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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca em Brasília, nesta segunda-feira (26), para os últimos dias antes de voltar a assumir o governo federal. Na contagem regressiva para a cerimônia de posse, antes de receber a faixa presidencial pela terceira vez, o petista deve anunciar Marina Silva, Simone Tebet e outros ministros até a sexta. 

Lula não esconde a expectativa para o seu retorno e já afirmou que sua equipe vem trabalhando antes mesmo do seu retorno à gestão. Nas redes sociais, o presidente eleito prometeu ainda mais trabalho até a posse. “Uma nova página para o Brasil, com mais democracia e direitos para o povo brasileiro”, projetou em uma publicação. 

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Com 21 ministros anunciados, ainda restam 16 cadeiras conforme a promessa de iniciar a gestão com 37 pastas. Os nomes devem ser apresentados entre essa terça e quarta, com a oficialização do retorno de Marina Silva (Rede) ao Meio Ambiente e do ingresso de Simone Tebet (MDB) ao governo Lula. A ex-senadora é cotada para assumir o ministério da Agricultura ou do Planejamento, mas vem ganhando força na pasta de Cidades. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi eleito presidente da República no último domingo (30), com 50,9% dos votos, após quase quatro anos do governo Bolsonaro (PL), que perdeu a reeleição. Com governos totalmente diferentes, sobretudo no âmbito social, tendo em vista o respeito e a valorização aos direitos humanos como marcas dos governos petistas, e o desrespeito e não valorização como marcas do governo bolsonarista, Lula e Alckmin (PSB), o vice-presidente, irão se deparar com diversos desafios. 

A principal dificuldade a ser enfrentada pelo governo do petista será a economia. O rombo deixado por Bolsonaro de herança para Lula é de cerca de R$ 400 bilhões, segundo Henrique Meirelles, ex-ministro do Banco Central do governo Lula. 

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Segundo o cientista político da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a prioridade do momento é a economia, já que envolve tudo do governo. “Mexe com taxa de desemprego, estabilidade da moeda e, consequentemente, com a inflação, a taxa selic, e por aí vai. Se você estabiliza a economia, todas as outras vantagens aparecem. Então, se eu resolvo a economia na ponta, é possível que saúde seja resolvida, educação melhore e todos os outros elementos, mas ela é o primeiro ponto”, assegurou. 

O especialista acredita que Lula vai tentar dar um choque de mudança à sociedade começando pelos ministérios. “A gente começa com Meio Ambiente, Cultura, e o Ministério dos Povos Originários, que fez parte de todos os discursos dele. Nesse momento ele quer olhar muito mais para as questões dos direitos humanos para compensar os últimos três, quatro anos, que a gente vive de desrespeito aos direitos humanos, ao meio ambiente  que, para o mundo, é muito importante”, destacou. Ele complementou que todos os países estavam olhando para o Brasil por conta das questões ambientais nestas eleições, sem esquecer da defesa dos valores democráticos, dos direitos humanos, “mas questões ambientais estavam nesse radar do mundo inteiro”. 

No entanto, Ranulfo ressaltou que, certamente, a política de inclusão social não conseguirá ter muitos avanços no próximo ano, já que o orçamento de 2023 já está fechado. “É possível realocar as verbas do orçamento para os ministérios e converter em política de inclusão social. Agora, a gente só vai encontrar isso de forma mais clara a partir de 2024, se o governo tiver a intenção real de fazer isso, porque já é possível colocar no orçamento no final de 2023”, explicou. 

Centrão

A independência do Centrão com o orçamento secreto de Bolsonaro, que poderia ser um grande problema para Lula, começou a demonstrar apoios e tentativas de diálogo com o presidente eleito ainda no segundo turno da campanha eleitoral, já que o petista teve o apoio de Simone Tebet, do MDB, de Luciano Bivar, do União Brasil, além do PSDB, PSD, e outros partidos. 

O cientista político fez questão de ressaltar que a independência do Centrão não é ideológica, já que ele não é uma unidade partidária. “Não é coesa, não é ideológica e não caminha com a mesma finalidade, tanto que esse Centrão nesse atual governo, que insiste em dizer que não montou coalizão, saiu muito caro para o governo. Tão caro que teve que ser aceito um tal de orçamento secreto”, observou. 

“O Centrão já está sinalizando que precisa que a transição seja feita para que as negociações comecem a ser estabelecidas para o próximo governo. É óbvio que os principais caciques do Centrão não vão sentar à mesa com Lula na próxima semana debaixo do sol para que todo mundo veja, mas ele está aberto a negociações, até porque o Centrão não é base ideológica de Bolsonaro. Essa base [de Bolsonaro] não chega a 10% do que será o parlamento a partir de 2023”, evidenciou Paranhos. 

