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Após ser criticado pelo publicamente pelo Real Madrid, Joseph Blatter pediu desculpas nesta terça-feira ao clube e a Cristiano Ronaldo pelos comentários irônicos que fez sobre o jogador português durante audiência na Universidade de Oxford, na Inglaterra, semana passada.

O presidente da Fifa ironizou o atacante ao ser questionado sobre quem preferia em campo: Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo. Blatter fez elogios ao argentino e levou o público às gargalhadas quando se levantou para mostrar a postura do português durante as partidas do Real.

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"É como um comandante no campo de jogo", disse Blatter, entre risadas. O dirigente disse ainda que Cristiano Ronaldo tinha "muito mais despesas com o cabeleireiro do que o outro" e afirmou que preferia Messi ao português.

As declarações geraram repercussão negativa na Espanha e em Portugal, país natal do craque do Real Madrid. Nesta manhã, o presidente do Real, Florentino Pérez, e o técnico Carlo Ancelotti saíram em defesa do jogador. Pérez até pediu um pedido de desculpas formal de Blatter.

Horas depois foi a vez do próprio Cristiano Ronaldo rebater a ironia do presidente da Fifa. Pelo Twitter, o atacante disse que "deseja saúde e vida longa ao Senhor Blatter, com a certeza de que ele continuará a testemunhar o sucesso dos seus times e jogadores favoritos", disse o jogador do Real, ao postar o vídeo polêmico de Blatter.

"Este vídeo mostra todo o respeito e consideração que a Fifa tem por mim, por meu clube e pelo meu país. Muita coisa está explicada agora", disse o português, em tom enigmático. Cristiano Ronaldo foi superado por Messi na escolha do melhor do mundo nos últimos quatro anos - a eleição é organizada pela Fifa e pela revista France Football.

Diante da repercussão, Blatter enviou pedido de desculpas ao Real Madrid nesta terça. A carta foi divulgada pelo próprio clube espanhol. "Lamento muito que esta situação ocorrida em um evento universitário tenha causado tanta dor a você. Apresento minhas desculpas por isso. Nunca foi minha intenção faltar com respeito ao Real Madrid, a nenhum dos seus jogadores ou a torcida. Não apenas por ser um dos clubes fundadores da Fifa, é um dos clubes que admiro desde a minha juventude".

Blatter ainda recuou sobre sua preferência por Messi. "Quero deixar claro que Cristiano Ronaldo está no mesmo nível que Messi. E que os dois são jogadores excepcionais, cada um a sua maneira", declarou o presidente da Fifa, na carta enviada à diretoria do Real Madrid.

A Fifa não engoliu a ausência da presidente Dilma Rousseff na final da Copa das Confederações, no dia 30 de junho, no Maracanã, e mandou carta ao Palácio do Planalto para se queixar. Mas, quase dois meses depois do evento, nem sequer recebeu uma resposta. A informação é do presidente da entidade, o suíço Joseph Blatter, que assinou a carta e agora revela o mal-estar.

Blatter concedeu, para o jornal O Estado de S. Paulo, a sua primeira entrevista a um meio de comunicação do Brasil desde o fim da conturbada Copa das Confederações, quando deixou o País diante dos protestos nas ruas.

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Ele não escondeu a insatisfação com a ausência de Dilma na final entre Brasil e Espanha. A presidente havia sido vaiada na abertura da Copa das Confederações, na tribuna do Estádio Nacional de Brasília, e optou por não enfrentar o público novamente. Mas, para a Fifa, a atitude foi de desrespeito.

"Eu escrevi a ela depois da Copa das Confederações. Na carta, expressei que estávamos insatisfeitos com o fato de que ela não esteve na final. Eu tinha que dizer isso a ela. Mas não recebi nenhuma resposta", contou Blatter, ao comentar sobre a ausência de Dilma na decisão do dia 30 de junho.

O presidente da Fifa também comentou sobre as manifestações que tomaram as ruas do Brasil durante a Copa das Confederações, com protestos, inclusive, contra os gastos públicos no evento. E disse acreditar que a enorme procura por ingressos - foram mais de 2,3 milhões de pedidos de compra nas primeiras 24 horas - é um sinal de que o Mundial de 2014 será um sucesso.

