de professores em todo o país. Os dados foram coletados com docentes do ensino fundamental de diversos estados do Brasil, tanto da rede pública quanto privada, no período de janeiro a novembro. Apesar do alto índice de dificuldades enfrentadas com o ensino remoto (quase 70%), a pandemia fez crescer uma sensação positiva e otimista em relação à carreira dos entrevistados.

O levantamento aponta que, mesmo com todos os problemas advindos do ensino remoto (66,4% dos relatos mostram dificuldades de adaptação, 58% contam que não conseguem ministrar as aulas em casa sem barulho ou interrupções, e 78% apresentam problemas de insônia ou excesso de sono), o ambiente físico de sala de aula se apresenta sendo mais danoso aos professores do que o virtual. Os principais fatores negativos apresentados são conflitos nas turmas e violência nas localidades onde as escolas estão inseridas. Na pesquisa, 64% dos docentes responderam que já presenciaram agressão física ou verbal contra professores ou funcionários, feitas por alunos. Outros 72% relataram já ter presenciado brigas entre estudantes.

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“O ensino remoto trouxe, sim, dificuldades, mas a principal conclusão do estudo é que os professores do país, em geral, já estavam psicologicamente esgotados muito antes da pandemia. O novo modelo de trabalho, inclusive, reduziu o nível de estresse e cansaço em alguns casos. É um alerta importante para a sociedade, os profissionais da educação precisam ser olhados com atenção, inclusive, com avaliações psicológicas periódicas”, explica Flavio Comim, economista, professor da IQS School of Management (Barcelona) e da Universidade de Cambridge, e responsável pela pesquisa e um dos idealizadores do projeto.

Como consequência, ocorreu um crescimento do sentimento de autoeficácia dos professores durante a pandemia e o otimismo em relação à carreira. Aproximadamente 45% dos participantes viam possibilidades de desenvolvimento e de promoções, indicador que aumentou 15 pontos percentuais nos questionários feitos na segunda rodada da pesquisa. Mais de 80% dos docentes acreditam que suas qualificações continuarão válidas no futuro.

A avaliação, no entanto, não foi tão positiva em todos os aspectos. Ela destacou ainda mais as desigualdades sociais do país: professores pardos e negros foram mais impactados pela pandemia. Entre as pessoas negras, 76% mencionaram dificuldades de adaptação às aulas online, 64% não conseguiram trabalhar bem de casa e 83% tiveram problemas de sono durante a pandemia. O contexto familiar também retrata as diferenças: 79% dos professores negros contaram que suas famílias perderam parte da renda durante a crise sanitária, contra 61% dos profissionais brancos.

O estudo é um dos desdobramentos do projeto “O Círculo da Matemática do Brasil”, realizado pelo Instituto TIM. Os detalhes sobre o projeto e suas aplicações estão disponíveis no site da organização.

"Olá, aqui é Nightline, estou ouvindo". Os telefones dessa linha gratuita de atenção para estudantes em Paris não param de tocar desde março. Depressão, ansiedade, dificuldade para dormir... A pandemia deixou uma enorme marca psicológica nos jovens.

Todas as noites, entre 21h30 e 2h, essa associação dirigida por estudantes recebe dezenas de ligações de outras pessoas com sintomas de ansiedade, ou sintomas depressivos, devido ao confinamento.

"Quando você começou a se sentir assim?", pergunta um dos 60 voluntários do Nightline que, após treinamento, revezam-se no telefone.

Do outro lado da linha, jovens entre 18 e 24 anos procuram um ouvido amigável para desabafar.

Os voluntários não dão conselhos diretos, mas apenas ouvem com empatia, com compaixão e sem julgamentos.

"Às vezes é mais fácil desabafar com alguém com quem não se tem uma relação hierárquica, como um psicólogo, alguém como eles que pode entender o que está passando", diz à AFP Daphne Argyrou, que trabalha na Nightline há dois anos.

- 31% com transtornos psicológicos -

Por questões de sigilo, os voluntários não podem revelar os detalhes das conversas, mas apontam entre os sintomas mais recorrentes problemas de ansiedade, tristeza, isolamento, baixo-astral, insônia e aparecimento de transtornos como depressão.

