Tópicos | Briga interna

A nomeação do deputado Celso Sabino (PA) para o Ministério do Turismo ainda nem foi oficializada, mas o União Brasil quer mais. O partido, que faz parte da base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso, pleiteia a presidência dos Correios e da Embratur, agência governamental ligada ao Turismo, e hoje sob o comando de Marcelo Freixo (PT). A briga interna entre três lideranças da agremiação, no entanto, atrapalha as negociações com o governo e atrasa o acordo.

O conflito é entre o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA), e o senador Davi Alcolumbre (AP). Atualmente, o partido tem como representantes na Esplanada dos Ministérios o titular das Comunicações, Juscelino Filho, e o do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Góes é do Amapá, mesmo Estado de Alcolumbre, e foi indicado por ele. Parte do partido o vê como uma espécie de "cota pessoal" do senador, dado que Góes tem uma militância histórica no PDT. Além desses, o partido tinha Daniela Carneiro no Turismo. Ela, entretanto, migrou para o Republicanos, o que fez o partido pedir o cargo de volta.

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De acordo com fontes do Palácio do Planalto, o União Brasil sinalizou na semana passada a Lula o interesse na Embratur e nos Correios - o Turismo já é dado como certo. A Embratur seria um complemento, para que o partido tivesse controle sobre toda a área.

Tempo

Segundo relatos, o chefe do Executivo teria pedido o tempo do recesso parlamentar para concretizar as negociações, mas a falta de consenso tem dificultado o avanço do diálogo. Um interlocutor do governo relatou ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a dificuldade de se chegar a um consenso com "três nomes envolvidos".

Lula quer se reunir com Bivar, Elmar, Sabino e Alcolumbre para aparar as arestas em torno das negociações. Na sexta-feira passada, Bivar se encontrou com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para tratar da indicação ao Turismo. Inicialmente, também estariam Elmar e Alcolumbre, mas eles desistiram de participar por causa da discordância com o presidente do partido.

Irritação

Na semana passada, às vésperas da votação da Proposta de Emenda à Constituição da reforma tributária, Elmar se irritou com o movimento de deputados da bancada para adiar a apreciação da proposta. Ele creditou a iniciativa a Bivar e a Sabino, que estariam insatisfeitos com a demora do governo em trocar o comando da pasta do Turismo.

O movimento de Bivar e Sabino, de acordo com integrantes do partido, foi visto por Elmar como uma espécie de barganha pública na votação "mais importante do ano" e na principal pauta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o que representaria uma falta de fidelidade a Lira. Elmar e Lira são aliados e o líder do União Brasil é visto como forte candidato à sucessão do presidente da Casa.

Antes da votação da reforma tributária, Bivar divulgou uma nota em que defendia o adiamento da apreciação da matéria. O documento continha o nome de 38 parlamentares, mas alguns disseram à reportagem que não autorizaram a assinatura. Nos bastidores, deputados falam até em levar o caso ao Conselho de Ética da Câmara por avaliarem que a nota seria um documento falso. De acordo com parlamentares, alguns nomes estavam até mesmo escritos de forma errada.

Apoio

Elmar entrou em campo para evitar o movimento da bancada e incumbiu o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) da missão de reafirmar a posição do partido em plenário. No fim das contas, 48 dos 59 deputados da legenda apoiaram a reforma no primeiro turno. A avaliação de alguns deputados é de que o movimento desgastou Sabino com o partido e o bloco na Câmara e que seu nome já não seria consenso para ocupar o Turismo.

O Estadão/Broadcast apurou que Elmar também enxerga interferência de Sabino no movimento encabeçado pelo presidente do partido. O parlamentar é o indicado para ocupar o Ministério do Turismo no lugar de Daniela Carneiro. No entanto, o governo vem adiando a troca na pasta, o que tem irritado Sabino, Bivar e aliados. O nome do "ministeriável" estava na nota, mas ele acabou votando a favor da reforma.

Reuniões

O governo reconhece que há dificuldades no relacionamento com a Câmara. Em consequência disso, Lula pediu reuniões semanais ou a cada 15 dias com os líderes partidários da Câmara. Projetos da agenda econômica, como o novo arcabouço fiscal, encontram amplo apoio entre deputados de centro-direita, que veem no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, um interlocutor confiável. Mas a fidelidade ao governo para por aí.

A esquerda, com cerca de 130 deputados, não conseguiu impedir reveses como a aprovação do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Na votação da MP de reorganização dos ministérios "parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça", brincou o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro dia de reunião do Diretório Nacional do PT terminou nessa quinta-feira (10) em impasse entre as duas principais forças da legenda sobre a forma de escolha dos delegados que vão definir a nova direção do partido. O entrave aumenta o temor de um racha e fez com que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que trabalha para evitar a ruptura, encerrasse o encontro com um apelo pela unidade.

"Ninguém vai convencer mais ninguém. Os argumentos estão se repetindo. Todo mundo vai ter de ceder um pouco", disse Lula, após cinco horas de debates sem conclusão.

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Na quarta-feira, pressionada por Lula, a corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) recuou e aceitou que a próxima direção seja eleita no 6º Congresso Nacional por delegados e não eleições diretas. O Muda PT, que reúne as cinco maiores correntes de esquerda e a maioria da bancada petista na Câmara, defende a escolha da direção por delegados.

A disputa agora é pela forma de escolha dos delegados. A CNB propõe a realização de eleições municipais nas quais seriam escolhidas as direções locais e a chapa de delegados para congressos estaduais e nacional.

O Muda PT rejeita a proposta. Os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e José Guimarães (PT-CE) tentaram articular uma proposta alternativa pela qual as eleições internas municipais escolheriam os delegados para os congressos estaduais que, por sua vez, elegeriam delegados para o nacional.

Por trás da disputa estão o controle do PT, o temor de que o 6º Congresso se transforme em um acerto de contas entre as correntes e o risco de uma debandada em massa de deputados. Os impasses devem ser solucionados hoje com a votação das propostas no último dia de reunião do diretório.

Pacto diabólico.

Em evento à noite, o ex-presidente voltou a criticar as investigações das quais é alvo e disse ser vítima de um "pacto quase diabólico" que tem como objeto destruir sua reputação. "Tenho preocupação quando eu vejo um pacto quase diabólico entre a mídia, a PF, o Ministério Público e o juiz que está apurando todo esse processo", disse o petista diante de um auditório lotado na região central de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Em resposta as acusações do ex-vereador do Recife, Josenildo Sinésio (ex-PT), de que o grupo político que comandava a Prefeitura do Recife atrapalhou a sua reeleição, o ex-prefeito João Costa, o ex-prefeito comentou que não foi ele que julgou, mas o povo nas eleições municipais.

“Não foi eu ou ninguém do meu grupo que não deixou Josenildo se eleger, mas o povo julgou a forma como ele conduziu o seu mandato. Quando perderam a eleição colocaram a culpa em mim e agora quando ganha, ninguém diz que fui o responsável”, rebateu João da Costa em entrevista a um blog local.

Ao falar dos conflitos internos da legenda, o ex-prefeito disse ser preciso buscar a unidade, pois a presidenta Dilma Rousseff (PT) vai precisar de um palanque forte aqui em Pernambuco para poder conquistar sua reeleição.  Ele também questionou de que lado Josenildo, que se desfilou do PT, estará em 2014.

“É preciso discutir o partido e como ele vai atuar nas eleições presidenciais, eu vou lutar pela reeleição de Dilma e o PT precisa fazer essa debate, mas agora não sei se Josenildo estará nessa mesma luta”, declarou João da Costa.

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