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Os juros futuros operam em baixa nesta quinta-feira (20) nas mínimas da sessão, acompanhando a desvalorização mais acentuada do dólar. Na abertura, chegaram a ensaiar alta, em meio a liquidez bastante reduzida - ambiente que favorece oscilações bruscas a partir de fluxos pontuais. Ainda, nos primeiros negócios, os investidores levaram em conta fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ficou em boa medida a percepção de que a Selic deve cair, mas não muito mais.

Segundo Campos Neto, há atualmente no Copom "pessoas com visões diferentes sobre o limite da política monetária". Ele afirmou ainda que os países com dívidas maiores encerram o processo de corte de juros com taxas "um pouco maiores também".

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O exterior também influencia os movimentos. Às 10h12 desta quinta, o DI para janeiro de 2027 apontava 7,52%, de 7,61% no ajuste de ontem. No trecho curto da curva a termo, o DI para janeiro de 2022 indicava 3,41%, de 3,42% no ajuste de quarta-feira.

Os juros futuros abriram em forte alta, de até 30 pontos no janeiro para 2025, em sintonia com o dólar e em meio à expectativa sobre se o ministro da Justiça, Sérgio Moro, anunciará sua saída no pronunciamento marcado para as 11 horas.

Às 9h29, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 subia para 2,80%, de 2,71%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 avançava 4,78%, de 4,53% no ajuste de ontem.

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O DI para janeiro de 2025 subia a 6,46%, de 6,26% no ajuste de ontem.

A aceleração da cotação do dólar na tarde desta quinta-feira, 16, com a moeda chegando a tocar os R$ 4,20, deu mais gás ainda aos juros futuros na sessão de hoje, provocando aceleração firme das taxas nos vencimentos de médio e longo prazo. Nos mais curtos, a surpreendente alta do IBC-Br em novembro deu espaço para correção de excessos em alguns contratos, como o janeiro de 2021. A precificação de corte da Selic para fevereiro seguiu na faixa dos 60%.

No começo da tarde, o dólar virou para o positivo, em meio ao movimento de investidores reforçando apostas contra o real. Depois de romper os R$ 4,19, a moeda chegou a tocar os R$ 4,20 perto das 16h. O dólar à vista fechou em alta de 0,14%, a R$ 4,1902.

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O componente câmbio passou a pressionar ainda mais os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI). As taxas já tinham viés de alta desde a abertura, depois de o IBC-Br ter avançado 0,18% em novembro (ante mediana negativa de 0,10% da pesquisa do Projeções Broadcast) e em meio aos leilões do Tesouro.

"Houve um mau humor generalizado com os ativos brasileiros hoje, sem um motivo aparente. O câmbio voltando a R$ 4,20, a bolsa caindo enquanto o S&P 500 renova máxima", afirmou a economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour Chachamovitz.

Desta forma, a taxa do DI para janeiro de 2021 subiu de 4,390% no ajuste de ontem para 4,450% (regular) e 4,445% (estendida). A do DI para janeiro de 2023 saltou de 5,560% para 5,690% (regular) e 5,660% (estendida). A do DI para janeiro de 2025 avançou de 6,320% para 6,430% (regular) e 6,410% (estendida). E a do DI para janeiro de 2027 foi de 6,710% para 6,820% (regular) e 6,800% (estendida).

A atividade econômica voltou a dar o tom na sessão dos juros futuros desta terça-feira, 14, à medida que os investidores ponderam dados recentes e calibram as expectativas para o resultado do varejo, que sai amanhã. Assim, a curva recuou quase que na totalidade, também influenciada, marginalmente, pela queda do dólar em relação ao real. As apostas de queda da Selic para 4,25%, inclusive, ganharam tração e voltaram a ser majoritárias (51%).

A taxa do contrato do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou a sessão regular em 4,445% e a estendida em 4,440%, de 4,490% no ajuste de ontem. A do janeiro 2023 recuou de 5,740% para 5,660% (regular) e 5,630 (estendida, na mínima). A do janeiro 2025 caiu de 6,440% para 6,380% (regular) e 6,360% (estendida). E a do janeiro de 2027 passou de 6,740% para 6,750% (regular) e 6,730% (estendida, na mínima).

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O resultado do setor de serviços em novembro realimentou o debate sobre a atividade econômica no fim de 2019 e, por consequência, dos próximos passos do Banco Central para a taxa Selic.

Logo cedo, o IBGE informou que houve queda de 0,1% no resultado do volume de serviços prestados em novembro, quando comparado com outubro. Segundo o órgão, o índice de difusão do indicador, que mostra o porcentual de subsetores investigados com avanços em relação ao mesmo período do ano anterior, passou de 52,4% em outubro para 50,6% em novembro.

