Diante da conjuntura econômica nacional, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta quinta-feira (26), que um dos desafios do novo secretário da Fazenda, Marcelo Barros, será encontrar uma maneira de ampliar as receitas do estado sem aumentar as alíquotas e, desta forma, “preparar Pernambuco para o [cenário] pós-crise”.
Durante a cerimônia de posse dos novos auxiliares, que contou com a participação expressiva de deputados estaduais inclusive de partidos não aliados, o pessebista também chamou a atenção dos demais membros da equipe para estarem “coesos em favor do estado”. Além de Barros, também foram empossados os novos secretários do Planejamento, Márcio Stefanni; e da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, Alexandre Valença.
##RECOMENDA##“Acreditamos, de pé no chão, que Pernambuco e seu povo é maior do que qualquer crise. Falo isso porque em momentos como este [de mudança da equipe] as reflexões dos desafios são enormes”, frisou. “Estes secretários têm a responsabilidade de continuar o trabalho dos seus antecessores e continuar agregando valor a nossa equipe. Temos muita coisa para tirar do papel”, acrescentou.
Sobre ações de efeito imediato para ampliar a receita do estado, Paulo Câmara destacou que Marcelo Barros vai precisar “olhar segmento por segmento e ver se há oportunidades de melhorar a receita”. “Não cabe neste momento aumentar alíquotas”, sentenciou.
Destacando a “má condução” da economia nacional, o secretário da Fazenda pontuou o “equilíbrio fiscal dinâmico” de Pernambuco e disse que espera trazer bons resultados para o estado. “Sei do enorme desafio de que terei pela frente, mas com muito diálogo vamos superar o cenário do país. Estamos vivenciando uma recessão econômica grande, mas Pernambuco é um estado com vocação para crescer, infelizmente precisamos pegar um atalho devido à má condução da conjuntura nacional”, observou.
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Estratégia de mudança
A alteração dos membros da equipe do Governo de Pernambuco é resultado do rompimento do PSB com o DEM e o PSDB, além do desejo de Paulo Câmara de dar um semblante mais próprio a gestão. Indagado pela imprensa, após a cerimônia, sobre quais foram os critérios de escolha dos novos secretários, o socialista destacou a técnica e a relação política.
“A gente escolhe os secretários verificando a capacidade técnica e de atuar nessas áreas. Eles precisam estar determinados e motivados, conscientes de que nós temos uma forma de governar. Os três estão convictos de que esta forma de governar é a adequada e estão determinados em cumprir suas tarefas”, observou. “Tem também a confiança política, de todos eles. Ao saber que esta função exige não apenas conhecimento técnico, mas também habilidade política para atender os anseios da população”, acrescentou.
Já sobre os cargos deixados por tucanos e democratas no segundo escalão, Câmara disse que “até amanhã no máximo” os nomes serão anunciados.