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Você sabia que o Brasil tem mais de 10 milhões de pessoas surdas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)? É uma parcela importante da nossa população que, muitas vezes, fica excluída simplesmente por eles não terem a Língua Brasileira de Sinais disponível em diversos serviços e situações cotidianas.

Pensando na inclusão destes brasileiros ávidos por aprendizado, a 5ª edição do Summit Êxito de Empreendedorismo, que acontece entre os dias 06 e 10 de novembro, terá todas as suas apresentações com interpretações em libras.

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"A única dificuldade que o surdo tem é a comunicação. Uma vez que ele é atendido, não tem nenhuma dificuldade em se desenvolver plenamente com suas habilidades", relata o tradutor e intérprete de libras e co-fundador do Duolibras, Manolo Torres. "O que o Summit Êxito de Empreendedorismo está fazendo através do Instituto Êxito de Empreendedorismo é de uma importância que não dá para mensurar. O evento vai permitir com que o surdo tenha informação onde ele não encontra em lugar nenhum, uma vez que ele até pode fazer pesquisas na internet, mas que não vai encontrar com a interpretação em libras", finaliza.

"Inclusão é um dos pilares do Instituto Êxito de Empreendedorismo, não à toa temos a Câmara de diversidade e Inclusão na nossa instituição, e não poderíamos deixar de fora do Summit Êxito de Empreendedorismo", relata o idealizador do evento e presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Janguiê Diniz. "Ter a interpretação em libras vai possibilitar que muitos surdos possam ter acesso a conteúdos que certamente irão transformar suas vidas através do empreendedorismo", finaliza.

Ao todo, quem for acompanhar ao evento terá mais de 70 horas de conteúdos, com palestras e painéis. Entre os palestrantes confirmados estão a CEO da Atom S/A e investidora do “Shark Tank Brasil”, Carol Paiffer; o CEO da Bossanova Investimentos, João Kepler; o fundador do grupo Ser Educacional e presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Janguiê Diniz; a CEO do Centro Hoffman, Heloisa Capelas; o fundador e CEO da Polishop, João Appolinário; o reitor do Centro Universitário UniCarioca e vice-presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Celso Niskier; a CEO e co-founder da Mobye Brasil, Lilian Primo Albuquerque; e o fundador da Anhanguera Educacional e da Must University, Antonio Carbonari Netto.

Com o tema "Histórias Reais”, as apresentações do Summit Êxito de Empreendedorismo 2023 ocorrerão sempre das 9h às 21h. As inscrições para o evento estão abertas e podem ser realizadas gratuitamente pelo site www.summitexito.com.br. A programação completa está disponível no site www.summitexito.com.br.

Serviço

Summit Êxito de Empreendedorismo 2023

De 06 a 10 de novembro, das 9h às 21h

Inscrições gratuitas: www.summitexito.com.br

O estudante Álvaro Ribeiro, de 21 anos, fez o Exame Nacional do Ensino Médio utilizando o recurso de videoprova em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, em 2018 e em 2019. A primeira vez foi só para conhecer a prova, e, na segunda, ele conseguiu a pontuação suficiente para ingressar no curso de Gestão Pública do Instituto Federal de Brasília (IFB), na capital federal. 

Apesar de entender bem a Língua Portuguesa, o aluno, que tem deficiência auditiva e paralisia cerebral, sente dificuldade para compreender algumas palavras e expressões. Para ele, a oportunidade de fazer a prova em Libras, que domina, foi fundamental para ingressar no ensino superior. 

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“Para mim, é complicado entender o português escrito, não são todas as palavras que entendo. Se não tivesse a videoprova, iria me prejudicar, seria uma barreira para eu entender as questões”, diz Ribeiro.

A videoprova do Enem em Libras é um recurso oferecido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) desde 2017. Nela, as questões e as opções de respostas são apresentadas na Língua Brasileira de Sinais por meio de um vídeo. Os editais, as cartilhas e as campanhas de comunicação do Enem também são disponibilizados em Libras.

O recurso é importante porque muitos surdos e deficientes auditivos têm a Libras como primeira língua e o português como segunda, o que dificulta o entendimento da prova no formato tradicional. Em 2023, 641 candidatos ao Enem pediram a aplicação da videoprova em Libras e 718 candidatos pediram um tradutor-intérprete em Libras. Segundo o Inep, cerca de 61,5 mil alunos da educação básica têm alguma deficiência relacionada à surdez no Brasil. 

Além do recurso da Libras para os estudantes surdos, o Inep oferece outros tipos de atendimento e recursos de acessibilidade no Enem. Nesta edição, o Inep aprovou 38.101 solicitações de atendimento especializado e 70.411 pedidos de recursos de acessibilidade.

Entre os recursos mais pedidos pelos participantes estão o auxílio para leitura, com 10.721 solicitações aprovadas, a correção diferenciada, com 8.703, o auxílio para transcrição, com 7.507, e a sala de fácil acesso, com 6.449 pedidos. Entre os atendimentos especializados, as solicitações de pessoas com déficit de atenção alcançaram o maior número, com 13.686 pedidos aprovados, seguido pelo número de inscritos com baixa visão, que totalizaram 6.504.

