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O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre é o 3º do Brasil no total de atrasos e cancelamentos de voos em 2021, mostrou uma pesquisa realizada pela AirHelp, líder mundial na defesa dos direitos dos passageiros de companhias aéreas. O Aeroporto do Recife, que afetou 317.270 passageiros com imprevistos, fica atrás do Aeroporto Internacional de Guarulhos e do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).

Apenas o Aeroporto de Salvador, na Bahia, também aparece na lista representando o Nordeste. Com 145.686 atrasos e cancelamentos, ele ficou em 10º lugar no ranking. Segundo a AirHelp, cerca de 4,4 milhões de passageiros têm o direito de serem indenizados pelas companhias aéreas pelos danos causados ocorridos no ano passado. Além dos voos cancelados, atrasos de mais de quatro horas também é motivo de indenização. 

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Indenização

Para reivindicar a indenização, é necessário comprovar que o atraso ou cancelamento realmente causou sofrimento, estresse ou lesão ao usuário. Faltar a uma consulta médica importante, cancelamento de contrato, demissão, afastamento de um acontecimento de grande relevância emocional são exemplos de situações que podem dar lugar a um pedido de indenização perante a companhia aérea. Se o passageiro já sofreu “danos morais” e pode provar, há chances de conseguir uma indenização financeira de até R$ 5 mil por pessoa. 

Já se a companhia aérea for a responsável direta pela interrupção do voo por problemas técnicos ou falta de tripulação, por exemplo, o passageiro acaba tendo mais chance de ter uma compensação financeira. A interrupção do serviço devido a condições climáticas extremas pode ser usada como justificativa e aceita pelos tribunais, como estando fora do controle da companhia aérea. No entanto, os passageiros continuam a ter direito ao serviço e à informação. 

De acordo com o diretor-geral da AirHelp no Brasil, Luciano Barreto, os direitos dos passageiros no Brasil dão especificações. “O conjunto de direitos dos passageiros aéreos que temos no Brasil é orientado para o cliente e oferece aos passageiros aéreos uma grande consideração, especificando exatamente quais os cuidados que as companhias aéreas devem oferecer e também em caso de problemas de voo”. 

Os passageiros que voam no Brasil estão amparados pelo Código de Defesa do Consumidor e pela legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), instrumentos jurídicos mais relevantes para o passageiro. Essas leis definem claramente as responsabilidades das companhias aéreas para com seus passageiros sempre que houver problemas de voo. 

A legislação brasileira abrange voos domésticos dentro do Brasil, voos internacionais com partida ou chegada em aeroportos brasileiros, assim como voos com conexões em um aeroporto brasileiro.

Confira o ranking 

1º Guarulhos (SP) -  988.676

2º Viracopos (SP) - 321.269

3º Recife (PE) - 317.270

4º Santos Dummont (RJ) - 304.904

5º Brasília (DF) - 249.815

6º Congonhas (SP) - 246.413

7º Confins (MG) - 235.128

8º Porto Alegre (RS) - 151.077

9º Galeão (RJ) - 147.632

10º Salvador (BA) - 145.686

Doze aeroportos brasileiros ficaram entre os 50 melhores do mundo, de acordo com o AirHelp Score 2019, 'ranking' internacional dos melhores aeroportos e companhias aéreas do mundo. Entre os 25 melhores, o Rio de Janeiro pontuou dois aeroportos: Santos Dumont, que ficou na 17ª colocação e o Internacional do Rio de Janeiro RioGaleão (25º classificado). A classificação é feita pela AirHelp, maior organização internacional dos direitos de passageiros aéreos.

"O Brasil foi o país que mais teve aeroportos entre os 50 melhores do mundo, com representação em quatro das cinco regiões do país: Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. A pontualidade é o índice em que os aeroportos brasileiros foram mais bem avaliados, sendo que 11 dos 12 aeroportos tiveram nota acima de oito. Em segundo lugar, vem a qualidade dos serviços e, por último, a qualidade do varejo, que leva em consideração opções de alimentação e lojas", disse Karin Herbsthofer, especialista em direitos dos passageiros da AirHelp. Ela acredita que uma melhora dos aeroportos do Brasil nesses critérios pode ajudar a elevar sua posição no 'ranking'.

