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Mesmo em circunstâncias normais, pessoas com deficiência têm menos chance de acessar serviços de saúde, educação e emprego. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), é mais provável que elas vivam na pobreza, registrem taxas mais elevadas de violência, negligência e abuso e estejam entre os mais marginalizados. No caso de deficientes visuais, a pandemia de Covid-19, segundo a entidade, mostrou a importância de produzir informação essencial em formatos acessíveis, incluindo Braille e formatos sonoros.  

“Muitas pessoas com deficiência poderiam enfrentar risco maior de contaminação devido à falta de acesso a orientações e precauções para proteger e reduzir a propagação de uma pandemia. A Covid-19 também enfatizou a necessidade de intensificar todas as atividades relacionadas com a acessibilidade digital para garantir a inclusão digital de todos”, destacou a ONU. No Dia Mundial do Braille, lembrado nesta quinta-feira (4), a proposta é ampliar a conscientização do Braille como meio de comunicação para a plena realização dos direitos humanos de pessoas com deficiência visual. 

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Entenda

O Sistema Braille foi criado em 1825 pelo francês Louis Braille, que ficou cego aos 3 anos em razão de um acidente que causou infecção nos dois olhos. A versão mais conhecida da escrita data de 1837. O sistema permite a comunicação em várias línguas. 

Formado por símbolos alfabéticos e numéricos, o sistema possibilita a escrita e a leitura, por meio da combinação de um a seis pontos. A leitura, com uma ou ambas as mãos, se faz da esquerda para a direita. Os pontos em relevo obedecem a medidas padrão e a dimensão da cela Braille corresponde à unidade de percepção da ponta dos dedos. 

No Brasil, o Braille foi introduzido por José Álvares de Azevedo, idealizador da primeira escola para o ensino de pessoas cegas no país, o Imperial Instituto de Meninos Cegos, atual Benjamin Constant. Em 8 de abril, aniversário de Azevedo, é comemorado o Dia Nacional do Braille. 

A ONU destaca que o Braille é considerado essencial no contexto da educação, da liberdade de expressão e de opinião, bem como da inclusão social, conforme previsto na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 

Números

Condições oculares são consideradas extremamente comuns. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pelo menos 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apresentam algum tipo de deficiência visual, seja para enxergar de perto ou de longe, que poderia ter sido evitada ou que ainda não foi solucionada.  

“As pessoas com deficiência visual têm maior probabilidade do que as que não têm de sofrer taxas mais elevadas de pobreza e desvantagem. Não satisfazer as suas necessidades ou não cumprir os seus direitos tem consequências de amplo alcance: a perda de visão representa, muitas vezes, uma vida inteira de desigualdade, problemas de saúde e barreiras à educação e ao emprego”, alertou a ONU. 

Hoje (4) é comemorado o Dia Mundial do Braille – um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. O Sesc São Paulo oferece várias exposições com esse e outros recursos de acessibilidade, para pessoas cegas. É preciso ter porta-vozes para lembrar o quanto o Braille é essencial nos eventos culturais para garantir a inclusão e a integração de pessoas com deficiência visual.  

 

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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) mais de dois bilhões de pessoas no mundo (equivalentes a 3,5%) têm algum tipo de deficiência visual e no levantamento da União Mundial de Cegos, apenas 5% dos livros em todo o mundo são transcritos para o Braille. Com base nesses dados e em comemoração pelo Dia Mundial do Braille, confira a seguir, quatro programações gratuitas de eventos com este tipo de acessibilidade : 

A Magia do Manuscrito - Fundamentada na coleção de manuscritos de Pedro Corrêa do Lago, considerada uma das maiores e mais relevantes do mundo nesse campo, que traz originais de grandes nomes da arte, música, história e ciência. De 28/09 a 15/01 (sábado e domingo das 10h às 18h30 / terça a sexta das 10h às 21h30), localizado no Sesc Avenida Paulista, a classificação é livre e possui acessibilidade física, audiodescrição, conteúdo em Braille, maquetes e réplicas táteis, videoguia em Libras e uma equipe educativa disponível ao atendimento. 

