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O ex-presidente da CBF Rogério Caboclo se livrou da última acusação de assédio sexual à qual ainda respondia. O processo transitou em julgado e foi baixado neta terça-feira pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O dirigente chegou a responder outras duas acusações do mesmo tipo, das quais foi inocentado no ano passado. Todas envolviam funcionárias que trabalhavam na CBF durante sua gestão.

De acordo com a assessoria de imprensa de Caboclo, "não há mais pendências judiciais em relação a estas denúncias, que acabaram sem nenhuma condenação". Em 2022, também foi revertida uma denúncia de assédio moral, feita junto à Comissão de Ética da CBF por Fernando França, então diretor de tecnologia da informação da CBF. Mais tarde, Fernando retirou as acusações por meio de uma carta de retratação.

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Eleito presidente da CBF em abril de 2018, Rogério Caboclo tomou posse no ano seguinte para um mandato de quatro anos. Caboclo foi afastado do comando da entidade temporariamente em junho de 2021 e, de forma definitiva, em fevereiro de 2022. Então, Ednaldo Rodrigues foi eleito como novo presidente da entidade para mandato de quatro anos.

Uma ex-funcionária que denunciou Caboclo por assédio moral e sexual disse que ele chamou-a de "cadela" e tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, conforme informado pelo site GE na época. Em outra oportunidade, teria perguntado se ela se masturbava. Durante reunião com outros dirigentes da CBF, o presidente teria inventado relacionamentos da funcionária com pessoas ligadas à entidade.

Segundo a reportagem, a vítima afirmou que, durante todas essas condutas, Caboclo estava embriagado. Ela disse ainda que ele a orientava a esconder garrafas de bebida na entidade, para que Caboclo consumisse durante o expediente. A mulher, que não teve seu nome divulgado, diz ter sido vítima de várias condutas abusivas de Caboclo, desde abril de 2020. Outras duas funcionárias também o acusaram de assédio sexual.

A CBF anunciou nesta quarta-feira (16) a convocação da assembleia que vai debater o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da entidade. Ele está suspenso das suas funções por 41 meses, depois de acusações de assédio sexual e moral serem feitas contra ele, somando as duas punições dada pelo conselho de ética. 

A reunião vai definir se confirma ou não a decisão da comissão de ética da CBF que votou pelo afastamento definitivo dele em duas ocasiões. No dia 24 de janeiro, as 27 federações ligadas à entidade vão se reunir para se debruçar sobre o assunto. 

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Se a punição de 41 meses for referendada, Caboclo não voltaria a assumir o posto de presidente da CBF e com isso a entidade teria que convocar novas eleições para escolha de um novo presidente. O mandato dele vai até abril de 2023.

O presidente afastado da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rogério Caboclo, está sendo, mais uma vez, denunciado por assédio sexual. A denúncia, enviada esta semana para a Comissão de Ética da entidade, foi feita por um ex-funcionária que apresentou duas novas situações de assédio praticadas por Caboclo: uma na Copa América sediada no Brasil, em 2019, e outra durante uma viagem a trabalho para a Suíça junto com o dirigente. Em nota, a defesa de Rogério Caboclo negou as acusações.

A Comissão de Ética investiga outras três denúncias contra Caboclo, que está afastado do cargo até março de 2023. Duas das três denúncias são de assédio sexual apresentadas por duas mulheres, e a outra é de assédio moral feita por um dos diretores da CBF. Em nota, a defesa do presidente afastado afirma que o Conselho de Ética age "como um verdadeiro tribunal de exceção", e que as decisões têm sido tomadas com parcialidade e de forma ilegal.

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Rogério Caboclo está afastado do comando da CBF Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Em uma das situações apresentadas nesta nova denúncia, a ex-funcionária descreve que, durante a Copa América em 2019, ela foi obrigada a reservar quartos de hotel, em São Paulo, para acomodar acompanhantes do então presidente da entidade. Como as visitantes não tinham autorização para adentrar no hotel, ficava a cargo da funcionária buscá-las na recepção.

Na denúncia, ela relata ainda que, na mesma noite, Caboclo havia deixado um recado na secretária eletrônica do quarto da funcionária. Apesar da mensagem ser incompreensível, segundo consta no depoimento, era possível perceber que o dirigente estava em momentos íntimos com a acompanhante.

A ex-funcionária da CBF revelou também que, durante uma viagem para a Suíça ao lado de Caboclo, o dirigente a chamava para o quarto de hotel e buscava construir uma relação de intimidade com a colega de trabalho. Ela relata que, nesses encontros, Caboclo desabafava sobre a vida ou brincava na tentativa de ficar mais próximo dela, como quando pediu as pulseiras da funcionária pois queria usá-las.

A defesa afirma em nota que os relatos descritos pela ex-funcionária da CBF não configuram assédio. Bem como nas demais denúncias, novamente Rogério Caboclo está sendo acusado de trabalhar alcoolizado. Neste novo depoimento, a funcionária afirma que ele a fazia esconder garrafas de bebida no banheiro da sala da presidência, na sede da CBF.

Além disso, as acusações vêm à tona depois de uma suposta tentativa de quebrar o silêncio da ex-funcionária. Ela afirma que trabalhou na CBF até dezembro de 2019, quando Caboclo negou a ela uma oportunidade de trabalhar em outro departamento da entidade. No primeiro semestre deste ano, ela recebeu uma oferta para voltar a atuar na confederação para receber o dobro como salário. Ela entendeu que essa oferta era uma tentativa de silenciá-la e não aceitou o emprego.

 Com uma decisão unânime da Assembleia Geral da CBF, o presidente afastado Rogério Caboclo foi suspenso até março de 2023 pelas acusações de assédio moral e sexual. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (29).

