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A avaliação da população brasileira sobre o governo de Jair Bolsonaro ficou estável em pesquisa XP/Ipespe realizada após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. O porcentual que avalia o governo como ruim ou péssimo oscilou de 50% para 49%, enquanto a fatia que o vê como ótimo ou bom variou de 25% para 26%, em relação ao levantamento anterior, divulgado no dia 18 de maio.

Houve também perguntas sobre o conteúdo do vídeo da reunião ministerial, liberado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira, 22. Segundo o levantamento agora divulgado, 71% dos entrevistados têm conhecimento da gravação e, entre eles, 59% acreditam que a divulgação foi negativa para o governo, enquanto 30% acreditam que ela foi positiva.

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Na troca de acusações entre Bolsonaro e Sérgio Moro, que denunciou interferência na Polícia Federal, 46% acreditam que é o ex-ministro da Justiça quem fala mais a verdade, e 21% apontam o presidente.

A avaliação negativa sobre a atuação de Bolsonaro na crise provocada pelo coronavírus, que crescia desde março, aponta a XP/Ipespe, oscilou três pontos para baixo e atingiu 55%. O resultado vem após o aumento de 8 pontos porcentuais desde o fim de abril da avaliação negativa do governo Bolsonaro. Já a percepção positiva havia caído 6 pontos porcentuais nesse período anterior à sondagem atual.

Quanto ao rumo da economia brasileira, houve variação de 57% para 54% do grupo que acredita que está no caminho errado, enquanto os que a veem no caminho certo passaram de 28% para 27%.

A sondagem foi feita nos dias 26 e 27 de maio, com mil entrevistas de abrangência nacional. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

A avaliação negativa do governo de Jair Bolsonaro subiu de 42% para 49% depois do pedido de demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de acordo com a pesquisa XP Ipespe. Por outro lado, a avaliação positiva variou de 31% para 27%.

As duas marcas são o maior e o menor valor da série, iniciada em janeiro de 2019, segundo a XP Ipespe.

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Para esse levantamento, foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 28, 29 e 30 de abril. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais. A sondagem anterior foi divulgada no dia 24 de abril, dia da demissão de Moro.

Para o restante do mandato, houve movimento semelhante, com aumento da expectativa negativa, de 38% para 46% e queda na expectativa positiva, de 35% para 30%.

Avaliações

No período, caiu também a nota média atribuída ao presidente, que era de 5,1 na pesquisa divulgada em 24 de abril e foi de 4,7 no levantamento atual. Já a nota média atribuída a Sérgio Moro teve movimento inverso: passou de 6,2 para 6,5 desde sua saída do governo.

Quanto à avaliação do Congresso, a parcela dos que consideram ruim ou péssimo passou de 36% para 40%, enquanto a de ótimo ou bom variou de 18% para 16%.

Sobre os efeitos da demissão de Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, continua em 67% a fatia dos entrevistados que acreditam que ela trará impactos negativos para o restante do governo. Em relação ao novo ministro, André Mendonça, 69% dizem acreditar que ele terá uma atuação com interferências do presidente, enquanto 19% esperam uma atuação independente.

Economia

A nova pesquisa também mostrou uma percepção mais desfavorável sobre a economia. Dos entrevistados, 52% acham que a economia está no caminho errado, contra 47% na semana passada. Os que veem a economia no caminho certo oscilaram de 35% para 32%.

A maior parcela dos participantes (62%) acredita que Bolsonaro deve mudar a política econômica, com mais investimentos do governo, para superar a crise. Já 29% avaliam que o presidente deve manter as reformas e o enxugamento dos gastos públicos, com mais participação de empresa privadas.

O levantamento registrou ainda um aumento no porcentual dos que dizem estar com "muito medo" do surto de coronavírus: são 48% nesta rodada contra 41% na semana anterior.

A ruidosa demissão do ex-juiz Sérgio Moro do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública na sexta-feira, 24, trará impactos negativos para a gestão Jair Bolsonaro, de acordo com 67% de um universo de 800 pessoas que responderam a uma pesquisa de opinião feita pela XP Investimentos/Ipespe.

O levantamento foi feito entre as 18 horas de quinta-feira, 23, e as 18 horas de da sexta-feira. Portanto, algumas entrevistas foram feitas quando ainda se considerava a possibilidade do então ministro pedir demissão e parte, depois de a demissão ter sido confirmada.

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A pesquisa abriga uma margem de erro de 3,5 pontos porcentuais para baixo e para cima.