"Quando tivemos a Copa das Confederações com os distúrbios sociais, mas com muito bom futebol, tivemos vozes pelo mundo dizendo que, no ano que vem, será um problema para o Brasil, porque ninguém irá querer ir ao país. As coisas não estarão funcionando e existem protestos. Portanto, será uma Copa com problemas. Mas aí começamos a venda de ingressos e isso tudo é uma grande besteira. Essa é a Copa do Mundo. Todos querem ir à Copa, e porque o futebol é o esporte mais popular do planeta. Em segundo lugar, é a Copa do Mundo no Brasil, o país do futebol. As pessoas querem estar lá. É a confirmação da popularidade do Brasil, do futebol. Mas é também um recado de confiança para a organização. E não estou falando na organização do futebol, mas na organização política. É um apelo muito claro: estamos chegando, mas garanta que a Copa seja um sucesso. Mas estou certo de que o Brasil vai cumprir", afirmou Blatter.

Sobre a infraestrutura brasileira para receber a Copa, Blatter mostrou confiança, mas também fez cobranças. "Os 12 estádios estarão prontos no final do ano. Não há dúvidas. Mas o problema é ainda as redondezas do estádio, os estacionamentos, o acesso ao estádio para a população, as ruas, hotéis. Esses são os problemas que terão de enfrentar. Mas o País tem tempo para fazer isso. E os aeroportos. Eles precisam de aeroportos porque não há tantos hotéis e terá de haver muito transporte aéreo", explicou.

O Ministério do Esporte rebateu nesta quinta-feira as declarações do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que disse no dia anterior que o Brasil pode ter sido a escolha errada para receber a Copa do Mundo de 2014. O dirigente suíço fez a avaliação por causa das manifestações que tomaram conta das principais cidades brasileiras, no mês passado, durante a disputa da Copa das Confederações.

"Se acontecer de novo (as manifestações no Brasil em 2014), temos que nos questionar se tomamos a decisão errada ao ceder os direitos de receber a Copa", declarou Blatter, em entrevista à agência de notícias alemã DPA, lembrando que os protestos durante o mês de junho chegaram a atingir a Fifa - veículos que serviam à entidade foram atacados e os estádios foram um dos alvos dos manifestantes.

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Blatter chegou a dizer, na entrevista de quarta-feira, que as manifestações no Brasil causaram preocupação e revelou que terá uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, em setembro, para discutir "o tema da instabilidade". "Para mim, estes protestos soam como alarmes para o governo, para o Senado, o Congresso. Eles devem trabalhar nisso para evitar novos protestos", afirmou o dirigente suíço.

Nesta quinta-feira, o Ministério do Esporte divulgou uma nota oficial para comentar o caso. No documento, a pasta chefiada pelo ministro Aldo Rebelo lembra que o Brasil é um "país democrático", o que justifica as manifestações populares, e cita o "sucesso da Copa das Confederações" para comprovar que o País foi uma escolha acertada para receber a Copa do Mundo de 2014.

"O sucesso da Copa das Confederações comprova o acerto da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo. Quanto às manifestações, o Brasil é um país democrático, que garante aos seus cidadãos plena liberdade de expressão", diz a íntegra da nota do Ministério do Esporte.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, surpreendeu nesta quarta-feira ao afirmar que o Brasil pode não ter sido a melhor escolha da Fifa para sediar a Copa do Mundo do próximo ano. O dirigente questionou a disputa do Mundial em solo brasileiro ao se mostrar preocupado com as manifestações que abalaram o País no mês de junho, durante a Copa das Confederações.

"Se acontecer de novo, temos que nos questionar se tomamos a decisão errada ao ceder os direitos de receber a Copa", declarou Blatter, em entrevista à agência de notícias DPA, da Alemanha, durante conferência sobre esportes, mídia e economia idealizada pelo ex-jogador e técnico Franz Beckenbauer, na Áustria.

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Blatter se referia aos protestos que levaram centenas de milhares de pessoas às ruas do Brasil em junho. Os manifestantes pediram melhores serviços públicos, em diversas passeatas, e criticaram governo e políticos. Houve até ataques à Fifa, em Salvador, uma das sedes da Copa das Confederações. Ônibus que serviam à entidade foram apedrejados. Confrontos entre manifestantes e policiais também marcaram a competição.

