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A produção industrial cresceu no mês de julho, segundo a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de evolução da produção ficou em 51,1 pontos no mês em questão ante 45,5 pontos registrados em junho. O resultado foi melhor até do que o de julho do ano passado, quando o indicador marcou 50,1 pontos. Essa pesquisa considera valores entre zero e 100 pontos, em uma escala na qual números abaixo de 50 indicam contração e acima disso são positivos.

A avaliação da CNI é a de que, "mesmo com aumento da atividade industrial em julho frente a junho, o setor repetiu no início do segundo semestre o baixo desempenho dos primeiros seis meses do ano e continuou acumulando estoques". O indicador de estoques efetivos em relação ao planejado atingiu 52,2 pontos em julho, frente 52,5 pontos em junho.

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O nível de utilização da capacidade instalada (UCI) ficou em 73% em julho ante 72% em junho. Ficou, portanto, no mesmo patamar de julho de 2011. Segundo a CNI, a "utilização da capacidade instalada continua abaixo do usual para o período, os estoques cresceram pelo terceiro mês seguido e o processo de escoamento de estoques indesejados segue de maneira lenta". Outro indicador que é o índice de utilização da capacidade instalada em relação ao usual para o mês registrou 43,4 pontos em julho (41,8 pontos em junho). Segundo a CNI, esse indicador continua abaixo da linha dos 50 pontos desde dezembro de 2010, o que denota que a utilização da capacidade instalada está abaixo do usual.

De acordo com a CNI, o baixo crescimento da produção não estimula o aumento do emprego. O indicador relativo ao número de empregados do setor ficou em 48,5 pontos em julho ante 47,2 pontos em junho, ainda abaixo da linha dos 50 pontos.

Expectativas

Segundo a CNI, apesar do cenário desfavorável, as expectativas dos empresários industriais seguem otimistas. Em relação a agosto, o indicador de expectativa para o aumento da demanda ficou em 58,5 pontos (58,4 pontos em julho).

As expectativas quanto à exportação do setor ficaram em 52,4 pontos em agosto ante 53,9 pontos em julho, uma pequena queda mas o indicador ainda é superior aos 50 pontos, o que demonstra otimismo.

Com relação à compra de matéria-prima, o indicador marcou 55,2 pontos em agosto ante 55,9 pontos em julho. Para o número de empregados, o nível de expectativa ficou em 51,2 pontos em agosto ante 51,4 pontos em julho.

O consumidor continua pouco confiante em relação à economia. Foi o que revelou na manhã desta quarta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que caiu 1,5% em julho ante junho. No mês anterior, já havia sido registrada queda de 2,8%, na série com ajuste sazonal. "Após três reduções consecutivas do índice mensal, o indicador em média móvel trimestral também passou a apresentar tendência de queda em julho", informou a FGV. Em maio, a queda foi de 1,2%.

Com o resultado, o ICC, que é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (sendo que, quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), caiu a 121,6 pontos em julho, após registrar 123,5 pontos em junho.

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Em seu comunicado, a FGV informou que houve piora nas avaliações sobre o presente e também sobre os meses seguintes. O ICC é dividido em dois indicadores. O Índice de Situação Atual (ISA) mostrou queda de 2,7%, ao passar de 139,1 para 135,4 pontos, a pontuação mais baixa desde outubro de 2011 (132,4 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,9% em julho, de 114,9 para 112,7 pontos, a menor desde março (112,2 pontos).

O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 2 e 20 deste mês.

O industrial brasileiro reduziu fortemente sua preocupações com o câmbio, conforme mostrou nesta terça-feira a Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O dólar foi o item menos citado pelos executivos de pequenas empresas e perdeu colocação importante nas de médio e grande portes, apontou o levantamento, referente ao segundo trimestre.

Para os industriais das companhias menores, o câmbio foi mencionado como um problema por apenas 3,8% dos entrevistados. Ao final do primeiro trimestre, o item foi apontado por 5,3% desse universo e, no encerramento de 2011, por 7,3% deles. Para os que atuam em empresas medianas, o dólar era considerado um obstáculo para 13,8% dos participantes no fim do ano passado, caiu para 12,5% ao final do primeiro trimestre e agora chegou a 8,8%.

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Na amostragem dos executivos de grandes indústrias, a redução nos três períodos foi de 29% para 23,3% e, ao final do primeiro semestre, de 19,2%. A sondagem foi realizada dos dias 2 a 13 de julho com 1.957 empresas.