"Encontramos os temas usuais, como problemas de solidão, ou incertezas sobre o futuro, mas agravados pelo confinamento”, explica à AFP Florian Tirana, presidente da Nightline França.

"Também recebemos muitos telefonemas de estudantes estrangeiros, que têm problemas particulares... Não é fácil ficar confinado em um país que não é o deles, cuja língua não falam, com outros códigos culturais", acrescenta.

Criada em 2016, a associação percebeu uma explosão no número de ligações desde o dia em que foi decretado o primeiro confinamento na França, em 17 de março.

"Entre 40 e 50 pessoas procuram nos contatar todas as noites por telefone, ou por chat, é o dobro do ano passado", diz Tirana.

E os telefones tocam ainda mais desde que um segundo confinamento foi decretado há 15 dias para desacelerar o avanço do novo coronavírus, que já ceifou a vida de quase 47.000 pessoas na França.

De acordo com uma pesquisa nacional realizada pelo Observatório Francês da Vida do Estudante (OVE), metade dos estudantes sofreu de solidão, ou de isolamento, durante o primeiro confinamento. E 31% deles apresentaram transtornos psicológicos.

Estudantes estrangeiros e com dificuldades financeiras são os mais afetados.

- "De 10.000 passos ao dia para 8" -

Muitos alunos também procuram ajuda de profissionais. "Em tempo normal, o sistema já está lotado, mas agora está completamente saturado", diz a psiquiatra Dominique Montchablon, chefe de departamento da Fundação de Saúde Estudantil da França.

Inés, uma estudante de arquitetura sem histórico de transtornos psicológicos, começou a consultar um psiquiatra após um primeiro ataque de pânico. "Foi isso que me fez perceber que eu estava com depressão, todos notavam, menos eu", diz a jovem de 24 anos.

"Meus dias são muito menos ativos do que de costume. Antes eu praticava esportes, saía para festas. Agora não durmo bem e me sinto física e mentalmente exausta, embora não faça muito... Antes eu dava 10.000 passos por dia, hoje dou oito", conta, mostrando seu telefone.

Para ela, o "sentimento de isolamento" é ainda mais forte durante esse segundo confinamento. "Há dias em que não estou nada bem. No primeiro confinamento, disseram para a gente que era 'excepcional'. O segundo é demais... A única coisa que espero é saber se posso passar o Natal com a minha família", suspira.

Para Dominique Montchablon, quando esses sintomas ocorrem, é importante agir rapidamente. "Há uma continuidade entre o bem-estar, o equilíbrio psicológico durante os estudos e o bem-estar depois, quando se depara novamente com o acúmulo de fatores de estresse", afirma.

E avisa: "Essas vulnerabilidades que se revelam na vida universitária vão ser reativadas na vida profissional. É a questão do estresse e do burn-out".

Para manter o distanciamento social recomendado para evitar a propagação da Covid-19, profissionais de diversas áreas estão tendo que trabalhar em home office. No entanto, esse cenário pode levá-los a uma situação de estresse e cansaço. Segundo especialistas, é importantes que os profissionais mantenham estabilidade emocional e exercitem o hábito de fazer pequenas pausas para relaxar a mente.

Métodos de alívio

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De acordo com a psicóloga do Serviço Social da Indústria (Sesi) em Pernambuco, Kátia Santos, o home office pode afetar o desempenho do trabalhador de diversas formas, que vão desde barulhos alheios a sua atividade até a preocupação em não saber se o seu trabalho está sendo visto da maneira como ele queria. “O trabalho ocupa um papel central na vida das pessoas e é um fator relevante na formação da identidade e na inserção social. Neste contexto, o bem-estar adquirido pelo equilíbrio entre as expectativas em relação à atividade profissional e à concretização das mesmas é um dos fatores que constituem a qualidade de vida. O que pode afetar o desempenho do trabalhador no home office são distrações, como barulhos de obras, televisão e redes sociais, a pressão por mostrar produtividade, o convívio mais intensificado com os familiares e a insegurança de não saber se o trabalho está sendo visto da forma como esse profissional gostaria”, explica. 

