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O Papa Francisco condenou nesta segunda-feira "com força as atrocidades" ocorridas na Pensilvânia, Estados Unidos, contra mais de 1.000 crianças por padres, em carta dirigida ao "Povo de Deus".

"Nos últimos dias foi publicado um relatório que detalha a experiência de pelo menos mil pessoas que foram vítimas de abusos sexuais, de abusos de poder e de consciência, cometidos por padres durante quase 70 anos", escreve o pontífice na carta divulgada pelo Vaticano.

"Embora possamos dizer que a maioria dos casos pertence ao passado, podemos constatar que as feridas infligidas não desaparecerão nunca, o que nos obriga a condenar com força estas atrocidades", completa Francisco.

As Forças Armadas do Sudão do Sul lançaram crimes atrozes contra crianças, como castrações, estupros e degolamentos, durante o conflito civil que atinge o país há um ano e meio, informou o Unicef em um comunicado.

"Os sobreviventes contaram que (os soldados) deixavam meninos castrados morrerem, que meninas de apenas oito anos sofriam estupros coletivos antes de serem assassinadas", declarou em um comunicado Anthony Lake, diretor-geral da Unicef, a agência para a Infância das Nações Unidas, no início da semana.

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Crianças amarradas por seus agressores antes de serem degoladas, outras lançadas a edifícios em chamas... Embora não existam balanços oficiais, a ONU considera que dezenas de milhares de crianças foram assassinadas nos últimos 18 meses de conflito.

Ao menos 129 menores morreram em maio no Estado de Unidade (norte), palco dos piores combates desde o início da guerra civil em dezembro de 2013, disse a Unicef, quando o presidente Salva Kiir acusou seu ex-vice-presidente, Riek Machar, de instigar um golpe de Estado.

O conflito, que começou no seio do exército sul-sudanês, já minado pelos antagonismos político-étnicos e pela rivalidade entre as forças leais aos dois homens fortes do governo, levou a uma guerra fratricida caracterizada por massacres étnicos, estupros em massa e utilização de crianças soldado.

"A violência contra as crianças do Sudão do Sul alcançou um novo pico de brutalidade", acrescentou Lake. Milhares de menores foram sequestrados para serem obrigados a combater.

"Estão sendo recrutados a um ritmo alarmante - cerca de 13.000" desde o início do conflito, explicou o funcionário.

"Podem imaginar as sequelas físicas e psicológicas sobre estas crianças - não apenas ligadas à violência que sofreram, mas ao sofrimento que precisaram infligir aos outros".

Cerca de 250.000 crianças encontram-se em risco de morte por inanição, enquanto dois terços dos doze milhões de habitantes do país precisam de ajuda. Deles, 4,5 milhões estão em risco grave de ficar sem alimentos, segundo a ONU.

"Em nome da Humanidade e da decência mais elementar, esta violência contra inocentes deve parar", concluiu o diretor da Unicef.

Um painel de investigadores das Nações Unidas (ONU) disse nesta quarta-feira que as potências mundiais também são culpadas pelas atrocidades na Síria por causa da sua inércia.

Em novo relatório, os especialistas em direitos humanos identificaram mais de 40 centros de detenção administrados pelo governo com casos de tortura documentados e disseram que ataques e cercos a áreas civis na Síria por forças pró-governo estão causando mortes, desnutrição e fome em massa. Eles apontaram ainda que os rebeldes também cometeram crimes de guerra, incluindo assassinato, execuções, tortura, tomada de reféns, desaparecimentos forçados, estupro e uso de crianças como soldados.

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Os principais aliados da Síria, Rússia e China, têm bloqueado repetidamente propostas do Ocidente ao Conselho de Segurança, braço mais poderoso da ONU. "Tal inércia deu espaço para a proliferação de atores na Síria, cada um seguindo a sua própria agenda e contribuindo para a radicalização e escalada de violência", salientou o relatório. "O Conselho de Segurança carrega essa responsabilidade."

O relatório recomendou que os países com influência na Síria, particularmente os membros permanentes do Conselho de Segurança, exerçam mais pressão "para

acabar com a violência e para iniciar negociações inclusivas para um processo de transição política sustentável no país" e pressionem para que o conflito seja julgado no Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda. Fonte: Associated Press.

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