Exposição: Darwin, o original – A exposição apresenta, por meio de peças audiovisuais, maquetes e obras interativas a vida, as teorias e o legado da revolucionária produção científica de Charles Darwin (1809-1882), famoso naturalista. De 05/03 a 26/02 (quarta a domingo das 10h às16h30), localizado no Sesc Interlagos, a classificação é livre e possui acessibilidade física, audiodescrição, audioguia, conteúdo em Braille, recursos táteis, legendas, videoguias em Libras e uma equipe educativa disponível para o atendimento. 

Outros Navios: Fotografias de Eustáquio Neves – A exposição tem curadoria de Eder Chiodetto e faz a retrospectiva dos quase 40 anos de trajetória artística do fotógrafo Eustáquio Neves, trazendo fotos expandidas - única exposição no estado de São Paulo que possui recurso de Aro Magnético para surdos. De 07/09 a 26/02 (terça a sexta das 9h às 21h30 / sábado das 10h às 21h30 / domingo e feriado das 10h às 18h), localizado no Sesc Ipiranga, a classificação é livre e possui acessibilidade física aro magnético, audiodescrição, audioguia, conteúdo em Braile, recursos táteis, legendas, videoguias em Libras e uma equipe educativa para atendimento. 

Rios DesCobertos: dos Jerivás aos Pinheiros – A exposição multimídia apresenta a fascinante história do rio Pinheiros e seu papel no desenvolvimento de São Paulo. A mostra explora a experiência sensorial e lúdica como ferramenta pedagógica, promovendo a sensibilização por intermédio da arte. De 20/08 a 29/01 (terça a sexta das 10h às 21h / sábado e domingo das 11h às 18h), localizado no Sesc Santo Amaro, a classificação é livre e possui acessibilidade física, audiodescrição, maquetes e recursos táteis, videoguia em Libras e uma equipe educativa disponível ao atendimento. 

Pontos em relevo que, combinados, formam 63 sinais para serem lidos com as pontas dos dedos. Há quase 200 anos, o braille passou a permitir a escrita e a leitura por pessoas cegas e com baixa visão. Nesta quarta-feira (4), Dia Mundial do Braille, a Agência Brasil conversou com especialistas que mostram que o país melhorou a acessibilidade, mas ainda precisa avançar. 

“Eu costumo dizer que a humanidade teve grande conquista com a invenção da escrita e, durante esse tempo todo, houve tentativas de desenvolver uma escrita para cegos. A grande conquista veio com o braille. A partir desse momento, as pessoas cegas passaram a participar da história”, diz a coordenadora de Revisão da Fundação Dorina Nowill para Cegos e membro do Conselho Mundial e do Conselho Ibero-americano do Braille, Regina Oliveira. 

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Segundo Regina, o braille é ferramenta fundamental para a alfabetização e a independência de cegos e pessoas com baixa visão. Ela nasceu com glaucoma e, aos 7 anos, perdeu por completo a visão. Ainda pequena, teve seu primeiro contato com a Fundação Dorina Nowill para Cegos, onde foi alfabetizada em braille. 

A importância do Sistema Braille, de acordo com Regina, está tanto no acesso a informações de cosméticos, medicamentos, contas de consumo, quanto na privacidade para consultar um extrato bancário, a fatura do cartão de crédito, além dos estudos. “Não há outra maneira de alfabetizar a criança cega a não ser por meio do braille. Mais tarde, pode usar outros formatos, como o livro digital falado, leitores de tela, mas aí a pessoa vai ouvir, ler, só consegue ler por meio do braille, e isso é bastante importante”.

O último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, mostra que existem no Brasil mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 506 mil cegas e cerca de 6 milhões com baixa visão. Entre as pessoas cegas, 110 mil com 15 anos ou mais de idade não são alfabetizadas. Entre as pessoas com baixa visão, 1,5 milhão não sabem ler ou escrever. Isso significa dizer que cerca de uma em cada quatro pessoas (25%) com alguma deficiência visual era considerada não alfabetizada. Um índice maior do que o da população em geral, que em 2010 era de aproximadamente 8% para essa faixa etária. 

