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A cidade de Moscou, a mais afetada da Rússia pela pandemia do novo coronavírus, vai impor o uso de máscaras de proteção nos transportes públicos. "A partir de 12 de maio, as regras nos transportes públicos serão mais rígidas: as pessoas terão que usar máscaras e luvas", anunciou o prefeito Sergueï Sobianin.

Ele explicou que com a retomada das obras de construção e a reabertura das fábricas, meio milhão de pessoas serão autorizadas a circular na capital russa e esta medida de proteção é imprescindível.

Moscou decidiu na quarta-feira (6) prorrogar o confinamento para a maior parte da população. Escritórios, a maioria do comércio, restaurantes e outros serviços permanecerão fechados.

"A velocidade (de retorno à normalidade) dependerá de nós mesmos, de nossa disciplina. Não quero adivinhar, mas penso que a volta à vida normal não vai acontecer em breve", disse o prefeito.

Moscou, onde foram registrados 92.676 casos dos 177.160 confirmados no país, está organizando há uma semana testes de diagnóstico em larga escala para identificar as pessoas assintomáticas ou com leves sintomas, para conseguir conter a propagação da Covid-19.

Além de nortear a manifestação dos rodoviários no Recife, a insegurança nos transportes públicos também foi tema de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores nesta setxa-feira (24). Organizado pelo vereador Rinaldo Júnior (PRB), o debate reuniu representantes da categoria, das polícias Civil e Militar e da prefeitura. De acordo com o parlamentar, a audiência vai embasar a construção de um projeto de lei que deve ser apresentado por ele em 30 dias. 

“Agora vamos preparar um documento oficial com as ideias de todos os atores e com ele vamos elaborar um projeto que garanta mais segurança. Um conjunto de ações será apresentado nesta proposta em até 30 dias. Um ponto comum entre usuários, rodoviários e metroviários foi a necessidade de um trabalho preventivo”, afirmou Rinaldo, em conversa com o LeiaJá. 

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Durante a audiência, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Região Metropolitana, Mata Sul e Norte de Pernambuco (STTREPE), Benilson Custódio, lamentou os números da violência no setor. 

“Estamos vivendo tempos difíceis. Todo mês ocorre mais de uma dezena de assaltos. Os números cresceram assustadoramente. Em janeiro 2016, foram 175 assaltos, já em janeiro de 2017, 345. Em fevereiro de 2016, 75 ocorrências; em 2017 foram 329. No mês de março do ano passado foram 148 e até o presente momento já são 268. São dados obtidos pelos boletins de ocorrência”, detalhou.

A presidente da Associação dos Usuários do Transporte Coletivo, Mary Menezes, confessou que sente medo ao usar o transporte coletivo e fez um apelo para a defesa da questão na Casa. 

“Temos que agradecer a Deus, primeiramente, por estarmos vivo. Os números da violência são diferentes e não aguentamos mais. Eu diria que usar um ônibus hoje, em certos locais, é pegar é um corredor da morte. Ninguém sabe aqui quem vai voltar vivo para casa e faço também um apelo ao Major [Tavares] para colocar uma equipe mesmo que a paisana”, frisou.

A vereadora Ana Lúcia (PRB) também demonstrou preocupação em relação à violência contra as mulheres e defendeu um plano de combate às questões do transporte coletivo. “Somos o terceiro transporte mais caro do país, sem conforto, qualidade e ainda somos vítimas. E para nós, mulheres, a situação é mais preocupante. Nós somos as vítimas preferidas, somos vulneráveis a tudo isso”, declarou. 

“É preciso sair daqui pensando numa proposta, num plano de combate imediato a curto, médio e longo prazos. E, ainda, cobrar à gestão os compromissos dos órgãos para enfrentar de verdade a violência. Necessitamos qualidade e segurança para a mulher e não podendo se vítimas, a qualquer momento, de assalto ou estupro”, acrescentou.

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