A preocupação do presidente da Fifa se reflete nas conversas entre a entidade e o governo. Já houve reuniões após a Copa das Confederações e deverá haver outra em setembro. "Não foram reuniões políticas, mas enfatizamos o tema da instabilidade".

O dirigente já avisou à presidente Dilma Roussef que não pode haver distúrbios semelhantes durante o Mundial. "A Fifa não pode ser responsabilizada pelas discrepâncias sociais que existem no Brasil", afirmou. "Não somos nós (a Fifa) que temos que aprender com os protestos, mas sim os políticos brasileiros", avisou.

Para o dirigente, as manifestações devem ser tratadas apenas como questões internas, sem interferir nas competições organizadas pela Fifa. "Para mim, estes protestos soam como alarmes para o governo, para o Senado, o Congresso. Eles devem trabalhar nisso para evitar novos protestos", afirmou.

"No entanto, os protestos, se pacíficos, são parte da democracia e devem ser aceitos [pelo governo]. Estamos certos de que o governo, e principalmente a presidente, vai encontrar as palavras e as ações para prevenir novas manifestações. Eles têm um ano para resolver isso", disse Blatter.

O Brasil foi escolhido para ser sede da Copa das Confederações e da Copa do Mundo em 2007, sem ter uma votação direta, já que a Colômbia, outro candidato a sede, se retirou da disputa meses antes. "O Brasil foi a melhor escolha que podíamos fazer. Era a decisão correta e nós a reafirmamos", declarou o presidente da Fifa, tentando aliviar as críticas.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, dá claros sinais de que quer se perpetuar no cargo e nesta segunda-feira defendeu que não haja limites de idade para os cartolas de sua entidade. Em entrevista ao site da Fifa, Blatter estimou que considera a medida "discriminatória". Dirigentes esportivos consultados pela reportagem indicaram que essa seria mais uma indicação de que, em 2015, Blatter tentará uma vez mais se eleger.

Nesta semana, a Fifa dá início a seu congresso anual e que aprovará uma série de mudanças nos estatutos da entidade. A meta era a de reformar a Fifa. Mas a realidade é que as decisões afetarão apenas de forma cosmética o funcionamento da entidade e servirão apenas como um esforço de marketing de Blatter para tentar mostrar uma nova imagem da Fifa.

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Pouco a pouco, cada uma das ideias tidas como revolucionárias foram sendo aguadas. Uma das propostas que se discutia era o estabelecimento de uma idade máxima para um cartola servir. Nesta segunda, porém, Blatter já enterrou a ideia. "Não sou eu quem tenho de decidir. Estamos num processo democrático com os votos de cada associação", disse. "Mas, pessoalmente, eu já disse que sou contra o limite de idade já que acredito que não é um critério relevante", apontou.

"Nem todos somos iguais aos 60, 70, 80, etc. Poderia ser algo até discriminatório", insistiu. "O que faz a diferença é a paixão". A ideia vai à voto na sexta-feira. Mas o "não" de Blatter dificilmente será revertido.

Ele já está em seu quarto mandato e, com 77 anos, veria suas novas chances de ser eleito minadas com um limite de idade. Mas nas últimas semanas vem insinuando que quer um novo mandato a partir de 2015, por mais quatro anos.

Blatter, porém, se diz favorável a uma limitação de número de mandatos por cartola. Mas, nesse caso, ela só valerá a partir da próxima eleição, quando ele mesmo poderá se apresentar.

Faltando 23 dias para a Copa das Confederações, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, diz estar ansioso para observar a logística do Brasil durante a competição, como um teste para a realização da Copa do Mundo, no próximo ano.

"Para nós, que vamos organizar a Copa do Mundo de 2014, é importante observar a logística do torneio", afirma o dirigente. "Os estádios estão prontos, mas precisamos ver como a logística irá funcionar: os transportes, o controle de bilhetagem, a segurança."

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Confiante, Blatter aposta no sucesso da competição. Mas ressalta que a Copa das Confederações será decisiva para a finalização dos preparativos visando o Mundial. "Estou certo que tudo sairá muito bem, talvez não 100%, mas isso nos dará a experiência necessária para o próximo ano. Tudo isso é importante para nós e estaremos de olho."

