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A Rússia lançou nesta sexta-feira (11) sua primeira missão à Lua em quase 50 anos com o objetivo de dar um novo impulso ao seu programa espacial, que acumulou dificuldades nos últimos anos e está isolado pelo conflito na Ucrânia.

O lançamento do módulo Luna-25 é o primeiro à Lua desde 1976, uma época em que a então União Soviética estava na vanguarda da conquista espacial. Mas, desde o fim da URSS, Moscou enfrentou uma série de dificuldades, como falta de financiamento e escândalos de corrupção.

A sonda de 800 quilos foi lançada por um foguete Soyuz da base espacial de Vostochni, no extremo-leste do país, às 2h10 no horário de Moscou (20h10 em Brasília), segundo imagens transmitidas ao vivo pela agência espacial Roscosmos.

A aeronave se elevou deixando para trás uma espessa nuvem de fumaça e chamas que se destacava no céu.

O equipamento deve levar cinco dias para chegar à órbita lunar, onde estará entre três e sete dias para escolher um bom lugar para o pouso na zona do polo sul do satélite.

"Está previsto que a nave entre em órbita lunar (...) em 16 de agosto, com aterrissagem na superfície do satélite natural da Terra previsto para 21 de agosto, ao norte da cratera Boguslawsky", o polo sul lunar, acrescentou a Roscosmos em um comunicado.

"Pela primeira vez na história haverá um pouso no polo sul lunar. Até agora, todos pousaram na zona equatorial da Lua", disse Alexander Blokhin, da Roscosmos, em entrevista recente ao jornal oficial Rossíiskaya Gazeta.

De acordo com a agência espacial russa, a missão, que deve ter um ano de duração, tem o objetivo de coletar amostras e analisar o solo, além de realizar investigações científicas de longo prazo.

- "Ambição dos nossos ancestrais" -

O lançamento ocorre em meio a um contexto de isolamento do programa espacial do país, já que a Roscosmos está vetada pelas potências ocidentais e busca uma cooperação no setor com a China.

O analista independente russo Vitali Yegorov afirmou que esta missão é um teste para Moscou.

"A questão mais importante é: consegue aterrissar na Lua?", questionou à AFP.

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu dar continuidade ao programa espacial, apesar das sanções, recordando quando a URSS enviou o primeiro homem ao espaço, em 1961, em meio a tensões com o Ocidente.

"Estamos sendo guiados por nossos ancestrais para seguir adiante, apesar das dificuldades e das tentativas de nos obstaculizar", disse Putin em uma visita a Vostochni no ano passado.

- Uma missão "arriscada" -

O diretor da Roscosmos, Yuri Borisov, reconheceu em junho que a missão é "arriscada".

"No mundo, a possibilidade de sucesso desse tipo de missão é estimada em 70%", disse ele em um encontro com Putin.

A primeira parte do foguete Soyuz caiu a 28 km da localidade de Shakhtinski, na região de Khabarovsk, anunciou o governador regional, Mikhail Degtiariov, no Telegram.

As autoridades retiraram os moradores dessa área uma hora antes do lançamento. Eles puderam voltar para suas casas algumas horas depois.

A última missão soviética à Lua em 1976, Luna-24, trouxe amostras de solo do satélite para a Terra.

O programa espacial é motivo de orgulho na Rússia, devido ao lançamento do primeiro satélite em órbita, o Sputnik, o primeiro animal em órbita com a missão da cadela Laika, e o envio do primeiro homem ao espaço, o cosmonauta Yuri Gagarin.

Os Estados Unidos acabaram se impondo na corrida espacial, quando Neil Armstrong chegou à Lua em 1969.

No presente, as operações enfrentam dificuldades de inovação e falta de financiamento, já que Moscou prioriza os gastos militares. Além disso, o setor se viu abalado por escândalos de corrupção e fracassos de lançamentos, além da concorrência de Estados Unidos, China e empresas privadas, como a Space X, do bilionário Elon Musk.

A Rússia lançará um módulo lunar, em sua primeira missão à Lua desde 1976, anunciou na segunda-feira, 7, a agência espacial russa Roscosmos. O lançamento do módulo Luna-25 acontecerá na sexta-feira (11), às 2h10'57 no horário de Moscou (20h10'57 de quinta-feira, 10, em Brasília), afirmou a Roscomos em comunicado, em um momento em que Estados Unidos e China intensificam suas missões espaciais ao satélite natural da Terra.

A agência espacial russa acrescentou que o foguete Soyuz foi "montado" na base espacial de Vostochni, no extremo leste do país, para o lançamento do Luna-25, que deve descer próximo ao polo sul da Lua, um "terreno difícil".

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O voo está programado para durar entre "quatro dias e meio e cinco dias e meio", segundo as informações publicadas pela Roscosmos e citados pela agência de notícias oficial TASS. Na Lua, o módulo de 800 quilos vai "colher amostras e analisar o solo, além de realizar investigações científicas de longo prazo", adicionou o comunicado.

Esta é a primeira missão do novo programa lunar russo, que pretende fortalecer a cooperação espacial com Pequim em meio às tensões com as potências espaciais ocidentais sobre a ofensiva na Ucrânia.

A última missão lunar da União Soviética foi a da sonda espacial Luna-24 em 1976. Mas, desde a queda da URSS, Moscou enfrenta uma série de dificuldades para inovar no setor, que agora conta com novas iniciativa privadas, como a Space X do bilionário Elon Musk.

As autoridades da região de Khabarovsk (extremo leste), já anunciaram a evacuação de uma cidade desde a manhã de quinta-feira, pois ela se encontra em um local onde o primeiro andar do lançador pode cair.

Passado glorioso, futuro incerto

Após o início da operação militar, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) afirmou que não cooperaria mais com a Rússia para o lançamento do Luna-25 ou mesmo em futuras missões.

A Rússia declarou que continuaria com seus projetos lunares e substituiria os equipamentos da ESA por equipamentos científicos de fabricação nacional, pois considera-se ainda como grande potência espacial tendo em conta seu passado soviético.

Em abril de 2022, em uma viagem ao cosmódromo Vostotchny, Vladimir Putin, recordou que a URSS conseguiu em 1961 enviar o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin, apesar das sanções "totais" que tomaram contra ela.

Putin também assegurou que a Rússia seguiria implementando seu programa mesmo com as represálias ocidentais por causa do conflito na Ucrânia. "Estamos sendo guiados por nossos ancestrais para seguir adiante, apesar das dificuldades e das tentativas para nos obstaculizar", disse Putin aos empregados do complexo.