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De acordo com a pesquisa, divulgada ontem (9), o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba (PR), obteve a quarta melhor colocação, com 8,37 pontos. Os três melhores aeroportos do mundo são o Aeroporto Internacional Hamad, do Catar, com 8,39 pontos, mesma pontuação do Aeroporto Internacional Tóquio Haneda, seguido pelo Aeroporto Internacional de Atenas, com 8,38 pontos. O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), ocupa a 10ª posição, com 8,25 pontos. O último aeroporto brasileiro listado foi o de Guarulhoo, que ocupa a 45ª posição, com um total de 7,76 pontos.

Lançado em 2015, o   é considerado a avaliação mais abrangente e precisa de companhias aéreas e aeroportos. A partir daí, anualmente, a AirHelp produz um 'ranking' global dos aeroportos mais conhecidos do mundo. Este ano, foram analisados e classificados 132 aeroportos do mundo mais conhecidos e mais utilizados.

Metodologia

A metodologia considera três fatores para a pontuação dos terminais aeroviários. A pontualidade tem peso de 60%. Para elaborar o 'ranking' deste ano, foram analisados os voos entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2018. Calculam-se quantos voos estavam no horário e, em seguida, esse número é expresso como uma porcentagem. Quanto maior a pontuação, maior a porcentagem de voos no horário em um dia normal. Por exemplo, uma pontuação de 8,5 significa que 85% dos voos estavam no horário.

Outro critério é a qualidade do serviço, com peso de 20%. Esse item foi perguntado a mais de 40 mil pessoas de 40 diferentes países, dos quais 2,5 mil eram brasileiras. Foi pedido aos viajantes que classificassem os aeroportos em termos de atendimento ao cliente; tempos de espera de segurança; e limpeza, utilizando uma escala de muito boa a muito ruim. A cada classificação foi dado um valor numérico (de 1 a 5). Somando essas classificações, os analistas chegaram a uma pontuação final. Quanto maior a pontuação, melhor o aeroporto em todos esses fatores de serviço.

O terceiro critério é o de varejo, que engloba alimentos e lojas e tem peso também de 20%. Os passageiros foram indagados sobre o que achavam dos aeroportos em termos de opções de compras e de alimentos. Novamente, eles classificaram cada um em uma escala de muito boa a muito ruim, dando a cada classificação um valor numérico (de 1 a 5), para depois fazer a pontuação final. Quanto maior a pontuação, melhores são consideradas essas instalações para o aeroporto. Para chegar ao 'ranking' final, são somados os três fatores, considerando porém que o desempenho em termos de pontualidade deve superar a importância do serviço e das instalações do aeroporto.

A AirHelp salientou que não é possível comparar o resultado da pesquisa com anos anteriores, porque a metodologia deste ano deu maior peso à questão da pontualidade, e isso impacta em alterações na pontuação.

Melhores companhias

A AirHelp avaliou também as 72 melhores companhias aéreas do mundo. A mais cotada foi a Qatar Airways, com pontuação 8,23, repetindo a posição do 'ranking' de 2018 devido à presteza no processamento de reclamações e à elevada pontualidade. American Airlines ficou na segunda posição, com 8,07 pontos, seguida pela Aeromexico, com igual pontuação.

Para esse 'ranking' de empresas, foram considerados três fatores: pontualidade dos voos segundo a base de dados da AirHelp, que avalia o horário de partida e chegada dos voos de todas as companhias aéreas; qualidade do serviço das companhias aéreas segundo avaliação de passageiros; e processamento de reclamações com base na eficiência para o atendimento a pedidos de indenização de clientes. Os três critérios têm o mesmo peso (33,33% da pontuação final).

As empresas brasileiras Azul Airlines e Gol Intelligent Airlines ficaram no 29º e no 58º lugares, respectivamente. Apesar da boa pontuação em termos de serviço e 'performance' de partida e chegada no horário, as duas companhias não receberam pontos positivos no atendimento a queixas de passageiros. A Azul recebeu nota 8,3 para qualidade do serviço, 8,4 para pontualidade, e apenas 5 para processamento de reclamações, enquanto a pontuação da Gol foi 8,1 (serviço), 7,8 (pontualidade), e 3,1 (processamento de reclamações).

Entre as piores companhias, estão Ryanair, Korean Air, EasyJet e Thomas Cook Airlines, consideradas n]ao amigáveis em relação aos passageiros.

Na avaliação do diretor presidente da AirHelp, Henrik Zillmer, as empresas aéreas que agradam mais aos passageiros são as que oferecem pontualidade acima da média. Segundo ele, "as companhias aéreas que colocam os passageiros em primeiro lugar e se responsabilizam pela execução das reclamações de indenização de forma rápida e sem problemas ganham a confiança dos clientes neste mercado altamente competitivo”.

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