Ainda de acordo com o especialista, integrantes do PL e do Republicanos que foram eleitos “são bolsonaristas na eleição”. “Mas na prática, principalmente os que já têm expertise de mandato, sabem que não adianta ficar insistindo em questões ideológicas com o próximo governo. E eles vão necessariamente discutir questões práticas. É possível que blocos sejam montados para tentar reduzir o poder do Centrão, mas aí tem muita água para passar debaixo dessa ponte”, afirmou o cientista político.

Forças Armadas

A eleição de Bolsonaro e a propagação do bolsonarismo fez com que o número de candidatos policiais e de outras forças de segurança tivessem um aumento de 27% nesta eleição, quando comparado com os 2018, de acordo com o g1, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

O governo Bolsonaro também foi responsável por elevar em 70% a presença de militares em cargos de natureza civil na administração federal, segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). 

Desta forma, é cogitado que o governo de Lula leve os militares de volta para a caserna, como avaliou o cientista político Ranulfo Paranhos. Para ele, o governo vai tentar mostrar quais são os limites da força militar no Brasil. “Acredito que tem uma política silenciosa que tente impor os limites para que os militares voltem à sua condição e papel de militar, não ao seu papel político, que ganhou tanto espaço nesse governo. O espaço foi tanto ao ponto de militares começarem a dar declarações golpistas de cunho político, o que fugia da sua competência de militar”, destacou. 

A tentativa de Lula de distanciar-se do militarismo é tanta que está sendo cotado o nome de um civil para assumir o Ministério da Defesa, que é o retorno de Aldo Rebelo (PDT). “Ele meio que assumiu uma postura beligerante em relação ao PT, de distanciamento. Então, acho difícil que ele volte”, afirmou o especialista ao falar sobre o nome de Rebelo estar cotado para a Defesa.

Relações Internacionais 

Bolsonaro fragilizou as relações internacionais do Brasil durante todo o seu governo, enquanto Lula, no último debate para o segundo turno das eleições, deixou claro que, se eleito, começaria a viajar para tentar restabelecer as relações internacionais ainda neste 2022. 

O fato de Bolsonaro perder as eleições para Lula já foi suficiente para que os países começassem a fazer contato com o Brasil, como foi o caso dos Estados Unidos, que reconheceu a eleição de Lula 40 minutos depois do resultado, assim como Emmanuel Macron, presidente da França, que também ligou para o petista, como lembrou o cientista político Ranulfo Paranhos. 

“As relações internacionais vão ser um ponto de vista bem simbólico. O Brasil vai voltar a nadar de braçada porque desde domingo há a manifestação de líderes de outros países e o reconhecimento [da eleição] de imediato. As relações internacionais dependem muito dessa simbologia, de como os líderes se tratam, isso conta muito. Acredito que talvez esse seja o menor dos problemas, e seja a área que será resolvida com maior velocidade”, complementou o especialista.

Vale lembrar que a relação de Bolsonaro com Macron ficou fragilizada após um comentário infeliz feito por Bolsonaro sobre a primeira-dama francesa, em 2019. Na época, Macron disse que o episódio era “triste”. “Creio que os brasileiros, que são um grande povo, têm também vergonha de ver esse comportamento - eles esperam, quando se é presidente, que nos comportemos bem em relação aos outros. Como eu tenho uma grande amizade e respeito pelo povo brasileiro, espero que eles rapidamente tenham um presidente que se comporte à altura”, afirmou o francês.

Já com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por exemplo, Bolsonaro demorou 38 dias para reconhecer a sua vitória para Donald Trump, derrotado pelo democrata nas urnas, em 2020.  

O presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, disse que espera trabalhar do lado de Luiz Inácio Lula da Silva, que disputará as eleições de outubro e aparece em primeiro lugar nas pesquisas.

Eleito em 19 de dezembro, Boric, que completa 36 anos em 11 de fevereiro, vai tomar posse exatamente um mês depois e indicou que se reconhece mais na esquerda boliviana e brasileira do que na venezuelana.

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"Espero trabalhar ao lado de Luis Arce, na Bolívia, de Lula, se ele ganhar as eleições no Brasil, de Gustavo Petro, cuja experiência se consolida na Colômbia. Acho que pode ser um eixo interessante", declarou Boric em entrevista à rede britânica BBC, ao ser questionado se ele se reconhece em líderes da esquerda latino-americana.

