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Após duas noites com uma queda brusca na violência na capital e na Grande São Paulo, a Região Metropolitana voltou a ser palco de inúmeras mortes. Pelo menos nove pessoas foram assassinadas e três ficaram feridas a tiros em um intervalo de seis horas, entre as 19h30 desta quinta-feira (29) e a 1h30 desta sexta-feira. Somente nos últimos 15 dias, pelo menos 91 pessoas morreram após serem baleadas na Região Metropolitana, segundo levantamento feito pelo estadão.com.br. Outras 82 também foram feridas a bala no período, mas sobreviveram.

O comerciante Rafael Jesus Fulaz, de 31 anos, e a mulher dele, Sibele Carla Pedroso, de 36, proprietária de uma corretora de imóveis, foram mortos em uma tentativa de assalto, por volta das 21h desta quinta-feira (29), na pista sentido Marginal da Avenida dos Bandeirantes junto à Rua Ribeiro do Vale, na Vila Olímpia, área nobre da zona sul da capital paulista.

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Ocupando uma moto Honda Fireblade Repsol, comprada um dia antes, o casal voltava de Mongaguá, litoral paulista, e seguia para Itu, no interior, quando, em um semáforo, foi abordado por dois homens, também em uma moto. A dupla anunciou o assalto. Rafael acelerou para escapar dos bandidos e foi baleado pelo garupa. Como não sabia acessar a Rodovia Castello Branco, uma jovem de 19 anos, acompanhada da irmã, de 5 anos, ambas filhas apenas de Sibele, só percebeu o que havia ocorrido ao passar ao lado da moto e ver a mãe e o padrasto caídos. A jovem estava a uma distância de pelo menos quatro carros.

Baleado, o comerciante perdeu o controle da moto e bateu contra um Toyota Fielder blindado. Os bandidos, segundo uma testemunha, se aproximaram novamente das vítimas. O garupa então desceu da moto e atirou desta vez contra Rafael e Sibele. O Toyota também foi atingido. Os assaltantes, ambos de capacete, deixaram o local sem levar nada; já as vítimas morreram antes da chegada dos bombeiros. Segundo a polícia, Sibele morava em Mongaguá e Rafael em Itu.

O caso foi registrado no 27º Distrito Policial, do Campo Belo, e será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Chacina

Quatro pessoas foram mortas a tiros e duas permaneciam internadas após serem vítimas de atiradores, no início da madrugada desta sexta-feira, em um bar localizado na esquina da Rua Lagoa Preta com a Estrada do Sabão, na Vila Cruz das Almas, região da Brasilândia, na zona norte de São Paulo.

Os disparos, segundo a proprietária do estabelecimento, que saiu ilesa, foram feitos por quatro homens em duas motos. O bar estava prestes a fechar e um funcionário fazia a lavagem do local quando os criminosos armados chegaram, atirando contra todos que estavam dentro do estabelecimento. Seis pessoas foram atingidas pelos tiros.

Antonio Moraes Santana Leal, de 42 anos, e Claudinei Pereira da Silva, 41, foram encaminhados para o pronto-socorro Penteado, onde morreram. Silvia Helena Fernandes de Lima, 48, Danilo Bonfim Vieira da Silva, 27, e Luciano Araújo de Souza, 30, foram levados para o hospital de Vila Nova Cachoeirinha, onde Danilo e Luciano também não resistiram e acabaram morrendo quando passavam por cirurgia. Já Luís Eduardo Pereira de Souza, de 38 anos, permanecia internado no pronto-socorro de Taipas.

O caso foi registrado no 72º Distrito Policial, da Vila Penteado, e será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Essa é a 22ª chacina do ano, com um total de 74 mortos, na Região Metropolitana de São Paulo, segundo levantamento feito pelo estadão.com.br. Somente em novembro, foram 10 chacinas, cinco na capital e cinco nas demais cidades, com 36 mortos, número que representa quase metade do total das pessoas assassinadas em crimes do tipo neste ano.

Zona leste

Darlan Alves dos Santos de Malta, de 25 anos, foi encontrado baleado, por volta das 23h desta quinta-feira (29), na Rua André Lombardi, em frente ao Loteamento Monte Verde, em Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital, próximo do limite com a cidade de Ferraz de Vasconcelos. Policiais militares foram acionados por pessoas que ouviram os tiros e, ao chegarem no local, encontraram a vítima caída. Malta tinha passagem pela polícia e morreu quando era atendido no pronto-socorro da região. O homicídio foi registrado no 49º Distrito Policial, de São Mateus.

Grande São Paulo

Mais cedo, por volta das 19h30, um homem foi encontrado morto na altura do nº 100 da Rua Aníbal Almeida de Souza, no Jardim Iraci, em Barueri, na Grande São Paulo.

À 1h30 desta sexta-feira, dois homens em uma moto atiraram contra duas pessoas na Rua João Pereira dos Santos, na Vila Assis Brasil, em Mauá, no Grande ABC. Segundo a polícia, uma das vítimas morreu quando era atendida no pronto-socorro do mesmo bairro. A outra permanecia internada. O local do crime, de acordo com a PM, era utilizado como ponto de venda de drogas. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial da cidade.

Depois de um dos finais de semana mais violentos do ano, com 15 mortes entre sábado (24) e domingo (25), a Grande São Paulo registrou queda no número de casos entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira. Três mortes foram registradas no período, todas na capital paulista, sendo duas delas de assaltantes em confronto com a polícia na zona leste, segundo informações da Rádio Jovem Pan.

Os assaltantes morreram nesta madrugada após invadir uma residência e manterem moradores reféns na Rua Ursa Maior, 240, em São Mateus. Depois de serem cercados, os bandidos trocaram tiros com a polícia e foram atingidos. Um deles morreu no Pronto Socorro de São Mateus e o outro no próprio local, depois de ser baleado e cair de um telhado. Dois outros bandidos foram presos e o quinto membro do grupo conseguiu escapar. O caso foi registrado no 49º DP (São Mateus).

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A terceira morte aconteceu na noite de domingo, quando o corpo de um homem baleado foi encontrado na Rua Miguel Arquerons pela polícia, no Grajaú. O caso foi registrado no 101º DP (Jardim Embuias).

Também no domingo, no final da tarde, um empresário de 38 anos foi baleado em um posto de gasolina na Avenida Engenheiro Caetano Álvares, no Mandaqui, zona norte da capital. A vítima estava no local acompanhada de um amigo, quando um homem, encapuzado, surgiu e disparou contra ela, sem dizer nada. Ferido em uma das pernas e no abdome, o empresário foi socorrido no Hospital Estadual do Mandaqui e está fora de perigo, informou a Jovem Pan.

Três pessoas morreram e sete ficaram feridas entre a noite desta quinta-feira (22) e a madrugada desta sexta-feira na Região Metropolitana de São Paulo. Os crimes ocorreram em um intervalo de sete horas, entre as 19h15 e 2h15. No caso mais grave, cinco pessoas foram atacadas por ocupantes de um veículo na zona norte de São Paulo. A tentativa de chacina deixou um saldo de dois mortos e três feridos. O saldo da violência nas últimas oito noites é de 57 mortos e 45 feridos na capital e Grande São Paulo, segundo levantamento do estadão.com.br. Na noite anterior, foram 11 assassinatos e oito tentativas.

Na capital paulista, cinco homens foram baleados por volta das 2h15 desta madrugada em frente ao conjunto habitacional Cingapura Chácara Bela Vista, localizado na Rua Giuseppe Marino, no Parque Novo Mundo, na zona norte. Segundo a polícia, as vítimas, todas do sexo masculino, estavam reunidas e conversavam quando foram atacadas por ocupantes de um Honda Civic prata. A Polícia Militar foi acionada, porém foram testemunhas que levaram os feridos para o pronto-socorro da Vila Maria. Diego da Silva Rocha, de 21 anos, e um segundo jovem, identificado apenas como Carlos, de 24, morreram. Os demais feridos, segundo a polícia, não correm risco de morte. Os dados da tentativa de chacina foram encaminhados para o 73º Distrito Policial, do Jaçanã.