O IBGE também divulgou informações sobre a produção industrial regional, que recuou em 11 dos 15 locais pesquisados na passagem de outubro para novembro.

"O mercado absorveu bem o choque de inflação na proteína animal no fim do ano. Isso porque o BC deixou claro que a data-base agora é a atividade econômica", afirmou o gerente de portfólio da Vérios, Pedro Lula Mota. "Com o dado de serviços, a possibilidade de corte da Selic ganha um pouco mais de força. Eu sou um dos que acha que a Selic vai a 4,25%", disse.

De acordo com cálculos da Quantitas Asset Management, a curva de juros passou a precificar majoritariamente uma queda da Selic em fevereiro. O porcentual dos que acreditam que a taxa básica vai cair 0,25 ponto porcentual passou de 43% ontem para 51% hoje.

A expectativa em torno do conflito entre os Estados Unidos e o Irã e possíveis impactos nos preços do petróleo e, consequentemente, dos combustíveis internamente, continuou limitando o apetite nos negócios no mercado de juros, sustentando inclinação da curva a termo e inibindo a liquidez. As taxas de curto prazo fecharam de lado, enquanto as demais tiveram avanço moderado na etapa regular e mais firme na sessão estendida.

Como o Irã prometeu retaliação a Washington após o assassinato do general iraniano Qassim Suleimani por forças americanas, o temor sobre quais as ações a serem tomadas e efeitos sobre os preços das commodities mantém os mercados na defensiva, mas, entre os ativos, o nível de estresse é visto como bastante controlado. "Ninguém acredita que o Irã será irresponsável de fazer algo contra os EUA. Não há a percepção de agravamento da situação", disse o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito.

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Jefferson Lima, gerente da mesa de juros da CM Capital Markets, afirmou que a tensão no segmento de petróleo pode pressionar os preços internos, o que amplia as dúvidas sobre a política monetária nos próximos meses. "Enquanto isso, o mercado fica no compasso de espera", comentou.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 4,525% (regular) e 4,53% (estendida), de 4,515% na sexta-feira no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 passou de 5,782% para 5,82% (regular) e 5,84% (estendida). O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,46% (regular) e 6,49% (estendida), de 6,422%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 6,79% (regular) e 6,82% (estendida), de 6,751%.

Nesta tarde, o governo se reuniu no Ministério das Minas e Energia (MME), com a participação do ministro Bento Albuquerque e representantes da Petrobrás e Agência Nacional do Petróleo (ANP). Mas, aparentemente, ao fim do encontro, não houve uma definição quanto a um reajuste ou não de preços em função dos eventos no Oriente Médio. O presidente Jair Bolsonaro fez uma rápida passagem pelo encontro e disse a jornalistas, na saída, que expôs os seus pontos de vista. Ele reconheceu ainda que o preço do combustível impacta a inflação e o frete.

Já o ministro afirmou que no encontro foram discutidas políticas que governo deve ter para enfrentar eventos e crises. "Trabalhamos há meses em instrumento que não seja afetado por alta de petróleo", disse. Como os preços já vêm subindo em função do câmbio, há temor entre alguns participantes do mercado de que o governo possa segurar os repasses da alta do petróleo, o que seria visto como ingerência política e negativo para a imagem e o caixa da Petrobrás. Porém, Perfeito pondera que não é esperado um aumento automático da gasolina, o que não significa que haja uma mudança na política de preços da estatal. "Se for uma alta, não será tão forte. Há uma folga em relação à passagem de preços", disse.

As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam em baixa nesta primeira hora de negócios, principalmente nos vencimentos intermediários e longos. O sinal é determinado pelo dólar, que recua moderadamente e chegou a atingir mínima no patamar dos R$ 4,03.

Às 10h13, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 4,61%, ante 4,62% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 projetava 5,87%, ante 5,92% do ajuste anterior. Na ponta longa da curva, o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,53%, de 6,57%.

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A quinta-feira pós feriado de Natal deve ser marcada por liquidez reduzida e oscilações contidas no mercado futuro de juros, assim como já aconteceu na última sessão de negócios, na última segunda-feira, quando o mercado movimentou cerca de um terço do volume de um dia normal.

Na agenda doméstica, os destaques desta manhã ficam por conta dos índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que medem a confiança dos setores de serviços e do comércio. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 1,1 ponto na passagem de novembro para dezembro, para 96,1 pontos, na série com ajuste sazonal. Em médias móveis trimestrais, o índice teve alta de 0,7 ponto, mantendo a tendência ascendente iniciada em julho deste ano.

Já o Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 0,3 ponto na passagem de novembro para dezembro, para 98,1 pontos, informou há pouco FGV. No índice de médias móveis trimestrais, o indicador subiu 0,3 pontos em dezembro, após uma queda em novembro.