"No caso da Nicarágua, não consigo encontrar nada lá, e no caso da Venezuela, é uma experiência que fracassou, e a principal demonstração de seu fracasso é a diáspora de 6 milhões de venezuelanos", acrescentou.

O futuro presidente do Chile ainda afirmou que valoriza "muito a experiência de Lula", mas que também procura "conhecer" a de Fernando Henrique Cardoso. "Não se pode ter referências estáticas", disse. 

Da Ansa

Emocionado, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, voou para Washington nesta terça-feira (19), véspera de sua posse, enquanto seu antecessor, Donald Trump - que vai ignorar a posse de Biden - pela primeira vez desejou sucesso ao novo governo.

Lágrimas rolaram pelo rosto do democrata em uma cerimônia de despedida em sua cidade natal, Wilmington, Delaware, onde ele homenageou seu falecido filho e político em ascensão Beau, antes de pegar um avião para a capital.

"Desculpe a emoção, mas quando eu morrer, Delaware estará escrito em meu coração", disse Biden. "Só lamento que ele não esteja aqui". Trump, que não aparecia em público havia uma semana, quebrou seus dias de silêncio com um discurso de despedida em vídeo.

Pela primeira vez, Trump pediu aos americanos que "rezem" pelo sucesso do novo governo de Biden - uma mudança de tom após semanas tentando persuadir seus seguidores de que o democrata trapaceou na eleição.

O republicano, porém, ainda não parabenizou Biden pessoalmente nem o convidou para o tradicional chá no Salão Oval.

Em um de seus últimos atos, Trump deve emitir dezenas de perdões, com muitas especulações sobre quem pode entrar na lista.

Do lado de fora da cerca da Casa Branca, o centro de Washington assumiu um visual distópico antes da posse, lotado de tropas da Guarda Nacional, barreiras de concreto e arame farpado, e praticamente sem a presença de pessoas comuns.

Para aumentar a tensão, espera-se que o Senado julgue Trump em breve, após seu histórico segundo impeachment pela Câmara dos Representantes por causa do ataque ao Capitólio.

- Biden chega à capital -

Biden partiu com sua esposa, Jill, para Washington, onde, à noite, fez um homenagem aos mortos pela covid-19 ao lado da nova vice-presidente, Kamala Harris.

Mais de 400 mil pessoas já morreram pelo coronavírus nos EUA. "Para curar, devemos lembrar. Às vezes é difícil lembrar, mas é assim que nos curamos. É importante fazer isso como uma nação", declarou Biden.

Na capital, o vasto gramado do National Mall, fechado ao público, foi preenchido com cerca de 200 mil bandeiras dos Estados Unidos para representar a multidão que, em outro contexto, participaria da posse.

Enquanto isso, mais de 20 mil soldados da Guarda Nacional estão em serviço, muitos carregando rifles automáticos e vestidos com equipamentos de combate completos.

Biden está chegando com uma forte mensagem de unidade, insistindo que pode trazer um país dividido de volta ao centro e, juntos, enfrentar suas múltiplas crises.

O discurso inaugural durará entre 20 e 30 minutos, de acordo com uma fonte familiarizada com os preparativos.

Para simbolizar o novo espírito, Biden convidou os dois principais senadores - o democrata Chuck Schumer e o republicano Mitch McConnell - e outros líderes do Congresso para participar de uma missa com ele na quarta-feira, antes da posse.

- Perdões -

Para Trump, a principal pendência agora é a esperada onda de perdões que ele está preparando. Segundo a imprensa americana, há cerca de 100 pessoas na lista.

O enorme indulto presidencial deve incluir uma mistura de criminosos de colarinho branco e pessoas cujos casos foram defendidos por ativistas da justiça criminal.

Os nomes mais controversos que têm sido alvo de especulações são Edward Snowden, Julian Assange e o influente conselheiro de Trump, Stephen Bannon.

Porém, Trump, segundo os últimos relatos da mídia dos EUA, se afastou da tentação de conceder a si mesmo um perdão preventivo. Isso irritaria seus apoiadores republicanos no Senado momentos antes do início do julgamento de impeachment.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, revelará nesta quinta-feira (14) seus planos para lutar contra a Covid-19 e injetar 1,9 trilhão de dólares na economia, mas a agenda de seus 100 primeiros dias de governo será ofuscada pelo julgamento político do atual presidente, Donald Trump.