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O vigilante Marcelo Valdir da Silva, de 45 anos, foi baleado no início da madrugada desta sexta-feira em frente a um bar, na Rua Luiz de Oliveira, no Capão Redondo, zona sul da cidade. Segundo testemunhas, uma moto, com dois ocupantes, parou em frente ao estabelecimento e, o garupa, sem dizer nada, desceu, sacou uma arma e atirou contra a vítima. Segundo a polícia, o vigilante, que não tem passagem, pode ter sido confundido com algum policial militar. Encaminhada para o pronto-socorro M' Boi Mirim, a vítima, baleada na nuca e com a bala alojada no maxilar, permanecia internada e consciente. Os bandidos continuam foragidos. O caso foi registrado no 47º Distrito Policial, do Capão Redondo.

O servente de pedreiro Antonio Roberto de Oliveira Filho, de 37 anos, foi morto com sete tiros, por volta das 20h30 de quinta-feira (22), quando saía de casa, na Rua Catamarca, na Ponte Rasa, zona leste de São Paulo. A vítima foi surpreendida por atiradores no momento em que abria o portão e morreu quando era atendida no pronto-socorro de Ermelino Matarazzo. Segundo a polícia, Antonio Roberto já tinha passagem por porte de entorpecente. Não se sabe ainda quantos eram os atiradores nem se chegaram a pé ou em algum veículo. O caso foi registrado no 24º Distrito Policial, da Ponte Rasa.

Em Santo André, na região do ABC, duas pessoas foram baleadas em dois ataques ocorridos na sequência, possivelmente pelos mesmos bandidos, na noite de quinta-feira (22). Por volta das 19h15, um policial militar à paisana, dentro de um bar na Rua Ciprestes, no Jardim Irene, reagiu ao perceber que seria atacado. Segundo a polícia, um Fox vermelho, ocupado por pelo menos três homens, parou em frente ao estabelecimento. Um dos suspeitos desceu e sacou a arma. O policial fez o mesmo e atirou contra o criminoso, que foi baleado e encaminhado para o pronto-socorro da Vila Luzita. Segundo o que foi informado à Polícia Civil, o criminoso sobreviveu, mas ficou tetraplégico. Já os outros dois bandidos fugiram.

Minutos depois, na Rua Virgílio, na Vila Humaitá, distante cerca de 3,5 quilômetros da primeira ação, ocupantes de um Fox vermelho atiraram contra um pedestre, que foi ferido em uma das pernas. Acredita-se que as duas ações foram praticadas pelos mesmos criminosos e que a segunda tinha como objetivo desviar a atenção de PMs acionados pelo colega que reagiu no interior do bar. Ambos os casos foram registrados no 1º Distrito Policial da cidade.

Em Osasco, na Grande São Paulo, um homem foi baleado por ocupantes de uma moto por volta das 21h de quinta-feira (22), na Rua Joaquim Fraga, em frente à Escola Municipal de Ensino Fundamental José Martiniano de Alencar, no Jardim Ipê, região centro-sul da cidade. Policiais militares da 2ª Companhia do 14º Batalhão, em patrulhamento, ouviram os disparos e, ao entrarem na rua, viram um homem caído e uma moto, com apenas uma pessoa, deixando o local. O suposto atirador conseguiu fugir e continua foragido. A vítima, ainda não identificada segundo a PM, foi encaminhada para o pronto-socorro Santo Antonio, onde permanecia internada. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial da cidade.

Ataque a ônibus

Criminosos tentaram incendiar um ônibus da Viação Campo Belo, por volta da 1h desta sexta-feira, na Rua Otusco, próximo à estação Capão Redondo, do Metrô, na zona sul de São Paulo. Armados, os bandidos, todos de rosto à mostra, esperaram o veículo parar no ponto final para agirem. Após o último passageiro descer, o grupo invadiu o coletivo, de linha 6818/10 (Jardim Vale das Vertentes - Terminal Capelinha), espalhou combustível e ateou fogo. As chamas foram apagadas rapidamente por testemunhas, várias delas moradores da região, que utilizaram água. Segundo funcionários da viação, praticamente nada do ônibus foi danificado pelo ataque. A intenção da empresa, segundo a PM, era não registrar boletim de ocorrência.

A onda de violência com mortos e feridos a tiros marcou mais uma noite na Região Metropolitana e litoral de São Paulo. Foram pelo menos 14 pessoas assassinadas e oito feridas em um intervalo de menos de oito horas, entre as 18h30 de quarta-feira (21) e as 2h desta quinta-feira. A soma da violência das duas últimas noites chega a 21 mortos e 21 feridos. Já o total da semana (últimas sete noites) é de 54 mortos e 42 feridos, segundo levantamento do estadão.com.br. Os casos foram registrados nas delegacias da região, porém a maioria será investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Três das vítimas da noite desta quarta-feira foram executadas em uma chacina no Jardim São Luiz, na zona sul da capital, elevando para 18 o número de crimes do tipo neste ano, com um total de 60 mortes. Foram sete crimes em São Paulo e 11 nas demais cidades. Quatro suspeitos morreram e um ficou ferido em confrontos com a Polícia Militar. Uma motorista de ônibus foi assassinada durante o trabalho em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Na zona leste de São Paulo, o dono de uma padaria matou um cliente e feriu outro durante uma discussão.

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Chacina

Seis pessoas foram baleadas por volta das 23h30 dentro de um bar na Rua Albino Correia de Campos, na região do Jardim São Luís, zona sul da cidade. No local ocorria um show sertanejo. Os tiros foram disparados pelo garupa de uma moto. Armado, o desconhecido desceu do veículo, entrou no bar e abriu fogo. A dupla continua foragida. Dos seis baleados, três morreram - dois homens e uma mulher -, são eles: a produtora fonográfica Luciene Luzia Neves, de 24 anos, o autônomo Alexandre Figueiredo, 38, e o mecânico Marcos Faustino Quaresma, 31. Todas os feridos foram levados para o pronto-socorro do M' Boi Mirim. Kátia Gonçalves Pereira Nunes, 32, Márcio Silva Nunes, 34, e Emerson Vieira da Silva, de idade não informada, permaneciam internados. Em menos de uma semana, nos últimos seis dias, foram registradas quatro chacinas, com 14 mortos e oito feridos. Além do Jardim São Luiz, os crimes ocorreram em Cidade Ademar, também na zona sul da capital, e nas cidades de Taboão da Serra e Itaquaquecetuba.

Franco da Rocha

Também no final da noite, a motorista de ônibus Odete Lino dos Santos, de 36 anos foi assassinada durante o serviço na cidade de Franco da Rocha, região norte da Grande São Paulo. O crime ocorreu dentro de um dos coletivos da Viação Moratense. O ônibus saiu de Francisco Morato, cidade vizinha, e havia acabado de chegar no ponto final, na altura do número 1.200 da Avenida São Paulo, no Parque Paulista. Segundo testemunhas, um rapaz aguardou que o ônibus encostasse e disparou vários tiros contra Odete. Atingida por três tiros, ela morreu no pronto-socorro municipal de Franco da Rocha. Um dos disparos atingiu de raspão o braço esquerdo do cobrador, que foi atendido no mesmo hospital. O assassino fugiu. Parentes relataram à polícia que Odete havia discutido dias antes com o ex-marido. Localizado, ele prestou depoimento, negou a autoria do crime, e, como não foi localizada nenhuma testemunha que o reconhecesse, acabou liberado.

Confrontos

Três supostos confrontos entre suspeitos e a Polícia Militar deixaram um saldo de quatro mortos e um ferido. Não há policiais entre os baleados. O primeiro tiroteio ocorreu às 18h30 na Vila Clara, região de Americanópolis, zona sul da capital, entre PMs das Rondas Ostensivas com Auxílio de Motocicleta (Rocam) e suspeitos abordados em uma viela na altura do número 5.597 da Avenida Engenheiro de Armando Arruda Pereira. Assim que os policiais se aproximaram, segundo a PM, os criminosos sacaram armas e atiraram. No revide, três dos suspeitos foram baleados. Levados para o pronto-socorro municipal do Jabaquara, dois deles não resistiram. Os policiais apreenderam um revólver e duas pistolas, além de porções

de crack e maconha.