Segundo Kátia, as atitudes que devem ser tomadas pela pessoa que está trabalhando no home office para ter o melhor rendimento nessa modalidade de trabalho, são: administração do tempo, ficar longe de tudo que possa desconcentrá-la, ter hábitos saudáveis, entre outras. “A pandemia da Covid-19 nos impôs a necessidade de estar em distanciamento social e fez com que várias empresas adotassem o regime home office. Essa forma de trabalhar remotamente requer alguns cuidados para que o andamento das tarefas não seja afetado e não haja estresse desnecessário", disse a especialista.

Ainda de acordo com a psicóloga, existem atitudes que podem ser tomadas para que a produtividade aumente ao decorrer do expediente de trabalho. São elas:

"Administrar o tempo: organize o tempo, planeje e invista na vida pessoal e profissional de maneira mais eficiente. Por exemplo, use planners, planeje um cronograma semanal, marque compromissos fixos, defina horários livres para cada dia da semana, separe uns momentos para descansar, defina suas atividades por ordem de prioridades, entenda seu período de maior concentração e nunca deixe para se planejar em cima da hora, pois a probabilidade é que você não consiga dar conta e surja a sensação de frustração de incompletude", explica Kátia.

"Evitar distrações e ficar perto de tudo aquilo que tira o foco, como televisão, redes sociais, barulhos externos e até de animais de estimação. É importante abrir mão de algumas coisas para conseguir focar e realizar as atividades satisfatoriamente. Manter hábitos saudáveis, tirar o pijama e usar  roupas confortáveis e adequadas para trabalhar. Ter comprometimento com os prazos de entrega”, completa a psicóloga. 

Além das formas de aumentar a produtividade, também há importância nos intervalos, como também nas ações de dar atenção à saúde emocional, a exemplo da realização de atividades em família. “Fazer pausas, afinal ser produtivo não é trabalhar muitas horas. É essencial respeitar os limites, ter um bom planejamento e tirar intervalos curtos para arejar a mente. 

Investir na saúde emocional. Conversar on-line com parentes e amigos, além de estabelecer atividades para fazer com a família. Quem está bem com os afetos se sente mais motivado para trabalhar, pois é por e pela família que as pessoas buscam se estabilizar da melhor forma no trabalho”, acrescenta. 

Quando a pessoa se sentir cansada e/ou estressada no home office, o que ela deve fazer para reverter esse quadro, de acordo com Kátia, é realizar ajustes na rotina, como também reconsiderar o planejamento de atividades. “Uma boa opção é fazer ajustes na rotina e testar novos horários de trabalho. Por exemplo, em vez de trabalhar das 9h às 18h, é possível começar e terminar o trabalho em um horário diferente. Outra sugestão é rever a organização, o planejamento de atividades, otimizar as fontes de prazer e buscar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal”, recomenda. 

A psicóloga diz que o que pode auxiliar para evitar o cansaço e a irritabilidade é cuidar da saúde física e menciona, ainda, que uma técnica que pode ajudar a reduzir o estresse é a respiração profunda. “Combinação de trabalho em casa e distanciamento social é a receita perfeita para o estresse. O que pode ajudar a evitar o cansaço e a irritabilidade é tentar se manter tranquilo e equilibrado, cuidar da saúde da coluna, ficando atento à má postura, e praticar exercícios físicos. Uma técnica que ajuda a diminuir o estresse é a respiração profunda, que consiste em puxar o ar por cinco segundos e expirá-lo também por 5 segundos, repetindo a ação por 10 vezes”, assegura a profissional. 

De acordo com o consultor em Recursos Humanos e coordenador de treinamentos na Blackbelt It Solutions Home Office, Jessé Barbosa, entre as maiores dificuldades dos trabalhadores no home office está a gestão do tempo e capacidade de concentração. “Antes da pandemia, grande parte dos colaboradores gerenciava o seu tempo com atividades presenciais, reuniões, apresentação de resultados, entre outras atividades. Com a pandemia, o home office se tornou comum, mas a gestão do tempo e capacidade de concentração não é tão fácil em casa, visto que família e outros assuntos aparecem corriqueiramente e que furtam a atenção. Já outros tendem a ficar mais tempo do que o normal à disposição do trabalho, algo que no mundo on-line é bem comum”, conta ele. 