Outros recursos de acessibilidade oferecidos são auxílio para leitura e para transcrição, leitura labial, leitura tátil e cartão-resposta ampliado.

A Secretaria de Educação de Esportes de Pernambuco (SEE-PE) irá realizar o primeiro Simpósio de Libras do Estado. O evento será promovido através da Gerência de Educação Inclusiva (GEI), nesta sexta-feira (29), na Escola Técnica Estadual Professor Agamenon Magalhães - ETEPAM, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife.

O simpósio será realizado das 9h às 14h, com atividades sobre o tema "Mãos que falam: dialogando sobre a práxis docente e escolhas tradutórias de contexto educacional". O encontro contará com apresentações culturais, palestras e uma mostra didática elaborada por discentes do Centro de Apoio ao Surdo (CAS).

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O evento é voltado para os profissionais da rede estadual de ensino. Interessados em participar devem realizar a inscrição por meio deste link.

Confira a programação completa:

09h20 às 9h45Apresentações Culturais

Quadrilha da EREM José Rodrigues de CarvalhoFacilitadora: professora AraceliPoesia VisualFacilitador: professor Cristiano Monteiro09h45 às 10h15Palestra - Mãos que falam: orientações e estratégias metodológicas na prática docenteFacilitador: professor Doutor Tiago Albuquerque

09h45 às 10h20Palestra - A práxis tradutória da Libras: interfaces profissionais no contexto educacional e culturalFacilitador: Carlos Eduardo13h às 13h30Palestra - Marcas coloniais na interpretação em sala de aula: o que eu tenho a ver com isso?Facilitador: professor Doutor Roberto Carlos13h35 às 14h05Palestra - O instrutor de Libras na escola: atribuições e competências técnicas deste profissionalFacilitadora: professora Tatiana Martins 

14h10Encerramento

9h às 14hMostra DidáticaExposição de recursos de Tecnologia Assistiva de baixo custo aplicada à educaçãoProdução didática elaborada pelos discentes do CAS

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE) abre, a partir desta terça-feira (25), inscrições para o curso gratuito de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ao todo, a SEE oferta 195 vagas. Esse quantitativo está dividido entre as turmas Básico 1, intermediário e avançado, todas na modalidade presencial.

As inscrições já se encerram na quarta-feira (26) e devem ser feitas através de formulário online. A secretaria salienta que o documento para as candidaturas pode encerrar automaticamente quando o limite de vagas for atingido. Os interessados em obter mais informações sobre a formação, assim como as inscrições, podem ligar para (81) 31814701 ou por meio dos e-mails cas.pe.recife@gmail.com / secretariacaeer@gmail.com.

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O Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) de Pernambuco anunciou a abertura de novas turmas para cursos de idiomas no segundo semestre de 2023. Serão aulas dos níveis iniciantes ao avançado para os cursos de inglês, espanhol, francês, alemão, italiano e Libras nas unidades de Recife, Paulista e Vitória de Santo Antão.

Na unidade do Recife há vagas para todos os cursos, podendo ser virtualmente ou presencialmente. Em Paulista há vagas apenas para o curso de inglês com encontros presenciais. Já em Vitória de Santo Antão as vagas são para o curso de Libras básico 1 com encontros presenciais.

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Os cursos oferecidos pelo Senac possuem certificação Linguaskill, da Universidade de Cambridge, que garante oportunidade de estudos e trabalho em países de língua inglesa. Os interessados em fazer as aulas podem conferir mais informações e se inscrever virtualmente através da página do Senac.

Cerca de 10 milhões de pessoas têm alguma deficiência auditiva no Brasil, mas só 22,4% sabem usar a linguagem de sinais para se comunicar. A informação, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), marca o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras) - forma de comunicação e expressão usada pela comunidade surda no Brasil -, celebrada nesta semana. 

Além disso, a tecnologia não está a favor dos comunicadores em Libras. “Se você pesquisar aplicativos que traduzem a Libras para o português, além de haver escasso número de plataformas que se propõem a fazer isso, elas não têm essa comunicação de mão dupla. Assim, você não vai conseguir se comunicar com uma pessoa na rua”, explica a estudante Luisa Ribeiro Teixeira, de 15 anos, aluna do 2º ano do Ensino Médio Técnico em Administração do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) São Paulo.

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Luisa e a colega de classe Sarah Teixeira Willig, também de 15 anos, perceberam que existiam muitos tradutores online para diferentes idiomas, mas dificilmente um tão rápido e fácil para Libras. Com o projeto Me Traduza, aplicativo que converte a Língua Brasileira de Sinais para o português e vice-versa, as estudantes conquistaram o segundo lugar na competição de empreendedorismo estadual Empreenda Senac no ano passado, quando ainda estavam no primeiro ano do ensino médio

O sistema funciona por meio da captação das imagens da pessoa que faz os sinais e traduz em tempo real, ou ao apontar para o texto (esteja ele em Libras ou português) com câmera de celulares ou tablets.