As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em leve baixa nesta primeira hora de negociação, sobretudo nos vencimentos intermediários e longos, em sintonia com o movimento de queda do dólar. A expectativa nas mesas de negociação é de uma sessão de negócios marcada por liquidez reduzida e oscilações contidas, devido à proximidade do feriado de Natal e à agenda de indicadores escassa.

Às 10h27, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 4,61%, ante 4,63% do ajuste de sexta-feira. A taxa do DI para liquidação em janeiro de 2023 projetava 5,94%, de 5,97% do ajuste anterior. Na ponta longa, o DI para liquidação em janeiro de 2025 tinha a taxa reduzida de 6,64% na sexta-feira para 6,60% hoje.

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No período da manhã, o destaque fica por conta do anúncio da China de que cortará tarifas de importação sobre carne de porco congelada, farmacêuticos e alguns componentes de alta tecnologia a partir de 1º de janeiro. A medida é adotada na relação comercial com no momento em que Pequim e Washington tentam concluir a fase 1 do acordo comercial bilateral. O gigante asiático reduzirá tarifas para todos os parceiros comerciais sobre mais de 859 tipos de produtos para abaixo das taxas garantidas às nações menos favorecidas, afirmou o Ministério das Finanças nesta segunda-feira. Apesar da notícia positiva, os mercados internacionais seguem direções diversas.

Os juros dos Treasuries caem neste início de dia, embora com pouco impulso, devido à liquidez reduzida típica desta época do ano. Os retornos dos bônus têm sido pressionados para baixo em algumas sessões recentes, em um quadro de maior apetite por risco com o anúncio do acordo fase 1 no comércio entre Estados Unidos e China.

Na agenda doméstica, um dos poucos destaques fica por conta do Boletim Focus do Banco Central, divulgado há pouco. Segundo o documento, a estimativa para o IPCA de 2019 foi elevado de 3,86% para 3,98%. Para 2020 e 2021, o mercado manteve as estimativas em 3,60% e 3,75%, respectivamente. Para a taxa Selic, os analistas mantiveram a expectativa de 4,50% ao final de 2020 e aumentaram a estimativa para 2021, de 6,13% para 6,25%. Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa para 2019 subiu de 1,12% para 1,16% e, para 2020, de 2,25% para 2,28%.

Os juros futuros tiveram momentos distintos nesta sexta-feira, 20, com taxas em alta pela manhã e em baixa durante à tarde, mesmo com o dólar tendo acelerado os ganhos até superar R$ 4,09 nas máximas na jornada vespertina. Nem o noticiário nem a agenda de indicadores serviram de gatilho para os movimentos, que se deram, tanto na subida quanto na queda, a partir de fatores técnicos. Mesmo o IPCA-15 de dezembro acima da mediana foi absorvido sem sustos, com o mercado já contando com um arrefecimento das pressões inflacionárias nos próximos meses.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou a sessão regular em 4,63% e a estendida em 4,62%, de 4,661% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 fechou com taxa de 5,97% (regular) e 5,96% (estendida), de 6,062% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,64% (regular) e 6,62% (estendida), de 6,722% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 caiu de 7,062% ontem no ajuste para 6,99% (regular e estendida). Apesar da queda de hoje, as taxas encerraram em alta a semana em que os documentos do Banco Central sugeriram que o ciclo de cortes da Selic está se encerrando. As taxas curtas avançaram cerca de 15 pontos-base na ponta curta, 20 pontos no miolo e 30 pontos nos longos.

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Fontes nas mesas de renda fixa afirmam que as taxas, que subiam pela manhã, viraram a partir de ajustes técnicos. O acúmulo de prêmios recente na curva atraiu algumas ordens de compra, mas isso não muda o cenário de maior cautela com a política monetária nos próximos meses, sobretudo diante da avaliação do Banco Central sobre a retomada da atividade. "Esse movimento se dá também em meio a ajustes de carteira de fim de ano", afirmou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

O mercado já abriu conhecendo o IPCA-15 de dezembro, que teve alta de 1,05%, superando a mediana das estimativas de 0,96% e chegando perto do teto de 1,08%, com núcleos em aceleração. As carnes, com alta de 17,77%, foram o maior impacto, de 0,48 ponto porcentual. Ainda assim, o mercado relevou, dada a aposta de que a pressão das carnes é pontual. "Só ontem, o preço da arroba do boi no atacado caiu 9%. Nós vimos uma alta desses preços em novembro, que está sendo repassada para o varejo agora, mas começamos a observar um movimento de reversão", diz a economista o Itaú Unibanco, Julia Passabom.

O economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, não vê espaço para a curva fechar muito mais, o que, destaca, "não é pessimismo", mas apenas a leitura dos sinais de que o processo de desaperto monetário já terminou. "Temos uma inflação persistente, com IGPs acima de 7%, por causa do efeito do câmbio, que não deve se dissipar tão rapidamente até fevereiro. Ademais, até lá as reformas ainda devem continuar sem avanço e, por fim, um dia antes do Copom (5 de fevereiro), sai a produção industrial de dezembro, que deve vir forte", disse.

As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam em alta na manhã desta quinta-feira (5) alinhadas ao avanço do dólar, que transita em torno do patamar dos R$ 4,22 nos mercados à vista e futuro. A agenda doméstica é mais fraca nesta quinta-feira e teve como destaque doméstico, até agora, apenas os dados do setor automobilístico de novembro, divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Os dados mostraram queda de 7,1% na produção de veículos no mês passado, na comparação com outubro. Sobre novembro de 2018, houve queda de 21,2%.

A ocorrência de leilão de títulos prefixados do Tesouro nesta quinta-feira poderia ser fator extra de pressão sobre os contratos de DI, mas operadores afirmam que ainda é cedo para algum movimento nesse sentido, uma vez que o Tesouro ainda não divulgou os montantes de LTN e NTN-F a serem ofertados.

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Às 10h20, o contrato de DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 4,69%, ante 4,67% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2023 projetava 5,85%, ante 5,82%. O DI para janeiro de 2025 ajustava a taxa para 6,44%, de 6,42% do ajuste anterior.

Depois dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) e da produção industrial, as atenções se voltam agora ao resultado do IPCA de novembro, que será divulgado nesta sexta-feira.

Será o último indicador econômico da semana que antecede a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que no próximo dia 11 decide sobre a taxa Selic.

Os juros futuros começaram a terça-feira (26) em forte alta e, nas máximas, avançaram pouco mais de 10 pontos-base nos prazos médios e longos, em sintonia com o dólar à vista, que bateu R$ 4,25, mostrando a reação do mercado às declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre câmbio.

Guedes disse na segunda-feira (25) não estar preocupado com o dólar acima de R$ 4,20 e que o patamar da moeda deve se manter assim. "É bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo",

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Às 10h06, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 4,720%, de 4,649% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2023 estava em 6,01%, de 5,94%, enquanto o vencimento para janeiro de 2027 marcava 6,93%, de 6,85% no ajuste anterior.

Os juros futuros têm leve recuo na manhã desta segunda-feira (25) com movimento de ajuste após as taxas terem acumulado alta na semana passada e num dia de agenda fraca. O movimento continua mesmo após o dólar ter passado a subir ante o real.

O mercado segue esperando corte de 50 pontos-base da Selic em dezembro, mas está dividido quanto a fevereiro. A curva de juro a termo precificava na última sessão 52% de chance de corte de 25 pontos-base no Copom de fevereiro, ante 35% ontem em relação à possibilidade de manutenção.

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Para dezembro, a possibilidade de queda de 0,50 p.b, subiu para entre 70% e 75% de quinta para sexta-feira, segundo cálculos do Haitong Banco de Investimento.

Na pesquisa Focus divulgada nesta segunda o mercado manteve a previsão para Selic no fim de 2019 em 4,50%, mas ajustou para cima a de 2020, de 4,25% para 4,50%. Também foi revisada para cima a previsão do IPCA 2019, de 3,33% para 3,46%, mas manutenção da previsão para 2020 em 3,60%.

A estimativa para alta do PIB em 2019 subiu de 0,92% 0,99%, enquanto para 2020 subiu de 2,17% para 2,20%. Já a previsão para câmbio para fim de 2019 passou de R$ 4,00 para R$ 4,10, enquanto para 2020 segue em 4,00%.

Às 9h49, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 4,620%, de 4,649% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 estava em 5,84%, de 5,88%, enquanto o vencimento para janeiro de 2027 marcava 6,73%, de 6,77% no ajuste de sexta-feira.

O mercado de juros fechou com taxas de lado, com viés de alta nos contratos de curto e médio prazos e de baixa na ponta longa. Segundo operadores, os negócios foram pautados por ajustes técnicos e algum impacto pela manhã do IBC-Br acima da mediana das estimativas.

As preocupações com a crise política em vários países da América do Sul não se dissiparam, mas, nesta quinta-feira, 14, foram colocadas em stand-by, assim como o desconforto com o cenário político interno. Nem o novo avanço do dólar para perto dos R$ 4,20 foi capaz de trazer estresse à curva nesta quinta.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 4,64%, tanto a sessão regular quanto a estendida, de 4,619% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2023 encerrou a regular em 5,75% e a estendida em 5,73%, de 5,731% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2025 passou de 6,341% para 6,33% (regular) e 6,31% (estendida) e a do DI para janeiro de 2027 terminou em 6,66% (regular) e 6,63% (estendida), de 6,671%.

