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O Corinthians está há 300 minutos sem balançar a rede de seus adversários. O empate sem gols diante do Red Bull Bragantino, no último sábado, fez com que a equipe alvinegra atingisse essa marca, que é uma das piores já registradas em sua história. Nos últimos 14 anos, não houve desempenho tão ruim quanto esse da equipe comandada por Dyego Coelho.

Até o momento, são cinco derrotas, cinco empates e três vitórias. Isso rende ao time um aproveitamento de 35,9% no Campeonato Brasileiro. No acumulado do ano, a situação piora. Dentre os clubes que disputam na elite do futebol nacional, o Corinthians está empatado com o Botafogo na última colocação, com 45,16% de aproveitamento.

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"Não vai ser do dia para a noite que vamos resolver todos os problemas da equipe. Hoje (sábado) já fomos mais competitivos e no segundo tempo conseguimos uma produção ofensiva melhor", disse Coelho, após o empate.

Em termos de comparação, em 2007, quando o clube foi rebaixado para a segunda divisão, os resultados do primeiro terço do Brasileirão foram superiores aos de agora. Naquele ano, até a 13ª rodada o clube acumulava quatro derrotas, cinco empates e quatro vitórias, o que lhe rendia 17 pontos. Hoje, são 14.

O pior início, no entanto, é de 2006, ano em que a competição passou a ter 38 rodadas. Naquela temporada, o clube alvinegro fez apenas 10 pontos nos 13 primeiros jogos. Contudo, isso não impediu a equipe de terminar o campeonato na 10ª colocação.

JÔ, UM MÊS SEM GOLS - O ataque, que não faz gols há quatro rodadas, vê sua referência na mesma situação. Jô, que chegou com o status de artilheiro, marcou apenas um gol nas últimas nove partidas que disputou. O gol saiu há cinco rodadas, contra o Bahia. Na ocasião, o Corinthians venceu por 3 a 2.

Mas não é possível culpar apenas Jô pelo jejum do sistema ofensivo alvinegro. Quando a bola chega, ele ao menos tenta concluir. Até o momento, o atacante finalizou 21 vezes, 11 em direção ao gol. Coelho disse que treina o elenco para que a bola chegue com mais facilidade aos pés do centroavante.

"Mais uma vez eu falo que é evolução de treino para gente chegar no ataque e se impor cada vez mais no campo do adversário. Hoje (no empate com o Red Bull Bragantino) fizemos isso, tentamos fazer com que jogássemos mais no campo adversário para a bola chegar com mais facilidade ao Jô. Essa é a nossa função durante os treinamentos", revelou.

O Corinthians volta a entrar em campo nesta quarta-feira, às 19 horas, diante do Santos. O clássico será disputado na Neo Química Arena e é considerado decisivo para o time resgatar o bom futebol. A equipe está na 14ª colocação, a dois pontos da zona de rebaixamento.

A partida entre Santa Cruz e Rio Branco-ES, nesta quarta-feira (6), no Arruda, teve como protagonista o marasmo. Sem nenhum destaque técnico em campo, as equipes terminaram no 0 a 0. Cenário de tédio que, no entanto, foi o suficiente para classificar os corais à segunda fase da Copa do Brasil. Como os tricolores haviam vencido o jogo inicial por 1 a 0, fora de casa, qualquer empate garantiria a equipe anfitriã na etapa seguinte da competição nacional. Agora, Milton Mendes e seus comandados esperam o resultado do encontro entre Náutico e Vitória da Conquista, que, após igualdade sem gols na ida, voltam a duelar, nesta quinta-feira (7), às 19h30, na Arena Pernambuco.

O ritmo do jogo no primeiro tempo foi proporcional ao movimento nas arquibancadas – apenas 2690 torcedores compareceram ao reduto coral. Apesar do equilíbrio, o caráter parelho se deu com base na monotonia demonstrada por ambos os times. Jogando em casa, o Santa Cruz não conseguiu se impor no volume de jogo, falhando nas tentativas de penetração em meio à defesa adversária e medindo forças com o oponente na linha intermediária, onde a pouco qualificada disputa se desenhou na maior parte da etapa.

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Em suma, nos primeiro 45 minutos, os tricolores tentaram fazer valer o peso da camisa e a teórica superioridade técnica, mas esbarraram na falta de organização e no sumiço dos jogadores que a torcida esperava que fizessem a diferença nos lances individuais. Especialmente Raniel, que pouco mostrou sua habilidade e foi vaiado pela torcida ao ser substituído por Pedrinho Botelho; Léo Moura, longe de expor o dinamismo outrora reconhecido nacionalmente; e Daniel Costa ausente no comando da articulação.