Ao mesmo tempo, os industriais mostraram que, apesar da queda em relação à expectativa de quantidade de exportações, ela permanece em nível elevado. "Provavelmente isso ocorre em razão da valorização do dólar, mas não necessariamente esse aumento das vendas vá ocorrer. Pelo menos, os dados de hoje não mostram muito isso", considerou o gerente executivo de pesquisa da CNI, Renato Fonseca.

O economista salientou que a indústria não tem conseguido voltar a exportar o que vendia até a crise de 2009. "Estados Unidos, Europa e Argentina, que são nossos principais mercados, estão com dificuldades e a disputa com os produtos asiáticos está cada vez mais acirrada", disse.

O problema da falta de demanda ganhou importância no segundo trimestre de 2012 para empresas de todos os portes, em especial das grandes corporações, conforme a Sondagem Industrial apresentada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No levantamento, os industriais podiam apontar três dos principais problemas para seus negócios. A redução do consumo ficou em terceiro lugar para os executivos, atrás apenas de itens que são assíduos na pesquisa, como elevada carga tributária (primeira posição) e competição acirrada do mercado (em segunda colocação).

Pela sondagem, a falta de demanda foi citada por 34,5% dos industriais de grandes empresas, por 35,6% dos de média e por 31,8% dos de pequenas. Além dos impactos da crise externa sobre o País, o Brasil também sofre no mercado doméstico com a forte queda do consumo, de acordo com o gerente executivo de pesquisa da CNI, Renato Fonseca. "O estímulo ao consumo das famílias foi boa resposta à crise de 2009, mas isso não consegue fazer o País crescer indefinidamente", comentou. Ele salientou que, ao lado desse quadro, há também o deslocamento de compras para produtos importados.

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Apesar dos incentivos do governo, o índice de produção de veículos automotores, borracha e móveis ficou abaixo de 40 pontos em junho, segundo a Sondagem Industrial apresentada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Pelo levantamento, a produção recuou no mês passado em 27 dos 30 setores analisados e ficou abaixo do usual para o período em 23 deles. A sondagem é medida por um termômetro que vai de 0 a 100 pontos, com a marca de 50 pontos sendo a linha divisória entre crescimento e contração da atividade.

O índice de utilização da capacidade instalada efetiva em junho em relação ao usual recuou mais de cinco pontos nessa escala para os setores de Limpeza e Perfumaria (-8,5 pontos), calçados e suas partes (-5,5 pontos) e extração de minerais metálicos (-5,1 pontos).

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No mês passado, apenas 2 dos 30 setores conseguiram eliminar o acúmulo de estoques indesejados: extração de minerais metálicos e máquinas e equipamentos. Outros 19, porém, apresentaram estoques em excesso. Nenhum setor da indústria da transformação mostrou satisfação com o lucro e apenas poucos mostraram que estão em uma fase de boa situação financeira, como o de químicos (exceto limpeza e perfumaria), derivados do petróleo, couros, alimentos e reparação.

O fato de o acesso ao crédito permanecer mais difícil que o normal para toda a indústria foi apontado pelo economista da CNI, Renato Fonseca, como um dos maiores problemas para esse quadro hoje. "O crédito tinha praticamente voltado à normalidade em 2010, principalmente nas grandes empresas, mas voltou a cair novamente", considerou.

ExportaçõesOs industriais brasileiros estão mais pessimistas em julho em relação à quantidade de produtos a ser exportada, revela a Sondagem Industrial da CNI. De acordo com o levantamento, as expectativas situam-se em 53,9 pontos este mês. Em junho, esse indicador estava em 55,3 pontos. Apesar da piora, as expectativas estão melhores do que há um ano, quando o índice estava em 47,6 pontos.

Também piorou, de acordo com a sondagem, as estimativas em relação à demanda. O indicador estava em 53,9 pontos em julho ante 55,3 pontos em junho e 47,6 pontos em julho do ano passado. A projeção em relação ao número de empregados também apresentou leve queda no período, passando de 52,1 pontos em junho para 51,4 pontos em julho - 54 pontos em julho de 2011.

Os empresários ouvidos mantiveram, no entanto, as expectativas em relação à compra de matérias-primas de junho para julho em 55,9 pontos - há um ano estava em 58,1 pontos.