Meia hora depois, em Mauá, no Grande ABC, um policial militar, de folga e à paisana, foi vítima de tentativa de assalto. Ao volante de um Gol branco, foi abordado por um assaltante em um dos semáforos da Avenida Capitão João, no Jardim Guapituba. O policial sacou sua pistola e reagiu, trocando tiros com o ladrão, que foi baleado e morreu a caminho do Hospital Nardini. Uma hora e meia mais tarde, no Jardim Roseli, região de São Mateus, na zona leste de São Paulo, ocupando um Renault Clio cinza, um policial militar, também em horário de folga, foi atacado quando chegava em casa, na esquina da Rua Custódio do Nascimento com a Avenida Ragueb Chohfi. Ao perceber a aproximação de dois homens armados, ele sacou sua pistola e trocou tiros com os criminosos, baleando um deles. O suspeito foi levado para o pronto-socorro de São Mateus, mas chegou sem vida; o outro fugiu. Já o policial ficou ileso.

Padaria

Por volta das 21h, o comerciante Francisco Vieira de Araújo, de 40 anos, dono de uma padaria, atirou contra um de seus clientes, mas atingiu dois, durante uma discussão dentro do estabelecimento comercial, localizado na Rua Manoel Veloso da Costa, no Jardim Vila Carrão, na zona leste de São Paulo. Marconi Cândido de Oliveira, o verdadeiro alvo do assassino, e Ronaldo Silva da Silva, ferido na perna por uma bala perdida, foram levados para o pronto-socorro do Hospital Geral de São Mateus, onde Oliveira acabou morrendo. Segundo a esposa do comerciante, que continua foragido, Marconi tinha o costume de ir até a padaria e chamar Francisco de "corno", afirmando que a qualquer momento iria levar a mulher do comerciante para a cama. Ao ouvir mais uma vez as mesmas palavras, Francisco pegou um revólver e disparou várias vezes contra Marconi.

Outros homicídios

Um pouco depois das 20h30, um homem foi executado na Rua da Glória, na Favela da Coca-Cola, no Jardim Padre Anchieta, na cidade de Diadema, no Grande ABC. A PM foi acionada por moradores que ouviram os tiros. Quando os policiais chegaram no local, encontraram a vítima caída em via pública, já sem vida. Em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, policiais militares encontraram uma pessoa ferida a tiros na Rua Ourinhos, no Jardim Senhora D'Ajuda. A vítima foi levada para o Hospital Santa Marcelina, onde permanecia internada.

Por volta das 2h desta madrugada, uma moradora da Rua José Correia Picanço, em Perus, zona norte da capital, acordou com os gritos de uma pessoa que vinham da garagem da residência. A dona da casa, ao ir até a garagem, onde há um banheiro, nele encontrou uma mulher caída, degolada e morta. Acredita-se que a vítima, ainda não identificada, foi perseguida pelo assassino e tentou escapar invadindo o local. O caso foi registrado no 33º Distrito Policial, de Pirituba.

Assalto

Já na madrugada desta quinta-feira, uma comerciante oriental foi baleada por bandidos durante uma suposta tentativa de assalto na Rua Barão de Iguape com Rua da Glória, no bairro da Liberdade, no centro da capital. A vítima fechou seu restaurante e caminhava em direção a outro quando foi ferida com um tiro nas costas e está internada no pronto-socorro Vergueiro. Nenhum suspeito havia sido detido pela polícia.

Litoral

Um sargento da PM e dois bandidos morreram, na noite de quarta-feira (21), em dois confrontos ocorridos em Praia Grande, na Baixada Santista, litoral sul paulista. Segundo a polícia, ao ter a casa invadida por dois homens que tentaram se passar por investigadores, o sargento entrou em luta corporal com um deles. Tanto o policial como o criminoso foram baleados e morreram na Santa Casa. O outro suspeito conseguiu fugir, mas foi localizado pela PM em sua residência e, numa suposta troca de tiros com os policiais, também morreu.

Pelo menos 10 pessoas foram mortas e 13 ficaram feridas a tiros entre o início da noite de terça-feira (20) e a madrugada desta quarta-feira, na Região Metropolitana de São Paulo. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar os casos. Os crimes ocorreram em um intervalo de apenas oito horas, entre as 18h e a 1h.

Em um deles, um adolescente morreu após balear um policial militar em uma tentativa de assalto na zona leste de São Paulo. Em uma chacina ocorrida em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, no final da noite, três pessoas morreram e uma sobreviveu. Essa é a 17ª chacina do ano na Região Metropolitana, aumentando para 57 o número de mortos em crimes deste tipo, segundo levantamento feito pelo estadão.com.br. Foram seis casos na capital e 11 nas demais cidades.

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Nas últimas seis noites, a soma da violência chega a 43 pessoas mortas e 34 feridas na Região Metropolitana. Na maioria dos casos, segundo o que a polícia apurou com testemunhas - algumas delas sobreviventes -, os atiradores ocupavam motos.

Chacina

No final da noite, homens armados passaram em frente ao Bar do Chapel, na altura do nº 105 da Rua Barretos, na Vila Passalacqua, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, e atiraram contra um grupo de pessoas. Quatro delas foram baleadas. Destas, três morreram, todas no local. Uma quarta, em estado gravíssimo, foi levada para o pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina, na mesma cidade.

Guarulhos

Por volta das 21h30, homens encapuzados, em duas motos, também atacaram pessoas que estavam reunidas em um bar, na altura do número 138 da Rua Domingos de Araújo Almeida, no Jardim Vera. O dono do bar e um funcionário escaparam dos disparos ao se esconderem atrás do balcão. Cinco pessoas, todas do sexo masculino, foram baleadas e encaminhadas para o Hospital Municipal de Urgência (HMU). Uma delas morreu, três permaneciam internadas e uma recebeu alta. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Guarulhos.

Confrontos

Um suspeito morreu e outro ficou ferido em dois confrontos com a polícia nas cidades de Diadema e Ferraz de Vasconcelos. Por volta da 1h desta madrugada, um assaltante foi baleado por um policial civil no começo da Avenida Conceição, região central de Diadema, no Grande ABC. O policial, ao testemunhar um taxista sendo atacado pelo criminoso, interveio. O assaltante, mesmo baleado, conseguiu fugir. Já em Ferraz de Vasconcelos, no início da noite, um homem, armado com uma metralhadora artesanal, trocou tiros com policiais militares do 32º Batalhão e morreu.

No início da noite, no Jardim Vera Cruz, região do Parque São Rafael, Sapopemba, zona leste de São Paulo, o policial militar Ricardo Santos foi vítima de uma tentativa de assalto na Avenida Sargento Iracitan Rodrigues. Ao reagir à ação dos dois assaltantes, ambos adolescentes, o policial foi ferido na cabeça e em uma das pernas. Acionada, a Polícia Militar localizou a dupla na Rua Bento Ribeiro, no Jardim Santo André, onde os menores foram baleados. Ambos foram levados para o pronto-socorro do Hospital Geral de São Mateus, onde um morreu. O caso foi registrado no 49º Distrito Policial, de São Mateus.

Osasco

No começo da madrugada, dois adolescentes, de 12 e 15 anos, foram baleados por desconhecidos na esquina da Avenida Sport Club Corinthians Paulista com a Rua São Paulo da Cruz, no Jardim Santo Antonio, em Osasco, na Grande São Paulo. No local, segundo a polícia, funcionaria um ponto de uso e tráfico de drogas. Ambas as vítimas foram levadas para o pronto-socorro do mesmo bairro, onde morreram. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Osasco.

Também em Osasco, por volta das 3h, um jovem de 28 anos foi encontrado baleado, ao lado de uma picape Saveiro prata parcialmente incendiada, em uma viela da Rua Agostinho César Cupertino, no Jardim Elvira. O rapaz foi resgatado pelos bombeiros e encaminhado ao pronto-socorro do Jardim Helena Maria, mas não resistiu aos ferimentos.

São Caetano do Sul

Dois homens foram baleados em frente à casa de um deles na Rua Anita Garibaldi, no bairro Santa Maria, em São Caetano do Sul, no ABC, às 22h desta terça-feira (20). Encaminhada ao Hospital Albert Sabin, uma das vítimas, que já tem passagem pela polícia e permanecia internada, disse que conversavam junto ao portão quando foram baleados. A outra vítima, ferida de raspão, foi atendida no mesmo hospital e liberada. Acredita-se em crime de acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial da cidade.