No retorno do intervalo, sem aumento na inspiração das equipes em campo, o que chamou atenção, aos 12 minutos, foi a saída do atacante estreante Ítalo Borges, que chegou ao Santa Cruz em janeiro e somente agora foi acionado. A alteração foi, inclusive, benéfica para o time coral. Mas o curioso é que o ofensivo havia entrado aos 37 do primeiro tempo, na vaga de Everton Sena – atuando, assim como o atleta sacado, no corredor direito do campo –, e terminou sendo substituído pelo meia-atacante Lelê, que assumiu a mesma função.

Foi uma verdadeira avalanche de ‘alternatividade’ do técnico Milton Santos. Em uma só partida, fez o diferente, ao promover uma mudança, por escolha própria, ainda na etapa inicial. No entanto, demonstrou insegurança ao tirar ítalo Borges, que teve pouco mais de 20 minutos para mostrar a que veio. No fim das contas, para alívio dele e ânimo da torcida coral, Lelê conseguiu trazer mais movimentação para a equipe. O placar, porém, permaneceu inalterado.

Craque LeiaJá

Edson Kolln (Santa Cruz): Estreante, o goleiro, que chegou ao clube coral no começo do ano, demonstrou segurança quando acionado, o que sua posição exige. É bem verdade que ele foi pouco exigido, mas não oscilou na defesa da meta tricolor, terminando o jogo sem levar gols.

Bola murcha LeiaJá

Everton Sena (Santa Cruz): Inoperante como lateral-direito, ele foi substituído ainda no primeiro tempo. 

FICHA DO JOGO

SANTA CRUZ

Edson Kolln, Everton Sena (Ítalo) (Lelê), Alemão, Néris e Tiago Costa; Wellington, Daniel Costa, Leandrinho, Léo Moura e Raniel (Pedrinho Botelho); Bruno Moraes. Técnico: Milton Mendes.

RIO BRANCO

Walter, Ivan, Alexandre, Santiago e Murilo (Ramon Alves); Marco Antônio, Ramon, Leonardo, Rodriguinho (Emerson Balotelli) e Bruninho; Cleiton (Felipe Capixaba). Técnico: Duílio.

Data: 06/04/2016.

Local: Arruda (Recife/PE).

Torneio: Copa do Brasil (primeira fase).

Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO).

Assitentes: Leone Carvalho Rocha (GO) e Adaílton Fernando Menezes (GO).

Cartões amarelos: Ítalo Borges, Léo Moura e Lelê (Santa Cruz); Santiago, Alexandre e Léo Oliveira (Rio Branco).

Público: 2.690.

Renda: R$ 25.920,00.

Era a chance de assumir a liderança do Grupo A do Campeonato Brasileiro da Série C. Porém, o Salgueiro desperdiçou, assim como as inúmeras oportunidades de gol no jogo contra o Águia de Marabá, neste domingo (24), no Cornélio de Barros. Sendo assim, o 0 a 0 terminou por ser justo no confronto válido pela segunda rodada da competição.

O Carcará ocupa a 3° colocação com quatro pontos e, na próxima rodada, enfrentará o Icasa-CE, sábado (30), no Romeirão. Enquanto o Águia de Marabá recebe o Vila Nova-GO, no domingo (31), às 16h, no Zinho de Oliveira.

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Salgueiro desperdiça oportunidades

O Carcará teve de tudo para sair na frente da partida logo no primeiro tempo. Contudo, os jogadores de ataque estavam pouco inspirados. Principalmente Kanu, que perdeu a chance mais clara ao mandar para fora com o goleiro já caído no chão. O Águia de Marabá chegou pouco no campo adversário, mas também teve seu momento de perigo. Klebson, livre na área, jogou para longe da meta de Luciano.

Águia pressiona, mas empate se mantém

O panorama do confronto se inverteu na volta do intervalo. Ao invés de pressionar, o Salgueiro foi pressionado. E o Águia de Marabá empilhou oportunidades perdidas. O técnico do Carcará, Sérgio China, tentou dar ofensividade ao seu time com Anderson Lessa, Cássio Ortega e o estreante Zé Paulo. Mas não deu resultado. Nem mesmo com a pressão final foi possível tirar o zero do placar. 

Com quatro jogos e nenhum gol marcado, os atacantes do Santa Cruz vêm sendo bastante cobrados pela torcida. Os únicos gols da cobra coral neste ano foram dos meias Guilherme Biteco e João Paulo.

Em coletiva realizada nesta segunda-feira (23) o atacante Waldison falou que está faltando apenas um pouco mais de sorte para o tricolor. “Quando você vem numa fase dessas parece que tudo é mais difícil, a bola não entra, o passe não sai, o chute não sai, a movimentação não sai, tudo dá errado”, disse o atacante em coletiva de imprensa.

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O jogador citou como exemplo os lances do companheiro de ataque Betinho, que acertou três bolas na trave no jogo contra o Salgueiro. “Algumas coisas não tem como explicar, ele fez tudo certo, fez a movimentação certa, se fosse em outro momento ele daria a cabeçada na bola com os olhos fechados, a bola ia bater no ombro e ia entrar", argumentou. "Ele foi consciente em todos os lances, sabendo o que tava fazendo e a bola insistia em bater na trave e não entrar”, lamentou Wadison.