Em junho, o chefe da Roscosmos, Yuri Borisov, qualificou, no entanto, a missão lunar russa de "arriscada". "No mundo, a possibilidade de sucesso desse tipo de missão é calculado em 70%", destacou. (Com agências internacionais).

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Em entrevista ao Daily Mail, Courtney contou que cresceu sob uma educação rigorosa e religiosa. Ela formou-se professora e dava aulas a crianças em uma escola católica em Los Angeles (EUA) mas, um "chamado de Deus" fez com que a pornografia entrasse em sua vida. Assim, a americana tornou-se uma “estrela pornô”.

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Agora, a nova estrela pornô da web diz que, além de ela própria sentir-se mais livre sexualmente, também se sente “santa e sagrada”. “Estou mostrando às pessoas que o prazer e a expressão sexual - mesmo na indústria pornô - não existem para desagradar a Deus e não estão separadas de Deus. Elas são unificadas a Deus e ao sagrado”.



 

A missão espacial Artemis 2, que pretende levar uma tripulação de astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972, está programada para novembro de 2024, anunciou nesta terça-feira (7) a Nasa, agência espacial dos Estados Unidos.

Esse cronograma se deve ao sucesso da missão Artemis 1, concluída em dezembro após pouco mais de 25 dias no espaço.

A cápsula Orion, que sobrevoou sem ocupantes para seu primeiro voo de teste, foi impulsionada pelo novo foguete SLS - o mais potente do mundo - e foi colocada em órbita ao redor da Lua, antes de retornar à Terra.

A análise detalhada desta missão continua, disse em coletiva de imprensa o administrador associado da Nasa, Jim Free. Mas as primeiras avaliações permitem uma decolagem da segunda missão até "o final de novembro de 2024", acrescentou ele.

Para esta viagem, a Nasa deverá anunciar este ano os quatro tripulantes da Artemis 2, entre eles um canadense, que irão dar a volta ao redor do satélite sem pousar numa missão de cerca de dez dias.

"Estamos na busca pela tripulação da Artemis 2", afirmou Free. "No momento, não há nada que nos impeça depois do que aprendemos com a Artemis 1."

Depois virá a missão Artemis 3, prevista para cerca de 12 meses após a Artemis 2, em que os astronautas pousarão no polo sul da Lua e que ainda está oficialmente prevista para 2025, embora seja um calendário incerto.

"Nosso plano sempre foi de 12 meses, mas há desdobramentos importantes que precisam acontecer", alertou Free.

O módulo de pouso será uma versão da nave Starship da SpaceX, mas seu primeiro voo orbital ainda não ocorreu, enquanto os trajes espaciais ainda estão em desenvolvimento pela empresa Axiom Space.

O objetivo da Nasa é estabelecer uma presença permanente na Lua, com a construção de uma base e uma estação espacial orbitando o satélite.

Aprender a viver na Lua deve permitir testar as tecnologias necessárias para uma viagem ainda mais longa, como a ida e volta de uma tripulação a Marte.

Um foguete da SpaceX com dois astronautas americanos, um cosmonauta russo e um astronauta saudita decolou, nesta quinta-feira (2), rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), depois que o lançamento previsto para segunda-feira foi cancelado no último momento.

A decolagem aconteceu às 0H34 locais (2H34 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, sudeste dos Estados Unidos, segundo uma transmissão ao vivo.

O lançamento de segunda-feira foi cancelado por um problema nos sistemas em solo. A Nasa (agência espacial americana) explicou na quarta-feira que o problema afetava o fornecimento do líquido usado para ativar os motores e que tinha sido provocado por um "filtro obstruído", que foi substituído.

A agência espacial americana afirmou no Twitter que o foguete SpaceX Dragon Endeavour decolou nesta quinta-feira "iluminando o céu enquanto a tripulação segue para a órbita".

A cápsula Dragon deve ser acoplada à ISS às 1H17 (3H17 de Brasília) de sexta-feira, após uma viagem de pouco mais de 24 horas. A equipe deve permanecer na estação por seis meses.

A tripulação multicultural, Crew-6, é formada pelos americanos Stephen Bowen e Warren Hoburg, pelo russo Andrei Fediayev e pelo emiradense Sultan Al Neyadi.

Sultan Al Neyadi, de 41 anos, é o quarto astronauta de um país árabe da história, e o primeiro de seu país que passará seis meses no espaço. Seu compatriota, Hazzaa Al Mansoori, realizou uma missão de oito dias em 2019.

- "Todos profissionais" -

A missão também inclui um cosmonauta russo, em um momento em que as tensões entre Washington e Moscou estão no ponto máximo, um ano depois da invasão russa da Ucrânia.

"Somos todos profissionais. Estamos concentrados na missão", declarou Bowen, um veterano com três missões espaciais. "Sempre tivemos uma relação fantástica com os cosmonautas quando estamos no espaço", acrescentou.

Já estava previsto antes da ofensiva de Moscou, que os russos viajariam na SpaceX e os americanos na nave espacial russa Soyuz, um programa de intercâmbio que foi mantido. A ISS é um dos últimos campos de cooperação entre os dois países.

A Nasa contrata os serviços da empresa americana para o envio de seus astronautas aproximadamente a cada seis meses para a estação orbital.

Os astronautas fazem experiências científicas e asseguram a manutenção da estação, tripulada há mais de 22 anos.

A Crew-6 substituirá os quatro membros da Crew-5 (dois americanos, um russo e um japonês), que chegaram em outubro de 2022 e que vão voltar à Terra a bordo de sua própria nave SpaceX.

Também estão a bordo da ISS outros três tripulantes (dois russos e um americano), que chegaram em uma nave espacial Soyuz.

O foguete russo sofreu um vazamento em dezembro. A agência espacial russa, Roscosmos, enviou uma nave de resgate, que se acoplou com sucesso à ISS no sábado.

Com a missão de tirar a economia brasileira da armadilha do baixo crescimento, o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai encontrar nos primeiros meses de 2023 um cenário de desaceleração da atividade econômica, recuo do crédito, juros elevados por mais tempo e o risco de nova alta da inflação. Um quadro que requer atenção total para os níveis de endividamento das famílias e da inadimplência.