“Infelizmente são poucas as  instituições especializadas para dar suporte. O atendimento da sala de recursos, a meu ver, é insuficiente. Há poucos professores com conhecimento do braille nas redes de ensino públicas e privadas do país”, diz a professora do Instituto Benjamin Constant Margareth de Oliveira Olegario Teixeira, que integra o Grupo de Pesquisa em Educação e Mídia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (GRUPEM/PUC-Rio), 

Houve avanços. Desde 2019, por exemplo, pelo Programa Nacional do Livro Didático Acessível (PNLD/Acessível), os livros didáticos passaram a ser impressos em braille e letras ampliadas em português. Os alunos cegos e com baixa visão passaram a receber os mesmos livros que o restante dos alunos da classe.

Segundo Margareth e Regina, no entanto, ainda faltam tanto imprimir mais livros e materiais em braille, quanto o amplo acesso a equipamentos como a Linha Braille, que ainda é muito cara. Essa linha é um equipamento que exibe em braille o que está na tela de computadores, tablets e celulares. “Para mim, está no campo do sonho de consumo”, diz Margareth. Regina ressalta que o Brasil é muito rico em legislação. “A grande questão é colocar essa legislação em vigor, fazer tudo funcionar”. 

Margareth reforça que o braille não deve ser substituído por leitores de tela ou outros recursos. “Os recursos digitais de informática não substituem o braille", complementa. Para ela, pessoas cegas têm direito ao braille. "Muitas vezes, quer ler uma partitura, uma cifra de música, precisa desse contato com o braille. [O sistema] facilita a compreensão de alguns recursos, facilita, por exemplo, o estudo de língua estrangeira”, diz. 

O Sistema Braille foi criado em 1825 pelo francês Louis Braille, cego aos três anos de idade devido a um acidente que causou a infecção dos dois olhos. A versão mais conhecida data de 1837.O sistema permite a comunicação em várias línguas.

O sistema, formado por símbolos alfabéticos e numéricos, possibilitam a escrita e leitura, por meio da combinação de um a seis pontos. A leitura, com uma ou ambas as mãos, se faz da esquerda para a direita. Os pontos em relevo obedecem a medidas padrão e a dimensão da cela braille corresponde à unidade de percepção da ponta dos dedos.

No Brasil, o braille foi introduzido por José Álvares de Azevedo, idealizador da primeira escola para o ensino de cegos no país, o Imperial Instituto de Meninos Cegos, atual Benjamin Constant. No dia 8 de abril, aniversário de Azevedo, é comemorado o Dia Nacional do Braille.

A menos de um mês do início da Copa do Mundo de Futebol do Catar – que será realizada no período de 20 de novembro a 18 de dezembro – o Instituto Benjamin Constant (IBC), vinculado ao Ministério da Educação, confeccionou e está distribuindo gratuitamente um álbum de figurinhas dos jogadores, adaptado em braille, para atender pessoas com deficiência visual. 

O diretor da Divisão de Educação do IBC, Luigi Amorim, em entrevista para a Agência Brasil, disse que a decisão de fazer um álbum em braille remonta à Copa de 2018, quando um aluno chamou sua atenção para essa questão. 

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Amorim terminava uma aula de matemática para uma turma do 4ª ano e começou a falar sobre o conteúdo que daria na aula seguinte em que abordaria figuras geométricas. Ele pediu aos alunos que passassem a mão sobre a superfície da mesa para saberem que se tratava de um retângulo. 

Soube que um dos alunos gostava de futebol, torcia pela seleção brasileira e que, utilizando a reglete (instrumento criado para a escrita braille) com um artefato chamado punção, ele conseguia fazer retângulos para colar figurinhas da seleção. A reglete é um dos primeiros instrumentos criados por Louis Braille para a escrita braille, para que cegos possam ler e escrever, furando o papel. 

No IBC, Amorim fez parte de um setor de adaptação de material didático e tinha expertise de fazer figuras para a escrita braille. Naquela semana, ele tinha acabado de completar o álbum da Copa com o filho e resolveu elaborar um com retângulos para colagem das figurinhas e entregá-lo ao aluno na aula seguinte. Amorim distribuiu também para outros alunos do IBC e conseguiu mandar para fora do país alguns exemplares, mas o trabalho não teve a divulgação de agora. 