O caso envolve a primeira denúncia de uma funcionária que afirma ter sido assediada diversas vezes por ele. Em uma delas, ele chegou até a perguntar se ela se masturbava. Caboclo ainda é investigado em dois outros casos na comissão de ética da CBF. Essa foi a primeira vez na história que um dirigente foi derrotado em casos como esse de forma unânime.

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Rogério ainda pode ter a chance de voltar para encerrar seu mandato que vai até abril de 2023. Mas outros processos contra ele ainda estão sob investigação e podem aumentar a pena do mandatário.

Afastado provisoriamente da presidência da CBF desde junho, Rogério Caboclo terá seu destino à frente do futebol brasileiro selado a partir das 15h desta quarta-feira (29). A poucos metros da sala de onde o cartola usou toda a força de seu poder para despachar - e, segundo apuração de uma comissão de ética, agir de maneira indevida - por dois anos, presidentes de 27 federações estaduais vão decidir se o mantém afastado até março de 2023, um mês antes de encerrar o seu mandato.

A Assembleia Geral da CBF foi convocada com pauta única: aprovar ou não o parecer da Comissão de Ética da entidade, que considerou Caboclo culpado de assédio moral e sexual contra uma funcionária, além de uso indevido de recursos da confederação para a aquisição de bebidas alcoólicas para consumo pessoal. O cartola nega as acusações.

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Por causa disso, a comissão recomendou o afastamento de Rogério Caboclo pelo prazo de 21 meses, sanção que se encerraria apenas em março de 2023. Assim, os 27 cartolas estaduais decidirão se aprovam ou não a pena.

Para a medida ser aprovada, serão necessários 21 dos 27 votos, o equivalente a três quartos do total. A votação será feita em sessão secreta, mas os votos de cada um dos dirigentes serão abertos.

ACUSAÇÃO - Caboclo foi acusado formalmente de assédio moral e sexual por uma funcionária em junho, quando foi afastado de forma provisória. Em agosto, a comissão de ética da CBF considerou o cartola culpado de "conduta inapropriada" e recomendou afastamento por 15 meses. A pena - e os termos considerados para defini-la - causou revolta e a funcionária recorreu. No último dia 20, um novo parecer foi apresentado e a pena foi aumentada para 21 meses, dessa vez por acusação de assédio.

Além desse caso, o dirigente tem contra si outras duas acusações do mesmo tipo apresentadas por funcionárias da entidade. Um terceiro funcionário o acusa de assédio moral. Todas essas denúncias, porém, não fazem parte do parecer que será votado nesta quarta-feira.

Se acatada pela Assembleia Geral, a suspensão por 21 meses tira de Rogério Caboclo a chance de concorrer à reeleição. Tradicionalmente, a eleição para presidente da CBF é realizada um ano antes do término do mandato - ou seja, deverá acontecer em abril do próximo ano -, quando o cartola ainda estará cumprindo suspensão.

O dirigente também não poderá acompanhar a delegação brasileira na Copa do Mundo do Catar - isso, claro, se a seleção confirmar a vaga -, marcada para os meses de novembro e dezembro do próximo ano. Nesse caso, seria a segunda vez consecutiva que a seleção brasileira estaria num Mundial sem seu presidente eleito. Em 2018, Marco Polo Del Nero estava afastado por decisão da Fifa.

Nesta quarta-feira, Rogério Caboclo deverá estar representado por um de seus advogados, uma vez que ele não pode se aproximar da sede da CBF por determinação da Justiça do Trabalho, que também apura as denúncias.

A secretária de Rogério Caboclo revelou neste domingo detalhes sobre os assédios sofridos na CBF. A funcionária contou que sofreu seguidas intimidações e teve quadro grave de depressão. Em tentativa de acordo, foram oferecidos a ela cursos na Europa, dinheiro para compra de um novo apartamento e promoção na entidade com um bom plano de carreira. A secretária afirma, porém, que recebeu pedidos absurdos, como não revelar os casos de assédio e justificar sua ausência como problemas familiares.

"Eu pedi para ele sair da presidência da CBF. Ele se recusou e em troca me ofereceu uma indenização para comprar um apartamento. Ofereceu um curso na Europa com todas as despesas pagas e me ofereceu uma promoção para um cargo de gerencia, para ficar lá até me aposentar. Só que eu não tinha a menor condição de continuar trabalhando na CBF com aquele homem que me dava uma sensação de terror só de pensar em estar ao lado dele novamente", contou a funcionária em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

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Ela voltou ao trabalho na entidade depois de cinco meses afastada. A funcionária diz que seguirá lutando pelo respeito às mulheres no ambiente de trabalho e relatou todas as dificuldades enfrentadas ao longo destes meses licenciada da CBF.

"É uma situação pela qual nenhuma mulher deveria passar em nenhum momento da vida. É uma dor que não acaba. É uma dor que hora nenhuma sai de mim. Hora nenhuma eu esqueço que ela existe. Está sempre presente, latente, em todos os momentos do meu dia. A minha dignidade não tem preço. Porque eu fiquei pensando nas mulheres que viriam depois de mim. Era inaceitável proteger um assediador", disse a funcionária, que também recordou como se sentiu depois de relatar os casos de assédio.

"Eu tive muitas crises de pânico. Principalmente porque eu sofri muitas ameaças do Rogério Caboclo. Ele mandou um carro na porta da minha casa, sensação de estar sendo seguida. Ele mandou invadir meu computador, minha conta bancária", explicou e ainda afirmou que os casos de assédio começaram logo nos primeiros contatos com o presidente afastado: "Desde o primeiro momento já ultrapassou o limite comigo. Desde a primeira viagem, para Luque, no Paraguai. E ele nessa viagem fez comentários a respeito do meu corpo. Eu achei que aquilo não cabia numa relação de patrão-empregado. Nessa mesma viagem, ele passou a madrugada ligando para o meu quarto, eu não atendi."