"Depois de uma semana difícil, o mercado hoje ficou um pouco mais tranquilo, andando praticamente de lado, com algumas posições técnicas sendo executadas, mas nada muito forte", disse o economista-chefe da Arazul Capital, Rafael Leão.

O dia começou com o IBC-Br reforçando o cenário de retomada gradual da atividade, mas sem impacto na percepção sobre a política monetária. O índice subiu 0,91% no terceiro trimestre e 0,44% em setembro na margem, acima das medianas das respectivas estimativas, de 0,75% e 0,39%.

Como os números do varejo e do setor de serviços do período também haviam surpreendido, houve uma onda de revisões em alta para o PIB de 2019 e 2020. Segundo o Projeções Broadcast, agora, a expansão de 1,0% para 2019 é a mediana, contra 0,90% há um mês e 0,92% no Boletim Focus. Para 2020, a mediana é de 2,3%, mais elevada do que no levantamento anterior (2,0%) e do que a Focus (2,08%).

A melhora nas perspectivas para a atividade, no entanto, não altera as apostas majoritárias para a Selic, de pelo menos mais um corte de 0,50 ponto porcentual em dezembro, para 4,5%. Para o Comitê de Política Monetária (Copom) seguinte, de fevereiro, o mercado está dividido entre um novo corte, mas de 0,25 ponto porcentual, e estabilidade.

Na avaliação de Mauricio Patini, gestor de renda fixa da Absolute Investimentos, as taxas longas receberam um pouco de influência da curva americana. "Os juros dos Treasuries estão caindo bem", destacou.

No fim da tarde, o rendimento da T-Note de dez anos estava em 1,819%, ante patamar de 1,888% da quarta-feira, mas mais cedo chegou a operar no nível de 1,80%.

Os juros futuros abriram com viés de alta num movimento de ajuste das taxas, a despeito do ambiente doméstico positivo para os ativos financeiros. A avaliação é da gestora de renda fixa da Mongeral Aegon Investimentos, Patrícia Pereira. "Não acredito que antes de tantos eventos importantes como tem hoje alguém se atenha a um 'driver' fixo que justifique a alta das taxas", disse Patrícia, citando o leilão de cessão onerosa, que sugere fluxo estrangeiro positivo para o Brasil e valorização do real, e a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em comissão na Câmara dos Deputados.

Cerca de uma hora depois da abertura do mercado futuro de juros as taxas, como previsível, inverteram o sentido e passaram a exibir viés de baixa.

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O movimento coincidiu com a fala do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que não trouxe novidades até o horário abaixo, segundo agentes do mercado financeiro.

Às 10h30, O DI para janeiro de 2021 estava em 4,46% ante 4,51% na máxima intraday e 4,48% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 exibia 6,33% ante 6,39% na máxima intraday e 6,34% no ajuste de ontem.

A gestora da Mongeral Aegon observou que o pacote de medidas apresentado ontem pela equipe econômica também compõe o ambiente doméstico favorável.

Ela classificou as propostas como "fiscalmente positivas". Como é ambicioso, o plano pode até não conseguir a aprovação no Congresso, diz Patrícia. "Mas qualquer medida que consiga ser aprovada será pró fiscal", disse a gestora.

Às 9h33, O DI para janeiro de 2021 estava em 4,50% ante 4,48% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 marcava mínima a 6,36% ante 6,39% na máxima intraday e 6,34% no ajuste de ontem.

A semana do Copom começou com juros futuros em queda nos contratos de médio e longo prazos e estáveis na ponta curta. Na ausência de indicadores ou noticiário relevante que alterassem as apostas para a decisão de política monetária na quarta-feira, as taxas curtas passaram o dia rondando os ajustes anteriores. O consenso aponta queda de 0,5 ponto porcentual para a Selic, hoje em 5,50%, ainda que a curva mantenha a precificação de apostas marginais num corte de 0,75 ponto. A maior expectativa é por possíveis sinalizações do comunicado sobre até onde há espaço para reduzir o juro básico, o que de certa forma alimentou a postura doadora do investidor nas taxas longas e do miolo da curva, que também recuaram com o alívio do câmbio e com o maior apetite pelo risco no exterior.

No fim da sessão regular, as principais taxas renovavam pisos históricos. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou com taxa de 4,390%, de 4,397% no ajuste de sexta-feira, e a o DI para janeiro de 2023 caiu de 5,410% para 5,37%. A taxa do DI para janeiro de 2025 encerrou em 6,03%, de 6,071% no último ajuste.