Capital

Uma pessoa morreu e três ficaram feridas a tiros durante a noite capital paulista. Um dos crimes ocorreu às 21h30 no Jardim Pinheiros, zona oeste; o outro meia hora antes, na região de Guaianazes, zona leste, onde um homem foi internado no Hospital Geral de Guaianazes após ser baleado por um desconhecido na Avenida Coronel Manuel Machado. A vítima permanecia internada. O caso foi registrado no 49º Distrito Policial, de São Mateus.

No Jardim Pinheiros, três homens foram feridos a tiros por desconhecidos em uma moto na altura do nº 299 da Rua Sebastião Martins, uma travessa da pista marginal da Rodovia Raposo Tavares. As vítimas foram levadas para o pronto-socorro Bandeirantes, onde uma delas já chegou morta. Duas foram transferidas para o Hospital Universitário e não foi informado. O estado de saúde delas. O crime foi registrado no 14º Distrito Policial, de Pinheiros.

São Paulo viveu mais um fim de semana violento. Pelo menos 12 pessoas morreram e 10 foram baleadas entre a noite de sábado (17) e a manhã desta segunda-feira.

Na capital, duas pessoas morreram e duas ficaram feridas, após serem baleadas na Rua Pinheiro Chagas, na região de Cidade Dutra, na zonal sul. As quatro vítimas foram levadas para o pronto-socorro do Hospital Grajaú. Duas delas não resistiram aos ferimentos. O caso deve ser registrado no 101º Distrito Policial do Jardim das Imbuías.

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Uma pessoa foi baleada por volta das 2h desta segunda-feira, na Avenida São Miguel, altura do número 3.300, no bairro da Ponte Rasa, zona leste da capital paulista.

Outras duas vítimas foram encontradas com ferimentos causados por arma de fogo na região central da cidade, uma delas na Rua Barão de Itapetininga e a outra na rua Duque de Caxias. Ambas foram socorridas à Santa Casa de Misericórdia, por volta da 1h20 desta madrugada. Não havia testemunhas.

Na Favela da Minhoca, na região do Grajaú, quatro pessoas foram baleadas e duas morreram durante esta madrugada.

Em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, três pessoas morreram e três ficaram feridas em uma chacina na Rua Catorze de Novembro, na madrugada desta segunda. Os sobreviventes foram socorridos ao Hospital Antena e não há informação sobre seu estado de saúde.

Um homem foi morto a tiros em Perus, na região norte. Ele foi socorrido por policiais do 49.º Batalhão da PM, segundo informações da Rádio Jovem Pan. De acordo com a emissora, outras três pessoas foram vítimas fatais da violência em São Paulo desde o início da noite deste domingo (18).

Um jovem de 19 anos, identificado como Guilherme Vinicius Cerqueira Sales, foi assassinado em Osasco após se envolver em uma briga com desconhecidos em um bar por volta das 20h30 deste sábado (17). De acordo com o relato de testemunhas à polícia, ele conversava com amigos quando começou uma discussão. Outros dois homens chegaram ao local e efetuaram os disparos. Os criminosos estão foragidos.

Dois suspeitos de um ataque contra dois filhos de um ex-policial militar das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) foram detidos, na noite desta quarta-feira (7), pela Polícia Civil e encaminhados para o 40º Distrito Policial, do bairro Santa Maria, região do Limão, na zona norte de São Paulo. Um dos detidos é o dono do táxi do qual o atirador desceu antes de abordar o carro das vítimas.

Os investigadores chegaram até a dupla eles após identificar o táxi utilizado no ataque ao Corsa ocupado pelos dois rapazes na noite da última segunda-feira (5). Tiago e Diego de Souza Serrão, de 27 e 22 anos, estavam com um amigo quando foram perseguidos pelas ruas da Vila Nova Cachoeirinha, também na zona norte. Após alcançar o Corsa, um dos ocupantes do táxi desceu, atirou várias vezes contra as vítimas e fugiu com o comparsa que dirigia.

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Tiago morreu no pronto-socorro de Santana, e o irmão dele foi transferido, em estado grave, para o Hospital do Mandaqui, onde segue internado.

Com imagens de câmeras de um edifício próximo ao local do ataque, a polícia identificou o táxi e localizou o ponto onde o motorista atuava. No local, os policiais foram informados de que o suspeito, desde a noite do crime, não havia aparecido mais.

Localizado, o taxista afirmou que havia feito algumas mudanças no carro antes do crime. Detido, ele entregou o comparsa, autor dos disparos, que também foi encontrado e levado para a delegacia. Lá o assassino foi reconhecido pelo sobrevivente, que não pôde fazer o mesmo em relação ao taxista, que estava volante do carro.

Pelo menos cinco pessoas foram mortas e três ficaram feridas em um intervalo de seis horas entre a noite desta terça-feira (6) e a madrugada desta quarta, em mais uma noite de violência na Região Metropolitana de São Paulo. Um delegado de polícia e um guarda civil foram baleados e o irmão de uma ex-policial militar está entre os mortos, segundo a polícia.

O delegado Diogo Dias Zamut Júnior, assistente do 57º Distrito Policial, do Parque da Mooca, foi atingido no ombro. De acordo com o policial, ele foi vítima de uma tentativa de homicídio na Rua Guaiaúna, próximo ao Viaduto Aricanduva, na região da Penha, zona leste de São Paulo, por volta das 22h de terça-feira.

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Apesar de ter sido abordado por dois homens em uma moto ao entrar em seu veículo, um JAC Motors J-3, segundos após deixar uma agência bancária do Bradesco, o delegado afirmou, ao sair da delegacia da Penha (10º DP), onde o caso foi registrado, que os criminosos não anunciaram assalto. Ainda segundo o policial, que utilizava um colete balístico no momento da abordagem, houve troca de tiros entre ele e os criminosos e um dos bandidos foi ferido durante o confronto. Nada foi levado pela dupla.

Mesmo baleado, o delegado conseguiu fugir na contramão e pediu ajuda na base da 3ª Companhia do 51º Batalhão da Polícia Militar, localizada ao lado do 10º Distrito Policial da Penha. Ao chegar na base da PM, Zamut identificou-se como delegado e desmaiou. O policial foi encaminhado para o pronto-socorro do Tatuapé, atendido e liberado.

Em Cotia, um guarda civil foi ferido de raspão na cabeça, por volta das 19h, quando, de moto, retornava para casa. Segundo a polícia, o agente municipal de segurança foi abordado na altura do nº 2.000 da Estrada da Fazendinha, no bairro Portal de Carapicuíba, em Carapicuíba, cidade vizinha a Cotia.

A dupla teria anunciado assalto e atirou contra a cabeça da vítima, que reagiu. A bala atravessou o capacete do guarda civil, que foi ferido de raspão. A dupla levou a moto do guarda, porém abandonou o veículo na Estrada Velha de Itapevi. O agente foi atendido no Hospital Geral de Carapicuíba e passa bem. Os bandidos continuam foragidos. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial da cidade.

Por volta das 23h30, quatro homens, em duas motos, abordaram um grupo de cinco pessoas e balearam duas na Rua Nicolino Mastrocola, em Itaquera, na zona leste. Leonardo da Silva, de 19 anos, e Victor Felipe Borges Martins, 25, irmão de uma ex-policial militar, correram ao perceber que os ocupantes das duas motos estavam armados, mas foram alcançados na Rua Tomaso Ferrara e atingidos pelos tiros. Eles morreram quando eram atendidos no pronto-socorro Planalto. As outras três pessoas foram poupadas pelos atiradores, que não foram localizados pela polícia. O duplo homicídio foi registrado no 24º Distrito Policial, da Ponte Rasa.

Praticamente no mesmo horário, o estudante João Massao Shimabukuro, de 34 anos, recém-chegado de uma viagem ao Japão, foi baleado na Rua Madureira Calheiros, no Jardim Vila Carrão, zona leste da cidade. A vítima caminhava para a casa da mãe, na Rua Sinhá-Moça, próximo ao local do crime, quando foi abordado por ocupantes de uma moto. Baleado, não se sabe ainda se numa tentativa de assalto, João Massao morreu quando era atendido no Hospital Geral de São Mateus. O caso foi registrado no 49º Distrito Policial, de São Mateus. Nenhum suspeito foi detido.