Há cerca de três meses, a funcionária da CBF revelou sofrer assédio sexual e moral do presidente afastado. Em áudios gravados, Caboclo pergunta sobre relacionamentos da subordinada, detalhes da vida pessoal e se ela se masturbava. Há pouco mais de duas semanas, Rogério Caboclo fez um acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro para o pagamento de R$ 110 mil em ração e celular para arquivar o processo na área criminal sobre as denúncias de assédio moral e sexual. O dirigente nega todas as acusações.

Caboclo foi afastado do comando da entidade no mês de junho e após o desenrolar das investigações a Comissão de Ética pediu que ele ficasse fora do cargo por 15 meses por 'conduta inapropriada'. A decisão cabe à Assembleia Geral da entidade. Integrantes do alto comando da CBF trabalham para que Caboclo saia definitivamente e uma nova diretoria possa assumir. Patrocinadores e a Fifa estão em alerta sobre os rumos da entidade que conduz o futebol brasileiro.

Presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo firmou um acordo de sanção penal antecipada com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e irá pagar 100 salários mínimos (o equivalente a R$ 110 mil) para pôr fim ao processo que apurava denúncias de assédios moral e sexual contra uma funcionária da entidade. A medida encerra o caso na esfera criminal, mas não age sobre eventuais outros processos.

Pelo acordo, proposto pela promotoria de Justiça junto ao 9.º Juizado Especial Criminal da Capital (Barra da Tijuca), a sanção penal antecipada - conhecida como transação penal - determina que os 100 salários mínimos serão divididos em favor do Projeto Patrulha Maria da Penha (40 salários), Suípa (30 salários) e Secretaria Municipal de Proteção aos Animais (30 salários).

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A Patrulha Maria da Penha é vinculada à Polícia Militar do Rio de Janeiro e tem atividades voltadas a proteger, monitorar e acompanhar mulheres que receberam da Justiça Medidas Protetivas de Urgência estabelecidas na Lei Maria da Penha. A Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suípa), por sua vez, é uma entidade sem fins lucrativos voltada à assistência aos animais. O montante pago não será em dinheiro, mas em produtos, como celulares ou alimentos para cães e gatos.

Segundo o MPRJ, "uma vez cumprida a pena e comprovada documentalmente a entrega dos objetos, será declarada extinta a punibilidade no processo criminal".

Procurada pelo Estadão, a assessoria de Rogério Caboclo informou que não irá se manifestar sobre o acordo "por se tratar de procedimento sigiloso". O dirigente afastado sempre negou as acusações de assédio.

JUSTIÇA DO TRABALHO - Esta semana, o Tribunal Regional do Trabalho da 1.ª Região (TRT-RJ) determinou que Rogério Caboclo não poderá se aproximar do prédio da CBF pelo período de um ano.

A assessoria do presidente afastado lamentou a decisão, que segundo ela "ocorreu em processo no qual ele (Caboclo) não é parte e sequer foi chamado a se defender". Segundo a defesa, a decisão "atenta contra direitos constitucionais essenciais" e ele irá recorrer.

Afastado da presidência da CBF deste 6 de junho em virtude de denúncias de assédio sexual e moral, Rogério Caboclo deu sua opinião sobre a suspensão de Brasil x Argentina neste domingo (5) em razão do descumprimento sanitário de quatro jogadores argentinos que fez agentes da Anvisa entrarem em campo para paralisar a partida. Caboclo atacou a atual gestão da CBF ao afirmar que a entidade tem culpa no episódio.

Caboclo disse que a interrupção do clássico sul-americano válido pela nona rodada das Eliminatórias na Neo Química Arena por violação das regras sanitárias e migratórias "é uma demonstração do desgoverno que tomou conta da CBF" após seu "injusto afastamento".

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O jogo em São Paulo foi interrompido com cinco minutos do primeiro tempo depois da entrada de agentes da Anvisa no gramado. Eles apontaram infrações sanitárias e descumprimento de determinações por parte da Associação do Futebol Argentino (AFA). A partida foi suspensa pela Conmebol posteriormente.

Caboclo declarou que o episódio poderia ter sido evitado se fosse resolvido pela CBF antes da partida, "evitando envergonhar o país e prejudicar as delegações, os patrocinadores e, sobretudo, o torcedor".

Atacada por Caboclo, a CBF disse horas depois da interrupção do duelo que "ficou absolutamente surpresa com o momento em que a ação da Agência Nacional da Vigilância Sanitária ocorreu, com a partida já tendo sido iniciada, visto que a Anvisa poderia ter exercido sua atividade de forma muito mais adequada nos vários momentos e dias anteriores ao jogo".

O presidente em exercício da entidade, Ednaldo Rodrigues, também criticou diretamente o órgão sanitário pela paralisação da partida. "A Anvisa extrapolou nas suas decisões, poderia ter evitado tudo antes", declarou o dirigente, antes de afirmar que levou um "susto" com a ação.

Poucas horas após a suspensão da partida, a Anvisa publicou uma nota esclarecendo que se reuniu com representantes da CBF, da Conmebol e da delegação argentina no sábado, e recomendou a quarentena dos quatro jogadores argentinos que não haviam cumprido os protocolos sanitários. Entretanto, os atletas seguiram para a partida. De acordo com o comunicado, Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero, deveriam ter sido colocados em quarentena e mandados de volta ao país de origem, pois mentiram na hora de desembarcar em território brasileiro. Três deles foram escalados entre os titulares pelo técnico Lionel Scaloni e Buendia ficou entre os suplentes.

