Tópicos | Setores econômicos

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, cobrou mais uma vez que o governo atenda a setores econômicos impactados diretamente pela crise do coronavírus. Entre os grupos citados por Maia, além do setor aéreo, estão hospitais privados que necessitam ter sua liquidez garantida porque é um serviço essencial para o combate à pandemia. Ele participou de uma live promovida pelo Santander nesta quinta-feira (2).

"É preciso financiar redes de hospitais. Não são todos que são Einstein, Sírio, são da Rede D'or. Não vi uma articulação do governo garantindo liquidez. Os hospitais são importantes e nada foi feito ainda para continuarem funcionando”, disse Maia.

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Ele fez a mesma avaliação em relação às empresa aéreas. Segundo Maia, o governo não deu solução ao setor e a proposta do liberar crédito do BNDES para ser utilizado nas operações das companhias não resolve o problema e pode criar outro no futuro.

“Do jeito que o BNDES quer, o governo vai acabar sendo dono de todas as empresas áreas, isso de um governo liberal”, afirmou Rodrigo Maia.

Para ele, o governo está tímido nas decisões e isso gera angústia em todos os setores da sociedade. Ele disse que é o Parlamento e a sociedade que estimulam o governo a agir, e a falta de um pacote único e organizado prejudica o combate à crise.

“O governo está tímido, não toma decisões e acaba gerando uma certa angústia. Precisa sempre de alguém para estimular o governo a dar outros passos. Nós vamos ficando a reboque de outros países, da sociedade e do Parlamento. Isso gera essa insegurança”, criticou o presidente.

Banco Central

Rodrigo Maia defendeu que o Banco Central, como maior autoridade monetária do País, possa garantir a liquidez das empresas brasileiras, ajudando no microcrédito com responsabilidade e transparência. Maia afirmou ainda que o BC só não pode garantir liquidez para aquele que especulou e perdeu dinheiro.

“O Banco Central é uma instituição pública que é muito protegida, não sofre interferência política. Ele não pode garantir liquidez para aquele que especulou. Precisa garantir apoio para microempresários e para as empresas que, de fato, precisam de apoio”, defendeu.

Segregação do orçamento

Maia informou que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que segrega o orçamento deve ser votada em dois turnos até amanhã. Ele afirmou que é preciso garantir o debate da proposta, mas que o texto tem um amplo apoio entre os parlamentares. O presidente voltou a defender que o chamado “orçamento de guerra” dá mais clareza para a sociedade enfrentar a crise e garante que esses novos gastos criados não serão permanentes.

“Enquanto existir a crise, o Estado estará pronto para garantir a solvência das empresas, dos empregos, da estrutura de saúde, dando mais tranquilidade para sociedade manter o isolamento”, defendeu Maia.

Maia também disse que pode votar ainda nesta sexta-feira (3) o chamado Plano Mansueto, que estabelece um programa de ajuda financeira aos estados comprometidos com medidas de ajuste fiscal. Segundo ele, a Câmara tem buscado soluções para atender as demandas dos governadores de forma a garantir uma estrutura financeira mínima para poderem enfrentar a crise.

Um dos exemplos é o Projeto de Lei 1161/20, que garante os mesmos valores do ano passado (cerca de R$ 16 bilhões) por meio os recursos transferidos dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).

*Da Agência Câmara

Mesmo com um dia dedicado especialmente a elas, as mulheres ainda precisam lutar muito para serem respeitadas e conquistarem seus direitos, inclusive no âmbito financeiro e de empregos. Um boletim especial divulgado sobre a mulher e a taxa de empregabilidade na Região Metropolitana do Recife, coordenada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) revelou que, de maneira geral, as mulheres enfrentam dificuldades no mercado de trabalho, representam mais da metade de população desempregada e, quando empregadas, recebem salários menores que os homens.

Para compor o boletim, foi utilizada como fonte de dados a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana do Recife (PED-RMR) 2013, em que ficou constatado desempenho positivo no mercado de trabalho da região. Mesmo com a expansão do nível ocupacional, esta não foi suficiente para reduzir o número de desempregados. As mulheres continuaram ampliando sua inserção na força de trabalho, e o número de mulheres ocupadas cresceu, mas ainda manteve-se menos que o crescimento da ocupação masculina, reforçando o quadro de desigualdade nas oportunidades de inserção ocupacional entre homens (55,4%) e mulheres (44%).

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Em 2013, a inserção das mulheres em ambientes de trabalho ocorreu em ambientes de menor ritmo de expansão das oportunidades de trabalho na região, o que provocou o aumento da taxa de desemprego. Entre as ocupadas, o setor que registrou maior presença de mulheres foi na indústria (7,3%), número maior, inclusive, que o número de homens no mesmo setor (0,9%). Na construção civil, a presença foi ampliada de forma relativa (14,3%), mas sua participação direta no setor, com 1,1% formada por mulheres, ainda é bastante inferior que a masculina, com 15,1%, em relação ao total dos ocupados. No comércio, houve crescimento de 0,7% na presença de mulheres, e nos serviços, a elevação foi de 0,5%.

 

Em relação às formas de inserção no mercado de trabalho, em 2013 registrou-se aumento por assalariamento do setor privado com carteira assinada, com 4,9% de mulheres contra 4% de homens. Outra forma que teve destaque em 2013 foram as contratações de assalariadas do setor público, com 4% de aumento. Já o rendimento médio mensal das mulheres manteve-se estável e o dos homens decresceu. Em média, o valor é de R$ 995,00, enquanto que, para homens, o salário ficou em torno de R$ 1.362,00, diminuindo um pouco a desigualdade entre os sexos. Por fim, a jornada média de horas de mulheres no trabalho é de 41 horas semanais, enquanto que os homens registram 47 horas.

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