Lançamento

No último dia 23 de setembro, na semana em que o IBC comemorou 168 anos de existência, o novo álbum da Copa - adaptado em braille - foi apresentado para a comunidade de assistência a deficientes visuais.  Luigi Amorim orienta os alunos e demais pessoas com deficiência visual interessadas em colecionar as figurinhas da Copa e colá-las no álbum que baixem um aplicativo que lê imagens chamado Lookout. 

“O aplicativo lê o número da figurinha e ali eles [pessoas com deficiência visual] têm todas as informações que a figurinha traz como altura, peso, nome do jogador e ano em que estreou na seleção”, explicou. 

O álbum tem uma página a mais para cada seleção. A disposição das figurinhas é a mesma do álbum comum. O grande diferencial é que cada seleção tem uma página a mais em que vem a legenda com todos os jogadores. 

O diretor comentou que a única coisa que falta para que o álbum proporcione total independência e autonomia às pessoas com deficiência visual é que a figurinha tenha um corte em cima para identificar se ela está de cabeça para cima ou para baixo. 

Tiragem

Foi feita uma tiragem inicial de 200 álbuns, distribuídos internamente no IBC. Outros 3 mil estão sendo enviados para assinantes da Revista Pontinhos, publicação trimestral em braille, voltada ao público infantojuvenil, e da Revista Benjamin Constant (RBC), ambas do IBC, de mais de 20 países que falam a língua portuguesa. 

“Qualquer instituição que atenda pessoas com deficiência visual pode solicitar que a gente envia. Também estamos disponibilizando o arquivo, caso a instituição tenha uma impressora braille, para que ela possa fazer a impressão lá e a pessoa tenha acesso ao álbum”, informou o diretor.  O IBC tem em sua escola, com matrículas regulares, 260 alunos da pré-escola à educação profissional. O instituto atende, porém, um número maior de alunos -  960 - incluindo educação precoce, atendimento, atletas, pessoas que perdem a visão e procuram reabilitação, pós-graduações e mestrado. 

União

O estudante João Lucas Meireles Uchôa, aluno do 5ª ano da escola do IBC, com baixa visão, considerou uma ótima ideia a elaboração do álbum em braille. “Tem gente que não enxerga e vai poder completar o álbum. Isso vai unir mais a escola. Todo mundo vai poder trocar [figurinhas] e ninguém vai ficar de fora”, comemora. A figurinha de que ele mais gosta, e que ainda não tem, é a dourada de Neymar. “Muito difícil”, disse. 

Com as figurinhas repetidas, João Lucas disse que ele e os colegas fazem um tipo de jogo bate e passa. O jogo é assim: colocam-se as figurinhas de cabeça para baixo, bate-se em cima e aquelas que virarem pertencem ao jogador que bateu. Com isso, os colecionadores conquistam novas figurinhas para colar nos álbuns, explicou o estudante do IBC. 

*Colaborou Gabriel Brum, repórter da Rádio Nacional.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse aos jornalistas, na manhã desta segunda-feira (20), que seu discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas "será em braille". Em Nova York para o evento, Bolsonaro não deu detalhes sobre a afirmação. 

Abordado por repórteres que o aguardavam no saguão do hotel, segundo o jornal O Globo, Bolsonaro foi questionado sobre como pretende nortear seu discurso e respondeu apenas isso: "o discurso será em braille". Braille é o sistema de escrita e impressão usado para a comunicação de pessoas com deficiência visual. Antes disso, quando foi tomar café da manhã o presidente também ignorou a imprensa que aguardava uma declaração do gestor brasileiro.

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O presidente brasileiro fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (21). Nesta segunda, ele se reúne com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

 

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta quarta-feira (8), a entrega de 10.760 livros traduzidos em braille para alunos do ensino fundamental que possui deficiência visual, sendo cegueira ou baixa visão. A ação pretende promover maior inclusão de estudantes, sobretudo, neste 8 de abril, quando é comemorado o Dia Nacional do Sistema Braille.

Em outras entregas da entidade, somente alunos do 1º ao 5º recebiam os livros em braille. Neste ano a oferta aumentou e passa a contemplar estudantes do 6º a 9º ano do ensino fundamental. Os livros são produções do MEC em parceria com Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e Secretário de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp). 