Um dia após Trump ser acusado na Câmara dos Representantes, Biden espera aproveitar seu discurso, pronunciado no horário nobre, para dar esperança aos americanos. Com os companheiros democratas no controle de ambas as câmaras do Congresso, o futuro presidente terá a chance de aprovar o que seria o terceiro pacote de ajuda em massa para uma pandemia.

O democrata tomará posse em 20 de janeiro, numa Washington transformada em um campo entrincheirado desde o ataque ao Capitólio na semana passada por partidários do presidente republicano. Agora é urgente que Joe Biden volte ao seu programa, depois de uma semana que abalou a maior potência mundial.

Ele deve apresentar uma série de "projetos legislativos para financiar vacinas e prestar ajuda imediata e direta às famílias", em face da pandemia e da crise econômica, segundo sua equipe de transição. Biden deve aproveitar a oportunidade para lançar "um apelo" ao seu campo democrata e aos seus adversários republicanos para "adotar suas propostas rapidamente no Congresso".

A proposta do democrata, chamada Plano de Resgate Americano, incluirá uma série de medidas destinadas a revitalizar a maior economia do mundo, informaram membros do alto escalão do próximo governo. A iniciativa inclui o aumento do salário mínimo em nível federal para 15 dólares a hora, ajuda aos governos estaduais e municipais, a reabertura de escolas de forma segura, a implementação de uma campanha de imunização em massa contra a Covid-19 e o aumento do pacote de estímulo que o Congresso aprovou no mês passado.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, disseram que começariam a trabalhar para garantir o êxito do plano. "Colocaremos mãos à obra para converter a visão do presidente eleito em uma lei que seja aprovada por ambas as câmaras e promulgada", assinalaram em declaração conjunta.

- Promessa de 'reconciliação' -

Nesta quarta-feira à noite, após a votação que rendeu a Donald Trump o título inglório de primeiro presidente americano alvo de um segundo "impeachment", Joe Biden pediu ao Senado que conciliasse "o processo de impeachment" e o avanço de "assuntos urgentes da nação".

"Esta nação permanece sob a ameaça de um vírus mortal e uma economia vacilante", alertou, enquanto o país continua a bater recordes de mortes diárias por Covid-19 e pode superar até sua posse os 400.000 mortos.

O futuro presidente também deixou transparecer sua preocupação em ver um Congresso monopolizado pelo julgamento de Donald Trump por "incitamento à insurgência", relegando para segundo plano as audiências de confirmação de membros de seu governo, essenciais para permitir que passe rapidamente para a ação.

E o clima de confronto partidário que poderia acompanhar os debates também ameaça a promessa de "reconciliação" e "união" do candidato Biden.

Porque agora que o "impeachment" foi votado na Câmara de Representantes pelos democratas, mas também, notadamente, por dez republicanos, a continuação do procedimento permanece muito incerta.

Nancy Pelosi, ainda não disse quando pretende encaminhar a acusação à Câmara Alta, que é constitucionalmente responsável pelo julgamento. E o Senado, que passará em 20 de janeiro para o controle democrata, não se reunirá até o dia anterior. A data do julgamento não foi definida.

- Campo republicano rachado -

Mesmo que o acusado seja posteriormente um ex-presidente e que, portanto, a aposta de destituí-lo do poder tenha desaparecido, tal julgamento corre o risco de capturar toda a atenção da mídia.

Por um lado, porque "se o presidente for considerado culpado, haverá outra votação para proibi-lo de ser candidatar novamente", advertiu na quarta-feira Chuck Schumer, que se prepara para assumir as rédeas da maioria democrata no Senado.

Por outro lado, porque ao contrário do julgamento de impeachment há um ano no caso ucraniano, quando os republicanos se uniram em apoio ao seu presidente, desta vez a unidade da direita já está rompida - muitos de seus representantes viraram as costas ao ex-empresário desde a violência no Capitólio, que deixou cinco mortos. A tal ponto que uma condenação de Donald Trump, embora longe de ser garantida, não parece mais impossível.

O influente líder dos senadores republicanos, Mitch McConnell, tornou público que não descarta votar a favor da condenação. O estrategista sabe que um sinal de sua parte nessa direção poderia ajudar o partido Republicano a virar definitivamente a página de Trump.

O presidente cessante, que obstinadamente se recusava até o caos da semana passada reconhecer que Joe Biden ocuparia a Casa Branca em 20 de janeiro, sonhava em continuar a ter peso na formação, ou mesmo concorrer à reeleição em 2024.