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Com as apostas bem consolidadas em torno da redução de 0,5 ponto porcentual da Selic na quarta-feira, o mercado tende a manter até lá o câmbio como principal referência. "Basicamente, o evento principal para o mercado de juros continua sendo o dólar e a expectativa de fluxo positivo que marginalmente impacta a curva", disse o economista-chefe da Guide Investimentos, João Mauricio Rosal.

Como o câmbio, assim como o PIB, são variáveis-chave dos modelos para a inflação, o mercado vai fazendo contas para saber se há fôlego para a Selic chegar nos 4% no fim do ciclo, visto que a moeda furou o patamar dos R$ 4 mas a atividade dá indícios de tração. No comunicado da reunião de setembro, o Copom trouxe um cenário híbrido em que, com o câmbio constante a R$ 4,05 e os juros na mediana da Focus (à época, de 5%), a inflação para 2020 se mantinha abaixo da meta de 4%. A questão é que, agora, a economia dá sinais mais sólidos de retomada gradual. Por enquanto, isso não compromete a percepção sobre a Selic, mas pode aparar excesso de otimismo sobre o grau de relaxamento monetário.

"Tudo é muito dinâmico, mas se houver sinais de aceleração dessa melhora da atividade, essa nova percepção pode aparar todo o corte precificado para o ano que vem", disse Rosal.

A aprovação da reforma da Previdência no Senado, sem desidratação adicional ao texto que passou pela Câmara, reforçou o movimento de desinclinação da curva de juros visto pela manhã desta quarta-feira, com as taxas longas acelerando a queda e renovando mínimas, junto com o dólar que passou a ser negociado na casa dos R$ 4,03, até abaixo disso nas mínimas. Em boa medida o resultado já estava precificado, mas, de todo modo, o mercado vê a conclusão do processo como um divisor de águas a partir do qual a pauta econômica deve destravar e gerar crescimento para o País, atraindo fluxo.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou com taxa de 4,50%, na mínima, de 4,537% terça no ajuste. O DI para janeiro de 2023 fechou com taxa de 5,46%, de 5,520% e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 6,201% para 6,13%.

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Após aprovar na terça o texto principal por 60 a 19, nesta quinta o plenário analisou os destaques à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e concluiu a votação no começo da tarde. Destaques que ameaçavam reduzir a potência fiscal foram retirados e, com isso, foi mantida a perspectiva de economia de R$ 800,3 bilhões em dez anos.

"Tinha muita gente esperando concretizar a reforma da Previdência para trazer fluxo e agora esta 'novela mexicana' chegou ao fim", observou o estrategista de Mercados da Harrison Investimentos, Renan Sujii, acrescentando que agora as atenções se voltam para quais serão os focos do governo e a vontade do Congresso, "que está pautando muito mais do que o Executivo".

A maior expectativa gira em torno das medidas para fomentar o crescimento. "Esperamos que as autoridades continuem avançando com a agenda de reformas estruturais à medida que buscam melhorar o crescimento sustentado nos próximos anos, encorajando investimentos do setor privado em infraestrutura e a simplificação o regime tributário", afirmou a vice-presidente da Moody's e analista sênior para o Brasil, Samar Maziad, em nota para comentar a aprovação da Previdência.

À tarde, o dólar acelerou o ritmo de queda para a casa dos R$ 4,03, carregando junto as taxas, em especial as longas para as mínimas. A moeda fechou o dia em R$ 4,0328 (-1,05%), menor nível desde 21 de agosto. Com isso, houve reforço no movimento de redução de inclinação da curva visto já pela manhã.

Os juros aprofundaram ao longo da tarde a queda visto pela manhã desta quinta-feira e fecharam a sessão regular em novas mínimas históricas nos contratos mais líquidos. A decepção com o dado de serviços do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, em inglês), na sequência de outros dois do setor industrial divulgados nesta semana e que também frustraram, ampliou as preocupações com o rumo da economia americana e com o risco de recessão global. Com isso, houve enfraquecimento generalizado do dólar e, no caso do real, a moeda voltou a ser destaque positivo entre os emergentes, voltando a fechar na casa dos R$ 4,08, levando a reboque a curva de juros.

No Brasil, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou pela primeira vez abaixo dos 6%, em 5,98%, de 6,051% quarta no ajuste. A do DI para janeiro de 2021 fechou em 4,880%, de 4,949%. A do DI para janeiro de 2025 caiu de 6,671% para 6,61%.

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O ISM de serviços nos Estados Unidos de setembro (52,6) caiu mais do que o esperado (55,3), elevando as preocupações com o ritmo da economia americana e mundial. "Isso contribuiu para a valorização do real. Este cenário é entendido como deflacionário, ou desinflacionário, e ajuda na redução dos prêmios na curva, principalmente no miolo", disse o economista-chefe do Haitong Banco de Investimento, Flávio Serrano.