O dirigente voltou a dizer que foi afastado "sem direito de defesa" e que a entidade concluiu que ele não cometeu assédio. Também afirmou que o retorno do calendário do futebol brasileiro na temporada passada foi bem-sucedido graças a medidas implementadas pela sua administração.

"Na minha gestão, conseguimos voltar com o futebol observando todos os procedimentos preventivos contra a covid-19. Assim, o retorno das competições aconteceu sem problemas, como ocorre também na Europa e com outros esportes".

O dirigente afirmou que a CBF "precisão de gestão" e que "o grupo que tomou a entidade de assalto, armando meu afastamento, está interessado apenas em retomar o modelo de corrupção que acabou depois que eu cheguei".

Caboclo foi afastado pela Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol por mais 60 dias desde a última terça-feira. Desta vez, o afastamento temporário é por 60 dias e teria como base uma denúncia de assédio moral feita por um diretor da entidade.

Na semana passada, Caboclo foi punido com 15 meses de afastamento por "conduta inapropriada" contra uma funcionária da entidade. O parecer da Comissão de Ética ainda precisa ser apreciado pelos presidentes das 27 federações estaduais em Assembleia Geral, que poderá acatá-lo ou não.

Em audiência realizada nesta terça-feira (24), a comissão de ética da Confederação Brasileira de Futebol decidiu afastar das suas funções, por 15 meses, o presidente Rogério Caboclo por "conduta inapropriada"com base nas acusações de assédio moral e sexual que ele vem respondendo.

Os três meses de afastamento cumpridos por ele serão abatidos na punição final, restando ainda 12 meses. A sentença foi definida pela Câmara de Julgamento da Comissão de Ética da CBF. 

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Uma assembleia geral da instituição, com as 27 federações, ainda vai deliberar sobre o tema. A reunião seria nesta quarta-feira (25), mas a pedido de Rogério Caboclo, foi cancelada. O mandatário, publicamente, vem negando as acusações de assédio moral e sexual. O mandato dele vai até abril de 2023, o que significa que ele ainda poderá encerrar seu período à frente da entidade.

Mais uma ex-funcionária da CBF apresentou denúncia de assédio moral e sexual contra o presidente da instituição, Rogério Caboclo. Em um documento de seis páginas, a denunciante relata situações de violência psicológica, sexual e física que teria sofrido por parte do cartola. Caboclo está afastado de suas funções, desde o mês de junho, por outras denúncias do mesmo teor. 

A nova denúncia chegou à CBF na última quarta (18), anexada a uma notificação extrajudicial de natureza trabalhista. O documento cita casos ocorridos entre 2017 e 2019, ano em que a funcionária pediu desligamento da instituição. 

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Segundo o Globo Esporte, a ex-funcionária relata ter sido agredida por Rogério em diversas situações, além de ter recebido convites para viagens, propostas em dinheiro para falar sobre sexo ao telefone com ele, e até pedido de casamento. “O Rogério me expôs inúmeras vezes. Começou com jantares profissionais, em reuniões ele tentava me abraçar e me beijar, entre outras tentativas de me agarrar à força. Foram muitas ocasiões. Ele não aceitava não como resposta”, disse.

Ela também mencionou uma ocasião, ocorrida no apartamento do cartola, em que ele teria tentado beijá-la à força, com puxões de cabelo: “ Ele então me pegou pelo pescoço contra [a] parede e forçou a sua mão entre as minhas pernas, tentando ao mesmo tempo enfiar a mão dentro da minha calcinha. Tentei revidar empurrando com o cotovelo e ele fez mais força no meu pescoço. Ele me largou por sorte a comida que ele havia pedido chegou”.

Afastado das funções por denúncias semelhantes feitas anteriormente, Rogério Caboclo continua negando as acusações. Em nota enviada ao GE, a defesa do presidente diz que a denunciante teria sido corrompida por outros dirigentes da CBF na tentativa de incriminar o cartola. No total já são três mulheres que afirmam ter sido assediadas por Caboclo. Além das duas que já fizeram denúncias formais, uma ex-funcionária da entidade declarou ao Ministério Público que sofreu assédio – mas ela não quis formalizar denúncia. 

 

 

A Fifa anunciou nesta segunda-feira que a suspensão imposta pela Comissão de Ética da CBF ao presidente da entidade, Rogério Caboclo, tem validade mundial - ou seja, a partir de agora ele está afastado provisoriamente de suas funções executivas no futebol não apenas no Brasil, mas em todos os países com federações filiadas à entidade.

Acusado de assédios moral e sexual por uma funcionária da CBF, Rogério Caboclo foi suspenso provisoriamente por decisão da Comissão de Ética da entidade em 6 de junho. Um mês depois, o órgão ampliou a sanção por mais 60 dias. Desde então, a CBF é comandada por um dos vices, o coronel Antônio Carlos Nunes.

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Na última sexta-feira, dia 30 de julho, o Comitê Disciplinar da Fifa se reuniu e decidiu validar a punição para âmbito mundial. De acordo com comunicado enviado nesta segunda pelo presidente do órgão, Jorge Palácio, "uma sanção imposta por uma associação ou confederação tem o mesmo efeito em cada associação da Fifa, em cada confederação e na própria Fifa".

Desde que foi denunciado pela funcionária, Rogério Caboclo tem negado as acusações. O Estadão procurou a assessoria do presidente afastado para comentar a decisão da Fifa, mas ainda não obteve retorno.

Presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo tentou firmar um acordo milionário para garantir o silêncio da secretária, que, atualmente, move ação na Justiça contra ele por assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. A movimentação fracassou, porque a denunciante recusou a proposta. Os termos definidos na minuta obrigavam-na a revelar o nome de quem a teria orientado a gravar as conversas com o dirigente, proibia entrevistas a jornalistas e exigia que até os herdeiros e sucessores dos envolvidos mantivessem sigilo absoluto sobre a negociação.