Cada vez mais isolado enquanto se prepara para se retirar em sua propriedade em Mar-a-Lago, Flórida, ele tem tentado nos últimos dias tranquilizar pedindo calma e se distanciando de seus apoiadores na origem da violência de 6 de janeiro.

Principalmente porque os serviços de segurança estão a ponto de enfrentar a ameaça de novas manifestações em Washington e outras cidades do país, neste final de semana e durante a tomada de posse do democrata, nos degraus de um Capitólio reforçado em termos de segurança.

Os senadores terão que fazer malabarismo para julgar um ex-presidente republicano enquanto cooperam com uma agenda enviada por um presidente democrata. Biden tenta persuadir a câmara alta a administrar os dois temas de forma organizada e eficaz, ocupando-se "metade do dia do julgamento político e na outra metade, de que minha gente seja nomeada e confirmada no Senado, além de tratar do pacote".

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, receberá sua segunda dose da vacina anticovid-19 nesta segunda-feira (11), anunciou seu gabinete no domingo (10).

Sua primeira injeção foi transmitida ao vivo pela televisão em 21 de dezembro passado para gerar confiança e motivar o público a se vacinar.

Biden, de 78 anos, disse aos americanos que "não havia nada para se preocupar", ao receber a vacina da Pfizer no Hospital Christiana em Newark, em Delaware (leste).

Sua equipe confirmou neste domingo que a segunda inoculação também será feita diante das câmeras. Mais de 374.000 pessoas morreram, devido à Covid-19 nos Estados Unidos.

Na última sexta-feira (8), Biden criticou o presidente Donald Trump pelo início conturbado da campanha de vacinação, que ele chamou de "paródia".

Cerca de 6,7 milhões de americanos já receberam a primeira dose, bem abaixo dos 20 milhões prometidos por Trump até o final de 2020. Em um país como os Estados Unidos, onde já foram distribuídas 22,1 milhões de doses, o desafio logístico para chegar à população de risco e aos profissionais de saúde é enorme.

As duas vacinas aprovadas até agora pelas autoridades sanitárias americanas - Pfizer/BioNtech e Moderna - exigem duas doses separadas por três, ou quatro semanas, respectivamente.

Biden, que assume o cargo em 20 de janeiro próximo, anunciou que planeja distribuir todas as doses disponíveis, em vez de reter a metade para garantir que cada pessoa receba sua dose de reforço, como indica o protocolo atual.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, estará presente na cerimônia de posse do presidente eleito Joe Biden, noticiaram diversos meios de comunicação, após o presidente Donald Trump anunciar que não participará do evento.

As relações entre Trump e Pence se deterioraram muito desde que o vice-presidente confirmou na quinta-feira (7) a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, diante das duas câmaras, após um dia de violência inimaginável em Washington.

Uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o Capitólio, onde as sessões tiveram que ser interrompidas. Cinco pessoas morreram nos distúrbios, dos quais o presidente republicano é acusado de incitar com suas declarações.

No sábado, vários veículos, citando autoridades do governo, anunciaram que Pence decidiu comparecer à posse de Biden em 20 de janeiro.

O presidente eleito declarou na sexta-feira que Mike Pence era "bem-vindo" à cerimônia, ao mesmo tempo em que comemorou o anúncio feito por Trump no Twitter sobre sua ausência no evento, na última mensagem na rede social antes de sua conta ser desativada.

Devido à pandemia, a posse de Biden está prevista em formato reduzido.

Após a violência de 6 de janeiro, Trump corre o risco de um segundo processo de impeachment a partir de segunda-feira.

No poder desde 2017, o republicano já foi objeto de um processo de impeachment no Congresso, iniciado pela presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, no final de 2019.

Ele foi acusado de pressionar a Ucrânia a iniciar uma investigação de corrupção contra o rival Biden. Foi absolvido pelo Senado de maioria republicana no início de 2020.

O presidente eleito Joe Biden confirmou, nesta quinta-feira (7), que designará o jurista Merrick Garland como procurador-geral dos EUA em seu governo.

Há cinco anos, Garland teve sua indicação para a Suprema Corte negada pelos republicanos. Este juiz da Corte de Apelações é reconhecido como um liberal moderado e não está alinhado com qualquer partido político.

Em 2016, porém, os senadores republicanos bloquearam por oito meses a indicação de Obama, permitindo ao presidente Donald Trump nomear um magistrado conservador para preencher a vaga somente no ano seguinte.

Garland e outros funcionários de alto escalão do Departamento de Justiça serão apresentados por Biden nesta quinta-feira, disse a equipe de transição do presidente eleito em uma nota.