No cenário interno, os desafios não são pequenos. É o que apontam os dados da primeira Pesquisa de Economia Bancária do ano, que será divulgada hoje pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

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Como principal condutor da política econômica do governo Lula, Haddad toma posse nesta segunda (2), em cerimônia no Centro Cultural Banco do Brasil, com a tarefa de reverter esse cenário o mais rápido possível, após as promessas do presidente Lula nas eleições.

Depois de surpreender em 2022, o crescimento do mercado de crédito terá ritmo menor, mas deve se manter acima de 8% em 2023. A pesquisa captou uma piora generalizada das expectativas para o ano que se inicia.

A incerteza fiscal levou a maior parte dos entrevistados a acreditar que os juros só vão começar a recuar no terceiro trimestre do ano, nas reuniões do Banco Central de agosto ou setembro. Em relação ao nível de atividade, o desafio é ainda maior. Já se observa uma desaceleração, que deve trazer um Produto Interno Bruto do quarto trimestre com expansão próxima a zero, afetando o início de 2023.

Para Isaac Sidney, presidente da Febraban, a pesquisa é um alerta sobre a necessidade de rigor na política fiscal e no controle dos gastos públicos para o governo arrumar a casa. "Com o cenário externo ruim e o quadro doméstico igualmente desafiador, temos de buscar uma âncora fiscal forte e crível e firme controle da inflação. Não enxergo outra direção senão perseverar nesses fundamentos econômicos para arrumar a casa."

Sidney destaca que, para a maior parte dos entrevistados, a tramitação da PEC da Transição resultou em alteração das expectativas, tanto do início da flexibilização monetária quanto em uma elevação da taxa básica de juros em 2023. Ele ressalta que esse resultado reforça a importância de que o novo governo defina o mais rapidamente possível a nova âncora fiscal da economia.

Foco

O foco da política econômica de Haddad será o estímulo ao aumento do crédito para acelerar o crescimento do País, um programa de aumento das receitas para o caixa do Tesouro e aprovar uma reforma tributária voltada para aumentar a tributação dos mais ricos e crescimento do PIB.

Antes disso, terá de cumprir a promessa que fez para os primeiros dias de 2023 de lançar um "plano fiscal robusto" de ação para reverter o rombo de R$ 220 bilhões previsto para o ano, passando a tesoura em renúncias e subsídios, além de tirar do papel o programa "Desenrola", de negociação de dívidas das famílias por meio de um fundo garantidor.

Realizado com 20 instituições financeiras, o levantamento da Febraban mostrou que a inflação seguirá pressionada, sobretudo para as classes de renda mais baixas. Alimentos no domicílio e serviços também seguem em alta.

A preocupação dos analistas com os rumos da política fiscal se espelhou no adiamento do período esperado para o início do processo de flexibilização da política monetária (queda da taxa de juros) e na revisão da tendência de crescimento da economia. A pesquisa captou que a grande maioria (75%) dos participantes espera que o início da queda dos juros ocorra apenas a partir do 3.º trimestre de 2023. Para 20% dos participantes, no entanto, a taxa Selic deve começar a cair só no último trimestre do ano.

No terreno das contas públicas, embora os números correntes sejam positivos, a questão fiscal segue preocupante. Em 2022, o governo central deve registrar superávit primário de R$ 50 bilhões e dívida pública bruta pouco abaixo de 75%. Em 2023, a expectativa é de piora, com projeções de déficit primário de R$ 100 bilhões e dívida subindo para 80,5%.

A missão Artemis I da agência espacial americana (Nasa) será concluída neste domingo (11) com a descida e aterrissagem da nave espacial Orion no Oceano Pacífico, às 14h39 (horário de Brasília), após uma jornada de 25,5 dias no espaço e 2,1 milhões de quilômetros ao redor da Lua. A chegada ocorre perto da ilha de Guadalupe, na costa da Baixa Califórnia, no México.

A Artemis I é a primeira série de missões que têm o objetivo de construir uma presença humana de longo prazo na Lua nas próximas décadas, informa a Nasa. A equipe de recuperação de sistemas terrestres de exploração do Kennedy Space Center da Nasa na Flórida, junto à Marinha dos EUA, recuperará a espaçonave. Haverá uma cobertura ao vivo para o evento, que começa às 13h do horário de Brasília, disponível neste link.

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Orion, uma nave espacial não tripulada, foi lançada a bordo do foguete do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) no dia 16 de novembro do Complexo de Lançamento 39B no Centro Espacial Kennedy da Nasa. A missão Artemis I é o primeiro teste integrado dos sistemas de exploração do espaço profundo da agência espacial.

Confiança para missões à Lua

As informações preliminares da missão Artemis I dão confiança para missões mais complexas, como a de levar astronautas à Lua em 2025, afirma Rosa Ávalos-Warren, engenheira aeroespacial da Nasa e gerente de missão da Rede de Comunicações e Rastreio para Voos Espaciais Tripulados. O objetivo da missão é justamente colocar à prova todas as naves e sistemas envolvidos.

"Todas essas diferentes fases tiveram que funcionar juntas para poder enviar Orion em uma boa trajetória para chegar à Lua e tudo foi realizado com sucesso", disse a engenheira. "Atualmente, estamos a caminho de ter uma missão totalmente bem-sucedida com alguns objetivos adicionais que alcançamos ao longo do caminho", disse o gerente da missão Artemis I, Mike Sarafin, durante uma teleconferência.

Agora, resta estudar os dados que a Orion traz para conseguir "uma determinação mais específica" quanto à confirmação das datas de lançamento das missões seguintes, a Ártemis II e a Artemis III, ambas tripuladas, "sempre com a segurança dos astronautas como prioridade número um", ressalta Rosa.

O plano da Nasa é realizar a missão Artemis II em 2024 e no ano seguinte a Artemis III, em que os astronautas tocariam o solo do satélite pela primeira vez desde 1972, quando foram enviados astronautas à Lua na missão Apollo XVII.

(Com informações da Nasa e EFE)

Duas semanas após a colisão da sonda espacial enviada pela agência espacial norte-americana com um mini asteroide, a NASA confirmou nesta quinta-feira (13) o sucesso da missão DART. As informações foram divulgadas após uma análise minuciosa dos dados da operação, que confirmaram uma mudança na trajetória do corpo celeste.

No site oficial da agência espacial, os astrônomos explicaram que houve uma redução de 32 minutos no tempo total da órbita do asteroide conhecido como Dimorphos com o asteroide maior Didymos. Esta mudança no tempo de órbita se mostrou o suficiente para desviar a trajetória de uma possível colisão.