O propósito das estudantes é que o aplicativo possa inserir as pessoas surdas na sociedade, explica Sara. “Por exemplo, em uma entrevista de emprego entre uma pessoa surda e o entrevistador ouvinte, é muito complicado, eles precisam chamar um tradutor, há essa disparidade na comunicação. Com o nosso aplicativo, qualquer pessoa poderia se comunicar com uma pessoa surda, não precisa saber bem Libras ao contratar alguém, então seria da forma mais rápida possível, porque quanto mais fácil essa comunicação, mais inclusão nós teremos”. 

Para Luisa, é preciso alcançar a população de deficientes auditivos. “É uma enorme quantidade de pessoas que a gente está deixando para trás, sendo que elas fazem parte da nossa sociedade e têm o direito de conseguir se comunicar, ser incluídas no mercado de trabalho e em conversas na sociedade”. 

Empatia

Apesar de não ter ninguém na família que se comunica por Libras, Sara diz que se interessou porque há idosos entre os familiares com deficiência auditiva degenerativa. “Desde pequena, eu gostava muito de ler sobre Libras e tentava reproduzir alguns sinais. A Luisa já tinha comentado comigo que também fazia isso. Aqui no Senac tem um professor que é surdo e eu tentava me comunicar com ele com o pouco que aprendi sozinha. Isso gerou também uma vontade de começar esse projeto, poder me comunicar e que todos os meus amigos pudessem se comunicar com ele”, completou.

A estudante Luisa destaca que contou com a participação das pessoas que se comunicam por Libras para poder avaliar o projeto. “Algo muito importante que fizemos no projeto é ter a validação dessas pessoas que realmente usarão o nosso aplicativo. Pedimos sugestões sobre o que seria melhor ter nesse aplicativo, queremos que se torne algo muito melhor para elas”. 

Uma das sugestões foi a barra de emoções, conta Sara. “São emojis [ideogramas usados em mensagens eletrônicas] que ajudam as pessoas a entender a expressão facial durante essa comunicação. Muitas vezes, uma pessoa surda se utiliza da expressão facial para entender a entonação com que você está falando. Na língua falada, falamos de um jeito mais bravo ou mais carinhoso, e a pessoa entende o sentido daquela frase.Qquando vai se comunicar em Libras, ela utiliza a expressão facial e isso acaba sendo perdido na tradução. Por isso, colocamos essa barra de emoções, que foi uma sugestão do Eduardo,  uma das pessoas que validaram o nosso projeto”.

Aprendizado

Além de ajudar as pessoas com deficiência auditiva a estabelecer diálogos mais facilmente com ouvintes que não se comunicam em Libras, o sistema também pode ser capaz de ajudar no aprendizado da linguagem de sinais, uma vez que também é possível praticar os gestos a partir das traduções feitas.

“O aplicativo também será muito útil para as pessoas autodidatas. Eu e a Luisa chegamos a ter o ensino formal de Libras, porém nós sempre pesquisamos sobre o assunto. Às vezes, você assiste um vídeo que fala que um sinal é de  tal jeito, às vezes você vê outro. Acredito que o app Me Traduza possa ter a informação certa. Vai ser essencial para quem quer aprender Libras, mas não tem o dinheiro necessário para fazer o curso formal. É importante lembrar que nem toda pessoa surda sabe falar Libras, muitas vezes elas não conseguem falar porque não tiveram o ensino formal para poder aprender. O aplicativo será uma forma mais acessível ”, destacou Sara.

Investimento

Atualmente, as estudantes trabalham no projeto, pois acreditam na viabilidade do plano de negócio e já entraram em contato com diversos empreendedores para ganhar mais experiência. 

“Com o prêmio Empreenda Senac, conversamos com vários empreendedores e mostramos nosso projeto. Recebemos propostas para refiná-lo e para sermos apresentadas a pessoas que podem investir. Para torná-lo realidade, seriam necessários em torno de R$ 424 mil ao todo, sendo o desenvolvimento do aplicativo R$ 360 mil e o resto de capital de giro. Quando conversamos com os empreendedores, eles nos orientaram que essa era a melhor forma de fazer o nosso projeto caminhar”, comentou Sara. 

As estudantes também estão em busca de investidores e desenvolvedores de software que apostem no Me Traduza para que ele saia do papel e ganhe as plataformas de downloads para smartphones e tablets.

“O aplicativo ainda não foi desenvolvido. Mas a gente já está entrando em contato com desenvolvedores de software, pesquisando o preço e toda essa parte técnica. Utilizaremos a tecnologia de captura de movimentos, algo que está sendo muito usados pelos desenvolvedores de jogos, filtros do instagram, filmes e, mesmo assim, continua sendo algo muito caro”, afirma Luisa.

Para quem está interessado em investir ou colaborar no desenvolvimento do aplicativo, podem entrar em contato com as estudantes no e-mail do Me Traduza: me.traduza.app@gmail.com.