Jessé ressalta que o trabalho em casa pede mais atenção em relação a capacidade de concentração e corrobora o que já foi afirmado pela psicóloga Kátia Santos, sobre a necessidade de realizar pausas durante o expediente. “Entender que o home office exige maior capacidade de concentração, mas que como ser humano é necessário uma pausa, uma das técnicas bem comum a ser aplicada é a cada 30 minutos de atividades sair da frente do computador, se levantar, tomar água e ir no banheiro para que o cérebro possa relaxar e diminuir a atividade cerebral”, explica o consultor. 

Quem vive na pele

A professora de espanhol Flávia Albuquerque, que está trabalhando com aulas remotas, conta que o torna o trabalho mais cansativo é o fato de ter que criar novas estratégias a cada aula para que os estudantes se mantenham interessados no modelo de ensino a distância. “Bem, minha rotina é um pouco puxada, pois estou trabalhando com aulas remotas. Dou aula pela manhã e à tarde. O que torna mais desgastante é ter que criar a cada aula novas estratégias para que o alunado se interesse e participe dessa nova modalidade. Não está sendo fácil.”, desabafa. 

A docente diz que suas maiores dificuldades no home office são a questão estrutural e o fato de estar em casa, onde os diferentes papéis acabam transitando lado a lado. “Além da dificuldade com a parte estrutural (internet, material didático e etc.), tive que montar uma minissala de aula; existe a questão de estar em casa, ou seja, misturar os papéis - mãe, esposa e dona de casa. Uma luta.”, conta. 

Flávia conta, ainda, que o que faz quando se sente cansada e/ou estressada nessa modalidade de trabalho é escutar uma ópera para relaxar e praticar meditação. “Como o tempo de descanso está praticamente se resumindo ao horário noturno, procuro antes de dormir, escutar uma música relaxante (ópera) e pratico um pouco de meditação”, diz a professora de língua espanhola.

O hábito de roer as unhas sempre se mostrou presente em situações de ansiedade e estresse. Porém, na pandemia do coronavírus (Covid-19), a prática tornou-se ainda mais recorrente e pode trazer sérios prejuízos para a saúde.

As unhas acumulam diversos microorganismos, como bactérias, fungos e vírus, que são ingeridos pelo indivíduo durante a ação de roer, o que pode causar doenças infecciosas gastrointestinais. "Além disso, muitas pessoas roem a pele envolta das unhas, propiciando a entrada de germes na dobra ungueal e favorecendo a infecção e inflamação ao redor das unhas, processo esse chamado de paroniquia", explica a dermatologista Fabiana Seidl.

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Algumas práticas podem ajudar a evitar o vício. As mulheres podem optar por esmaltes com gosto ruim, que ajudam a não roer. Outra dica é sempre manter as unhas cortadas e lixadas. "Se mesmo assim o hábito persistir, sugiro procurar ajuda profissional de um psicólogo para tentar identificar qual é o real motivo que está levando a pessoa a manter esse hábito, que na maior parte dos casos tem um fundo ansioso", orienta a dermatologista.

Durante a quarentena, é aconselhável deixar as unhas sem esmalte ou base e higienizá-las com frequência. "Existem hidratantes específicos para mãos e para as unhas no mercado, mas podemos usar óleo de amêndoas, que cumpre muito bem a função de hidratar mãos e unhas", indica Fabiana.

Pessoas que utilizam muitos produtos de limpeza, lavam muita louça e roem as unhas, devem ficar mais atentas. "Sugiro sempre usar luvas grossas de borracha, isso evita que as unhas fiquem úmidas e propiciem infecção por fungos, além de proteger contra a ação química dos produtos. Não existe tratamento de unhas frágeis sem o uso correto de luvas", conclui a dermatologista.

Uma pesquisa realizada pela Universidade British Columbia, no Canadá e nos Estados Unidos, entre os períodos de março e abril de 2020, revelou que os idosos lidam melhor com o estresse causado na pandemia do coronavírus (Covid-19), quando comparado aos mais novos.

Os dados foram coletados de 776 adultos, entre 18 e 91 anos. Os entrevistados foram submetidos a questionários sobre o medo de ser infectado e fracassos profissionais, que variavam em períodos diurno e noturno.