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A diretora de educação especial do MEC, Cristina Delou, explica que a entrega dos livros será realizada ainda este ano e lembrou que no ano passado a quantia de livros distribuídos foram de acordo com o senso de 2018. 

As datas de entrega dos livros não foram divulgadas, mas é possível acompanhar através do site da FNDE, entidade que realiza a distribuição do material escolar especial.

O município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, por meio do Núcleo Municipal de Estudo de Línguas (NUMEL) oferece 210 vagas para cursos gratuitos de idiomas estrangeiros. As oportunidades são para cursos de libras, braille, português, inglês e espanhol. A duração das formações varia entre 12 e 18 meses.

Os cursos são abertos para a comunidade no geral e as aulas serão iniciadas na próxima segunda-feira (16). Os interessados têm até essa terça-feira (10) para realizar as inscrições presencialmente na Escola do Servidor Dom Idílio, localizada na Rua Castro Alves, Petrolina, Centro. É necessário apresentar uma foto 3x4 e cópia do RG. 

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Para mais informações, os interessados podem ligar para o telefone do NUMEL: (87) 3862-1399.

 

As faculdades privadas têm que adaptar suas aulas para pessoas com deficiência, oferecendo ensino em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e braille. A decisão é do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), que confirmou a obrigatoriedade junto ao tribunal.

A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinepe/SC) na 3ª Vara Federal de Florianópolis. A entidade pleiteava que as faculdades fossem dispensadas da exigência e que eventual adaptação das aulas fosse custeada pelo aluno. O pedido foi julgado improcedente pela primeira instância, mas o Sinepe/SC recorreu ao TRF4, que decidiu negar provimento à apelação.

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A Procuradoria da União de Santa Catarina, unidade da AGU que trabalhou no caso com a Procuradoria Regional da União na 4ª Região, ressaltou, que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a constitucionalidade das normas do Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146/15, que estabelecem a obrigatoriedade de as escolas privadas promoverem a inserção de pessoas com deficiência no ensino regular e prover as medidas de adaptação necessárias sem que o ônus financeiro seja repassado às mensalidades, anuidades e matrículas.

De acordo com a lei, é dever das instituições assegurar aos estudantes condições plenas de participação e de aprendizagem.

Segundo a AGU, as procuradorias também destacaram que, sendo a educação um direito social fundamental, os princípios que garantem a qualidade desse serviço público devem se sobrepor aos interesses patrimoniais e econômicos das instituições de ensino superior.

Embora a decisão tenha sido tomada em um processo específico, a AGU esclarece que como STF reconheceu como constitucionais as normas do Estatuto da Pessoa com Deficiência, caso isso volte a ser questionado em instâncias inferiores, a tendência é que as decisões sejam tomadas no mesmo sentido. Ou seja, todas as faculdades privadas, por força da decisão do STF, devem seguir o Estatuto e não podem cobrar dos estudantes valores extras para adaptar as aulas para pessoas com deficiência.

 

Para auxiliar no desenvolvendo das habilidades de crianças com deficiência visual, a Lego anunciou a criação de peças em braille. Os blocos de montar serão feitos com o mesmo número de tachas usadas para as letras e números do alfabeto inclusivo, mas sem perder a compatibilidade com o sistema da marca.

"O conceito por trás dos blocos de braille foi inicialmente proposto à Fundação Lego em 2011 pela Associação Dinamarquesa dos Cegos e novamente em 2017 pela brasileira Fundação Dorina Nowill para Cegos", afirma a empresa em comunicado.

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Além do Brasil e Dinamarca, a Noruega e o Reino Unido também participaram do desenvolvimento dos protótipos, que estão em fase de testes. "Nós acreditamos firmemente que os blocos podem ajudar a aumentar o interesse em aprender braille", completa a nota da marca.

O lançamento das novas peças está previsto para 2020 e a distribuição será gratuita para instituições parceiras.

O Senado aprovou projeto do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) que obriga os bancos a adotarem o código braille nos contratos firmados com deficientes visuais. A proposta foi aprovada em caráter terminativo pela Comissão de Direitos Humanos e será analisada, agora, pela Câmara dos Deputados.