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É importante ressaltar que a missão era um teste para um novo sistema de defesa no caso de um asteroide entrar em rota de colisão com a Terra. Logo, os fascinados por astronomia podem respirar com alívio, pois mesmo se a missão tivesse falhado, o asteroide de testes Dimorphos está bem distante da linha de colisão com nosso planeta.

A missão teve seu início no último dia 26 de setembro e teve como plano central a colisão de uma sonda espacial com o asteroide, com o objetivo de alterar a trajetória do corpo celeste. Todo o processo foi divulgado e transmitido ao vivo pela NASA.

 

Três cosmonautas russos retornaram nesta terça-feira (29) à Terra após uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a agência espacial russa Roscosmos.

Oleg Artemiev, Denis Matveiev e Serguei Korsakov aterrissaram no Cazaquistão, segundo um comunicado.

De acordo com as imagens transmitidas ao vivo pela agência espacial russa, os três cosmonautas foram extraídos do módulo de descida da Soyuz com sorrisos no rosto e sob um céu azul.

A tripulação iniciou sua missão na Estação Espacial Internacional em meados de março, três semanas após o início da ofensiva russa na Ucrânia.

A Roscosmos publicou uma foto deles em julho a bordo do laboratório em órbita agitando bandeiras das regiões separatistas pró-Rússia de Luhansk e Donetsk, no leste da Ucrânia.

Os países ocidentais adotaram sanções econômicas contra Moscou nos últimos meses por sua intervenção militar na Ucrânia, que também teve impacto na indústria aeroespacial.

Essas medidas provocaram advertências severas do ex-chefe da agência espacial russa e firme defensor da intervenção na Ucrânia, Dmitri Rogozin.

O sucessor de Rogozin, Yuri Borisov, nomeado em julho, confirmou a decisão da Rússia de deixar a ISS após 2024 em favor da criação de sua própria estação orbital, mas sem definir uma data específica.

Os programas espaciais continuam sendo um dos poucos campos de cooperação entre Moscou e Washington, apesar das fortes tensões entre a Rússia e o Ocidente.

Na semana passada, um astronauta americano e dois cosmonautas russos chegaram à ISS em uma espaçonave Soyuz para uma missão de seis meses.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou nesta segunda-feira, 26, a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que vai observar o processo eleitoral no Brasil. "Eles vêm observar o que?", disse o candidato à reeleição a apoiadores, no Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo também voltou a defender uma contagem paralela de votos e afirmou que seus apoiadores no País são "no mínimo 60%".

"Eu vou estar agora com o chefe dos observadores que vêm observar as eleições aqui. Eu vou perguntar: 'vêm observar o quê?'", disse o presidente, antes de se encontrar nesta manhã com Rubén Ramírez Lezcano, que chefia a Missão de Observação Eleitoral da OEA. As declarações do candidato à reeleição foram publicadas nesta tarde em um canal no YouTube mantido por seus apoiadores.

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Bolsonaro também voltou a atacar as urnas eletrônicas. "A gente tem que contar os votos", afirmou. O presidente tem agido para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. Em discursos, levanta suspeitas infundadas de possíveis fraudes, sem nunca ter apresentado provas ou indícios de irregularidades. Em julho, o chefe do Executivo chegou a reunir embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para questionar a confiabilidade das urnas.

"Tem muita gente inteligente por aí, o número de pessoas que conseguiram o entendimento do que está em jogo nós somos hoje em dia no mínimo 60% no Brasil", declarou. Na semana, durante viagem a Londres, no Reino Unido, para o funeral da rainha Elizabeth II, Bolsonaro já havia dito que se não ganhar a eleição no primeiro turno, com no mínimo 60%, "algo de anormal" terá acontecido no TSE, que é o órgão responsável pela contagem dos votos na eleição.

OEA

O presidente se reuniu hoje com o chefe da missão da OEA no Palácio do Planalto. A seis dias do primeiro turno, a entidade começou a avaliar a disputa eleitoral no Brasil e também deve manter contato com outros candidatos, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de partidos políticos e observadores locais.

"Hoje nós tivemos a oportunidade de falar com o presidente da República Federativa do Brasil e com parte do gabinete do senhor presidente", disse Lezcano, a jornalistas, sem dar detalhes sobre o teor da conversa com Bolsonaro. "Nós mantivemos uma reunião muito cordial. Estamos levantando todos os depoimentos dos diferentes candidatos", respondeu o chefe da missão da OEA, quando questionado sobre os ataques do chefe do Executivo às urnas eletrônicas.

Lezcano afirmou que a OEA vai divulgar um relatório sobre o primeiro turno das eleições. "Nós estamos iniciando a nossa Missão de Observação Eleitoral. Vamos, a partir de agora, uma série de reuniões com os candidatos. Convidamos todos os candidatos a mantermos reuniões. Também com os partidos políticos, com as instituições do governo, como o TSE, entre outros, com as organizações da sociedade brasileira, com observadores locais", detalhou o chefe da missão da OEA, que é ex-ministro das Relações Exteriores do Paraguai.

"O mais importante é a transparência", declarou Lezcano, que deve viajar para São Paulo nesta quarta-feira, 28. A missão da OEA chegou ao Brasil na última sexta-feira, 23, e conta com 55 especialistas. Lezcano disse que deve se reunir com Lula quando houver um espaço na agenda do ex-presidente, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

Um pedaço carbonizado de detrito especial encontrado em terras agrícolas em Nova Gales do Sul faz parte de uma das missões SpaceX, empresa de Elon Musk, confirmaram as autoridades da Austrália nesta quinta-feira.

O material foi encontrado por um criador de ovelhas na semana passada em Dalgety, uma área afastada ao redor das Montanhas Nevadas da Austrália, acredita-se que no dia 9 de julho os destroços caíram em pedaços na Terra, a cerca de cinco horas de carro ao sudoeste da Austrália.

"Foi emocionante e estranho ao mesmo tempo", disse o astrofísico Brad Tucker à AFP. Ele visitou o local após ser procurado pelos agricultores locais no mês passado.

Encontrar o grande detrito alojado no campo vazio o fez lembrar do filme de ficção científica "2001 - Uma Odisseia no Espaço", disse o cientista. "É impressionante vê-lo".

Em um comunicado, a Agência Espacial da Austrália confirmou que o material procede de uma das missões de Musk e pediu aos moradores que informassem qualquer nova descoberta à SpaceX.

