Tópicos | sigilo da fonte

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o direito ao sigilo da fonte por parte de jornalistas. O assunto vem sendo foco de contestações após o início das divulgações de conversas trocadas entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e procuradores da força-tarefa da Lava Jato pelo site The Intercept Brasil.

Em publicação no Twitter, Maia declarou: “Sou a favor da liberdade de imprensa em qualquer circunstância e defendo o sigilo da fonte”. “Isso está assegurado na nossa Constituição”, ressaltou o presidente da Câmara.

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A Polícia Federal investiga a origem das mensagens que estão sendo divulgadas pelo The Intercept desde 9 de junho e aponta que os textos foram conseguidos através de ataques hackers. Um grupo de quatro pessoas estão presas suspeitas de executarem o hackeamento, entre eles Walter Delgatti Neto, apontado como a pessoa que executou a extração das mensagens dos celulares de Moro e dos procuradores.

Além deles, a PF descobriu que outras autoridades dos três Poderes foram hackeadas. Uma delas, segundo informações da polícia, está Rodrigo Maia. Ele também usou o Twitter para ironizar o fato. 

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A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) se posicionou hoje (24) sobre o vazamento da conversa entre o jornalista Reinaldo Azevedo e a irmã de Aécio Neves. De acordo com a entidade, a Procuradoria Geral da República (PGR) violou o sigilo de fonte, garantido constitucionalmente. Em nota oficial a Abraji ressaltou que a divulgação se deu em um momento em que o jornalista publica críticas ao trabalho do órgão, o que sugere uma retaliação.

Outro argumento utilizado foi o de que, na reportagem veiculada pelo BuzzFeed News, a Polícia Federal não encontrou nenhum indício de crime, portanto, caberia a PGR cuidar da destruição do material, já que ele não serve como evidência. “A Abraji considera que a apuração de um crime não pode servir de pretexto para a violação da lei, nem para o atropelo de direitos fundamentais como a proteção ao sigilo da fonte, garantido pela Constituição Federal”, afirmou a organização.

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Todos os acontecimentos se dão em meio aos pedidos de demissão de Reinaldo Azevedo da Rádio Jovem Pan e da revista Veja. Profissionais da própria Jovem Pan, da Rádio CBN, Record, DCM e outros veículos de comunicação se solidarizaram com a situação do jornalista, enfatizando que o caso abre um precedente perigoso para o exercício da profissão.

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