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A seleção brasileira feminina de basquete encerrou um jejum de 28 anos nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Na decisão, no fim da noite deste sábado, a equipe teve ótima atuação e derrotou a seleção dos Estados Unidos por 79 a 73, conquistando a medalha de ouro desse evento pela primeira vez desde a icônica vitória sobre Cuba em Havana-1991.

Sob o comando de José Neto, que dirige a equipe em seu primeiro torneio oficial na função, a seleção teve campanha perfeita no Pan, pois na fase de grupos triunfou diante de Canadá, Porto Rico e Paraguai, depois derrotando a Colômbia nas semifinais. E a conquista no começo de um projeto dá esperanças de que o basquete feminino brasileiro volte a ser competitivo internacionalmente.

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Foi uma decisão bastante equilibrada. O Brasil teve um começo forte, abrindo 14 a 8. Mas passou a cometer muitos erros, permitindo que as norte-americanas fechassem o primeiro quarto em vantagem de 22 a 20. Mas conseguiu a virada antes da saída para o intervalo, em 39 a 38.

No terceiro quarto, o Brasil teve um começo forte, especialmente na defesa. E isso acabou sendo determinante para a seleção começar o último período da decisão ganhando por 55 a 53. O equilíbrio e a emoção se repetiram no último quarto, mas a seleção brilhou para assegurar a vitória com atuação brilhante de Tainá, que fechou o duelo com 24 pontos.

Pelo Brasil, Raphaella Monteiro fez 12 pontos, assim como Erika. Na seleção dos Estados Unidos, Beatrice Mompremier somou 16 pontos e 12 rebotes.

NATAÇÃO - Nas provas da natação que encerraram o dia no Pan, Guilherme Costa garantiu o ouro para o Brasil nos 1.500m costas com a marca de 15min09s93. Ele, assim, deixou para trás o norte-americano Nicholas Sweetser (15min14s24), o segundo colocado, e o mexicano Ricardo Vargas (15m14s99), o terceiro.

O revezamento masculino brasileiro foi o segundo colocado no 4x100 metros medley com Guilherme Guido, João Gomes Junior, Vinicius Lanza e Marcelo Chierighini, com 3min30s98, sendo superados pelos Estados Unidos.

Na final feminina dos 4x100m medley, a equipe feminina do Brasil, composta por Etiene Medeiros, Jhennifer Conceição, Giovana Diamante e Larissa de Oliveira, foi a terceira colocada, com a marca de 4min04s96, atrás de Estados Unidos e Canadá.

Assim, o Brasil fechou o penúltimo dia do Pan com 54 medalhas de ouro, 42 de prata e 68 de bronze, um recorde histórico que poderá ser ampliado neste domingo. Apenas na natação foram 30 medalhas, com dez ouros, 11 pratas e nove bronzes.

O Recife receberá, no dia 12 de maio, uma partida da seleção brasileira de basquete feminino. O confronto que servirá de preparação para as Olimpíadas Rio-2016 será contra a seleção de Cuba, a partir das 20h30, no ginásio do Sesc, bairro de Santo Amaro, área central da capital pernambucana. O jogo é o primeiro de três amistosos que o Brasil fará contra a equipe cubana.

A partida também traz ao Recife uma clínica de basquete com o atual técnico da seleção feminina, Antônio Carlos Barbosa, além de profissionais que atuam no esporte em Pernambuco. O evento será realizado nos dias 10 e 11 de maio, contando com a participação de estudantes de educação física, trabalhadores da área e interessados no esporte. A ideia do ato é compartilhar informações noções de treinamento técnico e tático.

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“Há mais de 15 anos que não recebíamos a nossa seleção de basquete feminino, então é motivo de muito orgulho poder sediar esta partida diante da seleção cubana. Pernambuco mostra mais uma vez sua força para receber importantes eventos e isso representa um estímulo ainda maior para a modalidade, que vive um ótimo momento aqui. Tenho certeza que a seleção sairá do Recife com uma bela vitória para começar bem o caminho rumo a uma medalha nas Olimpíadas Rio-2016”, comenta o secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras, conforme informações da assessoria de imprensa.

A partida da seleção brasileira no Recife terá cunho solidário. O ingresso será feito com a doação de dois quilos de alimentos não perecíveis. Os locais para a troca dos alimentos pelos bilhetes serão divulgados em breve. 

Se o técnico Luiz Zanon era criticado por não acompanhar in loco os jogos da Liga de Basquete Feminino (LBF), o novo treinador da seleção brasileira, Antonio Carlos Barbosa, tem postura diferente. O veterano tem viajado para assistir às partidas da competição, que conta com apenas seis clubes, dos quais dois só sabem perder.

De acordo com a assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), o próximo jogo que Barbosa assistirá será entre Presidente Venceslau e Maranhão Basquete. Curiosamente, essa será uma das três únicas partidas com transmissão pela TV - canal SporTV. Às demais ele só poderia assistir in loco. O Presidente Venceslau é o último colocado e só perdeu até agora. O Maranhão Basquete vem em quarto, com apenas quatro vitórias.

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"Começamos o mês de fevereiro acompanhando duas partidas em Recife (UNINASSAU/América x Corinthians), mas já estamos agendados com jogos nas cidades de Presidente Venceslau (SP) e São Luís (MA). É muito importante estarmos presentes nesses jogos para avaliarmos as jogadoras selecionáveis para defender o Brasil nos Jogos Olímpicos, além de demonstrar a seriedade que estamos encarando esse novo período de trabalho", analisou Barbosa.

Depois de acompanhar Presidente Venceslau x Maranhão Basquete no próximo dia 24, Barbosa e a coordenadora Adriana Santos viajam para acompanhar os dois jogos entre Sampaio Corrêa e UNINASSAU/América, em São Luís.