"A Agência confirmou que os escombros procedem de uma missão da SpaceX e continua em contato com nossos colegas dos Estados Unidos, assim como outras partes da Commonwealth e as autoridades locais", disse um porta-voz da agência.

Segundo Tucker, a peça fazia parte de um baú descartado pela cápsula anterior Crew-1, quando reentrou na atmosfera terrestre em 2021. Outros relatos de detritos espaciais já foram reportados em propriedades próximas, tornando provável o surgimento de mais peças da missão SpaceX.

A maioria dos detritos espaciais caem no mar, mas com o avanço das indústrias espaciais no mundo todo é provável que a quantidade em terra aumente, acrescentou. "Temos que perceber a existência do provável risco de atingir alguma vez uma área habitada e o que isso significa", alertou o Tucker.

O almirante Flávio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, embarca nesta quarta-feira, 18, para uma viagem ao Iraque. Além do petróleo, a visita tem interesse comercial direto da indústria de Defesa nacional, que anseia ampliar a venda de equipamentos bélicos àquele país. O governo de Jair Bolsonaro também se movimenta para estreitar os laços de empresas de armas leves com os iraquianos.

O governo do Iraque tem procurado novos parceiros para aquisição de armamento. No mercado internacional sabe-se do desejo daquele país de equipar sua força policial com armas leves. Empresas como Taurus e CBC, a primeira fabricante de armas, a segunda, de munições, podem se credenciar para este mercado.

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Além do Iraque, a missão chefiada pelo almirante Rocha irá a Marrocos, Egito, Emirados Árabes, Omã, Kuwait, Bahrein, Qatar e Arábia Saudita. A viagem começa nesta quarta-feira e dura até o dia 7 de junho. No final do circuito pelo Oriente Médio, a delegação brasileira vai passar por Hungria e República Tcheca, dois países com quem o governo Bolsonaro mantém boas relações.

Área econômica

A viagem é vista com reservas pela área econômica do governo. A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, gostaria que o governo desse prioridade neste momento a contatos com países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas o Planalto considera que a visita não teria implicações diplomáticas já que boa parte dos países atualmente tem interesse em fazer negócios com o Iraque.

Atualmente, as importações brasileiras do Iraque se restringem ao petróleo. As exportações são concentradas em açúcar e carnes de aves, bovina e de animais vivos. Na década de 1980, o Brasil teve o Iraque como um dos principais compradores de veículos militares fabricados pela Engesa, como o Urutu e o Cascavel. O Brasil também comercializou foguetes Astros e ainda haveria lançadores brasileiros antigos que demandam modernização, assim como os veículos militares.

A possibilidade de o próprio presidente Jair Bolsonaro participar dessa visita chegou a ser discutida no Palácio do Planalto. Nesse caso, a viagem se transformaria em visita de Estado, e certamente haveria uma agenda com o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al Kadhimi.

No fim do ano passado, Bolsonaro planejou a visita a Bagdá, mas a ideia foi abortada, entre outros motivos, por falta de segurança. Às vésperas da missão brasileira, o primeiro-ministro foi alvo de um atentado com drones. Ele escapou do ataque a sua residência.

Na ocasião, Bolsonaro ficou quase uma semana fora do Brasil. Ele passou pelo Oriente Médio em novembro e visitou Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos. A promoção de material bélico fabricado no Brasil foi um dos pontos altos do tour pelos países árabes.

No Planalto, o contato mais próximo de Bolsonaro com líderes do Iraque e de países em conflito é considerado valioso diplomaticamente por causa da presença do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ele já esteve duas vezes em nações árabes do Oriente Médio, e uma em Israel.

Depois de uma aproximação ideológica na campanha de 2018, o presidente buscou equilibrar as relações com os árabes, por receio de retaliações comerciais ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, com a promessa nunca concretizada de transferência da embaixada brasileira, que permanece em Tel Aviv. Bolsonaro também avalia oportunidades de vista a países como o Kuwait, entre outros. Os países da região buscam desenvolvimento agrícola e diversificação das respectivas economias.

Parceiro histórico

O Iraque é considerado parceiro histórico do Brasil e, no ano passado, o premiê Kadhimi acertou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o fim da participação de tropas americanas em confrontos no país, onde lutam contra o Estado Islâmico. Presentes desde a invasão em 2003, quando derrubaram o ditador Saddam Hussein, os militares americanos, também parceiros das Forças Armadas no Brasil, continuarão prestando auxílio e treinamento ao Exército iraquiano.

A maior parte das agendas tem sugestão da Secretaria de Produtos de Defesa, do Ministério da Defesa, em discussão com a Secretaria de Assuntos Estratégicos. Numa estratégia comercial, o atual secretário de produtos de Defesa, Marcos Degaut, será o próximo embaixador do Brasil em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

Questionados sobre a ida ao Iraque, a Secretaria Especial de Comunicação Social disse não ter informações sobre a agenda. A Secretaria de Assuntos Estratégico e o Ministério da Defesa não responderam.

A SpaceX, empresa aeroespacial norte-americana, quer lançar 52 missões em 2022. A expectativa é de que ocorra um lançamento por semana este ano. As informações são do The Verge.

O plano foi anunciado durante uma reunião virtual do Painel Consultivo de Segurança Aeroespacial da Nasa. Se o objetivo foi mesmo cumprido, a empresa do bilionário Elon Musk pode alcançar um novo recorde em 2022. O maior número de lançamentos da SpaceX ocorreu em 2021, com 31 missões.

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Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, na última sexta-feira (28), o uso da rede de satélites interconectados Starlink, da SpaceX, em operações de telecomunicação no Brasil. Com a decisão, áreas remotas e sem infraestrutura de cabos poderão ter conexão de alta velocidade à internet usando antenas.

Em menos de um ano, uma nave espacial da Nasa vai colidir deliberadamente contra um asteroide para desviar sua trajetória. Descrita como uma "defesa planetária", essa missão deveria preparar a humanidade em caso de ameaça de impacto.

O cenário lembra o filme "Armageddom", no qual Bruce Willis e Ben Affleck salvam o planeta de um grande asteroide que se projeta em direção à Terra.

No entanto, a agência espacial americana está desenvolvendo um experimento nada ficcional. Mesmo que por enquanto não se conheça nenhum grande asteroide que esteja em rota de colisão, a ideia é se preparar para esta possibilidade.

"Não queremos estar em uma posição na qual um asteroide se dirige para a Terra; devemos testar essa técnica", disse Lindley Johnson, do Departamento de Defesa Planetária da Nasa, na quinta-feira.