Iniciativa

Para o professor Eduardo Pereira Silva, docente de Libras do Senac São Paulo, a iniciativa do aplicativo Me traduza é positivo para a sociedade como um todo. “A iniciativa das alunas é muito boa e importante para a comunidade surda usar para a comunicação e para os ouvintes terem contato com a Língua Brasileira de Sinais pelo aplicativo no celular, podendo também estabelecer conversas com pessoas com deficiência auditiva por meio da tradução simultânea”. 

Segundo o professor, há iniciativas semelhantes. “Conheço o Hand Talk, Alfabeto Libras, Librário – Libras para todos, VLibras, Abeille Libras e ProDeaf”. Mas, na opinião de Silva, o Me Traduza pode auxiliar tanto pessoas surdas quanto ouvintes. 

“Por permitir a tradução simultânea e o reconhecimento a partir dos movimentos, com certeza o aplicativo tem potencial não somente de facilitar o contato com pessoas surdas, mas também de estimular a memorização dos sinais para que os ouvintes possam se tornar mais fluentes em Libras e, além de expandir seus círculos sociais, tornarem serviços de atendimento ao público, por exemplo, mais acessíveis”.

O professor acredita ainda que o Me Traduza tem potencial para oferecer mais qualidade de vida a ouvintes e não ouvintes. “Falando do ponto de vista das estudantes, como educador, é muito bonito presenciar a motivação, o desenvolvimento e a capacidade delas de criar um projeto inclusivo tão impactante”.

As empresas do segmento da obrigatoriedade da lei de acessibilidade nos cinemas do Brasil buscam modelos como a do CineSesc. Além da adaptação física, o público que frequenta a unidade localizada na rua Augusta também conta com o equipamento CineAssista, uma tecnologia fornecida gratuitamente ao público que integra: audiodescrição sincronizada para pessoas com deficiência visual; Libras com tradução simultânea e legendas descritivas, o que permite uma compreensão para pessoas com deficiência auditiva.  

O aparelho com a tecnologia é composto por uma tela sensível ao toque que proporciona imagem e som de alta qualidade, amparado por um suporte móvel e flexível encaixado no braço da poltrona.

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Para quem se comunica por Libras, tem a opção de escolher pela língua de sinais por um intérprete humano ou avatar virtual. Já os espectadores com deficiência visual, podem utilizar o fone conectado ao equipamento. O CineSesc já se destacava pela preocupação com acessibilidade, ao investir em rampas de acesso, piso tátil com sinalização para deficientes visuais, mapa tátil de localização, elevador, cardápio em braile, banheiros adaptados e uma área ampla e plana, adequada para circulação. 

Os ingressos para as sessões podem ser adquiridos na bilheteria ou no site do CineSesc (R$8,00, para quem possui credencial plena; R$12,00, meia entrada; e R$24,00, inteira).   

O Sesc São Paulo tem compromisso com a acessibilidade e amplia a quantidade de recursos para estimular a participação da pessoa com deficiência na programação socioeducativa e cultural. Em 2022, o CineSesc foi eleito o melhor cinema de rua de São Paulo pelo Guia da Folha. A unidade também foi reconhecida pela mesma publicação como o cinema da capital paulista com a melhor acessibilidade.

É importante lembra que, de acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, “as salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, recursos de acessibilidade para a pessoa com deficiência”. O Senado havia prorrogado o prazo para que sejam feitas as mudanças obrigatórias nas salas de exibição até 1º de janeiro: tela com tradução em Libras para surdos e fone com audiodescrição para cegos.   

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) está disponibilizando 625 vagas para o curso gratuito Básico I de Língua Brasileira de Sinais (Libras). As inscrições para o curso iniciaram nesta terça-feira (20) e vão até a quarta-feira, dia 21 de dezembro.

Para se inscrever basta preencher os formulários disponíveis no site da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco com base no dia e no período que deseja ter as aulas. Há vagas na manhã e tarde de segunda a quinta e, no período da noite, de segunda a sexta-feira.

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Serão 25 vagas por turma e não será permitido inscrição dupla em dois ou mais horários, o candidato que tentar terá sua inscrição anulada. Vale ressaltar que os formulários de inscrição irão fechar automaticamente quando atingirem o limite de vagas por turma. 

O sistema de inscrição aceitará documentos apenas no formato de PDF. Após preencher o formulário, o candidato deve conferir a confirmação de participação e o cronograma com os dias e horários das aulas pelo e-mail. O curso terá duração de seis meses.

As aulas estão previstas para começar em fevereiro de 2023, no dia e horário escolhido pelos candidatos. Os alunos terão aula presencial uma vez por semana no Centro de Apoio ao surdo (CAS/PE), localizado no Centro de Atendimento Educacional Especializado do Recife (CAEER).

Para qualquer criança que tenha deficiência auditiva desde o nascimento ou no começo da infância, a linguagem de sinais será sua primeira língua. Seu uso é importante para a comunicação, expressão e raciocínio . Libras será a primeira língua e  o português a segunda, por causa do desenvolvimento pessoal e social. Desde 2005, se tornou obrigatória a inclusão de disciplina que ensina a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todos os cursos de formação de professores – Pedagogia, Educação Especial e todas as licenciaturas. 

