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O Campeonato Espanhol vem chamando a atenção pela disputa acirrada entre o Atlético de Madrid e os gigantes mundiais Barcelona e Real Madrid pelo título, mas a sua organização sofreu uma baixa considerável com a perda do patrocinador que dá nome ao torneio, o grupo bancário BBVA.

O presidente da liga espanhola, Javier Tebas, anunciou nesta quarta-feira a perda do patrocinador exclusivo da competição, que optou por não seguir mais o apoiando. Além disso, explicou que muito provavelmente não será capaz de substituí-lo a tempo para a disputa do torneio nacional da próxima temporada.

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Tebas afirmou que, embora "muitas propostas estejam na mesa", nenhuma negociação está avançada a ponto de substituir o BBVA como patrocinador do nome da competição. Diante desse cenário, segundo o presidente da liga espanhola, uma possibilidade que está sendo explorada é a próxima edição do campeonato ter "vários patrocinadores".

Independentemente desse impasse, o Campeonato Espanhol se aproxima do seu final com uma disputa emocionante pelo título. Restando duas rodadas para o encerramento da competição, o Barcelona lidera o torneio com os mesmos 85 pontos do Atlético de Madrid, mas em vantagem nos critérios de desempate, enquanto o Real Madrid é o terceiro colocado com 84.

O Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA (BBVA) afirmou nesta quarta-feira que o lucro no segundo trimestre mais que dobrou, para € 1,15 bilhão (US$ 1,53 bilhão), de € 505 milhões no mesmo período de 2012. O segundo maior banco da Espanha em ativos superou a expectativa dos analistas de lucro de 1,08 bilhão.

A receita líquida com juros do BBVA - a diferença entre o que o banco ganha sobre os empréstimos e o que paga para se financiar - caiu para 3,68 bilhões de euros no trimestre, de 3,74 bilhões de euros há um ano. No primeiro semestre, o lucro líquido do BBVA avançou 91%, para 2,88 bilhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A decisão de acabar com a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em contratos de derivativos cambiais mostra que o governo brasileiro quer acalmar os ânimos do mercado financeiro. A avaliação é do economista para Brasil do espanhol BBVA Research, Enestor dos Santos. Para o analista, a notícia não surpreende porque o governo demonstrava insatisfação com a rápida desvalorização do real.

"Parte do mercado já previa essa retirada do IOF diante da persistente fraqueza do real nos últimos dias", diz, ao lembrar que a subida do preço do dólar no Brasil tende a pressionar ainda mais a inflação, que continua girando perto do teto da meta. "Portanto, a notícia era esperada e considero a medida positiva porque contribui para o recente processo de normalização das políticas econômicas", afirma.

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Santos reconhece que é louvável o esforço do governo de dar passos na direção da "normalização" da política econômica com a adoção de medidas consideradas mais ortodoxas, como "a política monetária mais atenta à inflação e menos barreiras à entrada de capitais estrangeiros". Mas o analista diz que ainda é preciso avançar para reconquistar plenamente a confiança dos mercados. "Continua faltando uma correção de rumo na política fiscal. Só há rumores de que o governo anunciará alguma medida em breve", diz.

"Por enquanto, portanto, vejo nessas mudanças recentes mais uma maneira de acalmar o mercado do que um compromisso genuíno com políticas econômicas mais ortodoxas", diz o economista.

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