Outro homicídio ocorreu na região da Freguesia do Ó, na zona norte de São Paulo. Um homem foi baleado por desconhecidos à 1h desta quarta-feira na esquina da Rua Indiaporã com a Rua João Cordeiro. Policiais militares foram acionados por moradores que ouviram os disparos e, ao chegarem no local, encontraram a vítima caída. Mesmo levada para o Hospital Geral de Vila Penteado, ela não resistiu e morreu. O caso foi registrado no 13º Distrito Policial, da Casa Verde.

Outras duas pessoas foram baleadas entre as 21h30 e 22h30 de terça-feira em Guarulhos, onde a vítima morreu, e Cotia. Na Rua Fraternidade, no Jardim Coimbra, em Cotia, um homem foi ferido a tiros por desconhecidos que, em duas motos, abordaram um grupo reunido na calçada. A vítima foi atendida na unidade de pronto atendimento do bairro Atalaia e transferida para o Hospital Geral de Cotia, mas passa bem e está fora de perigo.

Já o homicídio em Guarulhos ocorreu na Avenida Lajeadão, no bairro Cidade Soberana II. Alertados por moradores que ouviram os disparos, PMs foram até o local e encontraram um homem morto. Não há detalhes sobre o crime, que foi registrado no 7º Distrito Policial, do bairro São João.

Seis pessoas foram mortas a tiros e outras cinco ficaram feridas em um espaço de apenas três horas em mais uma noite violenta na capital paulista. Das seis mortes, cinco ocorreram na região da Vila Brasilândia, na zona norte da capital, mesmo bairro onde dois ônibus da Viação Santa Brígida e dois da Viação Sambaíba foram atacados.

No início da madrugada desta terça-feira, na Rua Alberto Buriti, na Favela do Jardim Carumbé, região da Vila Brasilândia, dois homens em uma moto abriram fogo contra um grupo de pessoas reunido em frente a um bar. Parte das vítimas foi socorrida por testemunhas; as demais, por policiais militares. Duas foram encaminhadas para o pronto-socorro do Hospital Geral de Taipas, onde morreram. Para o Hospital de Vila Penteado foram levadas as outras duas. Apenas uma sobreviveu. Com esse crime, registrado no 72º Distrito Policial, da Vila Penteado, sobe para 13 o número de chacinas ocorridas na Região Metropolitana de São Paulo neste ano, com um total de 41 mortos.

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Ainda na mesma região, cerca de três horas antes, três pessoas foram feridas a tiros na Rua Antonio de Almeida Viana. Atendidas no pronto-socorro João Paulo, duas delas morreram. Uma das vítimas seria o filho de um ex-policial militar, porém a informação ainda não foi confirmada. Um adolescente 17 anos é o único sobrevivente e passou por cirurgia no Hospital de Vila Penteado. O duplo homicídio também foi registrado na delegacia de Vila Penteado.

Uma hora depois, na altura do nº 1.600 da Rua Joaquim Afonso de Souza, na Vila Cachoeirinha, zona norte da cidade, dois jovens, ambos filhos de um ex-policial militar das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), foram perseguidos e baleados por ocupantes de um veículo, cujas placas e modelo não foram anotados. Tiago de Souza Ferrão, de 27 anos, e Diego de Souza Ferrão, 22, e um amigo deles, que saiu ileso, ocupavam um Corsa preto. Tiago e Diego foram atendidos no pronto-socorro Santana, mas apenas o segundo sobreviveu e foi transferido para o pronto-socorro do Mandaqui. Os dados da ocorrência foram registrados também no 72ºDP.

Por volta das 21h, testemunhas ligaram para a Polícia Militar informando que vários tiros haviam sido disparados na Rua Porto Seguro, no Bom Retiro, região central da cidade. Ao chegarem no local, os policiais encontraram dois homens caídos na rua em frente ao imóvel nº 98. Ambos foram levados pelos policiais para o pronto-socorro Santana. Segundo a Polícia Civil, até ao final da madrugada, ambas as vítimas permaneciam internadas, mas o estado de saúde delas não foi informado. O caso foi registrado no 8º Distrito Policial, do Brás/Belém.

Duas pessoas foram mortas a tiros, uma delas o agente penitenciário Juarez Benedito Ferreira Alves, de 47 anos, e ao menos outras dez acabaram baleadas durante a noite deste domingo (4) e a madrugada desta segunda-feira na capital paulista e em Guarulhos, na Grande São Paulo. Em todos os casos, a polícia não prendeu nenhum suspeito.

Alves estava próximo de sua casa, acompanhado de seu irmão, de 36 anos, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no Parque Cocaia, em Guarulhos, quando foi abordado por quatro homens em duas motos. De acordo com policiais civis do 1º Distrito Policial de Guarulhos, onde o boletim de ocorrência foi registrado, os criminosos fecharam o veículo do agente penitenciário e efetuaram uma série de disparos.

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O agente foi atingido por 10 tiros. O passageiro do carro também ficou ferido. A polícia não sabe ainda quantas armas foram usadas, mas no local do crime os policiais encontraram cápsulas de pistola calibre 380. O Corpo de Bombeiros socorreu as vítimas até o Hospital Municipal de Urgência, também em Guarulhos. Alves não resistiu aos ferimentos. O irmão do agente segue internado, mas não há informações sobre seu estado de saúde.

Zona sul

Um policial militar, que estava de folga, foi baleado em um posto de gasolina na Avenida Belmira Marin, no Grajaú, zona sul da capital paulista. De acordo com policiais do 27º Batalhão da Polícia Militar (PM), ocupantes de uma moto dispararam contra o PM, que acabou ferido. O soldado está internado no pronto socorro do Grajaú e apresenta quadro estável.

Outras cinco pessoas foram atingidas por disparos na região do Campo Limpo, também na zona sul da capital. Três boletins de ocorrência diferentes foram registrados na área do 47º Distrito Policial, responsável pela região, com vítimas baleadas, somente nesta madrugada.

No primeiro houve o registro de três feridos na Rua Antonio França, no Parque Figueira Grande. As vítimas - Fabiano Andrade dos Santos, de 24 anos, e Bruno Barbosa Cruz, de 19, estavam acompanhados por um rapaz de 17 anos. O trio foi socorrido até o Hospital do Campo Limpo. Nenhum suspeito do crime foi preso.

Em um segundo caso, dois menores estavam no estacionamento de um supermercado, na Avenida Maria Coelho Aguiar, no Jardim São Luis, quando um suspeito desceu de um veículo e atirou contra eles. Um dos adolescentes foi atingido e levado para o Hospital do Campo Limpo.

No terceiro boletim de ocorrência a Polícia Civil apurou que homens em uma motocicleta atiraram contra Michel Romão dos Santos, de 22 anos, na Rua da Dança Cigana, no Jardim Vaz de Lima. Santos foi levado para um hospital da região, mas não há informações sobre seu estado de saúde.

Zona oeste

Uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas na Rua General Syzeno Sarmento, no Rio Pequeno, de acordo com a PM. O crime aconteceu por volta das 22h de domingo (4). Os feridos foram levados para o Hospital Universitário.

Em mais uma noite violenta, oito pessoas foram mortas e duas feridas a tiros na Região Metropolitana de São Paulo em um espaço de seis horas. Entre os mortos, há dois policiais militares atacados na Favela Heliópolis, na zona sul de São Paulo. Quatro das mortes, segundo a polícia, ocorreram em confrontos entre suspeitos e a Polícia Militar.

Dois policiais militares da Força Tática do 46º Batalhão foram mortos a tiros no final da noite de quarta-feira (31), no interior da Favela Heliópolis, na zona sul de São Paulo. Com essas duas mortes, sobe para 88 o número de policiais militares mortos somente neste ano no Estado de São Paulo.

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O soldado Antonio Paulo da Rocha, que atuava nas Rondas Ostensivas com Auxílio de Motocicleta (Rocam), e o cabo Ailton Borges dos Santos, ambos à paisana, foram baleados na esquina da Rua Paraíba com a Rua Alegria, quando trafegavam em duas motos às 23h30.

Ao chegar no local, a PM encontrou apenas a moto de Antonio e os dois policiais caídos e baleados. As armas dos policiais e outros objetos das vítimas foram levados segundo a Polícia Civil.

