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Um petroleiro encalhou no Canal de Suez, no Egito, nesta quarta-feira (31), bloqueando brevemente a via navegável, disse uma autoridade. O navio de bandeira de Cingapura Affinity V encalhou em um trecho de pista única do canal, disse Osama Rabie, diretor da Autoridade do Canal de Suez, em comunicado divulgado pela agência.

Ele salientou que cinco rebocadores da autarquia conseguiram refluir o navio numa operação coordenada. Rabie disse que uma falha técnica no mecanismo de direção do barco fez com que ele colidisse com a margem do canal, acrescentando que a navegação para outros barcos que passavam pelo canal voltou ao normal.

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George Safwat, porta-voz da autoridade do canal, disse à televisão por satélite Extra News, afiliada ao governo, que o navio encalhou por volta das 19h15 (hora local) e flutuou novamente cerca de cinco horas depois.

Safwat disse que o navio fazia parte de um comboio que seguia para o sul, em direção ao Mar Vermelho. Esta estrada artificial separa o continente africano da Península do Sinai e representa um elo crucial para o transporte de petróleo, gás natural e carga. O incidente não é o primeiro a bloquear a hidrovia. Atingido por uma tempestade de areia, o Ever Given, um colossal navio porta-contêineres com bandeira panamenha, encalhou na margem de um trecho de pista única do canal em março de 2021. Fonte: Associated Press.

Em um impasse que se arrasta desde a manhã de terça-feira (23) o Canal de Suez, uma das principais rotas marítimas do mundo, segue bloqueado pelo porta-contêineres Ever Given e pode levar vários dias para ser liberado. Autoridades locais enfrentam dificuldades para desencalhar a embarcação de 400 metros de comprimento e assistem à formação de uma extensa fila de navios que desejam utilizar a passagem que liga Ásia e Europa. De olho nas dificuldades de logística, os contratos futuros de petróleo voltam a subir nesta sexta-feira (26).

Às 8h20 de Brasília, o barril de petróleo WTI para maio subia 2,10% a US$ 59,79, enquanto o de Brent para junho avançava 1,97%, a US$ 63,02. A commodity já havia se fortalecido na terça-feira com a notícia sobre o bloqueio em Suez, mas ontem teve forte correção negativa por preocupações sobre o avanço da pandemia.

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"Podemos ficar aqui por dias. Nada está se movendo, e a conversa no rádio é que ficaremos aqui até o fim de semana.", disse ao Wall Street Journal Manolis Kritikos, mecânico de um navio-tanque operado pela Grécia preso na hidrovia.

De acordo com o site Marine Traffic, que acompanha o trânsito marítimo mundial, mais de 100 navios estão parados nas proximidades de Suez e aguardam o desbloqueio do canal para seguir viagem. Para além de atrasos nas entregas, circula no mercado o temor de encarecimento de fretes, caso o impasse com o Ever Given não seja resolvido rapidamente.

As transportadoras Maersk e Hapag-Lloyd AG já consideram desviar seus navios pela África, evitando o engarrafamento na hidrovia. "Estamos considerando todas as opções de entrega de carga para nossos clientes, incluindo transporte aéreo, ferroviário e envio de navios pela África do Sul, mas nenhuma decisão foi tomada", disse um porta-voz da Maersk ao Wall Street Journal. A dinamarquesa Torm AS informa que seus clientes já perguntam quanto custaria para tornar o desvio possível. (Com agências internacionais).

O Tribunal Penal do Cairo condenou 26 pessoas nesta quarta-feira (26) por formação de um grupo terrorista para lançar um ataque contra o Canal de Suez. Quase todos receberam sentenças de morte à revelia.

O veredicto foi anunciado após os juízes realizarem apenas uma sessão para analisar o caso. Um dos acusados, menor de 18 anos, não recebeu sentença de morte, conforme um comunicado da corte anunciando o veredicto. A nota não apresentou outros detalhes sobre a decisão.

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Cortes no Egito costumam dar a sentença máxima para aqueles condenados à revelia. No entanto, uma vez capturados, os réus recebem um novo julgamento automaticamente.

Os promotores acusaram o grupo de planejar ataques a navios que passavam através do canal e a outros alvos, como prédios de autoridades de segurança, turistas estrangeiros, cristãos e policiais.

O Egito tem sido atingido por uma onda de atentados e ataques suicidas desde o golpe militar que derrubou o primeiro presidente eleito do país, Mohammed Morsi, em julho. As forças de segurança egípcias lançaram uma ofensiva contra os apoiadores de Morsi, que vêm promovendo manifestações em massa denunciando o golpe militar e exigindo que ele seja reempossado. Centenas de pessoas foram mortas e milhares foram presas neste verão. O governo interino qualificou o partido de Morsi, Irmandade Muçulmana, como organização terrorista, responsabilizando-o pelos recentes ataques. Fonte: Associated Press.

O exército do Egito ampliou a segurança no Canal de Suez após um fracassado ataque a um navio transportador neste sábado, informou Mohab Memish, diretor da autoridade responsável pelo canal.

A tentativa de ataque ao navio Cosco Asia, de bandeira do Panamá, fracassou e "não houve dano ao navio nem aos contêineres que ele carregava", afirmou Mamish, acrescentando que o canal está operando normalmente.

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Cerca de 3 milhões de barris de petróleo bruto passam pelo canal por dia, bem como o oleoduto que vai do terminal Ain Sukhna, no Golfo de Suez, até o terminal Sidir Kerir, no Mar Mediterrâneo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um tribunal egípcio condenou 14 homens de uma seita extremista à morte por enforcamento, responsabilizando os acusados por ataques contra a polícia na Península do Sinai. Os 14 são membros da seita El Tawihd wi al Jihad, do movimento Takfiri, um grupo extremista islâmico que considera os outros muçulmanos como apóstatas. O líder da seita foi executado pelo governo do Egito em 1978, quando Anwar Sadat era presidente.

Seis dos acusados estavam presentes quando as sentenças foram pronunciadas nesta segunda-feira por um tribunal na província de Ismaília, no Canal de Suez, enquanto oito estão foragidos e foram condenados à revelia.

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Em junho de 2011, homens armados da seita atacaram uma delegacia de polícia e uma agência bancária no Sinai, matando um civil e alguns policiais. O grupo também é acusado de atacar a delegacia de El-Arish, no Sinai.

Em agosto, militantes atacaram tropas egípcias no Sinai, matando 16 soldados. Na sexta-feira passada, extremistas armados e vestindo cintos explosivos abriram fogo contra soldados israelenses na fronteira, matando um. Não se sabe se os extremistas que conduziram esses ataques eram Takfiri.

O tribunal emitiu as sentenças de morte após as supremas autoridades religiosas no país terem aprovado as execuções, como ocorre nas sentenças de morte sob o sistema jurídico do Egito.

As informações são da Associated Press.

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