Segundo o senador, algumas instituições financeiras não disponibilizam meios em braille nos contratos com pessoas com deficiência visual, argumentando a falta de imposição legal. No entanto, a adoção do sistema braille é fundamental para a autonomia de deficientes visuais e para a participação social em igualdade de condições e oportunidades. Além disso, a medida quebra uma “significativa barreira de comunicação”, permitindo aos deficientes visuais acesso efetivo às informações necessárias ao pleno exercício da cidadania.

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“Demos um grande passo no sentido de privilegiar e prestigiar aqueles que são portadores de deficiência visual, que, muitas vezes, são obrigados a assinar contratos, sobretudo com instituições financeiras, mas que não vêm na linguagem braille, para que ele possa ter pleno conhecimento daquilo que está acordando e contratando com instituições financeiras e bancos”, disse Fernando Bezerra Coelho.  

A medida entrará em vigor 180 dias após a sanção presidencial, período de adaptação de bancos e instituições financeiras.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tem um Projeto de Lei tramitando que assegura o diploma em braille para alunos com deficiência visual em nível médio ou superior. Essa medida tornaria obrigatório a toda instituição de ensino, pública ou privada, expedir o documento com sistema de escrita tátil, garantindo, assim, o direito à educação.

“Bem como está na competência material comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ‘cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência’, a Lei busca proteger e garantir a efetivação de direitos básicos das pessoas com deficiência visual, estabelecidos na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”, pontuou a autora da proposição, Simone Santana (PSB).

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Em Pernambuco, o primeiro e único diploma em braille que foi entregue a uma estudante aconteceu em fevereiro deste ano, numa parceria entre a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e o Instituto de Cegos. Nesta segunda-feira (15), na Alepe, haverá uma sessão solene em homenagem aos 110 anos do Instituto de Cegos Antônio Pessoa de Queiroz.

A Fundação Cultural do Pará (FCP) promove no período de 20 a 24 de novembro a Semana do Braille, que terá uma programação especial, com oficinas, palestras temáticas e torneio de dominó. A programação foi criada em comemoração aos 43 anos da Seção Braille, que busca incentivar o conhecimento, a leitura e a educação.

Haverá oficina de audiodescrição com Aline Corrêa, palestra sobre inclusão de pessoas com deficiências visuais em bibliotecas e um torneio de dominó, que é uma das formas de distração. O espaço conta com o apoio de voluntários que trabalham com leitura viva voz, transcrições e cotejamento de textos.

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A Seção Braile possui 2.112 títulos, entre literatura brasileira e estrangeira, periódicos, livros didáticos, dicionários em Braille, livros gravados em cassetes e digitalizados em CD-Rom, periódicos em Braille e falados. Entre os serviços oferecidos estão a impressão em Braille, empréstimos de livros, digitalização de textos, acesso à internet por meio de computadores com sintetizador de voz, gravações em áudio de textos ou trabalhos escolares, lupa eletrônica e impressão de textos em negrito para pessoas com baixa visão.

A Seção Braille da Fundação Cultural do Pará funciona de segunda a sexta, das 8 às 17 horas, no subsolo do Centur, na Avenida Gentil Bittencourt, número 650. Informações pelo número 3202-4310.

A Energisa, em parceria com o Ministério Público do Estado, disponibilizará a partir desta segunda-feira (21) uma versão em braille das faturas de energia elétrica. Os interessados devem procurar uma das agências de atendimento da Energisa e solicitar o serviço. De acordo com o Instituto dos Cegos da Paraíba - Adagilsa Cunha, 430 usuários cadastrados poderão ser beneficiados.

Segundo o diretor Comercial do Grupo Energisa, Cleyson Jacomini, não será cobrada nenhuma taxa extra pelo serviço e estará disponível pra deficientes visuais que morem sozinhos ou que sejam responsáveis pelo pagamento da conta – independentemente de ser ou não o titular. A conta em Braille será enviada pelos Correios e a convencional remetida por e-mail.

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Na capital, a medida já estava prevista na lei municipal 12.692/2013, que também determina o cumprimento do serviço pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) e empresas de telefonia.