Considerando já a formalização do pedido de demissão de Sérgio Moro, 10% disseram que a saída dele será positiva para o País e 16% acreditam que não exercerá impacto algum. Ainda no levantamento, 8% disseram não saber ou não responderam aos questionamentos.

Restante do mandato

Outra pergunta da pesquisa foi sobre a expectativa com o restante do mandato do governo Bolsonaro com a saída de Moro. Para esta questão, 49% afirmaram que o restante do mandato será ruim ou péssimo após a saída do ex-juiz, enquanto 18% disseram que será bom e ótimo e 25% que será regular. Ainda 9% disseram não saber ou não responderam.

Para comparação, na pesquisa realizada entre os dias 20 e 22 de abril, antes, portanto, da demissão de Moro, a expectativa para o restante do mandato Bolsonaro era 35% positiva (ótimo+bom), 38% negativa (ruim+péssimo) e 21% regular. Ainda 6% disseram não saber ou não responderam.

A XP Investimentos lembra que a pesquisa XP/Ipespe vai a campo mensalmente desde novembro de 2018.

A proporção de pessoas que considera a administração dos governadores como "ótima ou boa" disparou de 26% em meados de março para 44% no início de abril, de acordo com a Pesquisa XP com a População publicada nesta sexta-feira (3).

O crescimento ficou muito acima do limite da margem de erro, de 3,2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.

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Ao mesmo tempo, a proporção da população que considera a gestão dos governadores "ruim ou péssima" derreteu de 27% para 15%.

Os governadores da região Sul têm a maior taxa de aprovação, de 54%. Na pesquisa anterior, era de 35%.

Em seguida, vêm os chefes de Estados do Nordeste (27% para 50%); do Norte e Centro-Oeste (24% para 44%) e, por último, do Sudeste (22% para 37%).

No mesmo período, a avaliação positiva do Congresso avançou de 13% para 18%, mas estável no limite da margem de erro. No entanto, a avaliação "ruim ou péssima" teve forte queda, de 44% para 32%, enquanto a proporção dos que consideram o Congresso regular avançou de 37% para 45%.

A reprovação ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, atingiu 42% em abril, depois de alcançar 36% em março, de acordo com edição extra da "Pesquisa XP com a População", realizada pela instituição em parceria com o instituto Ipespe. É o maior nível de avaliações ruins ou péssimas desde o início do mandato, mas ainda estável no limite da margem de erro da pesquisa, de 3,2 pontos porcentuais.

A proporção da população que avalia o governo como "ótimo ou bom" caiu de 30% para 28% no período, também estável dentro da margem.

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Nominalmente, é a primeira vez que a taxa fica abaixo do nível dos 30%.

A pesquisa incluiu um questionário especial sobre a pandemia do coronavírus no País. A atuação de Bolsonaro no combate ao vírus foi considerada "ruim ou péssima" por 44% da população, enquanto 29% enxergaram o desempenho do presidente como "ótimo ou bom" e 21%, como "regular".

Ele tem a avaliação mais negativa entre todos os atores pesquisados. A aprovação da atuação do presidente está empatada na margem de erro com a do Congresso (30%), da população (34%), e do Supremo Tribunal Federal (29%), mas bem abaixo da do ministro da Saúde, Henrique Mandetta (68%), dos governadores (59%), do ministro da Economia, Paulo Guedes (37%) e dos profissionais da saúde (87%).

A pesquisa também captou deterioração nas expectativas para o restante do mandato de Bolsonaro.

A proporção da população que espera que o governo dele seja "ruim ou péssimo" avançou de 33% para 37%, enquanto a avaliação "ótima ou boa" recuou de 38% para 34%.

"O que estamos vendo é que Bolsonaro mantém esse núcleo de apoio em torno de 30% e isso é o que ele precisa para chegar até 2022. Não esperamos mudança no comportamento dele", disse o head de Macro Sales e Análise Política da XP, Richard Back, em webinário de divulgação da pesquisa.

Ao mesmo tempo, a avaliação dos governadores disparou e a proporção que considera os governos dos chefes de Estados como positiva subiu de 26% para 44%, enquanto a avaliação negativa derreteu de 27% para 15%.

A pesquisa ouviu 1.000 pessoas, por telefone, entre os dias 30 de março e primeiro de abril.

A amostragem leva em conta sexo, região, idade, tipo de cidade, religião, porte do município, ocupação, nível educacional e renda.

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