Segundo o CME Group, as chances de queda na taxa dos fed funds para a reunião do Fed em outubro chegam a 90% e para o encontro de dezembro já superam 50%. No Brasil, segundo Serrano, a precificação da curva aponta um total de 80 pontos-base de alívio na Selic até o fim do ano. "O cenário base é 4,75%, com uma probabilidade residual de ir um pouco além", afirmou. Para o Copom de outubro, a curva mostra 90% de possibilidade de corte de 50 pontos-base. A taxa está em 5,5%.

Com o foco do mercado totalmente no exterior, o noticiário interno negativo foi deixado de lado. A reforma da Previdência voltou a dar sinais preocupantes, com lideranças do governo admitindo que o cronograma da reforma da Previdência no Senado vai atrasar - a chance de votação do segundo turno antes do dia 22 de outubro é "zero", segundo o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), um dos vice-líderes do governo na Casa.

No fim da manhã, estourou a notícia de que o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) e a Polícia Federal investigam vazamentos de resultados de reunião do Copom ocorridos em 2010, 2011 e 2012, que supostamente teriam favorecido um fundo de investimento administrado pelo BTG Pactual. Nas mesas de renda fixa, a avaliação é de que taxas futuras não foram afetadas porque o fato "não tem relação com a atual administração do BC e, por isso, não contamina o ambiente", disse uma fonte. O Banco Central afirmou que "não foi comunicado sobre o conteúdo da Operação Estrela Cadente, que corre sob segredo de Justiça".

O movimento moderado de alta dos juros não se sustentou ao longo da tarde, na medida em que os trâmites para aprovação da reforma da Previdência foram evoluindo no Senado e diante do enfraquecimento do dólar. No fechamento da sessão regular, as taxas estavam de lado, com viés de baixa. A nova versão do relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi aprovada por 17 votos a 9 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a expectativa é de que passe pelo plenário ainda nesta terça, sem alterações que comprometam a potência fiscal, estimada em R$ 870 bilhões pelo governo.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 4,960%, de 4,949% na segunda no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou em 6,04%, de 6,051%. A do DI para janeiro de 2025 caiu de 6,671% para 6,64% (mínima). O DI para janeiro de 2027 voltou a fechar com taxa abaixo de 7%, em 6,99%, de 7,001% no ajuste.

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A aprovação da reforma da Previdência pelo Senado já está há algum tempo embutida no preço dos ativos. Porém, após a frustração na semana passada com o adiamento da votação da PEC para esta semana, pela manhã o mercado ficou meio ressabiado ante um risco de novo atraso no processo, além de cautela com a possibilidade de alterações que pudessem comprometer a potência fiscal. A postura defensiva embutiu prêmio de risco à curva e as taxas subiram, também alinhadas ao dólar que, na primeira etapa, chegou novamente perto dos R$ 4,19.

No fim da manhã, porém, o avanço das taxas foi perdendo força, tanto porque o texto do Senado avançava, quanto por um fator externo. O índice de atividade industrial dos Estados Unidos, medido pelo ISM, caiu para 47,8 em setembro, o pior resultado desde junho de 2009, reforçando o receio de recessão no país, o que exigiria uma política monetária ainda mais relaxada por parte do Federal Reserve. As taxas então foram para as mínimas, acompanhando o rendimento dos Treasuries, mas buscaram novos pisos à tarde.

"O dólar esteve forte ante as demais moedas, então a curva subiu bem de manhã, principalmente a parte longa e as NTN-B, mas aliviou ao longo do dia. Pontos importantes da reforma, como é o caso da emenda do abono, com impacto de quase R$ 80 bilhões, foram caindo", disse o trader do Sicredi Asset, Cassio Andrade Xavier. Ele se refere à emenda que buscava manter o abono salarial a todos os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos, que poderia reduzir a economia em um período de dez anos em R$ 76,4 bilhões, conforme cálculos apresentados pelo governo.

O governo acredita ter entre 56 e 60 votos para aprovar a reforma nesta terça no plenário do Senado, acima dos 49 necessários. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que quer finalizar a votação até as 22h. "Os senadores vão montar calendário para votar o 2º turno da Previdência até 15/10", disse ainda.

Os juros futuros de médio e longo prazos ampliaram à tarde o viés de alta com que haviam encerrado a manhã desta sexta-feira, enquanto as taxas curtas, que operavam perto da estabilidade, passaram a subir, todas renovando máximas na última hora da sessão regular. O movimento se deu em linha com a piora dos demais ativos, em especial o dólar, que se firmou em terreno positivo, em meio ainda a um alerta feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ao governo para o risco de descumprimento da meta fiscal neste ano. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou em 5,38%, de 5,338% quinta no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 subiu de 6,391% para 6,49%. A taxa do DI para janeiro de 2025 encerrou em 7,07%, de 6,951%.

