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A ruidosa demissão do ex-juiz Sérgio Moro do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública na sexta-feira, 24, trará impactos negativos para a gestão Jair Bolsonaro, de acordo com 67% de um universo de 800 pessoas que responderam a uma pesquisa de opinião feita pela XP Investimentos/Ipespe.

O levantamento foi feito entre as 18 horas de quinta-feira, 23, e as 18 horas de da sexta-feira. Portanto, algumas entrevistas foram feitas quando ainda se considerava a possibilidade do então ministro pedir demissão e parte, depois de a demissão ter sido confirmada.

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A pesquisa abriga uma margem de erro de 3,5 pontos porcentuais para baixo e para cima.

Considerando já a formalização do pedido de demissão de Sérgio Moro, 10% disseram que a saída dele será positiva para o País e 16% acreditam que não exercerá impacto algum. Ainda no levantamento, 8% disseram não saber ou não responderam aos questionamentos.

Restante do mandato

Outra pergunta da pesquisa foi sobre a expectativa com o restante do mandato do governo Bolsonaro com a saída de Moro. Para esta questão, 49% afirmaram que o restante do mandato será ruim ou péssimo após a saída do ex-juiz, enquanto 18% disseram que será bom e ótimo e 25% que será regular. Ainda 9% disseram não saber ou não responderam.

Para comparação, na pesquisa realizada entre os dias 20 e 22 de abril, antes, portanto, da demissão de Moro, a expectativa para o restante do mandato Bolsonaro era 35% positiva (ótimo+bom), 38% negativa (ruim+péssimo) e 21% regular. Ainda 6% disseram não saber ou não responderam.

A XP Investimentos lembra que a pesquisa XP/Ipespe vai a campo mensalmente desde novembro de 2018.

Recolhido no Palácio do Alvorada neste sábado de manhã deste sábado, 25, após a conturbada saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe a vista de uma série de aliados em sua residência.

Um dos primeiros a chegar ao local, sem falar com a imprensa foi o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), um dos maiores defensores de Bolsonaro no plenário da Câmara. Na sequência, veio o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Jorge Antônio de Oliveira Francisco. Ele é um dos cotados para assumir a cadeira deixada por Moro.

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O secretário de assuntos fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, chegou caminhando ao Alvorada na companhia do secretário da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten, mas ao se aproximar do portão, pegaram carona em um outro carro que entrava na residência do presidente da República. Não foi possível identificar o passageiro desse veículo.

O general , ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também chegou sem falar com a imprensa.

O ex-juiz da Operação Lava Jato Sérgio Moro pediu demissão do ministério da Justiça nesta sexta-feira, 24. Ele anunciou sua saída do governo Bolsonaro em um pronunciamento.

Na fala, Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência.

À tarde, o presidente Jair Bolsonaro rebateu as acusações do ex-ministro da Justiça e disse que Moro condicionou troca de Maurício Valeixo na diretoria-geral da Polícia Federal à indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro nega.

Mais cedo, Bolsonaro postou no Twitter uma foto em que aparece abraçando o ex-ministro Sérgio Moro.

Na imagem, um texto destaca o apoio do presidente no período em que o site jornalístico The Intercept fazia denúncias contra Moro, batizadas de "VazaJato". A publicação exibiu à época várias mensagens trocadas entre o então juiz e a equipe que investigava a Operação Lava Jato.

A estratégia do ex-senador Demóstenes Torres de usar o microblog Twitter para tentar caracterizar sua cassação como uma iniciativa da esquerda e de pedir apoio para recupera o mandato por intermédio do Supremo Tribunal Federal (STF) não deu certo. Até houve algumas manifestações de solidariedade, mas a grande maioria dos internautas que resolveu dar palpites no espaço de Demóstenes aprovou a cassação.

Demóstenes perdeu o mandato na última quarta-feira, depois de responder a processo de quebra de decoro parlamentar por ter posto o mandato a serviço do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, segundo o relator da ação, senador Humberto Costa (PT-PE). A princípio, ele aceitou o julgamento. Mas, ainda na noite de quarta-feira, o ex-senador decidiu usar o Twitter para anunciar que iria ao STF atrás do mandato e que a cassação tinha sido arquitetada pela esquerda.

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Alguns dos internautas que entraram no microblog de Demóstenes para fazer comentários chegaram a utilizar do escárnio, dizendo que o ex-senador goiano já foi embora tarde. "Trate de mudar sua biografia. Você não é mais senador. Foi cassado, lembra?", comentou Marinilda Carvalho. Irônico, Edgar Roberto Russo sugeriu: "Acho melhor o senhor mudar o nome do seu perfil. 'Senador' não te pertence mais!". A resolução que determina a cassação do mandato de Demóstenes foi publicada nesta quinta no Diário do Senado.

Doravante, ele não tem direito mais a carro oficial com motorista, assessores, nem as mordomias do Senado. O internauta que se identifica com o pseudônimo Stanley Burburinho lembrou que ele colheu o que plantou na carreira política. "Lembra do Fora Sarney que você liderou?" indagou, referindo-se à campanha para derrubar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), durante o escândalo dos atos secretos, denunciado pelo jornal O Estado de S. Paulo em série de reportagens em 2009.

Esta quinta foi dia de esvaziar os papéis o gabinete e devolver as chaves à Mesa do Senado. Um grupo de assessores mais leais a Demóstenes tirou a papelada das gavetas e encaixotou todos os documentos e coisas pessoais do ex-senador, transportados em uma van.

Houve quem se solidarizasse com o ex-senador, como Raphael Cardoso Melo, que até lançou provocações aos principais desafetos de Demóstenes, o governo petista e a esquerda. "Sua falha foi unir-se a Cachoeira e não ao partido dos mensaleiros. Teria a base, a CUT, a UNE e o STF a seu favor", provocou.

A baiana Ingrid Viana, mandou fluidos de boa sorte da terra dos orixás. "O cair é do homem, o levantar é de Deus. Que Ele te fortaleça e te estabeleça", disse a internauta. "Abraço da Bahia", despediu-se.

Depois da primeira noite de sono como ex-senador Demóstenes acordou cedo e, de acordo com informações de antigos assessores, viajou nesta quinta para Goiânia, onde dará entrada nos próximos dias aos procedimentos de retorno ao cargo de procurador de Justiça do Estado, do qual estava afastado desde 2002. Demóstenes teve os direitos políticos suspensos até 2027.

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