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Pesquisadores do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Lucas Sampaio Leite, José Luiz de Lima Filho e Jones Albuquerque, desenvolveram um nariz eletrônico que detecta amostras de drogas ilícitas a partir do odor. A idéia dos estudiosos é que o item possa ser usado em aeroportos e fronteiras e que tenha flexibilidade para ser acoplado a outros equipamentos, como, por exemplo, um drone.

 “Nós construímos um protótipo composto de uma matriz de sensores baseados em semicondutores de óxido metálico e utilizamos métodos de reconhecimento de padrões para criação de bibliotecas do perfil volátil das amostras analisadas. Além disso, implementamos uma arquitetura baseada na internet das coisas (IoT), possibilitando que durante a utilização do dispositivo, os resultados possam ser integrados e visualizados remotamente em tempo real”, explica Lucas Sampaio.

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O pesquisador aponta que solução vem como uma alternativa para a utilização de cães farejadores. “Existe uma variedade de condições e distúrbios que afetam o olfato desses animais, tais como idade, trauma, medicação e fatores ambientais. O trabalho também traz contribuições para o desenvolvimento social, visto que o tráfico de drogas está relacionado ao crime, ao vício e a problemas de saúde. E é importante pontuar que o sistema é uma abordagem sem reagente que não destrói a amostra, permitindo assim uma reanálise que muitas vezes é necessária nas ciências forenses”, completou.

Durante o estudo foi analisado amostras de maconha apreendidas pela Polícia Federal em Pernambuco, cigarros e um pseudonarcótico da maconha para fazer a diferenciação, uma vez que o pseudonarcótico tem odor similar ao da maconha e é utilizado no treinamento dos cães farejadores. O equipamento conseguiu detectar 100% das amostras de maconha analisadas e diferenciá-las de outras substâncias com odor semelhante como cigarro e o pseudonarcótico da maconha por meio de taxa que utiliza o algoritmo de projeções sucessivas em conjunto com a análise de discriminante linear.

Atualmente, o grupo está aperfeiçoando o equipamento para a criação de novas bibliotecas para outras classes de drogas, e no acoplamento do sistema e-nose a um drone por meio de um sistema automático de amostragem de ar. Lucas Sampaio reforça a importância do sistema: “Eu sempre quis aplicar a computação para resolver problemas reais. E este estudo permite isso, além de apresentar um valor social no combate ao tráfico e servir também como alternativa à demanda de dispositivos rápidos, portáteis e de baixo custo para o teste de drogas”.

O “Projeto e implementação de um sistema de nariz eletrônico para detecção de maconha em tempo real” pode ser conferido na revista Instrumentation Science & Technology.

Na última semana, a Polícia Militar localizou e apreendeu quase 100 tijolos de drogas em um imóvel abandonado na Vila Andrade, na zona sul de São Paulo. Os tabletes de maconha, crack e cocaína foram encontrados com o auxílio de cães farejadores durante uma operação na Viela São José do Padro.

O odor das substâncias ilícitas foi sentida pelos animais diante de uma casa na rua Itajubaquara. No local foram encontrados 95 tijolos de drogas, um pacote de maconha, dois tabletes de cocaína e um de crack.

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Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, a polícia também encontrou na residência duas balanças de precisão, 296 munições calibre 9 milímetros, um carregador, uma guilhotina, 11 facas e rolo de papel filme.

A droga e o material foram apreendidos para perícia.

O grupo de 136 militares de israelenses, entre médicos, técnicos e engenheiros, ficará no Brasil o tempo que for necessário. O embaixador de Israel, Yossi Shelley, afirmou à Agência Brasil que na missão há cães farejadores, equipamentos para captação de sinais de celular e mergulhadores com condições de localizar pessoas vivas e mortas.

“O tempo da missão no Brasil depende da necessidade. A equipe está aqui com grande entusiasmo, e Israel está fazendo aqui o mesmo trabalho de ajuda humanitária que fez em outros países como, por exemplo, México e Filipinas.”

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Segundo o diplomata, trata-se de uma cooperação que envolve “um valor imenso de amizade, de humanidade” entre os dois países.

“Estamos disponibilizando 136 militares, homens e mulheres, com treinamento especial para salvar vidas. Trouxemos equipamentos de sondas, cachorros farejadores, equipamentos especiais para captação de sinal de celular, mergulhadores, socorro médico e bombeiros. Temos condições de localizar pessoas vivas ou mortas”, disse.

Negociações

O embaixador disse que as negociações para o envio da equipe multidisciplinar de Israel foram definidas entre o presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

“Essas coisas definimos com o presidente Bolsonaro. Temos uma boa ligação. Vamos continuar nosso papel. A amizade de Israel e Brasil está mais forte do que nunca. Lembro que eu falei que Bolsonaro é um segundo Oswaldo Aranha, isso é porque ele fez tantas coisas em pouco tempo que merece esse título. As pessoas precisam entender o valor das coisas que Bolsonaro fez e faz..”

Yossi Shelley ressaltou a relevância das relações do Brasil com Israel. “Somos amigos há muitos anos. O povo brasileiro tem muitas ligações com Israel. Infelizmente, há alguns anos, diminuiu um pouco. Agora, graças a Deus, vamos desfrutar novamente essa amizade. O tempo define como vão ser feitas as ações entre os dois países.”

Ciência e Tecnologia

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, está em Israel para verificar os estudos mais avançados na área de dessalinização de água. Para o embaixador, as negociações são positivas.

“Ele [Marcos Pontes] está fazendo uma visita oficial. Ele vai cuidar da questão da água, a questão da seca do Norte, vai examinar as plantas de dessalinização de água, de reúso de água, de tratamento de esgoto. Ele tem muitos conhecimentos e vai perceber a importância dessa viagem para os dois países.”

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