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Criado no ano de 1825 pelo francês Louis Braille e implantado no Brasil em 1954, o sistema, que traz o nome do inventor, tem levado pessoas de todo mundo a conhecer o encantador mundo da leitura de uma forma simples e prática. Em alusão ao Dia Nacional do Sistema Braille, comerado nesta quarta-feira (8), o Portal LeiaJá conferiu como é feito os materiais impressos nos moldes voltados para os deficientes visuais no Instituto de Cegos Antônio Pessoa de Queiroz, localizado no bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

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Para a produção de todo e qualquer tipo de material em Braille é utilizado uma impressora específica que fica interligada a um computador comum. “Quando uma pessoa quer ter certo tipo de produto traduzido para o Braille, ela pode trazê-lo até aqui (Instituto) e os funcionários terão a missão de adaptar o texto para o sistema”, explica a professora do local Vitória Damasceno, 48 anos, cega desde nascença. Vale ressaltar que a casa cobra pela tradução do material para o sistema. Os valores são variados, pois dependem do tipo de produto e da quantidade solicitada.

Em uma sala pequena, três equipamentos imprimem as folhas especiais. De acordo com a técnica brailista Simone Rosa Di Mattia, o processo de tradução é fácil e rápido. “Com o texto em mãos, passamos por um dos sistemas de Braille (Braille Fácil ou In Braille) para que o material seja ‘limpo’, ou seja, perca todas as cores, e assim possa ser impresso”, explica Mattia. As impressoras são grandes e bem diferentes das vendidas em lojas. Segundo a técnica, os equipamentos vêm da Alemanha e custam cerca de R$ 20 mil. O papel impresso também não é nada comum. Eles costumam ser largos e pesam 120 gramas. "Não adianta imprimirmos o texto em um papel normal (A3) pois a formatação não sai boa", garante Mattia. 

Além dos livros, encartes, panfletos e calendários, há outro tipo de material que vem sendo bastante solicitado no Braille: cardápios. “Muitos restaurantes do Recife têm melhorado a acessibilidade aos deficientes visuais. Um dia desses fui almoçar em um restaurante e lá tinha um cardápio em Braille, que, por coincidência, foi traduzido aqui na Instituição”, conta a professora Damasceno. Porém, ela acredita que o estado ainda tem muito o que fazer no quesito acessibilidade para os cegos. 

O método de Braille é capaz de produzir 64 símbolos, incluindo letras, algarismos e até sinais de pontuação, com até seis pontos dispostos em duas colunas, onde o leitor desliza as mãos sob o livro sempre da esquerda para direita. Os deficientes visuais interessados em ter acesso ao Instituto de Cegos Antônio Pessoa de Queiroz, que oferece aulas de escrita em Braille, além de aulas de artes, massagem e hidroginástica, devem ir até o local e realizar o cadastro com todos os dados pessoais. No local, os cegos também podem desfrutar de uma biblioteca com vários livros. No entanto, os materiais não podem ser levados para casa. Todas as atividades oferecidas no Instituto são totalmente gratuitas. O espaço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e de 13h às 17h.

 

 

 

 

A exposição temporária El Cuatro Rebelde está em cartaz no Consulado da República Bolivariana da Venezuela em Pernambuco. A mostra contou com consultoria do especialista em acessibilidade e inclusão Manuel Aguiar e tem recursos como legendas em braille e intérpretes de Libras para as pessoas com necessidades específicas.

A exposição homenageia o cuatro, instrumento musical típico venezuelano, e fica em cartaz até 30 de maio, das 14h às 17h, com entrada gratuita.

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Serviço

El Cuatro Rebelde

Até 30 de maio | 14h às 17h

Consulado da Venezuela (Av. Conselheiro Aguiar, 579 - Boa Viagem)

Gratuito

Estudantes, professores e servidores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) poderão participar dos cursos de Língua Brasileira de Sinais (Libras), Sistema de Leitura Braille e Acessibilidade e Inclusão de Pessoas com Deficiência promovidos pela Coordenação de Políticas de Educação Inclusiva (CPEI). Interessados devem procurar a sala da coordenação, no prédio da reitoria, das 8h às 12h e das 14h às 18h, para fazer a inscrição. 