Mesmo encaminhados para o pronto-socorro do mesmo bairro, os dois PMs não resistiram e morreram. A polícia não soube informar mais detalhes sobre o ataque sofrido pelos policiais nem o que eles faziam na favela naquele momento. Não se sabe ainda se as vítimas foram abordadas por assaltantes ou se os criminosos aproveitam o ataque aos policiais e aproveitaram para fugir com a moto de um deles e as armas de ambos. O caso foi registrado no 26º Distrito Policial, do Sacomã, e será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Zona sul

Um homem identificado como Alex Marques do Vale, de 30 anos, foi assassinado, por volta das 22h desta quarta-feira (31), na Rua Saint-Pierre, na Favela São José IV, no Parque São Paulo, região do Grajaú, na zona sul da capital. A vítima ainda foi levada por testemunhas para o pronto-socorro do Grajaú, mas morreu. Policiais militares da 3ª Companhia do 50º Batalhão foram acionados pelo hospital assim que Marques deu entrada com ferimento a tiros. As circunstâncias do crime ainda não foram informadas pela polícia. O caso foi registrado no 101º Distrito Policial, do Jardim das Embuias.

O vigilante noturno José Ferreira de Almeida, de 48 anos, foi morto com vários tiros no começo da madrugada desta quinta-feira no bairro do Campo Grande, região de Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Acionados por testemunhas, policiais militares foram até o local e encontraram a vítima baleada nas costas dentro de um Fusca azul. Mesmo levado para o pronto-socorro Pedreira, Almeida não resistiu e morreu. Segundo o que a polícia apurou até o momento, os pelo menos cinco tiros que atingiram o vigilante foram disparados por dois desconhecidos de uma moto amarela. Nenhum suspeito foi encontrado até o momento. O caso foi registrado no 11º Distrito Policial, de Santo Amaro.

Centro-leste

Pouco depois das 22h desta quarta-feira (31), dois jovens, ambos com passagem pela polícia, segundo a PM, foram baleados por dois desconhecidos que estavam em uma moto na altura do nº 129 da Rua Canindé, no Pari, região centro-leste da cidade. Segundo testemunha, Lucas Cruz Pereira, de 20 anos, e um colega dele, de prenome Caio, estavam sentados em frente a uma mercearia, que naquele momento já havia sido fechada, quando foram surpreendidas pelos dois homens na moto.

Um deles utilizava capacete, já o outro, um capuz. Armado com uma pistola, o garupa desceu do veículo e foi até os jovens, atirando contra ambos. Testemunhas levaram as vítimas para o pronto-socorro Santana. De lá, ambas foram transferidas para o pronto-socorro do Mandaqui e, segundo a Polícia Civil, não correm risco de morrer. O caso foi registrado no 8º Distrito Policial, do Brás/Belém.

 

Confrontos

Quatro suspeitos foram mortos em supostos confrontos com a Polícia Militar na zona leste da capital paulista e em Osasco e Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Por volta das 21h30 desta quarta-feira (31), dois homens que ocupavam um veículo da JAC Motors roubado foram abordados por policiais militares na Avenida Marginal do Ribeirão, em Carapicuíba, e se negaram a parar o carro. A perseguição se estendeu até a Avenida Benedito Alves Turíbio, próximo da Rua Santiago Rodilha, no Jardim Veloso, em Osasco, cidade vizinha, onde o veículo perseguido bateu contra outros carros que passavam na mesma avenida.

Segundo a PM, os dois suspeitos, impossibilitados de continuar a fuga, desceram do automóvel roubado e atiraram contra os policiais, que revidaram. Um dos suspeitos fugiu, o outro, ainda não identificado, de aproximadamente 30 anos, foi baleado e morreu no pronto-socorro do Jardim Santo Antonio. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Osasco.

Na mesma noite, três homens suspeitos de assaltarem uma sorveteria foram abordados em um Fiat Doblò cinza e perseguidos por policiais militares da 2ª Companhia do 36º Batalhão em Embu das Artes. O confronto ocorreu na Avenida Augusto Almeida Batista, no Jardim São Marcos, onde dois dos criminosos fugiram. O terceiro foi baleado e morreu no pronto-socorro da região.

Já por volta das 4h desta quinta-feira, um grupo tentou arrombar os caixas eletrônicos instalados dentro da agência do Santander localizada na Praça Aleixo Monteiro Mafra, conhecida como "Praça do Forró", em São Miguel Paulista, na zona leste da capital paulista. Os bandidos, segundo a PM, haviam feito um buraco na parede do banco para terem acesso às máquinas.

Acionados, policiais militares da 2ª Companhia do 29º Batalhão chegaram rapidamente no local. Em uma suposta troca de tiros, dois dos bandidos foram baleados e morreram no pronto-socorro do Hospital Tide Setubal. Os demais fugiram. A polícia não informou ainda quantos eram os criminosos. O caso seria registrado no 63º Distrito Policial, da Vila Jacuí.

Quatro pessoas foram mortas e duas sobreviveram ao serem vítimas de atiradores, entre o final da noite desta quinta-feira (18), e o início da madrugada desta sexta-feira, na zona leste da capital paulista e em São Bernardo do Campo, no ABC.

Três homens foram baleados à 0h10 na Rua Goiti, próximo de uma favela, que leva o mesmo nome da rua, na região de Itaquera, zona leste. Duas das vítimas morreram no local. Odécio Roberto dos Santos Lemes, de 32 anos, ferido de raspão na cabeça, foi levado para o pronto-socorro Planalto, atendido e liberado. Segundo a polícia, o local do crime seria ponto de tráfico de drogas. O caso foi registrado no 24º Distrito Policial, da Ponte Rasa.

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Meia hora antes, no bairro do Montanhão, área de favela, em São Bernardo do Campo, outras três pessoas também haviam sido baleadas. Policiais militares foram até a Rua Passagem Novo Horizonte, onde encontraram as três vítimas. Duas delas já estavam mortas. A terceira foi encaminhada para o pronto-socorro Anchieta e teria sobrevivido, segundo a PM. O crime foi registrado no 1º Distrito Policial de São Bernardo do Campo.

Um policial militar foi executado às 21 horas do sábado (13) na frente de uma padaria na Rua José Barros Magaldi, no Jardim Novo Santo Amaro, zona sul. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o soldado Flávio Adriano do Carmo, de 45 anos, levou um tiro na cabeça e outro no tórax. Ele estava de folga do 3.º Batalhão de Choque, que lida com distúrbios civis.

A bala de fuzil atravessou o colete à prova de balas que ele usava para se proteger. O PM chegou a ser atendido, mas acabou morrendo no Pronto-Socorro do Campo Limpo. "Ainda é preciso investigar, mas fica claro que foi uma execução premeditada, assim como as outras que estão ocorrendo neste ano", afirmou o deputado Major Olímpio Gomes (PDT).

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Um morador da rua de trás da padaria contou que atiradores chegaram disparando de um Fox Prata. Primeiro atingiram o policial de dentro do carro. Quando ele caiu, aproximaram-se para dar o tiro na cabeça. Câmeras de vídeo de uma academia de ginástica que fica na frente da padaria poderão ajudar a elucidar o caso.

No domingo (14), para protestar contra o assassinato de PMs, familiares do sargento Marcelo Fukuhara, de 45 anos, executado na semana passada a tiros de fuzil em Santos, fizeram uma caminhada. O cortejo saiu após a missa de sétimo dia do sargento. A morte do policial provocou uma série de homicídios. Na semana passada, pelo menos 12 pessoas morreram baleadas na Baixada. Dois pelotões da Rota foram enviados ao local.

Ainda na semana passada, a execução do soldado PM Hélio Miguel Gomes de Barros, em Taboão da Serra, também provocou a morte de 12 pessoas nas horas seguintes.

Reportagem de domingo (14) do programa Fantástico, da TV Globo, mostrou ordem de agosto do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar, em até dez dias, dois policiais para cada assassinato de integrante da facção. Chamada de "salve", a determinação prevê punição rígida a criminosos que não cumprirem a "missão". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

A série de assassinatos ocorridos na Grande São Paulo em apenas quatro horas na noite de segunda (08) para a terça-feira (09) veio acompanhada de relatos de execução, cenas de terror e muito medo. Segundo testemunhas, pelo menos dois homens foram assassinados por policiais fardados das Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas (Rocam) quando já estavam rendidos no chão. Em outros casos de mortes, parentes e amigos das vítimas também suspeitam da participação de PMs tentando vingar a morte do soldado Hélio Barros em Taboão da Serra.