Para quem deseja estudar Libras, a dicas é entender e avaliar os outros sentidos. É justamente por isso que  o ouvinte e intérprete deve evitar tocar no surdo sem fazer contato visual antes, já que ele pode se assustar com essa atitude imprevista e até mesmo brusca, por exemplo. O toque é um dos sentidos mais aguçados da pessoa surda, sendo assim, acene quando for se dirigir a ela. O olhar também é imprescindível nesse sentido, para isso, pratique bastante a comunicação olho a olho. A expressão facial é um recurso muito importante porque se trata de um recurso que auxilia na compreensão e interpretação das mensagens.  

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É necessário utilizar repetições para dar ênfase e reforçar a mensagem.  O YouTube hoje é uma plataforma digital que reúne várias pessoas fluentes na língua como profissionais e surdos. Trata-se de treinamento e conhecimento de palavras novas. Para conhecer mais sobre como fazer algumas palavras em Libras no Instagram, siga @falailibras e @ritadlibra.

Outra dica é buscar palavras específicas no dicionário online do Acessibilidade Brasil. Não se trata de apenas um cumprimento da Lei, mas também é importante para o desenvolvimento da pessoa. E na escola, é o lugar ideal para a aprendizagem.

Os outros motivos de estudar Libras e ter sua importância para os professores e instrutores são: inclusão social, formação humanizada, gerar vínculo entre aluno e professor, quebra de barreiras na comunicação, agilidade de raciocínio e de ação e contribuir para novas oportunidades profissionais. Isso promove uma educação mais igualitária e inclusiva, e um ponto de partida com um círculo social amplo. Vale ressaltar que, este aprendizado não serve apenas para os profissionais da educação, mas sim para todos aqueles que querem possuir uma comunicação abrangente.  

Você sabia que o Brasil tem mais de 10 milhões de pessoas surdas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)? É uma parcela importante da nossa população que, muitas vezes, fica excluída simplesmente por eles não terem a Língua Brasileira de Sinais disponível em diversos serviços e situações cotidianas. Pensando na inclusão destes brasileiros ávidos por aprendizado, a 4ª edição do Summit Êxito de Empreendedorismo, que acontece entre os dias 05 e 13 de novembro, terá todas as suas apresentações com interpretações em libras.

“A única dificuldade que o surdo tem é a comunicação. Uma vez que ele é atendido, não tem nenhuma dificuldade em se desenvolver plenamente com suas habilidades”, relata o tradutor e intérprete de libras e co-fundador do Duolibras, Manolo Torres. “O que o Summit Êxito de Empreendedorismo está fazendo através do Instituto Êxito de Empreendedorismo é de uma importância que não dá para mensurar. O evento vai permitir com que o surdo tenha informação onde ele não encontra em lugar nenhum, uma vez que ele até pode fazer pesquisas na internet, mas que não vai encontrar com a interpretação em libras”, finaliza.

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“Inclusão é um dos pilares do Instituto Êxito de Empreendedorismo, não à toa temos a Câmara de diversidade e Inclusão na nossa instituição, e não poderíamos deixar de fora do Summit Êxito de Empreendedorismo”, relata o idealizador do evento e presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Janguiê Diniz. “Ter a interpretação em libras vai possibilitar que muitos surdos possam ter acesso a conteúdos que certamente irão transformar suas vidas através do empreendedorismo”, finaliza.

Ao todo, quem for acompanhar ao evento terá mais de 90 horas de conteúdos, com palestras e painéis. Entre os palestrantes confirmados estão a CEO do Centro Hoffman, Heloisa Capelas; o fundador e CEO da Polishop, João Appolinário; o treinador comportamental e criador do movimento Ultrapassando Limites, Rodrigo Cardoso; o presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional, Rodrigo Fonseca; o reitor do Centro Universitário UniCarioca e vice-presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Celso Niskier; o fundador da Neximob, Edgar Ueda; o fundador da Ahanguera Educacional e da Must University, Antonio Carbonari Netto; o empreendedor, investidor anjo, fundador e CEO da Ensinar Tecnologia, Claudio Castro; o professor de neuromarketing, Gilberto Augusto; e a CEO da Atom S/A e investidora do “Shark Tank Brasil”, Carol Paiffer.

Com o tema “Realidade virtual e novas tecnologias: como o metaverso impactará o futuro?”, as apresentações do Summit Êxito de Empreendedorismo 2022 ocorrerão sempre das 9h às 20h. As inscrições para o evento estão abertas e podem ser realizadas gratuitamente pelo site www.summitexito.com.br. A programação completa será divulgada em breve.

Serviço

Summit Êxito de Empreendedorismo 2022

De 5 a 13 de novembro, das 9h às 20h

Inscrições gratuitas: www.summitexito.com.br

Da assessoria

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta terça-feira (17), o edital em Libras do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022, versão impressa. Os candidatos podem consultar o documento, que traz todas as informação sobre o exame, previsto para os dias  13 e 20 de novembro, através do canal oficial, no YouTube, do instituto.

