A nova variante do coronavírus que surgiu no Reino Unido tem feito diversos países adotarem medidas restritivas para os britânicos ou turistas provenientes do país. Mas o Brasil ainda não adotou nenhuma postura. Nesta terça-feira (22), o secretário estadual de Saúde, André Longo, em coletiva de imprensa, abordou o tema e cobrou uma atitude dos órgãos brasileiros, em especial, a Anvisa.

Pernambuco recebe voos diários oriundos da Europa e, por conta disso, tem olhado com atenção para a situação. "Estamos acompanhando com preocupação o surgimento dessa variante, a B-117, lá no Reino Unido, já com descrição de ocorrência em outros dois países pelo menos. Então isso exige das autoridades uma precaução maior, tendo em vista que essa variante teria uma maior transmissibilidade, ainda não está provado se tem maior agressividade, mas as informações iniciais é de que ela tem uma transmissibilidade pelo menos 70% maior do que outras variantes, isso é preocupante", disse André Longo.

Países como Holanda, França, Bélgica e Itália já suspenderam voos do Reino Unido e André Longo espera que a cena se repita em território nacional. "É preciso que a Anvisa, que é quem faz o controle imigratório especialmente controle internacional, adote medidas no sentido de restringir o acesso de pessoas vindas desses países", declarou. 

"Recentemente o governo federal, atendendo a recomendação da Anvisa, editou uma norma que exige que se faça um exame de RT-PCR para entrada no país. Embora não tenha certeza que essa medida impede, já é importante nos nossos aeroportos", disse o secretário, que é a favor do endurecimento de medidas para voos provenientes da Europa.