Os documentos aos quais o Estadão teve acesso mostram que Caboclo estava disposto a desembolsar R$ 8 milhões dos cofres da entidade diretamente para a conta da vítima em busca de contornar a crise anunciada e, ao final do processo, ainda tornar sigilosas as provas obtidas pela funcionária, assim como a própria negociação em curso naquele momento.

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Se tivesse assinado o acordo, a ex-funcionária da CBF estaria concordando em "manter o mais absoluto grau de sigilo para todos os fins". As versões das minutas obtidas pelo Estadão datam do dia 17 de maio, apenas 18 dias antes de o dirigente ser afastado do cargo de presidente da instituição ao serem reveladas conversas em que ele chama a ex-secretária de "cadelinha" e oferece biscoitos de cachorro para ela.

Nesta quarta-feira, a Justiça do Rio ampliou os poderes concedidos aos dois interventores indicados pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Vara da Tijuca, os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, para gerir a entidade até a realização de novas eleições. Eles terão o poder de indicar um dos oito vice-presidentes da Confederação e demitir dirigentes. Os nomeados ainda não responderam se aceitam a indicação e têm até o dia 3 de agosto para informar a escolha à Justiça carioca. A CBF vai recorrer da decisão.

Os dois acordos foram redigidos por antigos advogados de Caboclo. Nos documentos, a CBF entra como parte da negociação em vez do então presidente da entidade, o principal interessado no caso. Segundo a Confederação, a diretoria barrou a celebração do contrato por considerar que a proposta contida na minuta era de "assunto estritamente particular".

"A CBF informa que o referido documento foi produzido de forma unilateral pelo presidente afastado e não chegou a ser assinado, pois a Diretoria detectou que o mesmo estava em desacordo com as políticas de governança e conformidade da entidade, uma vez que o acusado pretendia utilizar recursos da CBF para resolver um assunto estritamente particular", declarou a instituição em nota.

No termo de rescisão de contrato proposto por Caboclo, os convencionais encargos trabalhistas pagos no ato de demissão ou afastamento de funcionários foram somados a R$ 400 mil de auxílio educação para a realização de um curso oferecido pela Fifa e mais R$ 2 milhões a serem pagos em 60 parcelas. A cifra milionária foi oferecida em uma cláusula "non compete", que obrigava a secretária a não atuar profissionalmente em "qualquer clube de futebol profissional, federação de futebol, de outros esportes ou atividades congêneres" pelo mesmo período em que receberia as repasses, de R$ 68.965,52 por mês.

Caso tivesse aceitado as condições de Caboclo, a denunciante dos abusos receberia o valor R$ 4,4 milhões já no ato de assinatura do contrato pelo seu silêncio. Os advogados de defesa ficariam com R$ 1,6 milhão em honorários, o equivalente a 20% do total, que somados aos demais valores chegam aos R$ 8 milhões prometidos pela CBF em três etapas de pagamento.

Além do dinheiro, o então presidente da Confederação garantiu à funcionária que o plano de saúde corporativo ficaria ativo até outubro de 2023 e ela teria direito a uma carta de referência "confirmando os bons serviços prestados à CBF".

Em troca dos valores vultosos e dos benefícios, a secretária teria "o dever de confidencialidade em relação" à CBF e seria obrigada a declarar que sempre manteve "relação profissional, respeitosa, íntegra e solidária" com Caboclo, de modo que jamais poderia mover ações trabalhistas, cíveis ou criminais contra os envolvidos - o mesmo valia para seus herdeiros e sucessores. Caso descumprisse o acordo, ela teria que pagar 50% do montante que viria a receber, o equivalente a R $4 milhões, além de responder por perdas e danos, inclusive na esfera penal.

O segundo documento que a ex-funcionária teria que assinar - intitulado "instrumento particular confidencial" - reforçava os itens propostos na rescisão do contrato e destacava que "Rogério não é parte mas é representante legal da CBF e interessado direto nos efeitos da referida transação."

A minuta exigia que a secretária entregasse, no ato da assinatura, "todas as gravações e degravações relacionadas à CBF e Rogério Caboclo, que estiverem em sua posse ou em posse dos seus advogados e terceiros". O instrumento ainda obrigava a denunciante dos assédios a delatar "quem (a) orientou e lhe deu suporte para realizar as gravações que diz ter em mãos".

Somado a isso, ela deveria declarar à imprensa, todas as vezes em que fosse procurada, que o seu afastamento da entidade ocorreu "exclusivamente por questões de ordem médica e psiquiátrica". O termo frisa que a "mídia" não poderia ser usada para imputar ao então presidente "qualquer ato ilícito ou não, mas que desabone a sua moral".

O documento ainda ofereceu um roteiro que ela deveria seguir quando os jornalistas a procurassem para comentar o caso, cabendo a ela dizer que sofria transtornos mentais: "como depressão aguda, síndrome do pânico e ansiedade, decorrentes exclusivamente de questões familiares, como o caso do falecimento recente de sua mãe com 58 anos de idade e de seu avô que era sua referência paterna". Dessa vez, caso o acordo de confidencialidade fosse descumprido, a multa fixada era de R$ 5 milhões.

Procurada pela reportagem desde terça-feira, a defesa de Rogério Caboclo não respondeu aos questionamentos do Estadão no prazo fixado para inclusão no texto. A notícia será atualizada assim que o jornal receber as respostas.

Afastado do comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por acusações de assédio moral e sexual, Rogério Caboclo sofreu nova derrota nesta segunda-feira. Lutando para retomar o poder da entidade, o dirigente viu a Justiça do Rio de Janeiro cancelar o seu pleito e a consequente eleição à presidência por irregularidades em mudança do estudo, em 2017.