Para esta edição, os estudantes podem se increver até o próximo sábado (21) por meio da Página do Participante. O pagemento das taxa, no valor de R$ 85 pode ser feito até 27 de maio por boleto bancário, PIX e cartão de crédito. 

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Em janeiro de 2022, a professora universitária Michelle Murta defendeu a tese de doutorado usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Na ocasião, a docente contou com três intérpretes que traduziram as falas para a plateia virtual, que não dominam a linguagem, e pessoas com deficiência auditiva.

Após a defesa, em que foi aprovada, Michelle se tornou a primeira pessoa surda com o título de doutora na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). À Folha de São Paulo, a professora falou sobre a conquista. "Parece que estou num filme quando lembro a trajetória de vida que tive, escolar e pessoal. Penso como consegui chegar até aqui [...]o significado, para a minha vida, é gratidão", disse.

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Ao veículo, ele relembrou a trajetória escolar marcada por instituições em intérpretes ou acompanhamento especializado e, por isso, as reprovações no ensino fundamental. "Esses dias, eu conversei com uma professora que me deu aula e ela falou que nunca percebeu que eu era surda. Só fui ter atendimento em Libras na faculdade", relatou.

A finalização dos estudos só foi possível através da Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos 23 anos. Após isso, Michelle foi aprovada no vestibular de Letras/Libras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e, em 2016, tornou-se professora da UFMG, a primeira da instituição.

"Tomei posse como professora efetiva na UFMG. Sabe aquele sonho de criança? O meu foi realizado. Eu sempre desejei estudar ali e, quem sabe, trabalhar. E veja que realizei os dois. Ai que maravilha tudo isso", contou à Folha de São Paulo.

Nesta terça-feira (5), a Samsung adicionou vídeos tutoriais em LIBRAS à sua página dedicada a área de acessibilidade. Com base nas principais dúvidas de clientes surdos e com deficiência auditiva, a empresa desenvolveu vídeos para auxiliar esse público a instalar e utilizar os dispositivos da marca.

Até o momento, seis vídeos foram disponibilizados pela empresa sul-coreana como por exemplo "dicas para bom uso da lava e seca", "como fazer a primeira configuração da Family Hub" e "o que fazer caso o dispenser da geladeira vaze água”.

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“Cada pessoa é única e com necessidades especificas. Com essa iniciativa, queremos que todos os consumidores possam aproveitar o potencial máximo dos produtos presentes em nosso portfólio”, afirma Luiz Xavier, diretor sênior de Customer Service da Samsung Brasil.

Xavier destaca que a acessibilidade tem grande importância para a Samsung. "Temos como um de nossos objetivos facilitar a vida das pessoas e incentivá-las a ir além”, completa.

A Samsung confirma que já conta com serviços de videoconferência e tradução simultânea para Libras em seus canais de atendimento ao consumidor no Brasil. Por meio da ferramenta Hand Talk, os clientes da marca podem acionar a tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) com o auxílio de tradutores virtuais.

Para acionar o recurso, basta clicar no ícone azul disponível na lateral direita da página e clicar no texto que deseja traduzir quando o assistente virtual surgir na tela.

O serviço de suporte em LIBRAS da Samsung está disponível de segunda à sexta das 9h às 22h e aos sábados 9h às 18h.

*Com informações da assessoria

A decisão de cada paredão no Big Brother Brasil costuma ser bastante esperada pelo público. Não só pelo resultado da votação como pelos discursos feitos pelos apresentadores do programa. Até então, o novato no cargo nesta edição de 2022 do reality, Tadeu Schmidt, parece estar agradando na função. Na última terça (1º), ele surpreendeu e encantou os espectadores ao fazer parte do discurso em Libras.

Para anunciar quem sairia no segundo paredão da temporada, Tadeu elaborou um texto que falava sobre sinais. Emparedados estavam Rodrigo, Natália e Jessilane, essa última, professora que aprendeu a Linguagem Brasileira de Sinais para atender aos alunos com deficiência auditiva. O apresentador, então, aproveitou todas as deixas possíveis e, com as mãos, informou à sister que ela não sairia da casa desta vez. “Professora, não fica triste. Calma, calma”, disse.

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Jessi foi às lágrimas com o resultado da votação e com o gesto de Schmidt. O público também ficou comovido e elogiou bastante a desenvoltura do apresentador. “Você foi espetacular no discurso de ontem”; “Ainda pensando nele: o Tadeu Schmidt  usando a língua de sinais”; “O discurso do @tadeuschmidt gente! Derrubou aqui ein. Que acerto esse cara como apresentador”; “Gente, mutirão pra fazer o @tadeuschmidt o verdadeiro campeão!”. 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abre processo seletivo para o preenchimento de 10 vagas remanescentes na graduação de Letras-Libras/Licenciatura na modalidade presencial. Os interessados devem preencher o formulário de intenção até quinta-feira (13), disponível no site da instituição.

Para pleitear a uma das oportunidades, o candidato precisa ter concluído o ensino médio ou curso equivalente que demonstrem competência comunicativa em Libras. As vagas deverão ser ocupadas, preferencialmente, por candidatos surdos. Entretanto, participantes ouvintes também podem lançar candidaturas.