O embate entre as equipes da Liga de Basquete Feminino (LBF) e a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) segue sem uma definição. Após os clubes solicitarem assumir o comando da Seleção Feminina até as Olimpíadas do Rio 2016 e a entidade máxima do esporte no país negar o pedido, além de criticar a postura dos times, um novo ofício foi enviado nessa terça-feira (8) à Confederação exigindo uma mudança de posicionamento sob a ameaça de um boicote à seleção.

O documento primeiramente alerta para uma pressão que as atletas que atuam no Brasil vêm sofrendo por parte dos integrantes da diretoria da CBB para que se apresentem à seleção para um evento-teste que acontecerá no mês de janeiro, avaliando a abordagem como desrespeitosa e despreparada. Integrantes dos clubes também solicitam uma retratação do diretor técnico da cofederação, Vanderlei Mazzuchini, por ter chamado os comandantes do América-PE, Roberto Dornelas, do Corinthians, Antônio Carlos Vendramini, e do Santo André, Laís Elena, de 'sem caráter'.

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Confira na íntegra a nota enviada pelos clubes a CBB:

"Nós, atletas e clubes da Liga de Basquete Feminino, informamos que, na última sexta-feira (04), reportamos à FIBA, através do Secretário-Geral Alberto Garcia, todo o histórico de como está sendo tratada atualmente nossa Seleção Brasileira de Basquete Feminino. Também apresentamos nossa proposta, que tem como objetivo tornar representativo o departamento técnico da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), naipe feminino, através da inclusão dos seis técnicos que atualmente dirigem as equipes que disputam a Liga de Basquete Feminino, fortalecendo a estrutura técnica de preparação das atletas para as Olimpíadas 2016.

Vale ressaltar que desde a última convocação da CBB para o feminino, realizada no dia 04/12/2015, não representa o verdadeiro basquete feminino nacional. Membros da comissão técnica da CBB, como o diretor de seleções Sr. Vanderlei Mazuchini, o atual  treinador da Seleção Feminina, Sr. Zanon, e o administrador de seleções, Sr. Bruno, têm comprovado o desrespeito com atletas, técnicos, dirigentes, clubes e, acima de tudo, com os seres humanos que estão em plena atividade na disputa da 6º edição da Liga Feminina de Basquete.

Com a justificativa de conversar com as atletas sobre convocação, eles passam informações errôneas de punições caso as jogadoras não se apresentem ao evento-teste de janeiro de 2016. De forma clara e desesperada, procuram desestabilizar este grupo através de informações que não procedem. A insistência é tanta que procuram pelas convocadas mais de uma vez ao dia, para pressioná-las. O mais interessante é que a maioria das atletas, técnicos e dirigentes nunca recebeu tantas ligações da Confederação Brasileira como nas últimas semanas.

Primeiramente é importante salientar que o evento-teste para as Olimpíadas não é data oficial da FIBA, o que não obriga que as jogadoras participem da mesma. Logo, não há qualquer punição para as atletas e clubes, bastando apenas que elas (jogadoras) solicitem dispensa. Também é importante informar que o desejo dos clubes é que este impasse se resolva de forma rápida e que o evento-teste seja realizado com os verdadeiros representantes do basquete feminino. 

Para isso, no entanto, a Confederação Brasileira não se propõe a nada, em termos de diálogo, demonstrando a falta de respeito por clubes e atletas que fazem o basquete feminino, assim como apresentam preocupação com o ego em detrimento da própria seleção, mesmo tendo o conhecimento de que não existe clima para qualquer tipo de preparação com as atletas nesta situação.

Associado a este momento, de forma extra-judicial, os clubes enviaram na data de hoje (08/12/2015) à Confederação Brasileira de Basketball, através do presidente Sr. Carlos Nunes, e para conhecimento da FIBA, a “Carta de Repúdio e Pedido de Retratação Pública”. Ela exige que o Sr. Vanderlei se retrate, através da imprensa, por ofendido técnicos deste grupo chamando-os de “sem caráter”, demonstrando, claramente, desrespeito e desconhecimento quando julga profissionais como o Carlos Lima, do Maranhão Basquete, Lisdeivis Victores, do Sampaio Corrêa, Flávio Prado, de Presidente Venceslau, Arilza Coraça, de Santo André, Roberto Dornelas, que reacendeu o basquete feminino do Nordeste, levando a título da Liga Feminina de Basquete, e, principalmente, o Sr. Antônio Carlos Vendramini, o Vendramini, e a Sra. Lais Elena, a Laís, que, com mais de 40 anos de experiência da modalidade, merecem mais do que o respeito. Merecem que a Confederação Brasileira agradeça todos os dias por tudo que fizeram, fazem e farão pela modalidade. Cabe salientar que o Sr. Vanderlei, por nunca ter atuado com a modalidade feminina, assim como não ter nenhum conhecimento do basquete feminino, seja nos clubes ou seleção, nem de longe possui condição de questioná-los, de forma técnica, muito menos em termos de caráter. 

Por fim, gostaríamos de comunicar que estaremos aguardando até a ultima partida desta ano da 6º edição da Liga Feminina de Basquete – 22/12/2015 - que a Confederação se manifeste de forma positiva para que todo basquete feminino possa fazer uma participação honrosa nas Olimpíadas. Caso isso não ocorra os clubes não permitirão, através de uma dispensa coletiva, que atletas sejam humilhadas dentro e fora das quadras por profissionais que não representam o basquete feminino como são os casos do Sr. Vanderlei e do Sr. Zanon, tornando o evento-teste do basquete feminino vazio. Cabe a CBB, por meio de seu Presidente, Sr. Carlos Nunes, decidir o que realmente deve prevalecer para a nossa seleção brasileira feminina de basquete: a teoria ou a prática?" 

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