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Segundo os dados informado ao Journal of Gerontology: Psychological Sciences, o resultado foi o mesmo obtido em pesquisas anteriores sobre estresse. De acordo com o pesquisador Patrick Klaiber, idosos apresentam um equilíbrio emocional mais resistente em relação aos mais novos, além disso, os jovens também são mais suscetíveis a sofrer com a solidão e outros traumas psicológicos.

Klaiber relata que os jovens adultos são obrigados a lidar com estresses que vão além da pandemia, como o trabalho home office, família e desemprego. Já os idosos se preocupam mais com questões de saúde e, por conta da experiência, conseguem lidar melhor com os desafios da crise.

Com a pesquisa, Klaiber espera contribuir para criação de programas e estratégias com foco em melhorar a saúde mental de todas as faixas etárias.

O Brasil já era considerado um país ansioso mesmo antes do coronavírus, com 18 milhões de brasileiros convivendo com o transtorno, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por causa da pandemia, os relatos de pessoas com ansiedade só têm aumentado.

Segundo pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), por meio de um questionário on-line durante os dias 20 de março e 20 de abril, que contou com a resposta de 1.460 pessoas de 23 Estados, os casos de ansiedade e estresse tiveram um aumento de 80%. Além disso, a pesquisa revelou que as mulheres são mais propensas do que os homens a sofrer com ansiedade e estresse durante esse período.

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No início da pesquisa (entre 20 e 25 de março), o percentual de pessoas que relataram sintomas de estresse agudo era de 6,9%. O número subiu para 9,7% (entre 15 e 20 de abril). Os casos de crise aguda de ansiedade apresentaram um salto de 8,7% para 14,9%.

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O psicólogo Raimundo Neto, pós-graduado em Neuropsicologia e especialista em Avaliação Psicológica, explica que, por sua natureza, o ser humano está acostumado a sobreviver em grupo. No entanto, com a obrigação do isolamento social, tudo precisou ser modificado, inclusive a rede de apoio social, os familiares e amigos. Reencontros e um simples abraços precisaram ser substituídos por contato virtual.

As transformações de atividades cotidianas repentinamente provocaram uma série de impactos e repercussões emocionais que podem ser interpretadas negativamente e aos quais as pessoas não estavam acostumadas.

De acordo com o psicólogo, os primeiros sinais de uma ansiedade, com episódio depressivo ou estresse acima do normal, são notados em atividades cotidianas como arrumar a casa, ir ao banco e não conseguir produzir no trabalho.  “A capacidade de memorização, de atenção e uma mudança abrupta de humor são alertas para buscar uma avaliação profissional”, observa Raimundo Neto.

“Para driblar os pensamentos negativos é importante primeiramente uma autoanálise sobre aquilo que anda ‘alimentando’ a mente. Consumir o dia inteiro noticiários televisivos, acompanhando o número de óbitos e infectados, pode trazer um impacto negativo para a saúde mental. Uma vez que constantemente se está falando sobre o assunto, ele começa a fazer parte maior do cotidiano. É importante buscar outras fontes de informações, não implicando se alienar do que está acontecendo, mas não permitir que tudo seja assimilado de maneira passiva”, explica o especialista.

As práticas diárias de exercício físico, meditação, tarefas vistas como espirituais, música, leitura, assistir filmes e seriados podem ser consideradas estratégias para a diminuição da ansiedade e a promoção de saúde mental.

A universitária Thainá Ramos confessa que no início da pandemia teve muitas crises de ansiedade. Antes de começar o isolamento social, a jovem já tinha parado de tomar remédios que ajudavam a controlar a angústia, mas teve que voltar porque passava noites em claro com falta de ar. “Pensava no que poderia acontecer daqui a um ou dois meses. Tentava imaginar como iria ficar o mundo, os meus familiares e amigos. Cheguei até imaginar que poderia está com os sintomas”, relata.

Thainá buscou ajuda com uma psicóloga on-line para aprender a lidar melhor com a situação atual.  Deixou de assistir os noticiários, caçar informações na internet e de entrar tanto nas redes sociais, porque sempre tinha algo relacionado à pandemia.

