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O capitão reformado da Polícia Militar (PM), Paulo de Andrade Romero, de 71 anos, foi morto com um tiro no peito em uma tentativa de assalto nessa sexta-feira (31), na Avenida Araruama, perto da rodoviária da cidade, na Região dos Lagos. Do início do ano até agora, 21 agentes de segurança já foram mortos.

De acordo com a PM, o militar prestava serviço de segurança ao comércio local e estava deixando a rodoviária com um funcionário da empresa, quando foi surpreendido por dois homens armados. Os criminosos queriam roubar a bolsa do amigo da vítima, que teria ido a uma agência bancária ali perto sacar uma importância em dinheiro.

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O capitão Paulo Romero não teve sequer tempo de reagir e levou um tiro no peito. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araruama, mas não resistiu.

Auxílio

O Portal dos Procurados divulgou neste sábado (1°), cartaz com título – Quem Matou? - para ajudar a Delegacia Policial de Araruama – com informações que levem à identificação e prisão dos envolvidos na morte do militar.

Com a morte do capitão Romero, chega a 21 o número de agentes de segurança assassinados no Rio em 2019, sendo 19 da Polícia Militar, um integrante da Guarda Municipal e um militar da Aeronáutica.

Em sua primeira disputa à Presidência da República, o capitão reformado do Exército Jair Messias Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), alcançou 55% dos votos válidos e tornou-se o quinto presidente eleito no Brasil após a redemocratização.

Bolsonaro já havia sido o primeiro colocado no primeiro turno, realizado no último dia 7, com 46% dos votos. Aos 63 anos, ele está no sétimo mandato como deputado federal e assumirá um cargo público no Executivo pela primeira vez no próximo dia 1º de janeiro.

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Durante a carreira como parlamentar, o militar foi autor de 170 projetos, dos quais apenas dois viraram lei. Em quase 30 anos na vida política, Bolsonaro ganhou notoriedade por adotar um discurso radical, incluindo ataques a homossexuais e mulheres, além de declarar abertamente apoio ao regime militar, responsável por torturas e mortes no Brasil entre 1964 e 1985.

Ao votar pelo encaminhamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, o parlamentar homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandantes do DOI-CODI, órgão responsável pela repressão a opositores durante o período da ditadura.

Com os escândalos de corrupção atingindo os partidos políticos tradicionais, Bolsonaro passou a angariar apoio entre os desiludidos com o atual governo e os saudosos da ditadura.

Nascido em Campinas, no interior de São Paulo, no dia 21 de março de 1955, Bolsonaro começou sua carreira militar ao cursar a Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Seguiu sua formação na Academia Militar das Agulhas Negras, onde se formou em 1977.

O presidente eleito serviu no 9º Grupo de Artilharia de Campanha, em Nioaque (MS), entre 1979 e 1981, além de ter integrado a Brigada de Infantaria Paraquedista, onde se especializou em operações com saltos de queda livre. Em 1983, formou-se na Escola de Educação Física do Exército e tornou-se mestre em saltos pela Brigada, chegando à patente de capitão.

Em 1986, liderou um protesto contra os baixos salários dos militares, o que lhe rendeu uma pena de 15 dias de prisão por infringir o regulamento disciplinar do Exército. A partir de 1988, Bolsonaro deu início à carreia política ao ser eleito vereador do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC).

Em 1993 envolveu-se em uma polêmica na Câmara ao alegar que a existência de muitas leis atrapalhava o exercício do poder e defendeu o retorno do ditadura militar e o fechamento do Congresso. Na ocasião, o deputado Vital Rego, corregedor do Congresso, solicitou à Procuradoria-Geral da República o início de uma ação penal por crimes contra a segurança nacional, ofensa à Constituição e ao regimento interno da Câmara Federal.

Em 2014, foi eleito o deputado mais votado do Rio de Janeiro, com 464.565 votos. Ao todo, ele foi eleito para sete mandatos, o último pelo Partido Progressista (PP). Em seu site, o vencedor do pleito deste domingo afirma ser conhecido "por suas posições em defesa da família, da soberania nacional, do direito à propriedade e dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa".

Vice-presidente da chapa, o general Antônio Hamilton Martins Mourão é natural de Porto Alegre (RS). Ele entrou no Exército em 1972 e esteve na ativa até fevereiro deste ano. Mourão é conhecido por dar declarações polêmicas que enaltecem o regime militar. Em setembro, afirmou que o 13º salário seria uma "mochila" nas costas dos empresários e foi repreendido publicamente por Bolsonaro.

Da Ansa

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