Tópicos | ânimos acirrados

O fim do discurso da jurista Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), causou um tumulto no plenário do Senado na manhã desta terça-feira (30). Ao deixar a tribuna, ela foi chamada de “golpista” pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE) que assiste à sessão do plenário da Casa Alta. 

A citação proferida por Guimarães foi ouvida pelo líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP). Em reação, o tucano pediu a palavra e com um discurso ácido disse que “golpista foram os que saquearam a Petrobras, golpistas são aqueles que fraudaram a contabilidade pública”.

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“Quando a senhora Janaína Pascoal desceu da tribuna, depois de reproduzir uma peça irretorquível, demolindo um a um os argumentos da defesa houve um insulto proferido aqui pelo deputado Guimarães”, descreveu Nunes. “Golpistas são vocês, deputado Guimarães. Não tenho medo de você, nem de vocês”, acrescentou referindo-se aos petistas e aliados de Dilma.

O tucano pediu ainda para que se houvesse outra manifestação do tipo por meio de Guimarães, que segundo ele não deveria estar no plenário, a polícia o conduzisse para fora do local. 

Apesar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowisk, pedir para que as manifestações fossem extintas, o clima ficou acalorado. “Vamos manter um clima civilizado”, pediu, pouco antes de suspender a palavra cedida a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) e dar um intervalo de cinco minutos à sessão. 

Quando a sessão foi retomada, Grazziotin fez uma questão de ordem pedindo ao presidente do STF que ordenasse que Aloysio Nunes se retratasse. Segundo ela, Dilma falou em "golpe" em discurso, mas dentro do processo legal. "Estamos todos equilibrados, apesar de sermos vítimas", afirmou.

A posse da vereadora Isabella de Roldão no comando do PDT do Recife, nesta sexta-feira (18), trouxe à tona um imbróglio interno entre o presidente da legenda em Pernambuco, deputado federal Wolney Queiroz, e os deputados estaduais Manoel Botafogo e Guilherme Uchoa. 

Pouco antes do início da cerimônia, os três e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, iniciaram um debate em que os ânimos foram exaltados e, como resultado disso, Uchoa deixou o plenário da Câmara do Recife, onde aconteceu o ato. 

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"Está faltando diálogo sim [com Wolney Queiroz]", disparou Uchoa, em conversa com a imprensa na saída da Casa. Segundo ele, durante a reunião extraoficial Wolney alegou que não aguentaria ouvir “desaforos” sobre disputas de espaços internos na legenda e o comando de alguns diretórios municipais, como o de Paudalho. 

Com os ânimos acirrados, Botafogo chegou a cogitar a saída dos três deputados estaduais da legenda. Ele, Uchoa e Pedro Serafim Neto. “Quem abonou minha ficha foi Leonel Brizola, estou há 17 anos no PDT e não vou jogar fora minha história”, disse Uchoa.

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A saída de Uchoa do plenário da Câmara, provocou uma correria para que o evento de posse não fosse ofuscado e iniciasse logo. Após o ato, Manoel Botafogo conversou com a imprensa e amenizou o desconforto. “Já foi tudo contornado. Tem diálogo sim, ele [Guilherme Uchoa] está no buraco frio da Alepe e nós estamos indo para lá agora conversar com ele. A idade da gente [dele e de Uchoa] não aguenta muito acocho sabe, realmente esquentou, mas já foi tudo contornado”, disse. 

Dando enfoque as questões municipais, Botafogo disse não achar justo que o comando da legenda, nas cidades em que os deputados estaduais tiveram votação expressiva, fique sob o comando de outras forças. “Não é justo tirar o pão dos filhos e dar aos cachorrinhos”, disparou. Sobre a possível saída da legenda, citada na hora da discussão, ele disse que “poderia haver”, mas com o desconforto sanado não havia razões. 

Sobre o assunto, Wolney Queiroz disse que a discussão tinha sido baseada em “coisas dos municípios” e afirmou que depois conversaria com Uchoa. “Está tudo tranquilo”, resumiu. 

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