Com auxílio de uma profissional da saúde, a universitária montou uma rotina de exercício físico, começou assistir filmes e seriados, colocou o planejamento de abrir a doceria que desejava e se dedicar mais a si. “Hoje, me sinto bem melhor e não tomo mais remédio. Quando percebo que estou prestes a ter uma crise, procuro ocupar a minha mente e não entrar naquele jogo da ansiedade. Procuro fazer e ver coisas que vão me deixar alegre, danço, ouço música e converso com meu namorado e minha família, eles me ajudam bastante a lidar com tudo isso”, conta Thainá Ramos.

A rotina de trabalho da assistente social Tayane Ramos se modificou durante o período de pandemia. Ela começou a trabalhar um dia sim e o outro não. Com a ajuda de terapia on-line, que mantém há mais de um ano, e de remédios, tem conseguido ficar estável, mas no início da quarentena, afirma, as crises se intensificaram e ela enfrentou noites de insônia e falta de apetite.

Hoje, Tayane tenta perceber quais são os gatilhos que podem despertar as crises de ansiedade. “Tento me acalmar e repetir que vai passar igual das inúmeras vezes. A partir do momento que vou me acalmando e respirando fundo, vai ficando tudo melhor. Eu acho importante sentir e lidar com as crises”, afirma a assistente social.

Além de assistir a seriados, conversar com as amigas e a família, a internet tem sido muito útil para a jovem. Ela conta que compartilhava nas redes sociais o que sentia e percebia que muitas pessoas passavam por isso também, e de alguma forma buscava ajudar e ser ajudada. “Nós precisamos fazer isso, enfrentar a situação e conversar com pessoas que têm ansiedade, ler textos que confortem, mas é fundamental a ajuda de um profissional, saber se deve tomar remédio ou não. É necessário levar a saúde mental como prioridade e buscar ajuda. Apesar da dor que sentimos e dos sintomas, somos fortes e capazes de conseguir vencer”, conclui Tayane Ramos.

Por Amanda Martins

Após todo o período de preparação para responder às questões e fazer uma boa redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que é a maior porta de entrada para o ensino superior do Brasil, a espera pelas notas pode parecer interminável. Quanto mais se aproxima o momento de, enfim, conferir o resultado do esforço nos estudos, mais ansiosos os estudantes costumam ficar, o que pode chegar a atrapalhar a rotina e trazer incômodos, a depender do quão abalado esteja o emocional do aluno.  

Confira, a seguir, uma entrevista realizada pelo portal do Ministério da Educação (MEC) com o psiquiatra André Salles, do Hospital Universitário de Brasília (HUB). A conversa traz orientações do médico para ajudar os estudantes a lidar com a ansiedade em situações estressantes, como esperar pela nota do Enem, por exemplo: 

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MEC: O que o jovem deve fazer para diminuir a ansiedade nessa espera, nessa expectativa de um resultado que vai mudar a vida dele? 

André Salles: Aproveitar que está em um período de férias, um período mais tranquilo para colocar em prática coisas que gosta de fazer. É importante também que a grande maioria dos jovens já tenha em mente suas possibilidades. A partir disso, uma alternativa para aliviar o estresse é sentar junto às pessoas mais próximas, seus responsáveis, e traçar planos, mesmo que sejam mais amplos, e avaliar quais possibilidades seriam realmente viáveis, quais não seriam, que tipo de expectativa é mais plausível que aconteça, que tipo de expectativa de fato é mais remota. Assim o estudante pode já traçar um plano, mesmo que seja geral, das possibilidades que tem para enfrentar num futuro próximo.

 Existe algum esporte, algum lazer, alguma alternativa para aliviar esse estresse? Seguindo nesta linha, que dicas você dá para viver cada dia desta semana com menos ansiedade?

 Não só nesse período agora de espera do Enem, mas ao longo do ano — e da vida — as pessoas devem procurar atividade para melhorar a saúde mental. Temos os esportes e o lazer, como exemplo. Mesmo com mudanças na vida ou uma rotina mais atarefada, é primordial colocar dentro da nossa rotina diária um momento, um horário para poder praticar atividade física ou práticas integrativas. Dentro disso, estão as atividades que nos dão prazer, exercícios que a gente gosta, se sente bem e à vontade para fazer.

O que evitar para não piorar a ansiedade?