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), foram nomeados para comandar a CBF por 30 dias, não são obrigados a aceitar e têm cinco dias para dar resposta.

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A Justiça do Rio de Janeiro determinou a nulidade da Assembleia Geral da CBF baseada em uma limitar que contestava a mudança na forma de votação para a presidência de entidade e tramitava no Ministério Público. Sem consenso dos clubes, Caboclo teria feito uma manobra nas regras eleitorais em 2017 para dar peso maior às federações, com votos valendo 3. Clubes da Série A ficaram com peso 2 e da Série B, 1 na eleição de abril de 2018.

A sentença foi assinada pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2.ª Vara Cível da Barra da Tijuca do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). É em primeira instância e cabe recurso, já adiantado pela entidade.

"Os presidentes da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, e do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, informam que analisarão em conjunto com federações, clubes e advogados a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que os nomeiam interventores da Confederação Brasileira de Futebol. Tão logo tomem uma decisão, os presidentes da FPF e do Flamengo se manifestarão publicamente", traz o comunicado feito em conjunto por Landim e Carneiro Bastos.

Caso aceitem, eles terão de convocar as 20 federações e os clubes para um novo pleito para definir um novo comando da CBF. A diretoria da entidade, a princípio, está mantida provisoriamente.

A CBF alega não ter sido notificada da anulação da eleição de Caboclo e promete recorrer. Na defesa, justificará que a decisão fere o artigo 217 da Constituição Federal que protege a entidade a sua organização de funcionamento.

Uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) estava convocada para o próximo dia 3 de agosto, justamente para debater as conclusões da comissão de ética da CBF para apresentar a decisão sobre as investigações no caso Caboclo. Há a possibilidade de adiamento após a nulidade do mandado do presidente afastado.

O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, utilizou o avião da entidade ao menos 28 vezes entre junho de 2020 e junho deste ano para transportar parentes, amigos e até mesmo seu cachorro. O Estadão teve acesso ao histórico de uso da aeronave oficial. De acordo com os registros, Paçoca, o cachorro da família, foi quem mais viajou: ele esteve presente em todas as vezes que o jatinho foi utilizado. A quilometragem percorrida de avião pelo animal corresponde a uma volta ao mundo.

Rogério Caboclo foi afastado do comando da CBF no dia 6 de junho, após se tornarem públicos áudios em que ele aparece fazendo investidas contra a secretária que o denuncia por abuso moral e sexual. As planilhas de voo são parte de auditorias internas que vêm sendo realizadas pela entidade com o objetivo de colaborar com a Comissão de Ética do Futebol para elucidar o caso.

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Conforme consta nos registros, o uso do avião da instituição era tão frequente que a esposa de Caboclo chegou a viajar sem o marido no dia 19 de janeiro de 2021, quando fez o trajeto do Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. A ponte aérea Rio/São Paulo era o itinerário padrão da família, que tem casa na zona oeste da capital paulista.

De acordo com a CBF, Caboclo tinha autonomia para decidir como utilizaria o serviço de transporte aéreo. A aeronave, porém, segundo a entidade, "não deve ser utilizada para fins não relacionados aos interesses da CBF". "Conforme diretrizes internas, o Presidente tem a prerrogativa de avaliar a necessidade do uso de aeronaves, através da qual identifique a possibilidade de obter algum benefício estratégico para a entidade. A aeronave não deve ser utilizada para fins não relacionados aos interesses da CBF", disse em nota oficial.

Procurada, a assessoria pessoal de Caboclo divulgou a seguinte nota: "A CBF, entidade privada, disponibiliza o avião para o presidente fazer o trajeto entre a sede da confederação e a cidade de sua residência - que, no caso de Caboclo, fica em São Paulo. Como o presidente passa muitos dias no Rio de Janeiro por causa do trabalho, diversas vezes a família o acompanhou, ficando na residência do Rio e usando o espaço vago no avião para os trajetos de ida e volta." O presidente afastado da CBF não comentou sobre a presença constante de Paçoca nos voos.

As viagens ocorriam geralmente aos sábados e, ao menos uma vez por mês, se tornavam um programa da família inteira. Era comum que o avião da entidade fosse usado para transportar o pai e a mãe de Caboclo, assim como a sogra, o filho, a nora e até os amigos do filho. Paçoca, o cachorro, estava presente em todos esses voos.

A presença de familiares e do cachorro do presidente afastado da CBF ocorria até mesmo em viagens com outros funcionários da entidade, como a realizada no dia 12 de novembro de 2020 - de Jacarepaguá a Congonhas - em que a esposa do dirigente o acompanhou em um voo com mais sete pessoas e a tripulação - sempre composta por piloto e o copiloto, além do cachorro Paçoca. Nesse dia, o Walter Feldman, então secretário geral da entidade, estava presente.

Os deslocamentos de membros da família entre o Rio de Janeiro e São Paulo eram constantes. De junho do ano passado a junho deste ano, ao menos um integrante da família fez uso da aeronave pelo menos uma vez por mês, com ou sem a presença de Caboclo. A frequência das viagens, no entanto, caiu este ano. Se em 2020 era comum que os integrantes da família viajassem uma vez por semana, em 2021 os deslocamentos se tornaram mensais.

O último registro data do dia 4 de junho deste ano, dois dias antes do afastamento de Caboclo de suas funções na presidência da entidade. Após a denúncia da secretária, as provas de uso indevido da estrutura da instituição em benefício próprio começaram a se avolumar.

Conforme revelou o Estadão, no período em Caboclo que geriu a CBF, foram gastos cerca de R$ 100 mil na aquisição de 171 garrafas de vinho com valores unitários que variavam de R$ 250 a R$ 1,8 mil.