Para o atacante tricolor, a solução para a seca de gols do Santa é paciência e trabalho: “Não tem o que fazer, você tem que ter calma, continuar tentando e esperar que uma hora a bola vai entrar. A gente não pode pensar que todo o trabalho que tem sido feito durante a semana tá tudo errado”. Com relação à cobrança da torcida pelos gols, o atacante falou que é justa e quando a bola começar a entrar a torcida vai apoiar o time. “Eu tenho certeza que a partir do momento que começarmos a ganhar, eles vão estar nos apoiando. Em quatro jogos nós só tivemos uma vitória, então isso é normal, ainda mais num clube como o Santa Cruz”, afirmou Wadison.

Sobre o clássico contra o Náutico, o jogador citou o time alvirrubro como favorito para a partida de quarta-feira (25) pela posição na classificação do Campeonato Pernambucano, mas lembrou o velho ditado de que clássico é clássico. “O Náutico pode ser o favorito por questão do momento na tabela, ele tá na frente. Mas eu não vejo favoritismo porque é clássico e clássico você ganha no detalhe, então quem errar menos vai sair com o resultado positivo”, finalizou.

O jogo do adeus à Série B foi sem sal. A torcida lotou a Ilha do Retiro com mais de 30 mil rubro-negros. O público festejou, cantou, pulou e empurrou o time. Porém, sem grito de gol. O duelo deste sábado (30), contra o Paysandu terminou por 0x0. Ambos os clubes deixam a Segunda Divisão para o próximo ano. O Papão lamenta o rebaixamento, enquanto o Leão celebra o acesso à elite.

Sem pontaria

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Se o jogo não valia nada, esqueceram de avisar os jogadores do Sport. Sem pressão e com o apoio dos quase 30 mil torcedores, o time foi com tudo para cima do Paysandu. Jogou bem, soube dominar o ritmo da partida e criou um sem-número de chances claras de gol e deu raras oportunidades para o Papão.

O Sport levou perigo aos 18 minutos, Marcelo Cordeiro cruzou para Neto Baiano. O centroavante rubro-negro foi derrubado dentro da área, ficou reclamando por pênalti, mas não ganhou nada. O Leão ainda pôde abrir o placar com Rithely. O volante recebeu passe de Marcos Aurélio, girou à frente do marcador, entrou na pequena área e chutou. Mas mandou à esquerda.

Marcos Aurélio também teve chance de marcar o dele. Patric cruzou na medida, o camisa 10 amaciou a bola, fintou dois defensores alviazulinos e, de tanto que demorou, chutou prensado contra o adversário. Mas, quem mais desperdiçou as oportunidades foi o centroavante Neto Baiano. Aos 39, chutou cruzado e ficou na defesa do goleiro Matheus. Aos 41, tirou do arqueiro e mandou para fora.

Chance real do Paysandu só aconteceu no primeiro minuto do segundo tempo. Heliton saiu em contra-ataque, ficou cara a cara com Magrão. Tentou acertar o canto, mas o goleiro defendeu. Foi a chance solitária para o Papão marcar o gol na partida.

Vai todo mundo

Se só Marcos Aurélio e Neto Baiano não estavam dando jeito, Geninho foi com tudo contra o Paysandu. Primeiro tirou Lucas Lima e Felipe Azevedo a campo, aos 23 minutos. Em seguida sacou Rithely e colocou o atacante Sandrinho. Pouco mudou. O Leão ficou no “quase gol” em pelo menos três oportunidades.

Aos 36, Marcos Aurélio teve a última boa chance. O artilheiro rubro-negro viu a zaga do Paysandu rebater a bola e tentou pegar de primeira. Tentou mandar para o fundo das redes como conseguiu 32 vezes neste ano. Sem sucesso. E o Sport deu adeus à Série B com um empate por 0x0 contra o Paysandu. Sem gols, mas com muito motivo para comemorar

Sport 0

Magrão; Patric, Oswaldo, Vinicius Simon e Marcelo Cordeiro; Tobi, Rithely (Sandrinho), Aílton (Ronaldo) e Lucas Lima (Felipe Azevedo); Marcos Aurélio e Neto Baiano. Técnico: Geninho

Paysandu 0

Matheus; Fábio Sanches, Leonardo e Pablo; Yago Pikachu, Murilo, Jaílton, Araújo e Caio (Washington Chileno); Heliton e Dennis (Careca). Técnico: Rogerinho

Local: Ilha do Retiro (Recife)

Cartões amarelos: Marcelo Cordeiro (Sport); Heliton (Paysandu)

Público: 30.017  Renda: R$ 461.512

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