A missão, nomeada de DART (Double Asteroid Redirection Test), vai decolar da Califórnia a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 em 23 de novembro às 22h20 no horário local.

Dez meses depois, a nave alcançará seu alvo, que estará a 11 milhões de quilômetros da Terra. É o mais perto que chegará do planeta azul.

- Objetivo duplo -

Na verdade, é um objetivo duplo. O principal é o grande asteroide Didymos, de 780 metros de diâmetro, duas vezes a altura da torre Eiffel. Em sua órbita há uma lua, Dimorphos, de 160 metros de diâmetro e mais alta que a Estátua da Liberdade.

É nessa lua onde a nave vai pousar, cerca de 100 vezes menor que ela, projetada a uma velocidade de 24.000 km/h. O impacto lançará toneladas e toneladas de material.

Mas "não vai destruir o asteroide, só lhe dará uma pequena sacudida", disse Nancy Chabot, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que lidera a missão em colaboração com a Nasa.

Como resultado, a órbita do asteroide menor ao redor do maior se reduzirá somente "por volta de 1%", explicou.

A partir das observações realizadas por telescópios na Terra há décadas, sabe-se que Dimorphos orbita atualmente ao redor de Didymos em exatamente 11 horas e 55 minutos.

Usando os mesmos telescópios, este período será medido novamente depois da colisão. Nesse caso, talvez sejam "11 horas e 45 minutos, ou algo assim", disse o pesquisador.

Mas quanto exatamente? Os cientistas não sabem e é justamente isso o que querem investigar.

Há muitos fatores que entram em jogo, como o ângulo do impacto, o aspecto da superfície do asteroide, sua composição e sua massa exata, todos eles desconhecidos até o momento.

Deste modo, "se um dia descobrirmos um asteroide em rota de colisão com a Terra (...), teremos uma ideia da força que precisaremos para que esse asteroide não toque a Terra", explicou Andy Cheng, da Universidade Johns Hopkins.

A órbita ao redor do sol de Didymos, o grande asteroide, também mudará levemente, devido à relação gravitacional com sua lua, disse Cheng. Mas essa mudança será "pequena demais para ser medida".

- Caixa de ferramentas -

Um pequeno satélite também estará na viagem. Se desacoplará da nave principal 10 dias antes do impacto e usará seu sistema de propulsão para desviar levemente sua própria trajetória.

Três minutos depois da colisão, sobrevoará Dimorphos, para observar o efeito do impacto e possivelmente a cratera na superfície.

O custo total da missão é de 330 milhões de dólares. Se o experimento for bem-sucedido, "acreditamos que essa técnica poderia fazer parte de uma caixa de ferramentas, que estamos começando a criar, para desviar um asteroide", explicou Lindley Johnson.

"A estratégia é encontrar esses objetos não só anos antes, mas décadas antes de qualquer risco de colisão com a Terra", disse.

Atualmente são conhecidos 27.000 asteroides próximos ao planeta azul.

Lucy, a primeira missão da Nasa para os asteroides troianos na órbita de Júpiter, decolou neste sábado (16) na Flórida, para uma viagem de 12 anos que buscará permitir entender melhor a formação do nosso sistema solar.

O foguete Atlas V, encarregado de impulsionar a nave, partiu às 09h34 GMT (06h34 no horário de Brasília) de Cabo Canaveral, uma missão cujos custos chegam a quase um bilhão de dólares.

É a primeira nave de energia solar a se aventurar tão longe do Sol. Observará mais asteroides que qualquer outra nave anterior: oito no total.

Cada um desses asteroides deve "oferecer uma parte da história do nosso sistema solar, da nossa história", declarou em coletiva de imprensa Thomas Zurbuchen, diretor da divisão de ciência da agência espacial americana.

Lucy sobrevoará primeiro, por volta de 2025, um asteroide do cinturão principal, situado entre Marte e Júpiter, antes de visitar sete asteroides troianos, os dois últimos em 2033. O mais largo deles mede cerca de 95 quilômetros de diâmetro.

A nave se aproximará dos objetos a uma distância de entre 400 e 950 quilômetros, dependendo de seu tamanho, a uma velocidade de 24.000 km/h.

Equipada com três instrumentos científicos e uma enorme antena, os pesquisadores querem estudar a geologia, a composição, a densidade, a massa e o volume precisos dos asteroides, medições que são impossíveis de realizar com telescópios situados na Terra.

"Lucy incorpora a busca contínua da Nasa de se aprofundar mais no cosmos em nome da exploração e da ciência para entender melhor o Universo e nosso lugar nele", afirmou Bill Nelson, chefe da agência espacial americana, em um comunicado emitido pouco depois da decolagem.

Os asteroides troianos, dos quais cerca de 7.000 são conhecidos, orbitam em torno do Sol em dois grupos distintos, um à frente de Júpiter e outro por trás.

"Uma das coisas surpreendentes dos asteroides troianos é que eles são muito diferentes entre si, especialmente suas cores: alguns são cinza, outros vermelhos", disse Hal Levison, pesquisador principal da missão. "Acreditamos que a cor indica sua procedência", acrescentou.

- 'Um diamante a bordo' -

Lucy passará três vezes perto da Terra durante sua viagem de 6 bilhões de quilômetros para aproveitar sua atração gravitacional para o seu deslocamento. A nave será a primeira a voltar para as imediações do planeta azul desde os confins do sistema solar.

Para gerar energia, a nave contará com dois painéis solares de mais de sete metros de diâmetro cada.

A missão foi chamada de Lucy em referência ao fóssil de australopiteco descoberto na Etiópia em 1974, que ajudou a esclarecer a origem da humanidade. A Nasa pretende agora esclarecer a evolução do sistema solar.

Os pesquisadores que encontraram o fóssil estavam ouvindo, no momento da descoberta, a música "Lucy in the sky with diamonds", dos Beatles. Como referência a esse fato, o logotipo oficial da missão da Nasa foi desenhado em forma de diamante.

"Efetivamente, levamos um diamante a bordo", afirmou entre sorrisos Phil Christensen, responsável pelo Espectrômetro de Emissão Térmica, um instrumento científico que contém a pedra preciosa.

O artefato, chamado de L'TES, medirá a luz infravermelha, o que lhe permitirá determinar a temperatura na superfície dos asteroides.

