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Palmeiras, Bahia, Athletico-PR, Fortaleza, Ceará, Coritiba e Santos anunciaram, nesta quarta-feira, em suas redes sociais, a manutenção do acordo com a Turner para a transmissão dos seus jogos no Campeonato Brasileiro para a TV fechada no Campeonato Brasileiro. O vínculo está mantido até o final de 2024, como estava inicialmente planejado.

O grupo não contará com o Internacional, cujo contrato com a Turner só é válido até o final do ano. A partir de 2021, as partidas do time gaúcho no Brasileirão serão transmitidas pelo SporTV em canal fechado.

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Os clubes receberão um aumento dos valores inicialmente acertados, mas a Turner poderá romper o contrato no final de 2022. Com isso, o direito de transmissão voltaria a ser dos clubes, que poderiam negociar novamente com outras operadoras ou canais de televisão.

Durante o período de pandemia, a empresa e os clubes tiveram alguns problemas que quase causaram a rescisão de contrato. Os oito clubes vão dividir R$ 104 milhões como primeira parcela do pagamento. O restante será pago em fevereiro, após o final da competição.

Depois do anúncio do acordo com os clubes, a Turner divulgou na programação da TNT a chamada para o Brasileiro com o lema "só quem torce sabe". O último obstáculo a ser ultrapassado pela Turner é a disputa jurídica com a TV Globo sobre o entendimento da MP 984, que dá ao mandante o direito de transmissão do jogo.

A Globo entrou na justiça contra a Turner e não aceita que times sob seu contrato tenham jogos transmitidos pela operadora.

A nova distribuição das cotas de TV promete ser um desafio para os clubes brasileiros em 2019. A partir da próxima temporada, os valores do acordo com Globo e Turner, além de uma cota fixa, vão levar em consideração jogos transmitidos e desempenho em campo, com uma menor concentração de verba nos primeiros quatro meses. A fatia da bolada será maior em maio, quando começa o Campeonato Brasileiro.

Estudo da EY em parceria com a Grafietti, Cesar Finance & Mgmt Consulting, a que o jornal O Estado de S.Paulo teve acesso, aponta que o impacto disso no fluxo de caixa dos clubes poderá causas problemas sérios no início do ano. "O mínimo é fazer um planejamento financeiro para o ano que vem, só assim vão conseguir honrar compromissos", disse Pedro Daniel, gerente sênior de consultoria ao mercado esportivo da EY. "Quem se antecipou e planejou terá vantagem competitiva interessante no primeiro semestre".

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A Globo pagará 40% do montante do ano divididos igualitariamente (R$ 22 milhões por clube), com recebimento de 75% do valor entre janeiro e junho e 25% entre julho e dezembro, mensalmente. A parcela de audiência (30%) será paga entre maio e dezembro. Por fim, os 30% referentes ao desempenho do time serão pagos em dezembro. A Turner usa fórmula parecida, com uma divisão de 50%, 25% e 25%.

"O Corinthians debateu esta solução e aderiu. Uma vez assinado, o clube não tergiversa com sua palavra. O descasamento do fluxo de recursos, se necessário, poderá ser reequilibrado com operações financeiras usuais no mercado", disse Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians.

Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, que ainda negocia acordo com a Globo, utiliza argumento similar. "Muitos clubes que não se planejaram vão aos bancos, ao mercado para antecipar receitas, pagar juros sobre isso e, naturalmente, vão receber menos no final do ano".

Pedro Daniel, no entanto, faz um alerta a esse tipo de expediente, que é uma prática usual na gestão dos clubes. "Não será mais possível usar o contrato como garantia porque você não sabe o valor final dele".

O Bahia, diz seu dirigente, não será atingido. "O clube está se programando para fazer pagamentos que eram diluídos ao longo do ano. Eles estão sendo projetados para o segundo semestre. É um jogo financeiro que acredito que podemos ser razoavelmente bem-sucedidos, sem alternar nossa política de não antecipar receitas do ano".

O impacto, segundo Pedro Daniel, será ainda maior para os times rebaixados. Dez equipes, segundo o site Infobola, ainda têm chance de cair. Chapecoense, América-MG e Vitória são os mais ameaçados. O Paraná já caiu. "Não existe mais o paraquedas. Vão migrar imediatamente da Série A para a B em termos de contrato", alertou. "Os times não vão conseguir cortar despesas na mesma velocidade que perderão receitas".