Foi prorrogado até o dia 20 deste mês o prazo das inscrições para os curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), Sistema Braille e Tecnologia Assistivas, da cidade de Bayeux, região metropolitana de João Pessoa.

Os interessados em fazer os cursos precisam ir à sede do CRIS (Centro de Referência de Inclusão da Pessoa com Deficiência), que fica na Avenida Brasil, número 77, no bairro do Sesi em Bayeux.

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O horário de funcionamento é de 8h às 11h e das 14h às 16h. Para realizar a inscrição é preciso apresentar o RG, CPF e comprovante de residência. A inscrição é gratuita.

As aulas vão acontecer de segunda a quinta-feira, com inicio nesta quinta (6) no auditório do CRIS.

Vagas por curso:

Libra nível  1: 30 vagas

Libra nível 2: 30 vagas

Braille: duas turmas com 30 vagas

O CRIS estenderá 40 vagas para Libras, nível iniciante e vagas destinadas às escolas. 

Mais informações pelo telefone 988450372.

A Comissão de Cultura aprovou hoje (16) o programa Literatura para Todos, que é uma proposta de inclusão social para pessoas com deficiência visual (PL 4344/16).

A ideia do programa é disponibilizar livros impressos em braile, incluindo obras literárias, didáticas, artísticas e científicas.

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Conforme o PL, os acervos ficarão disponíveis em bibliotecas públicas, escolas e hospitais, podendo ser encontrados também em organizações não governamentais que trabalhem com este público alvo.

Relatora da audiência, a deputada Erika Konkay (PT-DF) lembrou que a Lei Brasileira de Inclusão (13.146/15) esclarece que o acesso à leitura é um direito destas pessoas. “Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades”.

Ao propor a aprovação do projeto, Kokay apoiou os argumentos do autor. “A leitura sempre foi um elemento que influenciou o desenvolvimento da sociedade e uma das grandes responsáveis pelas transformações nela ocorridas. É uma prática lúdica que colabora na imaginação, no raciocínio e inclusive na inclusão social do homem”, conclui a parlamentar.

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, pela de Finanças e Tributação e pela comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Os restaurantes da cidade de Guarulhos começara a adotar a partir deste mês de junho o cardápio em braille. Idealizado pelo Departamento de Turismo do município, visa ajudar e integrar pessoas com deficiência visual. Os restaurantes dos hoteis Monreale e Bristol foram os primeiros a aderir o menu tátil. 

Heleno Aredes Cardoso, gerente geral do Hotel Monreale, comentou sobre a importância do menu tátil para os clientes, da inclusão social e dos benefícios para o estabelecimento. "Para nós, além da questão de inclusão, da cidadania, o acesso ao cardápio é um diferencial e evita que tenhamos uma pessoa dedicada para ler o menu. O deficiente também precisa ser atentido, se não ele perde a motivação e fica em casa. Se você não oferece táxis e ônibus adaptados, motoristas treinados, rampas nas calçadas e outras formas de inclusão, o deficiente fica em casa. Então, a Prefeitura está de parabéns, e nós, hoteleiros, juntamente com a Comtur (Conselho Municipal de Turismo), também, porque abraçamos essa causa e somos os pioneiros na oferta do cardápio em braille". 

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Os donos de bares e restaurantes que quiserem ter o menu em braille podem entrar em contato com a Coordenadoria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida pelo telefone (11)2414-3685 ou pelo Departamento de Turismo pelo telefone (11)2475-7926.

O menu em braille está pautado em lei federal, estadual e municipal e os estabelecimentos que não aderirem podem pagar multa de R$ 878.76.

 

 

No dia 8 de abril é comemorado o Dia Nacional do Braille. A data tem o objetivo de ser um momento de pensar e debater medidas em que a educação, a empregabilidade e a inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão sejam avaliadas e novos rumos sejam apontados para que a sociedade crie seus mecanismos para favorecer o desenvolvimento intelectual, profissional e social dos deficientes visuais no Brasil. A data, que está em vigor de 2010, foi escolhida para homenagear José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego do Brasil. Cego de nascença, aos 10 anos de idade, seus pais o mandaram à Paris para estudar no Instituto Real dos Jovens Cegos, onde aprendeu o Braille. Voltando ao Brasil, tratou de ensinar e espalhar o sistema de educação para cegos por todo o País.