Vai de acordo com o perfil das pessoas. As mais ansiosas, mais tensas, devem evitar ler notícias sobre o assunto, especulações, prognósticos porque isso, de fato, agrega uma ansiedade, uma expectativa para quem já é mais tenso. Conversar, ver as possibilidades, ver as expectativas reais, fazer planos mais amplos para poder se sentir bem com qualquer que seja o resultado, é o melhor caminho. Importante também evitar substâncias que possam aumentar a ansiedade, como o uso excessivo de cafeína ou de substâncias termogênicas que podem aumentar a ansiedade, além de qualquer tipo de situação que atrapalhe o sono.

Como lidar com o resultado negativo? Quem obtém êxito comemora e quem não passa pode desencadear sentimentos muito negativos e destrutivos? Quais as dicas para não deixar isso acontecer?

 Lidar com uma expectativa é difícil e obter um resultado negativo é sempre muito delicado para todo mundo, porém é preciso estar sempre muito claro que o Enem, assim como todos os desafios, pode ter resultados positivos ou negativos. O lado bom de um resultado negativo é que a pessoa pode avaliar o que não foi feito da maneira correta dentro do seu planejamento anual, para que consiga se reorganizar para o próximo ciclo.

*Com informações do Ministério da Educação

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Gatos, cães e outros pets agora têm suas listas de reprodução no Spotify: a plataforma de música on-line sueca lança nesta quarta-feira (15) um serviço de streaming para animais, bem como um podcast para aliviar o estresse de cães deixados sozinhos em casa.

"O algoritmo Pet Playlist permite que os usuários do Spotify gerem listas de reprodução personalizadas com base nos gostos musicais dos donos, do tipo de animal e de sua personalidade", afirma a plataforma em comunicado.

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"Por exemplo, um cão com mais energia pode obter uma lista de reprodução com músicas mais alegres, quando um gato prefere ter ritmos mais lentos", diz o comunicado.

"O tipo de música que um cachorro ouve é importante, e pesquisas demonstraram que algumas músicas podem ajudá-los a relaxar, enquanto outras podem ter efeitos menos benéficos", disse Samantha Gaine, especialista da Royal Society for the Protection of Animals (RSPCA), citada no comunicado de imprensa do Spotify.

Além deste novo sistema, disponível em todo mundo, o Spotify também lançou um podcast exclusivo apenas no Reino Unido para "fazer companhia" e aliviar o estresse de cães deixados sozinhos em casa".

Criado com a ajuda de pesquisadores em comportamento animal, o podcast oferece atualmente dois episódios de cinco horas, um dos quais intitulado "Ficção de filhotes". O episódio visa a acalmar o cachorro após a saída de seu dono.

Foi sancionada, nessa terça (10), a Lei 16.734, que proíbe a comercialização e o uso de coleiras que gerem impulsos eletrônicos ou descargas elétricas nos animais no Estado de Pernambuco. Em geral, o artifício é mais usado nos cães, com o objetivo de controlar seu comportamento.

Educar um animal não é uma tarefa fácil, e o que funciona para um tutor pode não funcionar para o outro, mas métodos como gritos, agressões ou choque não podem ser consideradas uma boa forma de adestrar um bicho de estimação.

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Apesar do intuito educativo da coleira elétrica já ter sido considerado válido, foi observado em estudos e pesquisas que o uso deste equipamento causa estresse e sofrimento ao animal. "Eu vejo mais como um castigo do que como, de fato, uma metodologia de ensino. As pessoas estão literalmente dando choque em um ser vivo", reflete Romero Albuquerque, deputado estadual, autor do projeto que deu origem à nova lei estadual.

Publicada no Diário Oficial do Estado, a Lei já está em vigor. A partir de agora, quem descumprir e continuar comercializando o objeto pode receber uma advertência por escrito, uma multa de R$ 5 mil e até a interdição do estabelecimento. "Não se faz necessário continuar usando esse tipo de aparelho para adestrar, quando temos opções bem menos ou nada lesivas, que não vão causar dor. É um direito deles não serem tratados de forma cruel, e é uma obrigação nossa respeitar e fazer com que se respeite", conclui Albuquerque.

Com informações da assessoria

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