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A Austrália anunciou nesta quinta-feira (16) um plano de ajuda para o mercado de trabalho 1,4 bilhão de dólares, no momento em que o desemprego registra o maior nível em 20 anos devido à pandemia do novo coronavírus.

O primeiro-ministro Scott Morrison explicou que o investimento permitirá criar mais de 300.000 postos de formação, para que os desempregados e as pessoas que entram no mercado de trabalho consigam uma nova orientação para setores considerados promissores.

"Para muitos australianos é uma preocupação observar que terão problemas para encontrar um trabalho na indústria ou nos locais em que trabalharam até agora", disse.

"Queremos dar a possibilidade de que encontrem trabalho em outros setores", completou.

O Escritório Australiano de Estatísticas anunciou que em junho o desemprego alcançou 7,4% da população ativa.

O país de 25 milhões de habitantes, que pode entrar em recessão pela primeira vez em quase 30 anos, tem atualmente um milhão de pessoas sem trabalho, o que não era registrado desde 1998.

O governo conservador destinou bilhões de dólares para apoiar a economia desde o início das medidas de confinamento em março.

O país retorna aos poucos à normalidade, mas a segunda maior cidade da Austrália, Melbourne, registrou um aumento de casos de COVID-19 e teve que retornar ao confinamento na semana passada, o que tem importantes consequências econômicas.

Nas últimas 24 horas, o estado de Victoria, onde fica Melbourne, registrou 317 novos casos do novo coronavírus, um recorde. A região está isolada do resto do país há uma semana.

A Austrália registra até o momento 11.000 contágios e 113 mortes provocadas pela COVID-19.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, minimizou nesta quarta-feira (2) a importância de sua conversa por telefone com o presidente americano Donald Trump, que chamou de "monótona", apesar de ter provocado uma tempestade política nos Estados Unidos.

Morrison afirmou que Trump pediu apenas para estabelecer um "ponto de contato" com o governo australiano para que participasse em uma investigação com a qual o presidente americano busca desacreditar a ideia de que a Rússia teria ajudado em sua campanha eleitoral de 2016.

Morrison disse que ficou "feliz" em atender o pedido de Trump e que o embaixador australiano nos Estados Unidos, Joe Hockey, já havia oferecido a ajuda do país na investigação em maio.

"Foi uma conversa bastante monótona", disse Morrison ao canal Sky News.

"Nós falamos que estávamos preparados para ajudar e cooperar nessa investigação, o que não é incomum. Washington é um aliado significativo - de fato, o nosso aliado mais significativo - e estamos acostumados a compartilhar muitas informações", completou.

Morrison não explicou, no entanto, se a Austrália forneceu informações e disse que o processo está nas mãos dos funcionários do governo.

"A Austrália nunca faria nada contrário ao nosso interesse nacional. Seria, francamente, mais surpreendente se tivéssemos decidido não cooperar", declarou.

Trump afirmou diversas vezes, sem provas, que as investigações do FBI sobre a suposta interferência russa nas eleições de 2016 seriam obra do que ele chama de "deep state" ("estado profundo"), favorável ao Partido Democrata.

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