Tópicos | SÉRGIO REZENDE

De 9 a 14 de dezembro, no Cinema São Luiz, Centro do Recife, a 26ª edição do Cine PE promete encantar o público. Para esta temporada, a organização escolheu como grande homenageado o cineasta Sérgio Rezende. O diretor carioca será agraciado com o troféu Calunga de Ouro.

"Homenagear Sérgio e tê-lo conosco no Recife é uma honra. Sérgio é um diretor eclético, que já rodou o mundo com festivais e foi premiado desde muito cedo na sua carreira. É um cineasta de enorme relevância e que precisa ser reconhecido por isso, sobretudo neste momento, em que precisamos fortalecer cada vez mais nossa cultura e o cinema brasileiro", declarou Sandra Bertini, diretora do festival. 

##RECOMENDA##

Reunindo no currículo as cinebiografias Tenório Cavalcante, Mauá, Lamarca, Antônio Conselheiro, Zuzu Angel e Tancredo Neves, Sérgio terá um dos seus primeiros trabalhos na programação do evento.

O Cine PE exibirá na abertura do festival, 9 de dezembro, dia da homenagem a Sérgio Rezende, o documentário Leila, Para Sempre Diniz. O filme é co-dirigido por Mariza Leão. O projeto filmado em 1974 recupera trechos das películas mais importantes em que Leila Diniz trabalhou. A entrada para o Cine PE é gratuita. 

A fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a pasta das Comunicações enfraquece a ciência brasileira e compromete o futuro do País, segundo o ex-ministro Sérgio Rezende, professor e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

"A economia de recursos é irrisória, praticamente nula", diz o físico, que comandou o MCTI de 2005 a 2010, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Já o desestímulo para se investir em ciência, tecnologia e inovação é enorme, segundo ele, sinalizando "mais uma vez" que o setor não é visto como prioridade.

##RECOMENDA##

"Nos últimos dois anos, o orçamento de ciência e tecnologia caiu muito. Vários programas foram interrompidos, congelados, e não acredito que vai haver melhora, porque a situação é ruim e a ciência está desprestigiada", disse Rezende, em entrevista à reportagem.

Ele cita a recente suspensão da Lei do Bem, que permitia a empresas abater do Imposto de Renda os investimentos feitos em inovação. "É um tiro no pé", afirma Rezende. "Quando você não investe em ciência, tecnologia e inovação, você está comprometendo o futuro." O resultado, segundo Rezende, é um ambiente de desânimo que ameaça fomentar a fuga de cérebros para o exterior, além de desestimular a entrada de jovens talentos nas carreiras acadêmicas e científicas.

Um dos grandes problemas na gestão de Dilma Rousseff, segundo Rezende, foi a troca constante de ministros - seis em apenas cinco anos e meio. "Não há como ter continuidade dessa forma." Para ele, uma medida importante do ministro Gilberto Kassab, portanto, seria manter as lideranças das principais agências de fomento da pasta: a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). E obter recursos para elas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando