Tópicos | falta de espaço

A posse da vereadora Isabella de Roldão no comando do PDT do Recife, nesta sexta-feira (18), trouxe à tona um imbróglio interno entre o presidente da legenda em Pernambuco, deputado federal Wolney Queiroz, e os deputados estaduais Manoel Botafogo e Guilherme Uchoa. 

Pouco antes do início da cerimônia, os três e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, iniciaram um debate em que os ânimos foram exaltados e, como resultado disso, Uchoa deixou o plenário da Câmara do Recife, onde aconteceu o ato. 

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"Está faltando diálogo sim [com Wolney Queiroz]", disparou Uchoa, em conversa com a imprensa na saída da Casa. Segundo ele, durante a reunião extraoficial Wolney alegou que não aguentaria ouvir “desaforos” sobre disputas de espaços internos na legenda e o comando de alguns diretórios municipais, como o de Paudalho. 

Com os ânimos acirrados, Botafogo chegou a cogitar a saída dos três deputados estaduais da legenda. Ele, Uchoa e Pedro Serafim Neto. “Quem abonou minha ficha foi Leonel Brizola, estou há 17 anos no PDT e não vou jogar fora minha história”, disse Uchoa.

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A saída de Uchoa do plenário da Câmara, provocou uma correria para que o evento de posse não fosse ofuscado e iniciasse logo. Após o ato, Manoel Botafogo conversou com a imprensa e amenizou o desconforto. “Já foi tudo contornado. Tem diálogo sim, ele [Guilherme Uchoa] está no buraco frio da Alepe e nós estamos indo para lá agora conversar com ele. A idade da gente [dele e de Uchoa] não aguenta muito acocho sabe, realmente esquentou, mas já foi tudo contornado”, disse. 

Dando enfoque as questões municipais, Botafogo disse não achar justo que o comando da legenda, nas cidades em que os deputados estaduais tiveram votação expressiva, fique sob o comando de outras forças. “Não é justo tirar o pão dos filhos e dar aos cachorrinhos”, disparou. Sobre a possível saída da legenda, citada na hora da discussão, ele disse que “poderia haver”, mas com o desconforto sanado não havia razões. 

Sobre o assunto, Wolney Queiroz disse que a discussão tinha sido baseada em “coisas dos municípios” e afirmou que depois conversaria com Uchoa. “Está tudo tranquilo”, resumiu. 

A falta de espaço e ânimo para a campanha dos candidatos da chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco está em alta nas conversas entre militantes dos partidos que compõem o grupo. Em conversa com o Portal LeiaJá alguns revelaram, em reserva, que o comando da campanha não tem alocado as antigas lideranças das legendas e, muito menos, usado a juventude, como em campanhas anteriores. 

De acordo com um militante histórico do PSB da Região Metropolitana do Recife (RMR), a postura da coordenação da campanha tem “conduzido uma boa parcela a neutralidade”. “Conheço pessoas de todos os 21 partidos da Frente, em várias cidades. Eles estão sentindo falta de uma postura mais atrativa da organização da campanha. Muitos nem sabem ainda como votar. Eu, particularmente, não sei se anulo ou não o meu voto. O que sei é que até agora, Paulo Câmara não me deu motivos para votar nele, se isto acontecer será por causa de Eduardo Campos”, cravou.

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A ida do ex-governador para São Paulo e a participação na disputa presidencial podem ser motivos da falta de engajamento. “Sinto falta da participação dele aqui. Comandava e delegava tudo. Fazia com que todo mundo gostasse de fazer campanha sabe? É diferente sem o governador Eduardo Campos”, colocou um deputado estadual da coligação, em reserva. “Quando ele vem para cá, nos fins de semana, podem observar que os eventos lotam e não é de cargos comissionados não, é de gente que ama política e defende o legado da Frente Popular”, acrescentou o parlamentar.

Novo na aliança pela disputa governamental, um líder tucano do interior do estado afirmou que a expectativa é a nova coordenação geral da campanha e de mobilização. Para ele, Renato Thièbaut, que agora foi alocado para a organização da corrida presidencial, não teve traquejo para engajar os pernambucanos. “Ele era muito frio e, às vezes, autoritário. Campanha meche com o povo e isso não pode acontecer, quanto mais gente envolvida melhor”, alfinetou. 

"Foi à gota d’água para meu copo transbordar". Com esta frase a vereadora do Recife, Marília Arraes (PSB), anunciou a imprensa local, nesta sexta-feira (6), que não concorda com as últimas posturas adotadas pela legenda socialista e que desistirá de sua pré-candidatura a deputa federal. Segundo a parlamentar, a decisão foi tomada após uma série de intervenções internas no PSB e por causa da falta de espaço dela e de outros.

Tentando evitar os boatos políticos sobre uma briga familiar, já que é prima do presdiente nacional do PSB, Eduardo Campos (PSB), a socilista iniciou a coletiva de imprensa alegando está bem com os parentes, mas que sua atitude era totalmente política. "Vou colocar um ponto final nesta briga de família. Isto não existe. É importante que a imprensa trate como uma relação política", solicitou, expondo em seguida a forma como é tratada dentro do PSB. “Eu e muitos não temos acesso a opinar, as nossas criticas ou são desconsideradas ou são subversivas. E isso se reflete em todos os níveis do partido, eles usam imposições de ideias ao invés do diálogo. Dentro do PSB a cúpula decide quem lidera o partido”, protestou. 

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Durante a conversa com os jornalistas, Marília também justificou o posicionamento dela com relação ao processo de escolha do próximo secretário da Juventude Socialista Brasileira (JSB) no estado. Recentemente vereadora, alertou que estavam acontecendo intervenções advindas da direção estadual da legenda para que o filho de Campos, João Campos (PSB), assumisse o cargo, sem a realização de “um processo democrático”. 

“Foi necessário que eu expressasse meu sentimento. Esta situação foi um episódio antidemocrático em que o principal prejudicado foi quem seria beneficiado (João Campos). Depois da intervenção foi à gota d’água para fazer meu copo esborrar”, observou. 

Após as críticas feitas na última segunda-feira (2), João anunciou a desistência de pleitear a vaga de secretário. Sem responder as indagações da prima, em nota, ele afirmou que não estava preparado para assumir cargos públicos.  

Com informações de Élida Maria 

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