"Ao comparar essas medidas de noite e de dia, podemos determinar se a superfície é feita de blocos de rocha, ou de poeira fina e areia", explicou Christensen, pois a rocha esfria de forma mais lenta que a areia durante a noite.

Quatro civis lançados ao espaço pela SpaceX, do empresário Elon Musk, voltaram à Terra neste sábado (18) à noite. O pouso foi realizado na costa leste da Flórida após uma missão de três dias.

Uma cápsula espacial da empresa transportando o quarteto pousou às 20h06 (de Brasília), de acordo com uma transmissão ao vivo da SpaceX. A cápsula carregava o comandante do navio; o empresário bilionário Jared Isaacman; a médica assistente Hayley Arceneaux; o geocientista Sian Proctor; e o engenheiro de dados aeroespaciais Chris Sembroski.

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No Twitter, Musk parabenizou a missão Inspiration4. Foi a primeira vez em que uma tripulação de pessoas que não eram astronautas ligados a governos viajou para orbitar em uma nave espacial da empresa.

As viagens espaciais privadas são uma parte de uma indústria espacial comercial que também inclui startups de lançamento de foguetes e empresas apoiadas por capital de risco focadas em satélites de reabastecimento, bem como empresas aeroespaciais maiores com décadas de experiência na construção de veículos espaciais para clientes de governos. Fonte: Dow Jones Newswires

O Conselho de Segurança da ONU renovou nesta sexta-feira (17) por seis meses sua missão política no Afeganistão (Manua) em uma resolução que também pede um "governo inclusivo e representativo" do Talibã e a participação das mulheres na vida social.

A resolução, aprovada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho, insiste na "importância de estabelecer um governo inclusivo e representativo" e apela à "participação plena, igualitária e significativa das mulheres e ao respeito pelos direitos humanos, incluindo mulheres e crianças e minorias".

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O texto foi elaborado pela Estônia e pela Noruega, país que celebrou a "mensagem de união" que o Conselho envia ao Afeganistão.

Em agosto, uma resolução do Conselho de Segurança pedindo liberdade de movimento para os afegãos que desejam deixar o país obteve apenas 13 votos, com a abstenção da Rússia e da China.

Em seu último documento, o Conselho de Segurança destaca o "importante papel que as Nações Unidas continuarão a desempenhar na promoção da paz e da estabilidade no Afeganistão".

A resolução também reconhece "a necessidade de redobrar os esforços para fornecer ajuda humanitária ao Afeganistão" e destaca a "importância da luta contra o terrorismo" no país.

Segundo fontes diplomáticas, o Talibã não se opôs à extensão da missão da ONU.

“Eles são obrigados a serem mais flexíveis” e “são mais pragmáticos” do que durante seu governo anterior no final dos anos 1990, considerou um especialista em Afeganistão das Nações Unidas que pediu para permanecer anônimo. “O Talibã precisa da ONU e é a nossa porta para influenciar suas decisões”, disse ele à AFP.

Os membros do Conselho de Segurança também pedem em sua resolução que o secretário-geral da organização, Antonio Guterres, lhes informe sobre a situação no Afeganistão e as atividades da Manua a cada dois meses até meados de março. Eles também pedem a apresentação de um relatório escrito até 31 de janeiro sobre o futuro do mandato da missão da ONU.

Este documento deve incluir "recomendações operacionais e estratégias considerando os recentes eventos políticos, de segurança e sociais", especifica a resolução.

Nas últimas semanas, várias ONGs, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, insistiram para que a ONU e os seus quase 2.000 representantes no Afeganistão mantivessem a sua presença no país para fiscalizar possíveis abusos de direitos humanos.

Três astronautas chineses iniciaram nesta quinta-feira (16) a viagem de retorno à Terra após uma missão recorde de 90 dias na construção de uma estação espacial do país.

Lançada em junho, pouco antes das celebrações do centenário do Partido Comunista Chinês, a missão Shenzhou-12 tem grande prestígio nacional para o governo do presidente Xi Jinping.

Esta é a missão mais longa de astronautas chineses, recordou em um comunicado a agência responsável por voos tripulados.

Os astronautas devem chegar à Terra na sexta-feira (17).

De acordo com portais de internet especializados, a tripulação deve pousar no deserto Gobi (noroeste), perto do Centro Espacial de Jiuquan, onde aconteceu a decolagem em 16 de junho.

Nesta quinta-feira, a nave Shenzhou-12 se separou às 8h56 horário de Pequim (21h56 de Brasília, de quarta-feira) da estação Tiangong ("Palácio Celestial"), à qual estava acoplada há três meses, informou a agência espacial.

A missão tripulada anterior da China, Shenzhou-11, havia acontecido no fim de 2016 com duração de 33 dias.

Durante a missão, os astronautas da Shenzhou-12, Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hongbo, trabalharam na construção da estação espacial, que teve o primeiro elemento lançado em abril. Eles fizeram várias saídas ao espaço.

A Shenzhou-12 constitui o terceiro dos 11 lançamento que serão necessários para a construção da estação, entre 2021 e 2022. Quatro missões serão tripuladas.

Após a conclusão, a estação "Palácio Celestial" terá dimensões parecidas com a antiga instalação soviética Mir (1986-2001) e deve ter uma vida útil de pelo menos dez anos, segundo a agência espacial chinesa.

O interesse chinês em ter a própria base humana na órbita terrestre foi estimulado pela recusa dos Estados Unidos de dar acesso ao país à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Esta última - uma colaboração entre Estados Unidos, Rússia, Canadá, Europa e Japão - deve ser aposentada em 2024, mas a Nasa afirmou que poderia seguir em operação potencialmente até 2028.

Durante o lançamento da missão em junho, o comandante Nie Haisheng destacou o caráter patriótico da operação.

"Há décadas escrevemos capítulos gloriosos da história espacial chinesa, e nossa missão encarna as esperanças do povo e do próprio Partido", declarou.

"Esta contribuição abre novos horizontes para a humanidade no uso pacífico do espaço", disse o presidente Xi Jinping no fim de junho, durante uma comunicação por vídeo com a equipe.

O programa espacial do país é controlado pelo exército.

A China investiu bilhões de dólares ao longo de décadas para alcançar o nível de potências espaciais como Estados Unidos e Rússia.

Depois de lançar o primeiro satélite em 1970, a China enviou seu primeiro astronauta ao espaço em 2003. Em 2013, colocou um robô na Lua.

O país asiático também planeja enviar astronautas à Lua antes de 2030 e construir uma base em colaboração com a Rússia.