Serão disponibilizadas 30 vagas em cada turma. Os cursos de Acessibilidade e Braille possuem carga horária de 30 horas e o de Libras, 60 horas. As aulas acontecerão aos sábados com previsão de início no dia 9 de novembro. O objetivo é promover as políticas de inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência dentro de instituições federais de ensino superior.

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Nesta quarta-feira (10), a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho abre inscrições para o curso gratuito de Tifologia - Sistema Braille. Serão oferecidas 40 vagas para professores efetivos e contratados, gestores, supervisores, coordenadores e estagiários que atuam na rede municipal de ensino. Os interessados devem se dirigir à sede da Secretaria de Educação no setor de Coordenação de Educação Especial até o dia 16 de abril. A capacitação será oferecida de forma gratuita.

O objetivo do curso é oportunizar aos docentes conhecimentos específicos que possibilitem a prática da educação inclusiva contribuindo para um melhor acolhimento de alunos que possuem dificuldade visual. No ato da inscrição, serão exigidas cópias do RG, CPF e declaração da escola em que o educador está lotado. As aulas estão previstas para iniciar no dia 23 deste mês e possui carga horária de 200 horas. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 3521-6748.

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O programa Vencer desta semana traz mais um quadro "Vencedores da História". O personagem deste mês é o francês Louis Braille, inventor do sistema Braille, um tipo de leitura que permite aos deficientes visuais "enxergarem" a escrita de uma forma tátil.

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No Vencer, você também acompanha uma matéria sobre o paradesportismo. O Brasil hoje é uma potência mundial nesta categoria. Durante a matéria, você conhece uma turma que sua a camisa na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para ampliar o paradesportismo no Estado.

O Vencer ainda traz os quadros Karras Komenta e Sem Acesso, além do quadro sobre empregabilidade, com a consultora Isabela Albuquerque. O programa é exibido toda sexta-feira aqui, no portal LeiaJa.com.

A partir desta segunda-feira (23), professores da Rede Municipal de Ensino do Recife e familiares de educandos poderão se inscrever para o curso de Braille e Soroban. Os instrumentos são fundamentais para aquisição e domínio no processo de leitura e escrita dos conteúdos da matemática para estudantes cegos.

Duas turmas serão abertas, cada uma com 60 participantes. Uma, sempre nas segundas e quartas-feiras, das 18h30 às 20h30; outra, às terças e quintas-feiras, no mesmo horário. As aulas, que começam no dia 6 de agosto, serão ministradas no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena, Zona Oeste do Recife. O curso tem duração de 66 horas/aulas.

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As inscrições serão realizadas na Gerência de Educação Especial (GEE), que fica na Rua Frei Matias Tevis, S/N, na Ilha do Leite. O horário de atendimento no local é das 9h às 12h e das 14h às 17h. Os cursos estão sendo oferecidos pela GEE, vinculada à Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seel).

Serviço
Cursos de Braille e Soroban
Inscrições:
segunda-feira (23)
Horário: das 9h às 12h e das 14h às 17h
Local: Gerência de Educação Especial (GEE)
Rua Frei Matias Tevis, S/N, na Ilha do Leite
Início das aulas: Segunda (06/08) e Terça (07/08)

No Dia Mundial do Braille, comemorado hoje (4), pessoas com deficiência visual cobram maior uso do sistema de leitura e escrita no Brasil.

Criado pelo francês Louis Braille, nascido em 4 de janeiro de 1809 e que perdeu a visão aos 3 anos, o sistema permite a pessoas com cegueira total ou parcial ler por meio do tato. Com seis pontos em relevo dispostos em duas colunas e três linhas, o sistema proporciona 63 combinações diferentes que representam as letras do alfabeto, os números, símbolos científicos, da música, fonética e informática. Com apenas um toque, o cego percebe os pontos em relevo ao passar os dedos da esquerda para a direita. O sistema Braille chegou ao Brasil em 1850. A partir da década de 1940,  passou a ser usado em livros.

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Apesar de já existir cardápios em restaurantes e embalagens de cosméticos e de remédios em braille, cegos ou pessoas com baixa visão ainda reclamam da dificuldade de encontrar informações adaptadas. “Os mercados não informam nada em braille sobre promoções [de mercadorias]. Não tem nada”, disse a vice-presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV), Adriana Candeias, que é cega.