Embora os consumidores estejam menos otimistas em relação à situação da economia e do emprego, a expectativa para compra de bens duráveis aumentou na passagem de maio para abril. Segundo a sondagem Índice de Confiança do Consumidor, divulgada nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), houve um aumento de 2,4% na expectativa de compra de bens duráveis em junho ante maio, passando de 90,0 pontos para 92,2 pontos. Na comparação com junho de 2011, o humor do consumidor para bens duráveis também melhorou (7,7%).

"A expectativa de compra para duráveis aumentou. Parece que as medidas tomadas pelo governo ajudaram a melhorar a expectativa de consumo das famílias", afirmou Viviane Seda Bittencourt, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).

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A fatia de consumidores que declararam expectativas maiores para a compra de bens duráveis passou de 18,7% em maio para 18,8% em junho. Além disso, a parcela que demonstrou expectativas menores diminuiu de 28,7% para 26,6%. "Os consumidores estão dizendo que vão comprar a mesma coisa que no passado", explicou Viviane. "É uma posição cautelosa. Não está dizendo que vai gastar mais, ele vai gastar a mesma coisa."

A pesquisadora chamou atenção ainda para a maior cautela em relação às expectativas para as finanças familiares. Houve recuo de 1,4% em junho ante maio nesse quesito, embora ainda esteja em patamar elevado: 4,5% acima de junho de 2011. "Ainda existe certa cautela do consumidor em relação ao futuro quando fala de emprego. Então esse consumo não é tão forte quanto em 2010. Hoje tem nível de emprego e renda maiores do que antes, mas mesmo assim não estão consumindo tanto quanto em 2010. O consumidor ainda está num processo de tirar um pouco do peso das dívidas, o que provavelmente vai acontecer com a queda dos juros", avaliou Viviane.

A fatia dos consumidores que acreditam em uma melhora da situação financeira da família nos próximos meses passou de 42,5% em maio para 41,1% em junho. Já a parcela dos que espera piora aumentou de 3,8% para 4,3% no período. A percepção do consumidor sobre a economia local nos próximos meses também se deteriorou, com um recuo de 5,9% ante maio. Na comparação com junho de 2011 ainda há melhora, de 10,5%.

"Tem a ver (esse cenário) com a mídia, porque tem se falado muito na desaceleração da economia, o quanto o País deveria crescer, que vai ser muito difícil chegar a 2,5%. Isso tem influência, assim como a situação na Europa", afirmou a economista. "O consumidor enxerga que a situação da economia local vai piorar nos próximos meses, mas não tanto assim."

A indústria de transformação brasileira sinalizou um aumento da eficiência produtiva em 2012, segundo a Sondagem de Investimentos divulgada nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas, com informações coletadas em abril e maio. Na pesquisa, a expansão da eficiência produtiva foi apontada como principal motivo para a realização de investimentos, citada por 35% das empresas pesquisadas.

O segundo motivo mais citado para a realização de investimentos produtivos foi a expansão da capacidade produtiva, mencionada por 30% dos entrevistados. Porém, tanto em 2010 quanto em 2011, a expansão da capacidade produtiva havia sido o principal motivo para a realização de investimentos produtivos, com fatias de 40% das empresas e 36%, respectivamente.

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Segundo a FGV, o resultado mostra uma diminuição gradual do investimento em capital fixo nos dois últimos anos.

A parcela das empresas que citaram substituição de máquinas e/ou equipamentos como principal objetivo aumentou de 15% para 16% entre 2011 e 2012. No entanto, a proporção de empresas que afirmam estar sem programa de investimentos avançou de 16% para 19% do total na passagem de 2011 para 2012, o maior porcentual desde 2009 (26%).

A percepção das empresas industriais em relação ao ambiente para a realização de investimentos em capital fixo também piorou. O montante de empresas que afirmam encontrar algum tipo de dificuldade aumentou de 33% para 43% de 2011 para 2012, o pior resultado desde 2009, quando, afetadas pela crise internacional, 87% das empresas encontravam entraves para a realização de investimentos.

Entre as empresas que percebem dificuldades, o fator mais citado é a limitação de recursos da empresa, mencionado por 46% do total. O segundo fator inibidor mais citado é a carga tributária elevada, apontada por 35% das empresas. Em terceiro, figuram as incertezas sobre a demanda, com uma fatia de 34%. Já o custo de financiamento foi indicado por 26% das empresas, enquanto a taxa de retorno inadequada foi citada por 22% dos entrevistados.