A Copa das Confederações será disputada entre os dias 15 e 30 de junho, em seis das 12 cidades-sede do Mundial de 2014. Pela primeira vez desde sua criação, a competição contará com quatro campeões mundiais em campo: Brasil, Itália, Uruguai e Espanha.

Num momento em que a cidade de São Paulo chegou a ser ameaçada de não sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014, por causa da indefinição sobre a data de entrega do Itaquerão, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, ganhou o título de cidadão paulistano. A proposta foi feita pelo vereador Reis (PT). As bancadas de oposição e a bancada governista apoiaram a proposição, votada em turno único.

O vereador Reis pretende entregar a honraria em 10 de junho, data em que o dirigente suíço deverá comparecer à Câmara Municipal para uma pública sobre a Copa do Mundo de 2014.

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Presidente da Fifa desde 1998, sucedendo o brasileiro João Havelange, Blatter chegou a ser investigado pela própria entidade, por suspeita de corrupção - teria participado do esquema envolvendo os direitos de transmissão de TV para a empresa ISL. O dirigente acabou inocentado.

Reis disse não ter levado em conta a conduta de Blatter ao propor o título. "Isso tudo (as acusações de corrupção) pode até ser verdade, mas o título está mais ligado à autoridade da Fifa", afirmou o parlamentar. "Ele é a maior autoridade do futebol mundial e achamos por bem homenageá-lo."

Em uma rápida entrevista concedida a jornalistas após encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, evitou responder se o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, ainda é o interlocutor com o governo brasileiro nas questões referentes à realização da Copa do Mundo de 2014.

"Jérôme Valcke continua trabalhando para a Fifa", afirmou, mas sem responder se o secretário-geral ainda exercerá o papel de interlocutor nas discussões. Ao responder a essa pergunta sobre Valcke, Blatter falou em três idiomas: francês, inglês e espanhol.

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Dilma recebeu Blatter após a crise provocada pelas declarações de Valcke, que disse que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" para preparar o Mundial. Compareceram à audiência no Palácio do Planalto o ministro do Esporte, Aldo Rebelo e os ex-jogadores Ronaldo Nazário - membro do Comitê Organizador Local - e Pelé, escolhido pelo governo brasileiro para ser o embaixador da Copa.

Questionado por repórteres sobre qual seria a solução para o episódio, Blatter respondeu com uma pergunta: "Vocês podem me dar um tempo para tomar uma solução?". Bem-humorado, Pelé disse que o seu papel é "apagar as fogueiras".

"Falei para a presidente que daqui para frente não é para me chamar de ministro (em 1995, Fernando Henrique Cardoso criou o Ministério de Estado Extraordinário do Esporte, escolhendo Pelé para tomar conta da Pasta). É para me chamar de bombeiro. Estou aqui para apagar as fogueiras, é isso que estou fazendo. Graças a Deus acho que daqui pra frente vamos caminhar em harmonia sem nenhuma confusão", declarou.

Sobre a troca na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o presidente da Fifa afirmou que a saída de Ricardo Teixeira e a chegada de novas pessoas é uma "passagem natural que acontece o tempo todo no mundo".

A presidente Dilma Rousseff assegurou nesta sexta-feira ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, que "não há dúvidas" de que o governo brasileiro vai implementar todas as garantias dadas à Fifa para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Embora não tenha entrado em detalhes, o recado de Dilma foi uma resposta à polêmica questão da autorização de venda de bebidas alcoólicas nos estádios, um dos principais pontos debatidos na Lei Geral da Copa, que tramita na Câmara dos Deputados.

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"A presidente nos disse que não há dúvidas de que o governo brasileiro vai implantar todas as garantias que haviam sido dadas à Fifa pelo governo anterior", afirmou Blatter, em entrevista, acrescentando que o Mundial 2014 será o mais "extraordinário" de todos.

Numa das garantias assumidas pelo governo brasileiro, referente à proteção e exploração de direitos comerciais, está a de que "não existem nem existirão restrições legais ou proibições sobre a venda, publicidade ou distribuição de produtos das afiliadas comerciais, inclusive alimentos e bebidas, nos estádios ou em outros locais durante as competições", ressalta nota do Ministério do Esporte, divulgada na quinta.