Há, claro, o inverso disso, para os times que vão subir. O Fortaleza terá um contrato mais lucrativo na Série A. "É um valor significativo, temos de usar com inteligência, apesar de ser mais do que recebemos na B e menos do que os outros recebem. Temos de montar um grupo competitivo para nos mantermos com as cotas. E, caso a gente não permaneça na Série A, não se endividar", disse o presidente do clube cearense, Marcelo Paz. A equipe tem acordo com Globo (TV aberta) e Turner (TV fechada).

Apesar do problema de fluxo de caixa nos primeiros meses do ano, quase todos os clubes receberão uma receita maior de TV do que em 2018. Neste aspecto, existe um detalhe importante: pela primeira vez foi firmado acordo à parte para os direitos internacionais e publicidade estática.

A CBF intermediou o contrato com a empresa BRFOOT Mídia S.A. no valor de R$ 550 milhões por quatro anos - R$ 440 milhões de placas e R$ 110 milhões em transmissões. O contrato prevê o repasse de 50% aos times ainda em 2018 e o restante nos próximos anos. A divisão será feita de forma igualitária. Corinthians, Flamengo e Atlético-PR optaram por acordos individuais de publicidade estática. A CBF não quis comentar o acordo.

A Globo também não se posicionou para o Estado. Para Pedro Daniel, a mudança de distribuição das cotas de TV é um movimento natural. "O fluxo impacta no primeiro semestre porque não temos o Brasileirão.

Os telespectadores que assistem aos canais do Esporte Interativo foram pegos de surpresa. Na tarde desta quinta-feira (9) foi anunciado o fim de suas atividades. O grupo Turner informou que nos próximos 40 dias a programação esportiva do El será desativada.

Em um comunicado publicado nas redes sociais, o Esporte Interativo afirmou que os conteúdos do futebol nacional e internacional serão migrados para os canais pagos TNT e Space. De acordo com o grupo Turner, as transmissões da Liga dos Campeões da UEFA serão mantidas em três temporadas, além do Campeonato Brasileiro em 2019.

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A marca garantiu que as ações publicadas através do Facebook, Instagram, Youtube, Twitter, EI Plus, entre outras plataformas digitais, irão continuar. "Esporte interativo deu esperança de uma nova concorrência e análises sobre nosso futebol. Valorizou o Nordeste, nos deu a Champions com opções e programas. De repente encerra? Hum. Pena, estanho e lamentável", disse o ex-jogador Juninho Pernambucano no Twitter.

Confira o posicionamento oficial do Esporte Interativo:

Nós do Esporte Interativo/Turner, agora uma afiliada AT&T, anunciamos hoje que estamos migrando a nossa programação de TV com o futebol nacional e internacional para as marcas TNT e Space. A Turner continua comprometida com a Liga dos Campeões da UEFA pelas próximas três temporadas, iniciando as transmissões a partir deste mês. Além disso, a partir do ano que vem, começaremos a transmitir a série A do Campeonato Brasileiro até 2024.

Os canais do Esporte Interativo na TV serão desativados nos próximos 40 dias e deixaremos de transmitir competições que nos orgulhamos muito durante os últimos anos. Entretanto, as nossas atividades no mundo digital seguem firmes, e continuaremos levando a emoção que o Brasil merece pra vocês através do nosso Facebook, Instagram, Youtube, Twitter, EI Plus e qualquer outra plataforma digital em que os apaixonados por esporte estejam presentes.

Não dá pra negar que estamos tristes com o fim dos canais Esporte Interativo na TV, mas ao mesmo tempo estamos ansiosos e animados com o futuro, em que estaremos todos os dias na TNT e Space, com as mesmas narrações, comentários e brincadeiras que nos acostumamos a ouvir nos últimos 11 anos. E claro, seguiremos juntos, diariamente, com a nossa família de mais de 20 milhões de fãs nas redes sociais. Muito obrigado pelo apoio de sempre. Contamos com vocês nessa nova caminhada. Tamo junto!

 

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