Tópicos | sexta 13

A história que cerca a antiga Fábrica Tacaruna, localizada na divisa entre os municípios do Recife e de Olinda, é o enredo da Mansão do Terror, atração do parque Mirabilandia há 12 anos. Habitado pelos espíritos da Mansão dos Martins, o local chama atenção dos frequentadores e alimenta o imaginário do medo e sobrenatural.

Por trás da maquiagem - que leva entre 15 e 20 minutos para ficar pronta -, gestos, figurinos e vozes macabras, atores e figurantes dão vida aos personagens do brinquedo. Com uma vida paralela, antes das 15h, horário de início do funcionamento da Mansão, eles são professores de teatro ou voluntários. Mas, ao ocupar os cômodos, a missão dos oito integrantes da atração é causar pavor nos visitantes.

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“Os atores e figurantes, na maioria das vezes, já participaram da Hora do Terror, que acontece entre os meses de outubro e novembro. Eles passam por uma preparação, um laboratório, e estudamos o enredo, que muda a cada temporada. A partir disso, eles esquecem quem realmente são e passam a incorporar aquele personagem”, explica a diretora geral, Cleo Henry.

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Um dos mais antigos na Mansão do Terror, Ed Júnior dá vida ao mordomo Epitáfio. Responsável por guiar os visitantes, o ator contou em entrevista ao LeiaJá que cada sessão é diferente. “A gente trabalha com o medo das pessoas e cada visitante terá uma reação distinta diante de uma ação nossa, tem gente que ri de nervoso e tem aqueles que chegam a chorar ou desmaiar de medo. Nessas horas, a gente improvisa e mantém o personagem sempre”.

Ele comenta que a ‘vida de monstro’ já não causa estranhamento entre os familiares e que recebe apoio e incentivo deles . “Minha filha de seis anos adora este espaço. Ela se diverte. Meu pai, sempre que pode, aparece por aqui, mas minha mãe evita”, disse.

Assustar é a palavra de ordem para os atores e figurantes. Interpretando a matriarca da Família Martins, Elizangela Carvalho vive um dilema. Mesmo trabalhando no parque desde os anos 2000, ela confessa que tem medo de ficar sozinha no cenário destinado para sua personagem. “Eu ando com a minha lanterna. Algumas vezes, fico perto dos meus amigos de cena e aguardo a minha vez de interagir com público. Tenho medo e consigo estar aqui todos os dias por causa dos meus amigos, que me ajudam. Mas, é legal assustar as pessoas”, garante.

O grupo já vivenciou diversas situações, das mais tensas até as cômicas. “Certa vez, percebi que, no meio do público, alguns rapazes não reagiam às minhas tentativas de sustos. Eu fazia de tudo. Comecei a me questionar, mas sem deixar o personagem. Até que percebi que eles eram surdos e mudos”, relembra o ator David Armageddon. Confira os bastidores e histórias da Mansão do Terror:

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As manifestações promovidas ontem pela CUT, UNE, MST e outras entidades, a dois dias dos protestos que pedirão o "Fora Dilma", levaram cerca de 30 mil pessoas às ruas em 24 Estados, segundo estimativas da Polícia Militar. Convocadas como atos de defesa da democracia e das instituições, as concentrações foram pacíficas e marcadas pela exaltação da presidente Dilma Rousseff, discursos "contra a privatização da Petrobrás" e ataques aos grupos que pedem o impeachment da petista.

Em São Paulo, o ato reuniu cerca de 12 mil pessoas, segundo a Polícia Militar - os organizadores falam em 100 mil. A concentração foi em frente ao escritório da Petrobrás, na Avenida Paulista. Os trabalhadores iniciaram a marcha por volta das 16 horas, uma hora depois do que havia sido combinado com a PM para evitar confrontos com o Revoltados On Line, um grupo anti-Dilma que havia marcado protesto no mesmo local às 15h. O grupo só chegou ao local às 17h.

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A marcha seguiu pela Avenida Paulista e, em frente ao Masp, somou-se ao ato organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Em assembleia, os professores da rede estadual decidiram entrar em greve por tempo indeterminado (mais informações abaixo). O grupo seguiu até a Praça Roosevelt, no centro, onde encerrou o ato.

Do alto dos seis carros de som estacionados no local, lideranças fizeram referências a bandeiras trabalhistas, como a retirada das Medidas Provisórias nºs 664 e 665, que alteram regras para acesso a benefícios como seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão por morte.

Nos discursos, entretanto, predominaram a "defesa das instituições democráticas", a reforma política e o repúdio à "tentativa de golpe" e "à privatização da Petrobrás", além dos riscos ao pré-sal. Em bandeiras, cartazes e camisas via-se mais frases como "Fica Dilma! Em defesa da democracia" e emblemas das centrais do que pautas trabalhistas. Em alguns momentos foi entoado o coro "Olê olê olê olá, Dilma, Dilma".

O presidente da CUT, Vagner Freitas, reafirmou que o ato não é em defesa do governo, mas da democracia e da Petrobrás. "Somos contra a corrupção. Corrupto tem que ser preso. Agora, não vamos quebrar a Petrobrás. Não podemos, com um discurso de ser contra a corrupção, preparar a empresa para a privatização. É isso que queremos alertar a população brasileira", disse. Freitas criticou a política econômica atual nas entrevistas, mas poupou a presidente no alto do carro de som.

A fala do dirigente coincide com os discursos dos petistas nas redes sociais e com os argumentos usados pelo ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, na CPI que investiga a estatal na Câmara. "O modelo regulatório do pré-sal está sob risco. As ameaças que estão sendo feitas à Petrobrás, a tentativa de enfraquecê-la e desmontar a cadeia de fornecedores de petróleo e gás, ameaça seriamente o desenvolvimento da produção do pré-sal no prazo previsto", disse ele na quinta-feira.

Ontem, Gabrielli participou do ato em Salvador na linha de frente de um protesto esvaziado. Segundo a PM, 800 pessoas participaram. A CUT-BA afirma que foram 3.000. "Não se pode condenar a Petrobrás, que é uma empresa séria e que tem seus sistemas de controle", disse ele, aplaudido pelos manifestantes. No discurso, chegou a elogiar as investigações da Operação Lava Jato e disse estar "surpreso" com os esquemas descobertos de desvios de recursos na empresa.

No Rio, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile disse que "a direita está fazendo tentativa de homicídio pelas redes sociais". Stédile se referiu à montagem que circula pelo Facebook, em que ele aparece com a inscrição "Procurado" e oferece "recompensa" de R$ 10 mil a quem capturá-lo "vivo ou morto" (mais informações na pág. A6).

No Recife, a manifestação lotou a Praça da Independência e teve ciranda, batucada de maracatu, bandeiras vermelhas. Os discursos foram em defesa da Petrobrás, pela democracia, pela reforma política e reforma agrária. Houve também repúdio às MPs do ajuste fiscal, aos pedidos de impeachment e de intervenção militar. O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, participação de cinco mil pessoas, enquanto a PM calculou que o número foi de mil.

'Golpismo'.

Houve ataques à "mídia golpista" e pedidos de regulamentação. O dirigente estadual do MST, Jaime Amorim, afirmou não ver necessidade para uma mobilização pró-Dilma neste momento. "Também temos críticas ao governo em relação às perdas dos trabalhadores", frisou. Segundo ele, o povo e os movimentos sociais terão que ir às ruas pela presidente somente se a defesa do impeachment crescer.

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