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A entrega de documentos neste processo seletivo será realizada de forma remota, utilizando ferramentas e plataformas eletrônicas. Já a prova consistirá de avaliação das competências linguísticas em língua portuguesa (redação) e entrevista presencial para avaliação das competências linguísticas em Libras, como previsto no edital.

A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) oferece 50 vagas no curso gratuito de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Deste total, 25 oportunidades para a formação de tradutor/intérprete de LIBRAS (TILS) e 25 para o curso de instrutores de LIBRAS (ILS). As inscrições são realizadas no período de 06 a 12 de dezembro por meio dos formulários Google e ILS.

Os inscritos no processo seletivo serão submetidos a uma banca examinadora nos dias 20 e 21 de dezembro, para os candidatos à formação de instrutor de Libras, e 22 e 23 do mesmo mês para os inscritos no curso de tradutor/intérprete. No ato da inscrição, os participantes devem escolher o turno que farão a avaliação.

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O resultado da banca estará disponível, no e-mail do candidato, no dia 27 deste mês. Após isso, os selecionados realizarão a matrícula, assim como, entregar os documentos (RG, CPF - cópias e originais, comprovante de residência e uma foto 3X4). As aulas estão previstas para iniciar no dia 4 de fevereiro de 2022.

A ferramenta digital criada para facilitar a vida dos surdos no país ampliou em mais de 30%, nos últimos dois anos, o número de sinais para tradução do português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e lança um avatar voltado ao público infantil, o Guga.

VLibras passa a oferecer a novidade nesta sexta-feira (3), Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

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O sistema de tradução, desenvolvido pelo Ministério da Economia em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, dispõe de 21 mil sinais.

Avatar infantil

Guga reúne-se aos avatares Ícaro (masculino) e Hosana (feminino), com os quais os surdos traduzem para Libras não só páginas do governo federal, reunidas na plataforma Gov.Br, mas também páginas de empresas que já aderiram à ferramenta. Alguns exemplos: Vivo, Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Sky Serviços de Banda Larga, Serasa Experian, Universidade Presbiteriana Mackenzie e Agência Brasil.

“O Gov.Br é a plataforma com maior utilização do VLibras, mas a ferramenta extrapolou o Poder Público e também beneficia cada vez mais o público da iniciativa privada. É uma ferramenta de inclusão digital”, ressalta o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, em nota.

O VLibras é uma ferramenta de código aberto, que foi aperfeiçoado com a colaboração de pessoas surdas usuárias da ferramenta, como Lucas Silva, 25 anos, de Itabuna (BA), e Rafael Emil Korossy Marques, 36, de Recife (PE). Ambos ajudaram nas animações dos avatares que reproduzem os sinais em Libras.

“Crio para que Ícaro (avatar do VLibras) possa ser mais fluente”, diverte-se Silva, que conheceu a ferramenta nos primeiros meses de funcionamento, há cinco anos. “Sou animador surdo e os vídeos do VLibras, de como criar as animações dos sinais, são didáticos, têm legenda e janela de intérprete. Isso nos ajuda bastante a criar. Assisti os vídeos, pratiquei e vi que estou indo muito bem”, comemora.

Veja vídeo de Lucas Silva:

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"Oi, meu nome é Lucas e este é meu sinal. Crio sinais para que Ícaro (avatar do VLibras) possa ser mais fluente. Sou animador surdo e os vídeos do VLibras de como criar as animações dos sinais são didáticos, têm legenda e janela de intérprete. Isso nos ajuda bastante a criar. Assisti os vídeos, pratiquei e vi que estou indo muito bem!” - Lucas Silva, 25 anos, de Itabuna (BA).

Sites

Hoje, 48.480 sites utilizam o VLibras, incluindo o Legislativo e o Judiciário, como o da Câmara dos Deputados, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“O VLibras é uma ferramenta digital acessível para surdos, ou seja, um robô-intérprete de Libras para auxiliar a vida de surdos nos sites. Traduz o texto para Libras e também pode ajudar a encontrar um sinal por meio de uma palavra. Isso já é um ganho da comunidade surda digital, graças à tecnologia”, acrescenta Marques.

Personalização

A personalização dos avatares é gratuita no aplicativo VLibras. Ali é possível escolher cor do cabelo, da pele, dos olhos e da roupa de Ícaro, Hosana e agora do Guga.

Para ampliar a participação dos usuários, a equipe do VLibras está criando um Libraskê - ainda em fase de testes, sem data definida para ser lançado. O Libraskê permitirá aos surdos ver músicas com o uso da linguagem de sinais. O novo serviço vai trazer mais interação e diversão para o público infantojuvenil, destacou a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

O Instituto Federal do Ceará (IFCE), campus Horizonte, abre inscrições para o Minicurso de Formação Básica em Libras: Possibilidades de Acessibilidade Comunicacional em espaços escolares. Ao todo, a instituição oferece 40 vagas, que são distribuídas, igualmente, entre o público interno e externo.