A indústria brasileira enfrentou em abril um cenário de elevados estoques, queda da produção, atividade baixa e retração nas expectativas, conforme revelou a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de nível de produção ficou em 45,3 pontos no mês passado, o que representa uma queda de 9,3 pontos frente março, quando foi registrada a marca de 54,6 pontos. "É um quadro bastante negativo", resumiu o economista da CNI Marcelo Azevedo.

O economista explicou que era previsto um ligeiro recuo dos indicadores, depois de passados os efeitos da sazonalidade positiva de março. Ainda assim, admitiu, os resultados finais da Sondagem Industrial de abril foram mais negativos do que o esperado. Por enquanto, a confederação mantém a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) industrial de 2012 em 2%. Boa parte desse resultado, entretanto, deverá ser obtida no segundo semestre, pois os primeiros seis meses do ano estão bastante difíceis para o setor. "O melhor desempenho será sobre uma base ainda mais fraca que esperávamos", afirmou.

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Os indicadores apurados na pesquisa variam de zero a cem. Valores acima de 50 indicam aumento da atividade, do emprego, acúmulo de estoques indesejados e utilização de capacidade instalada acima da usual. Entre as várias questões pesquisadas, somente o indicador do nível de expectativas de exportação apresentou melhora em relação a março, alcançando 53,2 pontos (ante 52,1 pontos, em março). Apesar de a pesquisa não apurar os motivos que levaram a essa melhor percepção, Azevedo avaliou que pode ser um reflexo do novo posicionamento do câmbio, que favorece a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Assim como caiu o indicador do nível de produção, diminuiu também o índice que mede o número de empregados, para 48,9 pontos em abril (ante 49,5 pontos, em março). O porcentual de utilização da capacidade instalada no mês passado ficou em 71% (72%, em março). O indicador que mensura o nível de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual foi reduzido para 42,6 pontos (ante 45,2 pontos em março), ou seja, ainda mais distante da linha divisória dos 50 pontos.

Os estoques também estão elevados, indica a Sondagem Industrial da CNI. O indicador sobre o estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 53,0 pontos (ante 51,6 pontos em março). Já o indicador sobre a evolução dos estoques ficou em 50,9 pontos (frente 49,8 pontos, em março). Nesse caso, marcas acima de 50 pontos representam acúmulo de estoques indesejados.

Estoques acima do esperado são um entrave a mais para o setor, pois quando houver recuperação da economia, primeiro será necessário esvaziar depósitos para somente depois dar novo impulso à produção. Ou seja, a recuperação da indústria, "quando vier, será lenta", explicou o economista da CNI. "O setor terá, primeiro, de diminuir os estoques para depois elevar a produção", disse.

Estímulos trarão efeitos positivos

Azevedo afirmou que as medidas de estímulo ao setor automotivo anunciadas na segunda-feira pelo governo devem provocar efeitos positivos não apenas sobre o segmento, mas irradiando otimismo para áreas fornecedoras de insumos. Mas esse resultado não será imediato, alertou o economista, pois será necessário tempo para haver reação.

A pesquisa divulgada nesta terça-feira informou que o indicador de nível de produção do segmento de veículos automotores alcançou 36,7 pontos em abril (ante 57,4 pontos em março), ou seja, bem abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Já o indicador de estoque efetivo de produtos finais em relação ao planejado subiu, ficando em 53,8 pontos em abril (ante 51,2 pontos, em março). A Sondagem Industrial mostra, portanto, que o segmento de veículos automotores está com estoques elevados e baixa produção.

A Sondagem Industrial foi realizada no período entre 2 e 15 de maio. Foram consultadas 1.924 empresas, das quais 671 de pequeno porte, 757 médias e 496 grandes.

O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 8,7% no trimestre encerrado em janeiro, ante o mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Banco Central (BC). O resultado, apesar de negativo, mostra uma evolução favorável do indicador que, no trimestre encerrado em dezembro do ano passado, havia recuado 9,9%.