As garrafas de vinho compradas pela CBF são citadas no depoimento prestado à Comissão de Ética do Futebol Brasileiro pela denunciante de assédio moral e sexual de Rogério Caboclo, que relatou episódios de consumo excessivo de vinho do chefe. O documento foi compartilhado com o Ministério Público Federal.

Como mostrou a reportagem, das cinco páginas que compõem o depoimento, duas são dedicadas aos relatos de suposto comportamento alcoólatra por parte de Rogério Caboclo. De acordo com a depoente, o presidente afastado da CBF ingeria bebidas alcoólicas durante o expediente na sede da instituição e em compromissos externos.

Os advogados do presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, apresentaram nesta quarta-feira aos membros do Comitê de Ética da entidade a defesa do dirigente. Ele foi removido temporariamente do cargo no início de junho, dias depois de vir à tona denúncia de assédio sexual e moral contra ele por parte de uma funcionária.

De acordo com a nota enviada à imprensa pela assessoria de Caboclo, o documento protocolado "desconstrói a acusação contra ele e apresenta laudos periciais, pareceres e provas" em busca de provar a inocência do dirigente no processo que tramita no Comitê de Ética da CBF.

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A defesa voltou a dizer que Caboclo não cometeu "nenhum tipo de assédio" e afirmou que o presidente afastado da CBF é "vítima de um procedimento absolutamente viciado que tem como base provas ilícitas, depoimentos de testemunhas evidentemente interessadas em um desfecho negativo para o acusado e fundamentação jurídica esdrúxula".

Rogério Caboclo diz que Marco Polo Del Nero, seu então padrinho político e ex-presidente banido do futebol por corrupção, é o mentor de seu afastamento e do suborno à funcionária no valor de R$ 12 milhões para que ela não protocolasse a acusação no Conselho de Ética da entidade e a tornasse pública. Del Nero nega.

No último sábado, a comissão independente que investiga o caso dentro da CBF negou pedido do presidente afastado para retomar seu posto no comando da entidade e prorrogou por mais 60 dias o seu afastamento, tempo que julga suficiente para a conclusão da investigação.

Se a Comissão de Ética considerar que Caboclo deve ser destituído da presidência, os 27 presidentes de federações terão que se reunir para votar. A votação pode acontecer antes do fim do prazo de 60 dias do afastamento do dirigente, que foi substituído temporariamente pelo coronel Antônio Carlos Nunes.

Além do processo na CBF, Rogério Caboclo é alvo de uma investigação criminal do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e de outra no Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ).

Afastado provisoriamente do comando da CBF desde o dia 6 de junho por decisão do Comitê de Ética da CBF, após ser denunciado por assédios moral e sexual por uma funcionária, Rogério Caboclo teve nova acusação protocolada contra ele no mesmo órgão. Dessa vez, o diretor de Tecnologia da Informação (TI) da CBF, Fernando França, acusa Caboclo de assédio moral.

A informação foi divulgada inicialmente pelo Globo Esporte, e confirmada pelo Estadão. A denúncia de França foi protocolada na terça-feira, 22. O diretor alega que Rogério Caboclo o injuriou, difamou e fez ameaças diante de outro funcionário da entidade durante uma reunião no apartamento de Caboclo, no Rio, no mês de abril.

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O Estadão pediu posicionamento a Rogério Caboclo sobre essa nova denúncia, mas até o momento não obteve retorno. A reportagem não conseguiu contato com Fernando França.

A acusação protocolada nesta semana pode complicar ainda mais a situação do presidente afastado. O Comitê de Ética da entidade tem até o dia 6 de julho para se manifestar sobre o afastamento temporário - o órgão pode prorrogar a suspensão por mais 30 dias ou recomendar o afastamento definitivo do cartola. Nesse caso, seria necessária a convocação de uma assembleia com os 27 presidentes das federações estaduais para votar pela destituição definitiva do dirigente.

Nas últimas semanas, Rogério Caboclo tem entrado em contato com cartolas dos estados para se defender das acusações de assédio. Caso o Comitê de Ética recomende seu afastamento definitivo do cargo, ele precisará dos votos de sete, dos 27 presidentes de federações, para se manter no cargo.

Afastado de suas funções desde o dia 6 de junho, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, se pronunciou nesta segunda-feira sobre a aquisição de um jato por US$ 14 milhões (R$ 71,7 milhões na cotação atual) para a entidade. Paga à vista, a compra foi realizada no mesmo dia em que uma funcionária formalizou denúncia de assédio sexual e moral contra ele.

Por meio de nota divulgada nesta segunda-feira, Caboclo afirma que a decisão de comprar o avião foi "planejada por diversos meses" e teve como objetivo "atualizar o patrimônio" da entidade", além de ter sido feita em "condições vantajosas".

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O mandatário também ressaltou que a transação foi realizada com a anuência da diretoria financeira e jurídica da CBF - tendo sido orientado a fazer a compra de forma "imediata" -, e antes das denúncias de assédio contra ele.

"O contrato foi aprovado e assinado pelos diretores jurídico da CBF, Luiz Felipe Santoro, e financeiro, Gilnei Botrel. Sem essas assinaturas o negócio jamais poderia ter sido fechado. Foi Gilnei Botrel que recomendou e realizou o pagamento imediato naquela data", diz Caboclo no comunicado.

A informação da compra do Legacy 500, prefixo PR-HIL, de 16 lugares, foi publicada inicialmente pelo UOL Esporte, e confirmada pelo Estadão. Atualmente, a CBF possui um jato particular (um Citation, de 12 lugares) que é utilizado para deslocamentos da cúpula da confederação - em especial, do presidente Rogério Caboclo.

Segundo bastidores, a compra do jato não havia sido discutida com o restante da diretoria, que tentou se desfazer do negócio por entender ser mais uma "herança maldita" da atual gestão.

