SALAVDOR - Integrantes da Associação dos Professores e Letrados da Bahia (APLB-Sindicato) devolveram na Secretaria Municipal de Educação (SEMED-Salvador), nesta quinta-feira (7), livros do Instituto Alfa Beto (IAB) distribuídos pela SEMED.
Os livros do IAB foram avaliados com conteúdos racistas e preconceituosos e impróprios para o ensino pelo professores da APLB. No ato público, os profissionais despejaram os livros na frente da Prefeitura Municipal e protocolaram um documento na SEMED justificando a devolução. O ato foi chamado pelos professores de “Dia da Devolução”.
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O debate sobre o IAB
O presidente da Comissão de Educação, Esporte e Lazer da Câmara dos Vereadores de Salvador, Silvio Humberto, disse que "qualquer pessoa com o mínimo de envolvimento com a causa vai enxergar claramente o racismo nos texto. Só não conhecendo o público da rede para achar que esse conteúdo não vai afetar a auto-estima dos alunos". Já o secretário de Educação, João Barcelar, afirma que "leu os textos e viu que não são racistas, sexistas ou focam só o catolicismo. São textos literários, escritos na época de determinados costumes. Precisam ser interpretados com a atualidade".
Dia da Devolução
Na manifestação, os professores fizeram um ‘apitaço’ e entregam a documentação justificando a devolução do material à SEMEC. No documento, eles afirmam que a devolução está de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9394/96, com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e o Conselho Municipal de Educação. O caso está sendo apurado pela promotora Rita Tourinho, do Ministério Público Estadual (MP-BA), que deve ser pronunciar até o final do mês.
O IAB
O Instituto Alfa e Beto (IAB) é uma instituição não governamental (ING), criado em 2006, com fins de trabalhar a "educação em evidências". Foi assinada ontem (7), pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, a parceria com o instituto na operação "Salvador Afabetizada" que tem o objetivo de reestruturar o ensino públio de Salvador. Os professores do Sindicato discoradam da parceria e da adações do material didático. Em assembléia na última quarta (06), os professores votaram pela não adesão do material.