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A 12ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve, por votação unânime, decisão da 17ª Vara Cível da Capital, proferida pela juíza Luciana Biagio Laquimia, que determinou que a Universidade Anhembi Morumbi revogue suspensão disciplinar de uma aluna que sofreu assédio moral de professoras e a indenize por danos morais. O valor da reparação foi reduzido de R$ 55 mil, fixado em primeira instância, para R$ 30 mil.

Em nota, a universidade afirmou que não comenta trâmites processuais e informou que as professoras mencionadas não integram mais o quadro de docentes da instituição.

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Segundo o Tribunal de Justiça (Apelação nº 1052351-31.2017.8.26.0100), após manifestar insatisfação pela mudança da metodologia de ensino da instituição, a estudante "passou a ser exposta a situações constrangedoras em sala de aula" - como divulgação de suas notas baixas aos colegas, reprovação em disciplina prática e suspensão disciplinar de sete dias, entre outras.

Em decorrência do embaraço a que foi submetida, a aluna desenvolveu problemas psiquiátricos e precisou se afastar para tratamento médico, destaca o Tribunal.

Para o relator do recurso, desembargador Osvaldo de Oliveira, a estudante demonstrou que as dificuldades enfrentadas à época, em 2017, "foram causadas pela perseguição sofrida em ambiente acadêmico". "É incontestável que [os fatos relatados pela autora da ação] ultrapassaram os limites do mero desconforto", assinala Osvaldo de Oliveira. "O aborrecimento excedeu os limites da normalidade dentro de um espaço natural e razoável de suscetibilidade humana, pois o constrangimento descrito na ação expôs a autora a um ambiente acadêmico hostil que interferiu em sua saúde psiquiátrica e mental", adverte o desembargador.

O julgamento foi unânime. Os desembargadores Edson Ferreira e J. M. Ribeiro de Paula completaram a turma julgadora.

Defesa

"A Universidade Anhembi Morumbi informa que não comenta trâmites processuais, em respeito a todas as pessoas relacionadas ao caso. Inclusive porque, as professoras mencionadas não integram mais o quadro de docentes da Instituição. A Universidade ressalta ainda que não compactua com qualquer forma de desrespeito, a quem quer que seja. Seu histórico de mais de 50 anos de existência são pautados no respeito, ética e diversidade, norteados dentro e fora da sala de aula, bem como extensivo à toda a comunidade acadêmica".

No sétimo episódio do programa Vem Ser S/A, apresentadoa por Janguiê Diniz, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, conta com a participação de Gabriel Rodrigues, fundador da Universidade Anhembi Morumbi. 

O conteúdo é transmitido na página do LeiaJá no Facebook e no canal do Youtube de Janguiê Diniz, às 20h, desta quarta-feira (9). Na ocasião, Rodrigues mostra lições de empreendedorismo, alguns cases de sucesso e conversa sobre o setor educacional. 

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O Vencer S/A, semanalmente, conta com a presença de empreendedores de várias partes do Brasil e de distintos segmentos. Durante a entrevista, os convidados relatam suas experiências e os caminhos para ter êxito na carreira. A primeira temporada do Vem Ser S/A contará com 12 edições.

As investigações que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abrirá sobre a operação envolvendo o Grupo Laureate e a Universidade Anhembi Morumbi poderão gerar uma multa de até R$ 5 milhões para as empresas, de acordo com o relator do caso, conselheiro Ricardo Ruiz. A informação havia sido adiantada pela Agência Estado há 15 dias, quando ocorreu a última sessão do Cade e foi confirmada nesta quarta-feira pelo conselheiro.

O órgão antitruste julgou dois processos na área de educação envolvendo os conglomerados. O Cade aprovou os dois negócios por unanimidade e sem restrições, mas decidiu abrir uma investigação, chamada tecnicamente de auto de infração, para apurar por que a família Rodrigues, que era dona de parte da Universidade Anhembi Morumbi, não declarou que também é controladora de um fundo de investimentos, que, por sua vez, tem participação na concorrente Anhanguera.

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"Parte substancial das informações não estava no formulário (de apresentação do negócio entregue ao órgão antitruste)", disse Ruiz a jornalistas ao final da primeira parte da sessão desta quarta-feira. "Vamos verificar se houve informação errônea, enganosa ou, com sorte, apenas incompleta", acrescentou.

De acordo com o relator, o Cade identificou nos últimos cinco anos pelo menos 12 operações de compra pela Anhanguera e outras 12 do grupo Laureate. "São empresas extremamente ativas no setor", observou.

O advogado da Laureate, Olavo Chinaglia, que foi conselheiro do Cade, informou que o grupo prestará todas as informações ao conselho. "Tenho certeza de que não houve engano. Tudo será esclarecido ao Cade e a Laureate reitera as informações prestadas nos autos."

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