De acordo com a FGV, a variação do indicador no trimestre encerrado em janeiro deste ano é a menor da série iniciada em setembro do ano passado. O índice médio de confiança do trimestre ficou em 126,9 pontos, ante 139,0 pontos em janeiro de 2011. O índice vai até 200 pontos, sendo que pontuações acima de 100 sinalizam otimismo do setor. Abaixo deste nível, a indicação é de pessimismo.

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Do trimestre encerrado em dezembro para o finalizado em janeiro, foram destaques positivos os grupos Preparação do Terreno (de -5,8% para -1,0%) e Construção de Edifícios e Obras de Engenharia (de -11,4% para -9,5%). Em sentido oposto, no mesmo período, merecem destaque os segmentos de Obras de Infraestrutura para Engenharia Elétrica e para Telecomunicações (de -3,2% para -9,0%) e Obras de Acabamento (-1,9% para -5,4%).

Entre os componentes do ICST, houve avanço mais expressivo do Índice da Situação Atual (ISA-CST) que do Índice de Expectativas (IE-CST). Do trimestre encerrado em dezembro para o finalizado em janeiro, o ISA passou de -12,8% para -11,5%. Já o IE foi de -7,1% para -6,1%.

Com desempenho fraco este ano e pressionada por ambiente de incertezas no exterior, as previsões da indústria da transformação para 2012 são menos favoráveis do que as projeções para 2011 apuradas no final do ano passado. É o que mostra a edição de outubro-novembro da Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O levantamento abrange 880 empresas, com vendas somadas em torno de R$ 539,9 bilhões, entrevistadas entre os dias 5 de outubro e 30 de novembro deste ano. No universo de pesquisados, a parcela de empresas que apostam em elevar investimentos em capital fixo para o próximo ano caiu de 55% em 2010 para 50% este ano. No mesmo período, subiu de 15% para 17% a fatia de companhias que projetam investir menos.

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Entre as cinco categorias de uso da indústria da transformação pesquisadas pela fundação, quatro apresentaram projeções menos favoráveis de investimentos. A maior queda foi percebida pela indústria de duráveis. Neste segmento, a fatia de empresas que pretendem investir mais no ano seguinte caiu de 61% para 49%. Já a parcela das que pretendem investir menos no próximo ano, dentro da indústria de duráveis, saltou de 9% para 22% de 2010 para 2011.

A indústria também não está otimista quanto ao mercado de trabalho. A fatia de pesquisadas que planejam elevar número de contratações no ano seguinte caiu de 43% para 36% de 2010 para 2011. Já a parcela das que preveem redução na mão de obra subiu de 8% para 10%.

O faturamento industrial em 2012 deve sentir os efeitos da atual conjuntura desfavorável. O porcentual de empresas que esperam alta no faturamento no ano seguinte caiu de 72% para 69% de 2010 para 2011. No mesmo período, subiu de 6% para 8% a fatia de companhias que aguardam redução nas vendas. Entre as que esperam aumento para faturamento, a maior parcela de entrevistadas (42%) aguardam alta nas vendas entre 5,1% e 10% para 2012.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, manteve a trajetória de queda e recuou 2,5% em junho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a sexta queda consecutiva do ICC. Em maio, o indicador caiu 1,2% ante abril. De maio para junho, o indicador passou de 109,9 pontos para 107,1 pontos, na série com ajuste sazonal. Este é o menor nível da confiança da indústria desde outubro de 2009 (107,0 pontos).

O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que caiu 3,5% em junho após mostrar queda de 1,7% em maio. Com o resultado, o ISA atingiu o pior nível desde outubro de 2009. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas (IE), que cedeu 1,7%, em comparação com a queda de 0,6% em maio, e registra em junho o patamar mais baixo desde setembro de 2009.

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Na comparação com junho do ano passado, o ICI registrou queda de 7,3% esse mês, recuo mais intenso do que a taxa negativa de 4,8% apurada em maio, no mesmo tipo de comparação. Ainda na comparação com junho do ano passado, houve quedas de 9,8% e de 4,6%, respectivamente para o índice de Situação Atual e para o indicador de Expectativas, em junho deste ano.

O ICI é elaborado a partir de cinco tópicos da Sondagem da Indústria. A partir das respostas destes tópicos, a FGV elabora o resultado do índice que vai até 200 pontos, sendo que o desempenho do indicador é de queda ou de elevação se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente. O levantamento para cálculo do índice foi entre os dias 2 e 27 deste mês, em uma amostra de 1.146 empresas informantes.

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