Tópicos | call center do crime

Uma quadrilha acusada de fraudes contra idosos foi desarticulada em uma ação conjunta da Polícia Civil de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Ao todo, dez integrantes do bando foram presos no estado gaúcho e quatro na capital paulista. Segundo os agentes, o grupo era especializado na prática de estelionato por meio de ligações telefônicas e funcionava como uma empresa de call center. Eles são suspeitos de golpes que superam R$ 2 milhões contra correntistas bancários nos estados de Alagoas e Rio Grande do Sul.

De acordo com a investigação policial, o bando organizou uma central telefônica no bairro da Vila Brasilândia, região norte da capital paulista. Para praticar os golpes, a quadrilha entrava em contato com as vítimas, que vivem em cidades como Maceió (AL) e Santa Maria (RS), e comunicava aos correntistas que o cartão de crédito de uso pessoal deles havia sido clonado. Com a falsa afirmação, iniciava-se um procedimento fictício de cancelamento do objeto em que o cliente era convencido a quebrar o magnético ao meio e entregar a um representante que, autorizado pelos golpistas, chegaria ao endereço da pessoa em instantes.

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Após um membro da quadrilha retirar o cartão quebrado, o grupo, que já estava em posse da senha digitada pelo cliente no sistema utilizado pelos acusados, fazia saques e transferências de valores para outras contas. Segundo a polícia gaúcha, só na cidade de Santa Maria foram mais de 100 vítimas, e 43 criminosos vinculados ao grupo já foram identificados.

Em Maceió, capital alagoana, os golpes superam R$ 1,5 milhão. Ainda de acordo com os agentes paulistas, no escritório desativado pela ação foram encontradas anotações que podem levar à localização de outros grupos que atuam no mesmo segmento criminoso. A suspeita é de que quadrilhas instaladas em São Paulo apliquem golpes nos estados do Espírito Santo, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Além dos acusados, no "call center do crime" foram apreendidos 20 notebooks, aparelhos celulares, máquinas leitoras de cartão magnético e mais de 100 chips utilizados em telefonia móvel. Todos os presos vão responder por associação criminosa e estelionato.

Uma ação da Polícia Civil de São Paulo, na região norte da capital paulista, prendeu dez pessoas em um imóvel utilizado como “call center do crime”.

Segundo os agentes, o grupo composto por seis mulheres, três homens e uma adolescente é suspeito de usar um sistema para coletar informações privilegiadas de usuários de cartão de crédito.

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Os acusados foram detidos em flagrante.

De acordo com os policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o empenho dos investigadores descobriu uma estrutura organizada que permitia ao grupo ter acesso aos dados das vítimas.

Após chegarem às informações pessoais dos usuários, os operadores do “call center” repassavam o cadastro a outra equipe, que agia em nome de grandes empresas.

Assim, os acusados simulavam a prestação de serviço de “suporte ao cliente” para aplicar golpes financeiros.

Além dos suspeitos, foram apreendidos documentos que poderão comprovar a ação criminosa do grupo. Os acusados devem responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato e corrupção de menor.

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