Segundo o comunicado, o processo de venda da antiga aeronave, Cessna 680 modelo Sovereign, por US$ 6,150 milhões, "ainda não foi concluído em razão do afastamento do presidente, de forma unilateral e sem direito à defesa pela Comissão de Ética da CBF".

Rogério Caboclo foi afastado por 30 dias da CBF após decisão do Comitê de Ética, que recebeu a denúncia de assédio contra o presidente no dia 4 de junho. O mandatário nega as acusações. Quem assumiu seu lugar foi o vice-presidente Antônio Carlos Nunes, de 82 anos. Ele é o mais velho na função, e homem de confiança do ex-presidente Marco Polo del Nero, banido do futebol pela Fifa.

Jogadoras da Seleção Brasileira Feminina de futebol publicaram, nesta sexta-feira (11), um comunicado se posicionando contra os crimes de assédio, seja de cunho moral ou sexual. Nomes como Marta e Formiga postaram o manifesto em suas redes sociais.

O posicionamento acontece dias após o presidente da CBF, Rogério Caboclo, ser afastado de suas funções, depois de ser acusado por uma funcionária da entidade de assediá-la sexualmente. Rogério foi afastado provisoriamente por 30 dias.

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O mandatário vive um momento conturbado. Além da acusação de assédio que pesa contra ele, o dirigente pode ser intimado a depor na CPI da Covid-19 depois de fazer lobby para que a Copa América fosse realizada aqui. Os jogadores da Seleção masculina chegaram até a se posicionar contra a realização do torneio, mas confirmaram a participação. Sobre a acusação que paira sobre Caboclo, os jogadores não se posicionaram.

Já a grande maioria da seleção feminina postou em suas redes o manifesto. Marta, Formiga, Andressinha, Bia Zeneratto e a goleira Bárbara foram algumas que se posicionaram

Confira o comunicado:

“Todos os dias milhares de pessoas no Brasil são acometidas e desrespeitadas com cenas de assédio seja  moral ou sexual, especialmente nós mulheres. 

São brasileiros e brasileiras vítimas de abusos e atos que vão contra nossos princípios de igualdade e construção de um mundo mais justo. 

Dizer não ao abuso são mais do que palavras, são atitudes.Encorajamos que mulheres e homens denunciem.

Nossa luta por respeito e igualdade vai além dos gramados. Hoje mais uma vez dizemos não ao assédio.

O Brasil em preparação para as olimpíadas entra em campo para um duelo contra a Rússia, o penúltimo antes dos jogos olímpicos de Tóquio, nesta quarta às 16h no Estádio Cartagonova, em Cartagena (Espanha). Na segunda-feira (14) acontece o último jogo antes da convocação para o jogo. A Seleção enfrenta o Canadá.

A técnica da seleção brasileira feminina, a sueca Pia Sundhage, classificou como "muito sério" o caso de assédio sexual e moral envolvendo o presidente da CBF Rogério Caboclo. Uma funcionária da entidade protocolou uma denúncia na última sexta-feira, o que motivou o afastamento do dirigente por 30 dias pelo Conselho de Ética da entidade.

"É muito sério. Eu gostaria de poder explicar isso em sueco, já que inglês não é a minha língua materna, e nesse caso as palavras são muito importantes. Você pode ter sua opinião pessoal, conversamos com as atletas, informamos as atletas, todas têm opinião. E cada uma de nós tem que ter responsabilidade sobre as suas respostas", afirmou a treinadora.

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As declarações foram dadas em entrevista em San Pedro del Pinar, na Espanha, na véspera do amistoso da seleção contra a Rússia, que será realizado em Cartagena nesta sexta-feira. Esta foi a primeira entrevista organizada pela CBF nesta semana de preparação para os amistosos. Apenas a técnica participou. As jogadoras da seleção não se pronunciaram publicamente sobre o caso desde o início dos treinos na Espanha, na terça-feira.

A treinadora também mostrou preocupação com a influência do episódio na preparação para as Olimpíadas. "Estamos nos aproximando das Olimpíadas. Fomos um pouco abarrotadas por toda essa situação, e acho que é importante voltarmos o foco para o campo", afirmou a treinadora.

Na próxima segunda-feira, a equipe brasileira joga contra o Canadá, também em Cartagena. Esta é a última Data Fifa antes da disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Depois de ser denunciado por assédio sexual contra uma funcionária, Rogério Caboclo teria sido afastado, de forma momentânea, da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), publicou o site do Globo Esporte. A informação foi divulgada na tarde deste domingo (6).

Segundo o GE, o afastamento se deu a partir de uma decisão do Conselho de Ética da CBF. Nos bastidores, circularam informações de que patrocinadores e outros dirigentes pressionavam a Confederação pedindo a saída do presidente, após a denúncia de assédio, além dos rumores de que o presidente Jair Bolsonaro tem pressionado a organizadora do futebol nacional para que a seleção brasileira participe da Copa América.

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Entrevista do capitão do Brasil à Globo, Casemiro, depois da vitória diante do Equador, indica que os jogadores e o técnico Tite não concordam com a realização da Copa América no Brasil, em virtude dos números da Covid-19 no País. Também nos bastidores, informações dão conta de que os atletas poderão anunciar desistência da competição, fato que incomoda Rogério Caboclo e o próprio Jair Bolsonaro.

Também neste domingo, reportagem do jornal espanhol “As” diz que Caboclo, sob influência de Bolsonaro, tem articulado a saída do técnico Tite. Segundo a publicação, Renato Gaúcho poderia ser escolhido para comandar o Brasil na Copa América. Sobre essa matéria, até o momento, a CBF e Caboclo não se posicionaram.

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