O preenchimento das oportunidades será de acordo com a ordem de inscrição, que vai até 3 de novembro, e serão levados os seguintes critérios:

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Público interno - Membros do NAPNE-HOR (12 vagas), Docentes do IFCE- HOR (04 vagas), Técnicos Administrativos em Educação do IFCE-HOR (02 vagas) e, Bolsistas do NAPNE-HOR (02 vagas);

Público externo - Servidores Públicos Estaduais e Municipais da Educação do Município de Horizonte (12 vagas), Comunidade Externa do Município de Horizonte (04 vagas) e Público em Geral (04 vagas).

De acordo com o instituto, as aulas estão previstas para iniciar em 8 de novembro e serão realizadas uma vez na semana, sempre às segundas-feiras, por meio da plataforma Google Meet. Interessados que desejam mais informações sobre o minicurso, podem solicitá-las através do e-mail napne.horizonte@ifce.edu.br.

Um marco na história de Marabá. É dessa forma que a primeira turma para surdos sairá da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Campus VIII. Os 24 graduandos se formam em outubro no curso de Letras Libras, sendo 20 alunos ouvintes e quatro alunos surdos, que defenderam o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) por meio da Língua Brasileira de Sinais. Essa comemoração é festejada com dupla motivação, em virtude do Dia Nacional do Surdo, comemorado no dia 26 de setembro.

Para o coordenador do Curso de Letras Libras da Uepa, professor Ozivan Perdigão Santos, comemorar a data com tantos resultados positivos significa uma conquista. "É visibilidade da Libras como língua regulamentada, como comunicação e expressão da comunidade surda brasileira", afirma.

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A turma que se forma agora em Marabá foi constituída a partir do primeiro vestibular específico com prova em língua de sinais realizado na região, no ano de 2017. "O surdo não tinha acesso às provas de Língua Portuguesa escrita, elas apresentavam e ainda apresentam grande impedimento para eles cursarem universidade", afirma o professor Ozivan.

Marcia Grama, a primeira discente surda a integrar o grupo, fala do sentimento de fazer parte da turma: "Saber que sou a primeira a participar na universidade do nosso grupo de surdos em Marabá é grandioso. E ter também a responsabilidade profissional de ser professor de surdo aqui no município é gratificante, sinto uma satisfação enorme".

A graduanda também relata que a experiência não foi fácil no início, visto que 50% dos conteúdos de pesquisas tratados em sala não tinham as variações para a Língua Brasileira de Sinais. Mas teve o apoio da universidade sempre que precisou.

"A universidade ajudou a me desenvolver academicamente, pois ela se preocupava em ter sempre um bom intérprete que nos estimulava nos estudos. Havia dificuldades por eu não conhecer algumas palavras, mas ter o apoio da universidade e suporte da bolsa estudantil todas as horas que eu precisava, fez toda a diferenca", observa.

Marcia sai da universidade não só fazendo parte dessa história de reconhecimento e valorização, mas também construindo e contribuindo. Seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um dicionário L1 e L2 pensado para ajudar os surdos.

L2 é a aquisição de uma língua escrita que representa a oral-auditiva, enquanto que a L1 é a representação através da linguagem de sinais, explica. Da mesma forma que crianças ouvintes adquirem, normalmente, uma língua estrangeira como segunda língua, a criança surda aprende a sua língua “materna” de forma escrita como segunda língua, completa.

"Meu TCC foi pensado para ajudar os surdos com L2 a entender as palavras. Pensei a partir das minhas vivências durante a graduação e espero contribuir e auxiliar aos que precisarem", afirma.

O Curso de Letras Libras possui três turmas em andamento. Duas delas funcionam em Belém, no Campus I do Centro de Ciências Sociais e Educação, e a terceira está no campus da Uepa em Marabá. De acordo com a coordenação do curso, o objetivo é formar professores de Libras da Educação Básica, pesquisadores na área de educação de surdos e trazer visibilidade e importância à língua, além de amparar a comunidade como um todo. "É de suma importância a universidade contribuir com auxílio de intérpretes de Libras, com projetos de pesquisa e extensão. Temos outros pontos para serem ajustados, mas tudo é um processo", explica o coordenador.

Em Belém, a turma de 2017, que iniciou as atividades no mesmo período que a turma do Campus VIII, concluiu o curso com 17 discentes surdos graduados. Atualmente, em média quatro alunos surdos estão cursando a graduação. Ainda para este ano está prevista a formatura de 12 discentes ouvintes e de um surdo do Campus I. Para Ozivan, o sentimento é de satisfação. “Isso mostra o processo de respeito em relação às lutas dos movimentos surdos”, declara.

Ozivan Pergigão também esclare que o Letras Libras ofertado pela Uepa não é um curso de Libras vinculado à Educação Especial, e sim um curso para graduar professores de uma língua, a Língua de Sinais, trazendo os diálogos da Libras com a Linguística e a Literatura e suas interfaces. "O que demarca o ensino de Libras é a legalização da Língua de Sinais, a partir da Lei 10.436/2002 e o decreto 5.626/2005", finaliza.

Por Larissa Silva.

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