"Não entramos em detalhes com a presidente Dilma. O que ela disse é que vai cumprir as exigências e garantias dadas. Eu confio nela, eu confio no Brasil", disse Blatter. "A ideia agora é o governo federal trabalhar em conjunto com a Fifa para estreitar melhor os laços e não esperar tanto tempo [para se reunir]. A ultima reunião foi em julho passado", lembrou.

Compareceram à audiência o ministro do Esporte, Aldo Rebelo e os campeões mundiais Ronaldo Nazário - membro do comitê organizador local - e Pelé, escolhido pelo governo brasileiro para ser o embaixador da Copa de 2014.

Blatter veio ao Brasil para obter garantias do governo de que os acordos firmados com a Fifa não sofrerão alterações, incluindo a liberação de bebida alcoólica nos estádios. Na quinta, o governo recuou da decisão inicial de não permitir a comercialização de bebidas alcoólicas durante o evento. A confusão envolveu as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o ministro Aldo Rebelo (Esporte).

Gleisi e Ideli garantiram aos líderes da base do governo que não seria permitida a venda de álcool nos estádios. Mas o governo acabou recuando dessa posição depois de esclarecimentos do Ministério do Esporte de que a questão já estava acertada com a Fifa.

O presidente da Fifa disse que ficou "feliz" com os resultados da audiência com Dilma. "O Brasil já foi cinco vezes campeão do mundo e agora é a hora de mostrar ao mundo as capacidades deste País".

A Fifa confirmou nesta quarta-feira que Pelé participará da reunião envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o presidente da entidade, Joseph Blatter, na sexta, no Palácio do Planalto, em Brasília. Pelé foi escolhido pelo governo brasileiro no ano passado para ser o embaixador da Copa do Mundo de 2014.

"Estou muito feliz em anunciar que o lendário Pelé vai se juntar a nós nesta importante reunião", declarou Blatter nesta quarta. "Vamos discutir o andamento da preparação [do Brasil] e o que precisa ser feito nos próximos meses para que a Fifa e o governo brasileiro alcancem o objetivo comum de realizar uma grande Copa das Confederações, em 2013, e uma bem-sucedida Copa do Mundo, em 2014".

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A reunião foi marcada em caráter de urgência a pedido do governo brasileiro logo após a renúncia do então presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa, Ricardo Teixeira. O encontro contará ainda com o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o novo comandante da CBF, José Maria Marin, desconhecido dos membros da cúpula da Fifa.

A Fifa não confirmou a presença do secretário-geral Jérôme Valcke na reunião. Valcke foi pivô na semana passada de um contratempo diplomático entre o governo brasileiro e a entidade máxima do futebol. Ele disse que o Brasil "precisa de um pontapé no traseiro" para acelerar as obras da Copa. Suas declarações foram mal recebidas em Brasília e geraram um pedido de desculpas por parte do secretário.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, enviou nova carta ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, para, em nome da entidade, pedir desculpas pela polêmica criada com a declaração do secretário-geral, Jérôme Valcke, de que o Brasil precisava de um "chute no traseiro" para acelerar a organização da Copa do Mundo de 2014.

Blatter disse que quer se encontrar com Dilma para discutir sobre o evento. O próprio Valcke já tinha encaminhado um pedido de desculpas e culpado a tradução pela crise. O governo brasileiro comunicou à Fifa que não aceitará mais o secretário-geral como interlocutor.

Blatter manifesta "pesar" com a situação. "Como presidente da Fifa e pessoalmente, meu único comentário com relação a esse assunto é pedir desculpas a todos aqueles que tiveram sua honra e orgulho feridos, em especial o governo brasileiro e a presidente Dilma Rousseff". O presidente da entidade diz estar "extremamente preocupado com relação à deterioração da relação entre a Fifa e o governo brasileiro".

Após o pedido de desculpas, Blatter afirma que a entidade e o governo tem como meta comum "organizar uma Copa do Mundo extraordinária no país do futebol, no país dos campeões". "Por isso, não deixemos que conflitos nos façam perder tempo", afirmou o presidente da Fifa, em outro trecho. Ele disse que gostaria de se encontrar com Dilma e Aldo já na próxima semana.

Até o momento, apenas a presença de Valcke estava confirmada para a série de visitas da Fifa ao Brasil na próxima semana.

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