O método Braille é um sistema de códigos em alto relevo que representam letras do alfabeto, números, símbolos, entre outros elementos. O sistema é formado por seis pontos divididos em duas colunas de três pontos que podem formar um total de 63 combinações diferentes, em que cada uma representa um número, letra e pontuação. A sua autoria pertence ao francês Louis Braille, que perdeu a visão quando tinha 3 anos de idade. Louis apresentou a primeira versão do método em 1825.

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Natural de Coupvray, localizada no leste de Paris, Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809. Em 1812, quando tinha apenas três anos, se acidentou na oficina do pai. Ao tentar perfurar um pedaço de couro com uma sovela, aproximou-a do rosto, e acabou por ferir o olho esquerdo. A infecção se expandiu e atingiu o outro olho, deixando-o completamente cego. Para desenvolver um sistema de leitura e escrita para pessoas cegas, ele utilizou como base o sistema de Barbier, utilizado para a comunicação noturna entre os soldados do exército francês. Em 1837, Louis Braille apresentou a versão final do sistema que, embora tenha levado algumas décadas para ser aceito na França, antes do final do século XIX já havia se difundido pela Europa e por outras partes do mundo.

“Louis Braille foi um jovem brilhante que ao inventar um sistema de leitura e escrita para as pessoas cegas mudou a vida destas pessoas em todo o mundo. O Sistema Braille garante maior independência, autonomia e segurança, fatores indispensáveis à auto-estima de todo ser humano”, afirma Regina Fátima Caldeira de Oliveira, coordenadora da revisão Braille da Fundação Dorina Nowill para Cegos.

 

Pais com deficiência visual passam a contar, nas unidades de Saúde da Família do Recife, com informações em braille sobre a saúde da criança. Esta é a primeira cartilha do gênero no país, e foi inaugurada nessa sexta-feira (29), no Instituto de Cegos de Pernambuco. O lançamento ocorreu na abertura do Seminário sobre o Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei Brasileira de Inclusão, dentro da programação da 14ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência, cujo tema é “Viva a Diferença”. 

A Cartilha de Saúde da Criança vai permitir que pais deficientes visuais se apropriem de informações sobre imunização da criança, desenvolvimento infantil, aleitamento, orientação sobre o teste do pezinho, além de outras informações para prevenção da criança.  A princípio, a publicação ficará disponível para consulta em 146 Unidades de Saúe da Família e Unidades Básicas sobre de Saúde da capital. De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, dos 451 mil deficientes do Recife, 22% apresentam alguma deficiência visual.

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Os deficientes visuais passarão a contar com um guia todo em braille que descreve as belezas pernambucanas. Intitulado de “Pernambuco de 1 a 8 dias”, o panfleto será distribuido pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), ainda esta semana. Nele, é possível conhecer pontos turísticos de 24 municípios pernambucanos, entre Recife, Itamaracá, Caruaru, Petrolina e outros locais.

O guia abrange sugestões de passeios de todas as regiões, incluindo igrejas, museus, teatros e praças. Segundo a Empetur, o estado de Pernambuco foi o pioneiro em todo país a criar um material turístico voltado para os cegos. A publicação também estará disponível nos Centros de Atendimento ao Turista (CATs).

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Com informações da assessoria






A britânica OwnFone lançou oficialmente nesta segunda-feira (19) o primeiro celular em braille do mundo. O gadget chegará por 60 libras (cerca de R$ 223), mas apenas no Reino Unido. O Smartphone é fabricado todo com impressão 3D, mas para quem não sabe ler em braille, o smartphone conta com capa em alto relevo no teclado. 

O inventor Tom Sunderland, em entrevista a um jornal internacional, afirma que "O telefone pode ser personalizado com dois ou quatro botões pré-programados para ligar para amigos ou serviços de emergência. É o primeiro telefone com teclado impresso em 3D, e para quem não sabe ler Braille, podemos imprimir textura e texto em alto relevo."

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O gadget tem design arredondado e está disponível em várias cores.  Para comprar o aparelho é necessário se cadastrar no site da companhia e solicitar o modelo.

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