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Com 80% do corpo queimado por conta de uma explosão num depósito de pólvora, o bacamarteiro Cícero Luiz dos Santos, de 59 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu, nessa terça-feira (1°). O homem estava internado desde o dia 24 de junho na unidade de queimados do Hospital da Restauração (HR).

O acidente aconteceu no município de Abreu e Lima e deixou cinco bacamarteiros feridos. Três foram encaminhados ao HR; além de Cícero Luiz, outra vítima em estado grave é José Carlos da Silva, que foi atingido em 60% do corpo e permanece na UTI. Menos grave, Edivânio Gomes da Silva foi liberado poucos dias após dar entrada na unidade. 

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Apesar deste caso específico, o número de queimados internados no Hospital da Restauração, durante o período do São João, foi menor se relacionado ao ano de 2013. No ano passado, de 1º a 30 de junho, 50 casos foram registrados, enquanto em 2014 a quantidade de feridos decresceu para 44. 

Porém, de acordo com o médico Marcos Barreto, chefe da unidade de queimados do HR, com a realização da Copa do Mundo, ainda há a expectativa de novos pacientes darem entrada no Hospital, pelo constante uso de fogos de artifícios durante os jogos.

O quadro de saúde dos três bacamarteiros que estão internados no Hospital da Restauração (HR) não apresentou mudanças, nesta quinta-feira (26). Feridos numa explosão de um depósito de pólvora, em Abreu e Lima, os integrantes do grupo Mandacaru deram entrada no setor de queimados da unidade de saúde na noite da terça-feira (54) de São João. 

De acordo com a assessoria do Hospital, o estado dos pacientes permanece o mesmo. Cícero Luiz dos Santos teve 80% do corpo atingido pelas chamas e o quadro é muito grave. Assim como José Carlos da Silva, que foi atingido em 60% do corpo. Com menor gravidade, Edivânio Gomes da Silva teve queimaduras por cerca de 15% do corpo. 

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Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta (25), o médico-coordenador da unidade de queimados, Marcos Barreto, afirmou que apesar de estáveis, os pacientes inspiram muito cuidado. “Não são só as queimaduras externas. Pode haver comprometimento renal, respiratório e, portanto, há ainda risco de os pacientes não sobreviverem”, explicou Barreto. Até então, todos estão conscientes e respiram sem a ajuda de aparelhos. 

Vinte e cinco estudantes da rede municipal de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, que participam do programa 'Resgatando Cultura', farão uma apresentação de Troças de Bacamarteiros, no dia 6 de junho, às 19h, na Escola Municipal Landelino Rocha, no Sítio Peladas, zona rural.

A apresentação será uma homenagem ao Bacamarteiro José Galdinho, feita por crianças entre 5 e 12 anos, alunos da Escola Landelino. O evento terá forró pé de serra e comidas típicas.

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A tradição do Bacamarteiro passa de pai para filho, em Caruaru. Os registros mais antigos do uso do Bacamarte, que é uma arma, data do século 18. Desde o final do século 19, grupos de Bacamarteiros se exibem em Caruaru durante as festas juninas. A origem da arma e evolução como objeto cultural também serão apresentados no evento.

O Agreste do Estado um “Encontro de Capitães de Bacamarte de Pernambuco”. O evento acontece neste sábado (16), em Caruaru, com organização da Federação dos Bacamarteiros de Pernambuco (Febape), no quartel do Exército de Caruaru, a partir das 9h.

Além dos mestres Bacamarteiros, devem participar do encontro, representantes do Exército, da Polícia Federal e do Poder Público da cidade.

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Segundo o presidente do Febape, Ivan Marinho, está é a primeira vez que os líderes realizam um encontro com representantes de todo o Estado. "Já realizamos outros eventos desse tipo em algumas cidades, mas com mestres de cada uma delas. Agora teremos a oportunidade de reunir mais de 100 capitães de vários municípios," afirma.

Durante o evento, será abordada a nova regulamentação do bacamartismo no Brasil, que tramita no Ministério da Defesa e os editais públicos como forma de relação com as políticas de fomento.

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Numa tarde calma de São João em Caruaru e com a maioria do comércio fechado devido ao feriado, 800 bacamarteiros desfilaram nas principais ruas da cidade, saindo do SESC da cidade, até a Estação Ferroviária. O dia foi especial e cheio de reconhecimento para as pessoas que fazem parte de grupos de bacamarte que mantém essa tradição nordestina viva.

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Em comemoração ao Dia do Bacamarteiro, a programação começou pela manhã, com uma confraternização com salvas de tiros e um almoço especial para os batalhões.  Vários bacamarteiros da Zona Rural de Caruaru e de cidades próximas participaram da cerimônia, que chamou atenção do povo e agradou também aos batalhões presentes.

Após o desfile,  os grupos se reuniram no Parque Luiz Lua Gonzaga para que seus capitães recebessem medalhas de honra ao mérito das mãos do Presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru.

O público que compareceu  à cerimônia também conferiu o maior bacamarte do mundo, feito por Seu Bento, presidente da Associação de Bacamarteiro de São Caetano, que existe desde 1951, a mais antiga do estado. Falando com orgulho de sua criação,Bento, que transparece amor pelo ofício agradeceu a presença de todos e foi enfático na importância do homenageado do São João, Luiz Gonzaga.  “Há mais de 40 anos participo do São João de Caruaru e ele é o mais importante do mundo” finaliza.

Formado em sua maioria por homens de idades variadas, também era possível observar mulheres (algumas até idosas) e crianças (sem portar munição) fazendo parte dos batalhões.  Grupos de bacamarteiros vestidos de roupas camufladas ou camisa social e em sua maioria com os característicos lenços vermelhos e roupa azul.

Ser mulher não é nenhum impedimento para realizar o desejo de fazer parte de um grupo do tipo, como declara Maria Juliana, aposentada de 75 anos, que há oito anos decidiu seguir a vontade de ser bacamarteira. “É uma profissão que não podemos deixar cair”. A aposentada, que veio com um grupo de Cachoeirinha, explica que fazer parte da festividade é algo sério. “É preciso falar com o capitão do grupo, aprender a tirar e conseguir uma licença para utilizar o bacamarte”.

Jovens também se interessam pelo ofício e não é raro observar mulheres e grupos de criançasmantendo a tradição, como é o caso das irmãs Tatiana e Juliana Soares. “Meu pai é bacamarteiro, e nós viramos bacamarteiras para manter a tradição viva, porque é algo importante pra minha família e pro povo da minha cidade ”

Paixão compartilhada por  todos que estavam no espaço e que tem como no bacamarte uma paixão. Dedicação que faz com que esses verdadeiros soldados da Cultura Popular abram mãos de outras coisas em função do ofício de bacamarteiro.

“Você dá o primeiro tiro, entra no sangue e não deixa mais” nos conta o ator Giderson Tenório de 66 anos, desde a infância envolvido nas atividades dos bacamarteiros da cidade de Cajazeiras. Segundo Gederson, há exigências para que uma pessoa faça parte de um grupo de bacamarteiros, “É preciso ser íntegro e responsável. Além do mais, obedecer as regras do capitão do grupo é o mandamento principal do bacamarteiro”.

A presença de cultura popular como pífano, bacamarte e quadrilha é algo que sempre o São João de Caruaru.  José Pereira, secretário da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru informa que além de contratar manifestações populares em eventos culturais ao longo do ano, no São João a prefeitura separa espaços especiais para a manifestações do tipo. “O São João de Caruaru, além de oferecer ao público grandes shows em palcos, se preocupa também em valorizar expressões populares”.

 

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