A sexta-feira se desenrolava sem grandes destaques até o meio da tarde, com as taxas oscilando entre a estabilidade e um viés de alta determinado pelo cenário externo, onde os juros dos Treasuries tinham avanço consistente, mas com a liquidez dos DIs limitada pelo compasso de espera pelos eventos da próxima semana. Os investidores evitaram montar grandes posições antes das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos na quarta-feira.

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Porém, na reta final da sessão regular, houve um sprint em toda a curva termo, atribuído ao aumento da pressão no câmbio e ao desconforto com a área fiscal, após a notícia publicada pelo Broadcast sobre o alerta do TCU. A corte chama a atenção para o risco de descumprimento da meta que permite déficit de até R$ 139 bilhões neste ano.

A maior preocupação é com os recursos que estão previstos para entrar nos cofres do governo a partir de dois leilões de concessão de áreas de petróleo já programados para o fim do ano, cuja outorga, de R$ 8,35 bilhões, já está contabilizada no Orçamento, mas o dinheiro ainda não entrou nas contas. O maior problema, segundo o TCU, é que o ingresso destes recursos está previsto para 27 de dezembro, apenas quatro dias antes do término do exercício. Ou seja, se o dinheiro não entrar no caixa, a equipe econômica não terá tempo para reagir e compensar a frustração nas receitas.

Para Jefferson Lima, gerente da Mesa de Juros da CM Capital Markets, o aviso potencializa o viés negativo trazido pela discussão em torno da flexibilização do teto dos gastos e as preocupações com um possível shutdown da administração. "Com a frustração da volta da CPMF, a área econômica precisa encontrar outra forma para liberar recursos. A máquina pública está praticamente parada, vivendo de doses homeopáticas de recursos que são liberados pela Economia", disse, lembrando que, embora Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sejam contra a flexibilização do teto, "o lobby a favor está aumentando".

Com a política fiscal asfixiada, resta a política monetária como a tábua de salvação para acelerar o crescimento, o que faz o mercado acreditar que a Selic possa cair a 5% ou até menos. Grandes instituições, como o Bradesco, já projetam juro básico abaixo de 5% no fim do ciclo. Nesta quinta foi a vez do Santander de informar que reviu sua estimativa de 5,25% para 4,50% no fim de 2019.

O mercado de juros acompanha a recuperação global, após o nervosismo de ontem, e as taxas recuam, em sintonia com o dólar ante o real. Além disso, a ata do Copom divulgada há pouco reforçou a percepção de que há espaço para a Selic cair mais 0,50 ponto porcentual em setembro, como no comunicado, embora esse documento pese menos hoje no movimento dos juros do que o exterior, segundo operadores de renda fixa. "O BC deixa explícito na ata que deve cortar juro em mais 0,5000 em setembro", avalia o economista-chefe da Quantitas Asset, Ivo Chermont, em entrevista mais cedo ao Broadcast. "A piora da guerra comercial não invalida espaço para novos cortes da Selic", explica. O documento, no entanto, não deu pistas sobre o ciclo total de cortes, segundo ele.

Às 9h13, a taxa do contrato interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 marcava 5,52%, na mínima, de 5,56% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 exibia 5,53%, de 5,56%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 marcava 6,46%, de 6,54% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 exibia 6,97%, de 7,05% on ajuste de ontem.

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Juro futuro

Pela terceira sessão consecutiva, os investidores estrangeiros no mercado de juro futuro reduziram as posições líquidas compradas em taxas/vendidas em PU (aposta na alta da taxa), que passaram para 1.498.973 contratos em aberto, de 1.606.368, uma redução de 107.395. Os dados são da B3.

Os investidores locais também diminuíram as posições líquidas vendidas em taxa, em 153.146 para 3.630.732 contratos em aberto.

Na contraparte, os bancos reduziram a posição líquida tomada para 2.007.348 contratos em aberto, 2.048.233 anteriormente, uma redução de 40.885 contratos.

Os juros futuros abriram nesta sexta-feira (26) perto da estabilidade e não esboçaram reação imediata ao resultado do PIB dos Estados Unidos na primeira leitura do 2º trimestre, com crescimento de 2,1%, ante previsão de 1,9%. Nesta manhã os longos tinham viés de baixa, com o dólar, e os mais curtos, como o janeiro para 2021, de alta.

Às 9h49, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 exibia 5,47%, de 5,45% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2023 marcava 6,35, de 6,27%, enquanto o DI para janeiro de 2025 estava em 6,88%, de 6,90% no ajuste de quinta.

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