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A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) recebeu mais de 22.000 candidaturas para a vaga de astronauta, sendo cerca de 25% delas de mulheres - anunciou o órgão nesta quarta-feira (23).

As candidaturas, o triplo do recebido em 2008, são oriundas de 25 países: 22 membros da ESA e três associados. Metade das inscriçõe é de França e Alemanha.

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"Isto é extraordinário e certamente histórico", afirmou o director-geral da ESA, Josef Aschbacher, que vê este número como um "símbolo" do apetite europeu pela exploração espacial.

Apenas entre quatro e seis candidatos cruzarão a linha de chegada até o final de 2022, ao término de um longo processo seletivo de seis etapas.

Pela primeira vez, a ESA também reterá 20 candidaturas adicionais para criar um "cadastro de reserva", e uma para uma pessoa com deficiência.

A França aparece em primeiro lugar, com 7.137 candidatos. Na sequência, estão Alemanha (3.700), Reino Unido (1.979), Itália (1.860) e Espanha (1.344).

Em uma primeira etapa, a ESA selecionará os candidatos, que deverão ter menos de 50 anos, mestrado em ciências, ou em engenharia, e pelo menos três anos de experiência profissional.

Em torno de 1.500 candidatos irão para a segunda fase, que inclui testes psicológicos.

Um comprador não identificado pagou 28 milhões de dólares em um leilão neste sábado (12) para acompanhar Jeff Bezos e seu irmão no primeiro voo espacial tripulado da empresa Blue Origin, no mês que vem.

O fundador da Amazon revelou esta semana que ele e seu irmão Mark estarão a bordo do New Shepard em 20 de julho para uma viagem de apenas 10 minutos. A eles se juntarão o vencedor do leilão beneficente, cuja identidade será revelada nas próximas semanas, e um quarto turista espacial, ainda a ser definido, de acordo com a diretora de vendas da Blue Origin, Ariane Cornell.

O terceiro viajante venceu cerca de 20 rivais em um leilão que começou em 19 de maio e cujos últimos 10 minutos foram transmitidos pela televisão. Os lucros serão destinados à fundação Club for the Future, da Blue Origin, que tem como objetivo inspirar as gerações futuras a seguir carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

O New Shepard decolará de um deserto no oeste do Texas. A cápsula que levará os passageiros se separará do propulsor e ultrapassará a Linha de Karman, a cerca de 100 quilômetros de altura, que marca o limite entre a atmosfera da Terra e o espaço.

Dos 10 minutos de duração da viagem, os viajantes passarão quatro no espaço, onde poderão sentir a falta de gravidade e observar a curvatura da Terra vista do espaço. Bezos, que anunciou no início deste ano que deixará o cargo de CEO da Amazon para dedicar mais tempo a outros projetos, incluindo o Blue Origin, disse que conhecer o espaço é um sonho de toda sua vida.

A Blue Origin conduziu uma dúzia de testes bem-sucedidos com o New Shepard, embora todos não tripulados, a partir de suas instalações nas montanhas de Guadalupe, no oeste do Texas. O sistema de foguetes suborbitais reutilizáveis foi batizado em homenagem a Alan Shepard, o primeiro norte-americano a chegar ao espaço, 60 anos atrás.

Os apaixonados de plantão poderão ter suas declarações de amor ecoadas pelo espaço. O aplicativo de relacionamentos Adote um Cara está realizando uma ação promocional que selecionará mil cartas de amor para uma viagem a bordo do foguete Falcon 9, da SpaceX. A viagem durará seis meses e, após o retorno dos bilhetes à Terra, esses serão enviados aos devidos remetentes pelo correio. 

Não é necessário ser cadastrado no aplicativo para participar da ação. Os interessados poderão mandar suas cartas através do site do app, pleiteando uma vaga nesta viagem espacial. Mil mensagens de amor serão selecionadas por um comitê de leitura da organização do app e enviadas para a viagem a bordo do Falcon 9. 

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A viagem contará com mais de 100 milhões de quilômetros e terá uma duração de seis meses. O lançamento acontecerá no Cabo Canaveral, base espacial norte-americana, e está previsto para novembro deste ano. As cartas viajarão dentro de uma embalagem de 500 gramas, o que representa aproximadamente 0,002% da carga útil do foguete. O papel e a tinta das mensagens devem receber raios ionizantes do sol e, por isso, poderão ser modificados, apresentando uma cor e estado únicos ao retornarem à Terra.