Às 22h30, menos de uma hora depois da morte do policial, dois suspeitos de roubo foram mortos pelos policiais da Rocam. Segundo a versão da PM, soldados encontraram a dupla após receber denúncia de roubo a pedestres. Os rapazes teriam reagido e atirado ao tentar fugir. E caíram da moto na Rua Babilônia. Um deles, Rodrigo Neves de Oliveira, de 20 anos, morreu no local. "Policiais viram que ele estava caído e deram vários tiros na cara", disse um vizinho.

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Já André Felipe Oliveira Lima, de 16, foi levado ao hospital, mas não resistiu. "Policiais mandaram todo mundo sair da rua. Quem ficou apanhou", disse outra testemunha. A PM informou que apreendeu com a dupla dois revólveres e a bolsa pertencente a uma mulher assaltada minutos antes. Em nota, a corporação informou que "não compactua com irregularidades praticadas por seus integrantes" e inquérito vai apurar o caso. Na resposta ao Estado, solicita que testemunhas procurem a Corregedoria.

Mais violência

Após a morte do PM, dois carros, um prateado e um escuro, também aterrorizaram moradores de Taboão da Serra durante a madrugada. Testemunhas contam que passava da meia-noite quando homens em um Fiat Stilo prata atiraram em três pessoas na esquina da Rua Tereza Montez Sanches. Elas tentaram escapar pulando muros de casas. O desempregado Fernando Pereira de Melo, de 23 anos, foi achado morto na lança do portão de uma residência. Ele não tinha antecedentes criminais. Já os outros dois baleados, que sobreviveram, tinham passagem por roubo.

Um pouco mais tarde, também em um Stilo prata, atiradores atacaram na Rua Sati Nakamura. Um homem se machucou tentando fugir, outro foi baleado na perna.

À 1h30, quatro pessoas que estavam na Rua Nicolau Gentile, também em Taboão, foram baleadas por homens em um Logus preto. Fabio Julião Santos, de 32 anos, e José Gomes, de 31, com passagem por porte de drogas e irmão de um PM, não resistiram.

O último caso em Taboão foi às 2h. Dois homens sem antecedentes, Alex Sandro Pereira, de 29, e Ricardo Evangelista Pereira, de 31, foram mortos na Rua João Antonio da Fonseca. Novamente, foi visto um carro preto.

Para familiares e amigos das vítimas, policiais promoveram o comboio de assassinatos. "Estão matando para se vingar e não estão matando só bandido. Estão indo na rua e matando qualquer um", disse um amigo de Santos. Uma sobrinha de Ricardo Pereira disse que ele não era criminoso. "Só estava na frente de casa conversando."

Colegas de batalhão do soldado Hélio Barros também acreditam que a morte tenha sido ação do crime para vingar outros casos de morte. "Tivemos vários casos de resistência neste ano. Todos de criminosos. Foi um contra-ataque dessa guerra urbana", disse um PM no enterro do colega. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A semana começou violenta em São Paulo. Desde segunda-feira, ao menos 19 pessoas morreram baleadas na Região Metropolitana, sendo três em suposto confronto com a PM e 16 em circunstâncias de execução - incluindo um Policial Militar fora de serviço. Somados a um surto de assassinatos no litoral paulista, com 15 mortes em cinco dias, os casos fizeram com que a Secretaria de Segurança Pública mobilizasse um reforço no policiamento a partir desta quarta-feira.

Depois do deslocamento de homens das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) para a Baixada, a secretaria anunciou um acréscimo de 5 mil policiais militares nas ruas de todo o Estado. Oriundos de áreas administrativas, eles terão presença mais intensa na Baixada Santista, na zona sul da capital áulista e em áreas da Grande São Paulo que vem registrando mais crimes violentos nas últimas semanas: Guarulhos, Taboão da Serra e Embu das Artes. Um total de 14 helicópteros darão apoio à operação.

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Em Taboão e Embu, oito pessoas morreram entre as 21h50 de segunda-feira e as 2h de terça-feira. A série de execuções começou com a morte do PM Hélio Miguel Gomes, de 36 anos, que estava à paisana em um posto de gasolina de Taboão. As outras sete mortes foram registradas a poucos quilômetros umas das outras em uma área limítrofe entre os dois municípios - um dos suspeitos morreu em suposto confronto com PMs.

Os demais assassinatos aconteceram entre a noite de terça-feira e a madrugada desta quarta-feira, sendo seis na capital, um em Diadema, três em Carapicuíba e um em Osasco. Em Carapicuíba, um suspeito morreu em confronto com a Rota; em Osasco, outro homem morreu ao, supostamente, trocar tiros com policiais militares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Felipe Tau, estadão. com.br/10h17)

Nove pessoas foram mortas e duas ficaram feridas na noite desta segunda-feira (8), em um curto espaço de tempo e em uma região limítrofe entre as cidades de Taboão da Serra e Embu das Artes, na Grande São Paulo. A polícia, por enquanto, não quer relacionar toda a violência com a morte de um policial militar, atacado dentro de um posto de gasolina na região.

O soldado da PM Hélio Miguel Gomes de Barros, de 36 anos, lotado no 37º Batalhão, cuja sede fica no Capão Redondo, na zona sul da capital paulista, foi morto a tiros, às 22h desta segunda-feira (8), dentro de um posto de gasolina na esquina da Estrada Kizaemon Takeuti com a Rua Margarida Custódia Guedes, no Jardim Panorama, em Taboão da Serra.

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À paisana, a vítima, que era casada e tinha dois filhos, segundo informou a PM, abastecia o tanque de seu carro quando surgiram quatro homens em duas motos. Sem dizer nada, os bandidos se aproximaram de Miguel e dispararam várias vezes. Cápsulas de pistola calibre 45 foram encontradas no local. Mesmo levado para o pronto-socorro da Antena, o soldado não resistiu e morreu. Os assassinos continuam foragidos.

Tiroteio

Cerca de meia hora após o assassinato do policial, dois suspeitos, ocupando uma moto Honda CG 150, segundo a PM, morreram ao trocarem tiros com policiais das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicleta (Rocam) em Embu das Artes, município vizinho a Taboão da Serra. O suposto tiroteio ocorreu na Rua Babilônia, no Jardim Estela, distante cerca de dois quilômetros do local onde o soldado foi atacado.

Segundo a PM, a Rocam foi acionada após o Centro de Operações da corporação receber denúncia de que na região dois homens em uma moto estariam assaltando pedestres. A caminho do endereço informado, os policiais cruzaram com a moto e ordenaram que o piloto parasse, tendo início a perseguição. Ainda segundo a PM, na Rua Babilônia, o criminoso perdeu o controle da moto e ambos os suspeitos caíram, porém, mesmo assim, teriam atirado contra os policiais, que revidaram.

Um dos suspeitos, identificado como Rodrigo Neves de Oliveira, morreu no local, o outro ainda foi levado para o pronto-socorro da Antena, mas também não resistiu. Nenhum policial ficou ferido. A PM informou que com a dupla foram apreendidos dois revólveres, calibres 32 e 38, e uma bolsa, pertencente a uma mulher assaltada minutos antes. Não se sabe ainda se a dupla está envolvida na morte do soldado em Taboão da Serra. Tanto o assassinato do policial como o tiroteio ocorrido meia hora depois serão investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Outros homicídios

Na Rua Nicolau Gentile, a cerca de 800 metros do posto de combustível, um irmão de um policial militar foi assassinado por desconhecidos que ocupavam um Fiesta preto e atiraram contra três pessoas, atingindo somente uma delas.

Outras três pessoas foram baleadas na Rua Tereza Montez Sanches, também em Taboão, a menos de um quilômetro do tiroteio entre a PM e os dois suspeitos que ocupavam uma moto, em Embu. Desconhecidos em um Fiat Stilo prata dispararam contra três pessoas. Uma delas morreu no local. Dois feridos, ambos adolescentes, um de 16 anos, foram levados para o pronto-socorro da Antena e para o Hospital Geral de Pirajuçara. Não foi informado o estado de saúde das vítimas.

