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Ao menos 230 baleias-piloto foram encontradas encalhadas nesta quarta-feira, 21, na costa oeste da Tasmânia, Austrália, e apenas metade pareciam estar vivas, informaram as autoridades do país da Oceania.

"Um grupo de aproximadamente 230 baleias encalhou perto do Porto de Macquarie", afirmou o Departamento de Recursos Naturais e Meio Ambiente do estado da Tasmânia. "Parece que metade dos animais estão vivos", acrescentou.

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As imagens aéreas mostram uma cena devastadora de dezenas de cetáceos espalhados ao longo de um trecho de praia onde a água gelada encontra a areia.

Moradores jogaram cobertores nas sobreviventes e usaram baldes de água para mantê-las com vida, enquanto outras tentavam libertar-se, sem sucesso. Na mesma área, muitas estavam mortas.

As autoridades anunciaram que especialistas em conservação marinha e funcionários com equipamentos de resgate de baleias estavam a caminho do local.

Eles tentarão devolver à água aquelas que estão suficientemente fortes para sobreviver e, provavelmente, devem rebocar os animais mortos para o mar para evitar atrair tubarões à região.

Há quase dois anos, a mesma região foi cenário de outro encalhe em massa, com quase 500 baleias-piloto, das quais apenas 100 sobreviveram. As causas dos encalhes em massa não são completamente compreendidas.

Cientistas sugerem que podem ser provocados por grupos que desviam de sua rota depois que se alimentam muito perto da costa.

As baleias-piloto são muito sociáveis e costumam seguir os companheiros de grupo que entram em situações de perigo.

Às vezes acontece quando baleias idosas, doentes ou feridas nadam até a costa e outras integrantes do grupo as seguem, em uma tentativa de responder aos sinais de socorro da baleia que ficou encalhada.

Outras ficam confusas e acreditam estar em mar aberto quando ouvem sonares de alta frequência, quando na verdade estão em praias íngremes, como acontece no caso das baleias encalhadas na Tasmânia.

Esta semana também foram encontrados 14 cachalotes machos jovens mortos, encalhados em uma praia remota em King Island, na costa norte da Tasmânia.

A morte dos cetáceos poder ser um caso de "desventura", afirmou o biólogo da vida selvagem Kris Carlyon, da agência ambiental do governo, ao jornal local Mercury.

"A causa mais comum para estes eventos é uma desventura, podem ter ido buscar comida perto da costa, podem ter encontrado alimento e possivelmente ficaram presas na maré baixa", explicou Carlyon. "Esta é a teoria no momento", acrescentou.

A Nova Zelândia também registra encalhes com relativa frequência. No país, quase 300 animais são encontrados encalhados por ano em média, de acordo com os números oficiais. Não é incomum observar grupos de 20 a 50 baleias-piloto encalhadas em uma praia.

Mas os números podem alcançar centenas, como em 2017, quando cerca de 700 baleias ficaram encalhadas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A menina Billie Rae, 11 anos, surpreeendeu a todos ao resgatar um tubarão que encalhou na praia de Kingston Beach, em Hobart, capital da Tasmânia. O animal da espécie draughtboard australiano (Cephaloscyllium laticeps) ficou preso entre rochas por causa da maré baixa.

O resgate foi registrado em um vídeo, que mostra Billie se arriscando para salvar o animal marinho. A menina o pega com suas próprias mãos. Em entrevista à ABC News, a mãe da menina, Abby Gilbert, contou que a filha avistou o tubarão e resolveu salvá-lo por conta própria. "Eu não teria visto [o tubarão] de jeito nenhum. Ela tinha uma sensação inata de que ele estava ali", comentou.

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Tubarões draughtboard são uma espécie abundante na Tasmânia e não oferecem risco, segundo o especialista em ecologia e biodiversidade, Neville Barrett, do Instituto de Estudos Marinhos e Antárticos, em entrevista à ABC News. O ecologista ainda afirmou que as marés baixas que ocorrem no local durante a primavera são facilitadoras para que animais desta espécie fiquem encurralados em piscinas de rocha, que se formam conforme as águas descem de nível.

 

A polícia investiga o desaparecimento de pessoas depois que um incêndio varreu parte da ilha da Tasmânia, destruindo mais de 100 casas e forçando milhares a deixar a região. "Temo que alguém possa ter morrido nestes incêndios. É uma possibilidade clara e eu acredito que as pessoas precisam aceitar que isso pode ocorrer", disse o comissário de polícia da Tasmânia, Scott Tilyard.

A polícia está investigando diversos relatos de desaparecimento depois que o fogo atingiu a região ao sul da Tasmânia. "Embora ainda não tenhamos tomado conhecimento de mortes associadas a este incêndio, até este momento, quero deixar bastante claro que ainda é muito cedo para confirmar que isso não ocorreu", acrescentou.

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Cerca de três mil pessoas deixaram suas casas e muitos rumaram, no domingo, para abrigos de emergência à medida que o fogo avançava tanto para o leste quanto para o oeste da capital Hobart.

"No momento, ainda estamos trabalhando em inúmeros incêndios no Estado", disse o encarregado do corpo de bombeiros da Tasmânia, Mike Brown. "E estaremos nesta situação por diversos dias ainda".

Brown estimou que há "centenas de quilômetros de fogo não controlado ainda queimando em áreas de floresta de difícil acesso. Temos muito trabalho a fazer", afirmou.

Fortes ventos, que espalharam as chamas, tiveram abrandamento, segundo o porta-voz do corpo de bombeiros, John Holloway. "Estamos esperando o mesmo clima quente novamente até quinta-feira, então se tivermos esta janela para trabalhar (ventos mais fracos) para obter alguma forma controle, vamos aproveitar esta oportunidade", citou.

O clima quente e seco foi a condição para que os incêndios começassem em diversos Estados da Austrália neste mês, com ondas de calor elevado em diversas das principais cidades.

Estes incêndios já são conhecidos na região, onde 173 pessoas pereceram em 2009, durante o pior desastre natural recente.

As informações são da Dow Jones.

A Austrália está sofrendo uma das piores ondas de calor em décadas. Segundo a rede de televisão local itv, algumas cidades sofrerão com as piores temperaturas em mais de cinquenta anos, com o termômetro atingindo 50 graus Celsius em várias partes do país.

Nesta sexta-feira, as autoridades australianas combateram uma série de incêndios florestais. O fogo que se espalhou rapidamente pode ter danificado mais de 65 prédios perto da pequena cidade de Dunalley, no leste de Hobart, capital da Tasmânia, segundo informações do corpo de bombeiros.

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Incêndios tomaram o sul da Austrália, em meio a temperaturas escaldantes e ventos fortes. Em Hobart, os termômetros atingiram um recorde de quase 42 graus Celsius. Esperava-se que as condições meteorológicas pudessem ser amenizadas em grande parte da região no sábado, mas os bombeiros alertaram que o perigo de alguns dos incêndios continua alto.

Os incêndios florestais são comuns durante o verão australiano. Em fevereiro de 2009, centenas de incêndios em todo o estado de Victoria mataram 173 pessoas e destruiu mais de duas mil casas.

As informações são da Associated Press.

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