Ao chegaram de volta, cada uma das mensagens será enviada a seus devidos remetentes, pelos correios. Os interessados podem cadastrar suas cartas através da internet, até a próxima segunda (1º). Além de espalhar o amor por todo o espaço, a missão tem como objetivos contribuir com a pesquisa científica e o reabastecimento dos astronautas em órbita.

“A Terra é azul.”, foi o que disse o russo Yuri Gagarin, primeiro homem a ir ao espaço, ao ver o planeta à distância no dia 12 de abril de 1961. Desde essa descrição, as imagens da bola azul rodaram o mundo, gerando em muitos uma vontade quase infantil de viver a experiência de atravessar a atmosfera terrestre para vagar no vazio do Universo.

O estudante de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília (UnB), Pedro Nehmem, será o primeiro civil brasileiro a realizar o sonho de muitos e ver o que Gagarin descreveu. “Eu vou ver a Terra azul, de fora, com o céu todo preto”, vibra o rapaz de 23 anos. Em 2013, Pedro ganhou o concurso realizado por uma empresa de aviação holandesa e garantiu lugar na nave que voará de 45 a 60 minutos à 103 quilômetros de altitude, ficando cinco a seis minutos na gravidade zero. “Receber a notícia foi uma experiência diferente, quase assustadora”, define Nehme. O voo suborbital será na nave Lynx Mark II, da empresa XCOR Aeroespace. Os testes com o veículo começam no segundo semestre e a previsão é que a viagem ocorra ainda este ano.

A preparação oficial de Pedro foi em março de 2015. “O treinamento é focado no perfil do voo, então eu estou sendo submetido às mesmas acelerações do voo espacial para sentir na prática como vai ser”, explica. O treinamento para ir ao espaço é dividido em duas etapas. A primeira consiste em práticas de hipergravidade, que submetem a pessoa a gravidades altas. A última experiência do estudante nesse tipo de treinamento foi com a Força Aérea Brasileira (FAB), a bordo do avião de caça F-5 EM, do Esquadrão Pampa, na terça-feira (16).

“É bem rápido. Para se ter ideia, na subida atingimos 40 mil pés em 5, 6 minutos, enquanto um avião comum demora meia hora para fazer o mesmo trajeto”, diz Nehmem. Segundo ele, a experiência foi tranquila, especialmente porque já havia se preparado, em março, numa centrífuga do Nastal Center, na Filadelfia, Estados Unidos.

O estudante passou por dois dias de treinamento na centrífuga para que o estudante aprendesse a reconhecer as forças a que será submetido. O exercício na máquina que simula gravidade alta consiste basicamente em contrair os músculos inferiores e do abdômen para que o sangue circule normalmente pelo corpo durante a alta aceleração, evitando que migre para os pés e músculos inferiores e cause desmaios.

“Fazendo o exercício, rapidamente você começa a sentir tudo voltando ao normal, incluindo a retorno da visão periférica, que também é comumente perdida durante a aceleração. Eu comecei a enxergar como se fosse num binóculo, mas ao contrair os músculos, voltei a enxergar direito”.

Para a segunda etapa do treinamento, de microgravidade, Pedro vai para Moscou. “Lá eu vou experimentar a sensação de gravidade zero.”

Todo o treinamento está sendo financiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB). Como contrapartida, Nehmem levará um experimento da AEB para o espaço.

Além dos exercícios, Pedro também passou por testes físicos no Instituto de Medicina Aeroespacial da FAB e está cuidando do condicionamento físico. Emagreceu 15 quilos, desde novembro de 2014, com atividade física diária e alimentação equilibrada.

“Todos esses treinamentos estão me deixando mais confiante, mais seguro para a viagem. Passar por tudo isso sem ter problema nenhum é um bom indicativo de que na viagem eu não terei nenhum problema, dado que as situações são quase as mesmas.”, afirma o estudante.

Em 2013, a empresa KLM lançou um balão no deserto de Nevada, no Estados Unidos, e perguntou a altitude em que o balão estouraria. A pessoa que acertasse o ponto ganharia uma viagem espacial. “Eu errei por 14 quilômetros, mas fui o que chegou mais perto.” Mais de 129 mil pessoas participaram da seleção.

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