Na Rua João Antônio da Fonseca, também em Taboão, a cerca de 1,5 quilômetro do posto de combustível onde o soldado foi morto, dois homens, que também ocupavam uma moto, foram baleados e morreram antes que pudessem ser socorridos. Segundo a Guarda Civil de Taboão, outras duas pessoas foram encontradas mortas, já na madrugada desta terça-feira, na altura do nº 25 da Rua Sati Nakamura, a menos de dois quilômetros do posto.

Pirituba

Um policial militar foi atacado por atiradores, no final da noite de segunda-feira (8), na região de Pirituba, zona oeste da capital paulista, quando chegava em casa. O policial, que voltava de um curso na corporação, foi surpreendido em frente à residência, na Rua Alves Feitosa, no Jardim Regina.

Dois homens que ocupavam uma moto se aproximaram e atiraram contra a vítima, porém nenhum dos disparos atingiu o policial, que saiu ileso. Alguns dos disparos teriam acertado o interior da casa. A dupla fugiu e não foi localizada ainda. O caso foi registrado no 33º Distrito Policial, de Pirituba.

O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), afirmou na manhã desta terça-feira que a onda de violência que deixou, ao menos, 12 mortos durante o final de semana na região de Mesquita é uma reação dos traficantes ao enfraquecimento no Estado, de acordo com informações da Agência Brasil. Cabral falou sobre o caso durante o lançamento de um projeto educacional no Palácio Guanabara.

"A origem dessas ações é a tentativa do tráfico de afrontar o estado", disse. Segundo o governador, a favela da Chatuba, assim como outras comunidades na periferia do Estado, abrigam traficantes que fugiram do Rio após a pacificação.

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Cabral também prometeu que a região continuará ocupada por agentes militares e garantiu a implementação de uma Companhia Destacada da Polícia Militar, com 112 homens.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, também falou sobre o caso na manhã desta terça-feira. Segundo ela, a chacina na favela da Chatuba é um marco negativo repudiado pelo governo federal e que não pode ficar impune. "O fundamental, neste momento, é que circunstâncias como essa possam ser prevenidas e enfrentadas a todo momento", afirmou após participar de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.

Durante toda a manhã desta terça-feira, equipes do Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizavam operações de busca pelos autores da chacina. Ao menos 10 suspeitos foram presos e dois menores apreendidos. Entre os presos, três foram identificados como Ricardo Sales da Silva, de 25 anos, Monica da Silva Francisco, e 'Beto Gorducho'. O terceiro, foi encontrado em uma casa com 50 gramas de cocaína e R$ 15 mil em dinheiro.

Um dos menores era fugitivo de uma unidade da Fundação Casa, antiga Febem. Uma rádio pirata também foi achada na Chatuba. O dono foi levado para a delegacia para prestar esclarecimento.

A operação especial na favela é resultado do processo de pacificação da comunidade que começou após o encontro dos corpos de seis jovens, de 16 a 19 anos, em um canteiro de obras de duplicação da Rodovia Presidente Dutra, a nove quilômetros de distância da residência dos adolescentes.

As autoridades afirmam que os seis jovens não tinham passagem pela polícia e nenhum envolvimento com o tráfico de entorpecentes. Eles teriam sido capturados na tarde de sábado, 8, quando saíram juntos para nadar em uma cachoeira próxima à Chatuba. Os corpos foram enterrados nesta terça-feira no Cemitério Municipal de Olinda, também em Nilópolis.

Na mesma região onde os jovens foram mortos, Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, de 34 anos, cadete da PM, foi assassinado. Com marcas de tortura, o corpo do cadete foi encontrado no porta-malas do seu Fox, na manhã de sábado, 8. Ele foi morto a tiros. Alves havia participado de um baile no Clube Lisboa e foi levar uma moça em casa, na Favela da Chatuba. A polícia acredita que ele tenha sido identificado como policial - a farda estava no carro.

O pastor evangélico Alexandro Lima, de 37 anos, também foi morto na mesma manhã. Ele estaria fazendo uma caminhada, quando foi atacado. A polícia trabalha com a hipótese de o pastor ter testemunhado as agressões ao cadete.

A comunidade é cortada pelo rio Sarapuí e fica nos municípios de Nilópolis e Mesquita, próxima ao Parque de Gericinó. Autoridades afirmam que criminosos que atuam na área fugiram dos complexos do Alemão e da Penha, com a atuação da Polícia Militar, e migraram para esta região da Baixada Fluminense, de acordo com a rádio CBN.

Os corpos dos seis jovens mortos neste fim de semana foram sepultados na tarde desta terça-feira no Cemitério de Olinda, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Cerca de 500 pessoas acompanharam o velório que teve início na madrugada e seguiram para o cemitério para participar do enterro.

Familiares e amigos dos jovens assassinados estavam muito abalados e chorando muito - alguns passaram mal durante o sepultamento e precisaram ser amparados. O jovem Josias Searles, de 16 anos, foi o primeiro a ser enterrado. No cemitério, a avó do adolescente permaneceu o tempo todo abraçada ao caixão.

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Uma operação especial da Polícia Militar realizada em conjunto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro na favela de Chatuba, na Baixada Fluminense, após a chacina de 12 pessoas, no final de semana, prendeu até o momento 11 suspeitos. Dois deles foram detidos na segunda-feira (10). Os outros 9 foram presos nesta terça-feira, com a ocupação da favela, que teve a participação do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Entre os mortos estão seis jovens, com idades variando de 16 a 19 anos, cujos corpos foram encontrados na manhã da segunda-feira (10) em um canteiro de obras da duplicação da Rodovia Presidente Dutra. O local fica a nove quilômetros do bairro onde os jovens moravam. Eles teriam ido até o Parque de Gericinó, no sábado (8), para tomar banho de cachoeira, nas informações de parentes. A polícia operação na favela foi desencadeada diante da suspeita da polícia de que poderia haver mais corpos na área onde os jovens foram encontrados.

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Para a polícia, os crimes teriam sido cometidos por traficantes da região, embora não exista nenhuma informação até o momento de que os adolescentes tivessem ligação com o tráfico de drogas. A ocupação da Chatuba está sendo considerada por tempo indeterminado. Aproximadamente 250 policiais militares participaram da ação e outros 112 permanecerão na área. A comunidade é cortada pelo rio Sarapuí e fica nos municípios de Nilópolis e Mesquita, próxima ao Gericinó. A polícia avalia que os criminosos são egressos dos complexos do Alemão e da Penha, fugidos após a Polícia Militar ocupar as duas favelas.

Cadete

O local onde os seis jovens foram mortos é próximo ao que Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, de 34 anos, cadete da PM, foi encontrado morto, também no sábado (8). O corpo do cadete estava no porta-malas de seu próprio veículo, um Fox, e apresentava sinais de tortura e marcas de tiros. Alves tinha saído de um baile e levado uma moça para casa, na Favela da Chatuba. A polícia trabalha com a hipótese de que ele possa ter sido identificado como policial, uma vez que a farda estava no carro, e por isso ter sido assassinado.

O pastor evangélico Alexandro Lima, de 37 anos, também foi morto na manhã do sábado (8). Segundo a polícia, ele teria sido atacado enquanto fazia uma caminhada e a suspeita é de que ele poderia ter testemunhado as agressões e a morte do cadete.

 

Os alunos da Escola Estadual Nuta Bartlet Janes, onde quatro dos seis jovens assassinados estudavam, viveram momentos de pânico na tarde dessa segunda-feira (10), após a confirmação das mortes. De acordo com a diretora Maria Cristina de Morais dos Santos, dois homens sem camisa e descalços invadiram a escola, por volta das 15h, chutaram as carteiras e aterrorizaram os alunos.

Segundo Maria Cristina, muitos estudantes receberam mensagens de texto dizendo que haveria um arrastão na escola. "Os alunos começaram a me procurar desesperados e nós acionamos a polícia. Por precaução, para não pagar para ver".

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Os pais dos alunos foram chamados à escola após o incidente e o local foi fechado. A situação quase se repetiu em uma outra escola, localizada no centro de Nilópolis. Por volta das 17h, dois homens tentaram invadir o local, mas não conseguiram. Eles ficaram do lado de fora do portão, ameaçando os alunos.

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