Sobre Marte, os engenheiros chineses enviaram um robô teleguiado que pousou no Planeta Vermelho em maio.

A China alcançou outro sucesso em janeiro de 2019 com uma inovação mundial: o pouso de um robô (o "Coelho de Jade 2") no lado oculto da Lua.

Sete horas depois do lançamento na China, a missão Shenzhou-12, com três astronautas a bordo, acoplou-se "com êxito", nesta quinta-feira (17), ao primeiro módulo da estação espacial chinesa em construção, em um momento de grande rivalidade tecnológica com os Estados Unidos.

Esta é a primeira missão espacial tripulada chinesa em cinco anos. Ela estabelecerá um recorde de permanência para sua tripulação, que passará três meses no espaço.

Em um contexto de grande tensão com o Ocidente, o triunfo da missão é uma questão de prestígio para Pequim, que se prepara para celebrar o centenário do Partido Comunista Chinês (PCC) em 1º de julho.

Na quinta-feira à tarde (16), a agência espacial do país anunciou que a nave Shenzhou-12 se acoplou com sucesso à estação Tiangong ("Palácio Celeste"), que rivaliza com a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Sete horas antes, o foguete Longa Marcha-2F decolou com os três astronautas, às 9h22 do horário local (22h22 quarta-feira, no horário de Brasília), do centro de lançamento de Jiuquan, no deserto de Gobi, no noroeste da China.

Depois de 10 minutos, alcançou órbita, e a nave espacial se separou do foguete.

O canal de televisão estatal CCTV exibiu ao vivo as imagens do interior da nave, onde os três astronautas levantaram as viseiras dos capacetes para mostrar seus rostos sorridentes.

Câmaras posicionadas no exterior da nave exibiram imagens ao vivo da Terra.

"Os painéis solares foram acionados com êxito, e podemos declarar que o lançamento foi um sucesso", comemorou o diretor do centro de lançamento de satélites de Jiquan, Zhang Zhifen.

O comandante da missão é Nie Haisheng, um condecorado piloto do Exército de Libertação Popular, que já participou de duas missões espaciais. Os outros dois tripulantes também são militares.

O trio fez mais de 6.000 horas de treinamento para se acostumar com a ausência de gravidade.

"Lutamos a cada minuto para realizar nosso sonho espacial", declarou Liu Boming, outro membro da tripulação. "Treinei me dedicando à causa", acrescentou.

- Vida espacial -

Uma vez concluída, a estação "Palácio Celeste" terá dimensões parecidas com a antiga instalação soviética Mir (1986-2001), com uma vida útil de pelo menos dez anos, segundo a agência espacial chinesa.

A missão Shenzhou-12 é o terceiro dos 11 lançamentos que serão necessários para a construção da estação, entre 2021 e 2022. Quatro dessas missões serão tripuladas.

Além do módulo Tianhe, que já está em órbita, os dois módulos restantes - que serão laboratórios de biotecnologia, medicina e astronomia - serão enviados ao espaço no próximo ano.

No Tianhe, os astronautas se dedicarão a trabalhos de manutenção, instalações, caminhadas ao espaço, preparação de futuras missões e de próximas estadas de outros tripulantes.

O módulo tem um espaço para cada um deles, equipamentos para exercícios e um centro de comunicação com o controle terrestre.

Em sua cápsula, os três militares poderão escolher entre 120 alimentos nas refeições e treinar em uma esteira para manter a forma.

O interesse chinês em ter sua própria base humana na órbita da Terra foi estimulado pela proibição americana à presença de seus astronautas na ISS.

Esta última - uma colaboração entre Estados Unidos, Rússia, Canadá, Europa e Japão - deve ser aposentada em 2024, embora a Nasa (a agência espacial americana) tenha dito que poderia permanecer operacional além de 2028.

"Estamos prontos para cooperar com qualquer país que esteja comprometido com o uso pacífico do espaço", declarou Ji Qiming, alto funcionário da Agência Chinesa de Voos Tripulados (CMSA).

Na última quinta-feira (3) a produtora Paramount Pictures anunciou que as gravações do filme “Missão Impossível 7” foram paralisadas provisoriamente, por conta de membros da equipe de produção do longa-metragem que testaram positivo para Covid-19. Em comunicado oficial divulgado pela empresa, não foi especificado quantas pessoas foram infectadas, mas foi informado que as filmagens retornam dia 14 de junho. E que  os exames de rotina continuarão sendo realizados para detecção do vírus. 

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que o filme sofre com a pandemia. Já no começo de 2020, “Missão Impossível 7” foi um dos primeiros filmes a terem suas gravações paralisadas. De acordo com informações do jornal britânico "The Sun", houve um episódio em dezembro de 2020, no qual o ator Tom Cruise deu uma bronca em membros da equipe, por supostamente violarem os protocolos de segurança contra o vírus, chegando a  ameaçá-los de demissão, caso não houvesse mudança de comportamento.  

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As gravações do filme já passaram por diversos países como Emirados Árabes, Itália, Noruega e, agora já que está na reta final, a localização é no Reino Unido. O filme tem o retorno do protagonista Tom Cruise, além de Rebecca Ferguson e Simon Pegg. Já entre as novidades do elenco, estão dois atores que participaram de filmes da Marvel Studios: Hayley Atwell, conhecida por interpretar a agente Peggy Carter e Pom Klementieff,  que dá vida à alienígena Mantis, em “Guardiões da Galáxia: Vol. 2” (2017). 

A direção do longa-metragem está nas mãos de Christopher McQuarrie, que também dirigiu o quinto e o sexto filme da franquia. Por conta do tom que o cineasta imprime à  ação e aos personagens, o estúdio decidiu manter o diretor para a continuação, que está com previsão de estreia para 26 de maio de 2022. Apesar de ainda não ter sido lançado nos cinemas, o oitavo filme da saga já foi confirmado,  previsto para lançamento em 6 de julho de 2023.

A franquia “Missão Impossível” traz o personagem Ethan Hunt (Tom Cruise) sempre com uma tarefa mais difícil que a outra a cumprir, com o auxílio de sua equipe de agentes secretos. Ao longo de duas décadas, já foram lançados seis filmes: “Missão Impossível (1996), “Missão Impossível 2” (2000), “Missão Impossível 3” (2006), Missão Impossível – Protocolo Fantasma” (2011), “Missão Impossível – Nação Secreta” (2015) e “Missão Impossível – Fallout” (2018).     

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