“A gente não tem condições de saber o que está comprando, a validade. Algumas empresas já estão implantando, mas ainda falta muito”, acrescentou o diretor administrativo da associação, Paulo Luz, que também tem deficiência visual.

A vice-presidente reforçou que o braille garante independência aos cegos. “A partir do momento em que é oferecido algo em braille, a pessoa com deficiência visual passa a ser independente. Ela sabe que pode ir ao estabelecimento sozinho e vai ter total acesso”, destacou Adriana Candeias.

Os representantes da associação também alertaram para a demora de livros didáticos novos serem transformados para o braille. “Lançam um livro hoje, mas quando o cego vai ter acesso à obra, ela já está ultrapassada”, argumentou Paulo Luz.

As editoras não são obrigadas a publicar em braille todas as obras lançadas. Quando recebe pedidos, o setor, geralmente, recorre a empresas especializadas e instituições não governamentais para fazer a conversão, segundo a coordenadora de Revisão Braille da Fundação Dorina Nowill para Cegos, Regina Fátima de Oliveira.

Os livros falados têm sido usados para conseguir textos atualizados com rapidez. Desde 2009, o Ministério da Educação disponibiliza, de graça, um software que converte qualquer texto de computador em sonoro, com narração em português.

Apesar dos benefícios da tecnologia, a coordenadora defende que o livro em braille é  primordial nos primeiros anos escolares das crianças cegas. “Para que possa ter domínio da ortografia ou da simbologia da matemática, a criança precisa do livro físico, assim como é com as crianças que enxergam. A gente só lê quando toca”, explicou.

O crescimento da utilização do audiolivro pode estar relacionado ao custo mais baixo em comparação ao de braille. Cada página de um texto comum equivale a até quatro páginas em braille, conforme a especialista.  

No Brasil, existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão, segundo dados da fundação com base no Censo 2010, feito  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Secretaria de Saúde do Recife lança nesta terça-feira (9) na maternidade Barros Lima, em Casa Amarela, o primeiro folder em Braille sobre Teste do Pezinho nos recém-nascidos. O informativo estará disponível em maternidades e unidades de saúde da cidade. O evento marca uma ação das gerências das políticas de Saúde da População Negra, da Criança e das Pessoas com Deficiência .

Segundo o senso do IBGE de 2000, aproximadamente 17% da população do Recife possui algum tipo de deficiência. E desse percentual, 49% apresenta algum tipo de deficiência visual. Esta é uma ação inédita no País. No material constarão as informações essenciais sobre o exame, locais para o atendimento e sobre as doenças que podem ser identificadas.
O Teste do Pezinho é oferecido em caráter universal e gratuito. A Prefeitura oferece este exame desde 2002 nas três maternidades municipais: Bandeira Filho (Afogados), Barros Lima (Casa Amarela) e Arnaldo Marques (Ibura).

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O exame é obrigatório no Brasil por determinação do Ministério da Saúde, desde 2001. Ele consiste em retirar algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido, uma região rica em vasos sanguíneos. O material é encaminhado para análise no Laboratório Central do Estado (Lacen), integrante da rede de triagem neonatal. Se alguma doença metabólica for detectada, a maternidade, em conjunto com o laboratório, faz a busca ativa da mãe ou do responsável pelo bebê a fim de prestar as orientações necessárias.

Maternidades do Recife que realizam o Teste do Pezinho:

Maternidade Barros Lima (Avenida Norte, 6.465, Casa Amarela – 3355.2168)
 
Maternidade Bandeira Filho (Rua Londrina, s/n, Afogados – 3355.2230)
 
Maternidade Arnaldo Marques (Avenida Dois Rios, s/n, Ibura – 3355.1814/1822)
 
Ambulatórios de hematologia da capital:
 
Centro ou Policlínica de Saúde Albert Sabin (Rua Padre Roma, 149, Tamarineira – 3355.2754/2769)
 
Policlínica Lessa de Andrade (Estrada dos Remédios, 2.461, Madalena – 3355.7802)
 
Policlínica Agamenon Magalhães (Largo da Paz, s/n, Afogados – 3355.2332)

Colaborou nesta matéria: Instituto de Cegos do Recife
 

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