Braço direito de Bryan Cranston na bem-sucedida série de televisão Breaking Bad, o ator americano Aaron Paul ganha destaque no cinema com Need for Speed, filme de carros com poucos efeitos especiais, mas muita adrenalina. A adaptação do famoso videogame de mesmo nome, que estreia esta semana, é o primeiro papel de Paul desde o fim da série, que terminou em setembro de 2013 depois de cinco temporadas.
"Eu comecei a filmar literalmente depois de meu último dia em Breaking Bad", explicou o ator à imprensa em Los Angeles. "Havia um avião fretado me esperando, subi nele, fomos a Mendocino (Califórnia) e comecei as 6h30 da manhã", completou.
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Aaron Paul, de 34 anos, tem um longa carreira de papeis secundários no cinema e na televisão, mas tornou-se famoso interpretando Jesse Pinkman em Breaking Bad', razão de ter conseguido o papel em Need for Speed. No filme, dirigido por Scott Waugh e produzido por Steven Spielberg, Paul interpreta Tobey Marshall, um mecânico honesto que aceita participar de corridas para vingar a morte de um amigo e salvar sua oficina.
O personagem é o oposto de Pinkman, fabricante e distribuidor de metanfetamina no Novo México. "Essa era a ideia: fazer algo o mais diferente possível de Jesse Pinkman. E, no futuro, quero fazer algo que não tenha nada a ver com Tobey Marshall", explicou. "Jessie é um personagem que não acha seu lugar até o final da série", observou. "Enquanto Tobey Marshall é uma pessoa muito sólida, pé no chão, muito apaixonado".
Aulas de direção
O ator também participa do filme Exodus, de Ridley Scott, que tem estreia prevista para dezembro. E espera que Need for Speed tenha uma ou mais sequências, para poder "aprofundar-se no passado de Tobey". Não é algo difícil de imaginar, levando em consideração o apreço do público por filmes que envolvam grandes velocidades: os seis filmes da franquia Velozes e Furiosos arrecadaram, em conjunto, mais 2,3 bilhões de dólares mundialmente.
Foi Scott Waugh, ex-dublê e diretor de Ato de Valor (2012), o responsável pela estética de Need for Speed, inspirada nos filmes de carro do final dos anos 60 e início dos anos 70, que têm como símbolo o ator Steve McQueen. "Queria garantir que tudo era real", afirmou o diretor.
"Sou um grande fã de Corrida contra o Destino (1971), Operação França (1971), Bullitt (1968) e Grand Prix (1966). Eles faziam tudo em frente as câmeras, tudo era verdade, os atores que dirigiam". "Nos últimos anos, tudo ficou relegado a efeitos especiais digitais. Entendo quando são filmes no espaço, mas não em filmes automobilísticos".
O diretor conta que a condição para que Paul ganhasse o papel era que ele frequentasse uma "escola de dublês para aprender a dirigir". O ator não pensou duas vezes. "No final do primeiro dia, já fazia (giros de) 360 graus. Qualquer um pode fazer as aulas, é muito divertido. Uma vez que aprendemos o mecanismo do freio de mão é muito simples".