Garland, de 68 anos, tem uma longa carreira como advogado no setor privado e foi procurador-geral.

Em 1993, foi nomeado procurador-geral adjunto do Departamento de Justiça, onde lidou com casos graves de segurança nacional, incluindo os atentados a bomba em Oklahoma City e nas Olimpíadas de Atlanta-96.

Em 1997, o presidente Bill Clinton o nomeou para a Corte de Apelações de Washington, e ele recebeu amplo apoio de senadores democratas e republicanos em sua confirmação.

Tornou-se o juiz principal desse tribunal em 2013 e, em março de 2016, Obama o escolheu para ocupar a vaga aberta na Suprema Corte após a morte de Antonin Scalia. Como se viu, essa nomeação não foi adiante.

Sua nova nomeação não deve encontrar grandes dificuldades no Senado, onde os democratas agora têm uma pequena maioria (em caso de necessidade de desempate, com o voto da vice Kamala Harris) e onde, provavelmente, também conquistará o apoio dos republicanos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta terça-feira (5) a proibição de todas as transações com o Alipay, WeChat Pay e outros aplicativos vinculados a empresas chinesas, alegando que as mesmas poderiam enviar informações dos usuários ao governo de Pequim.

A ordem executiva entrará em vigor em 45 dias, semanas após Trump ser ser substituído na Casa Branca pelo presidente eleito, Joe Biden. Um funcionário do alto escalão do governo informou que a ordem e sua implementação não foram discutidas com "a possível próxima administração de Biden".

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A decisão é anunciada depois que ordens executivas anteriores destinadas a proibir o TikTok, propriedade da ByteDance, com sede na China, foram rejeitadas por decisões judiciais que indicaram que Trump ultrapassou sua autoridade legal.

Os aplicativos no alvo da nova proibição foram escolhidos devido ao número extremamente elevado de downloads, o que significa que dezenas de milhões de usuários correm o risco de que seus dados sejam usados, segundo o funcionário do goveno. "Estamos tentando nos articular com o mundo e tomar medidas para impedir que a invasão da estratégia de big data da China - fotos, mensagens de texto, ligações - seja inserida nesta ferramenta de massa para a opressão global ", indicou.

A ordem de Trump pede ao secretário de Comércio que revise e avalie outros aplicativos que deveriam ser incluídos na proibição. Especificamente, cita Alipay, CamScanner, QQ Wallet, SHAREit, Tencent QQ, VMate, WeChat Pay e WPS Office.

O presidente eleito Joe Biden disse nesta segunda-feira (28) que os nomeados de Donald Trump no Pentágono estavam protelando a transição e alertou que os Estados Unidos enfrentam riscos de segurança como resultado.

Depois que ele e a vice-presidente eleita Kamala Harris foram informados por suas equipes de transição sobre a segurança nacional, Biden disse que nomeados políticos no Pentágono, bem como no Escritório de Administração e Orçamento, colocaram "barreiras".

"No momento, simplesmente não estamos obtendo todas as informações de que precisamos do atual governo nas principais áreas de segurança nacional", disse Biden após o briefing. "Não é nada menos que, a meu ver, irresponsabilidade."

Biden disse que busca "uma imagem clara" da equipe de transição sobre as posições das tropas americanas em todo o mundo.

"Precisamos de total visibilidade do planejamento orçamentário em andamento no Departamento de Defesa e em outras agências para evitar qualquer janela de confusão ou recuperação que nossos adversários possam tentar explorar", disse Biden.

Trump se recusou a reconhecer a eleição de 3 de novembro, que Biden venceu por cerca de sete milhões de votos e por 306-232 no Colégio Eleitoral. O presidente fez alegações infundadas de fraude generalizada.

O governo Trump causou preocupação ao abalar a liderança do Pentágono desde a eleição, incluindo demitir o secretário de defesa Mark Esper, que se distanciou do uso da força pelo presidente contra manifestantes antirracismo desarmados no início deste ano.

O novo secretário de defesa interino de Trump, Chris Miller, disse que o governo concordou com o pessoal de Biden em pausar as instruções para a temporada de festas, uma afirmação que a nova equipe qualificou como falsa.

A mobilização de última hora de leais a Trump no Pentágono ocorre em meio a altas tensões com o Irã, que Trump culpou por um ataque contra a embaixada americana no Iraque antes do aniversário do assassinato em Bagdá de um importante general iraniano pelos EUA.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou nesta terça-feira (22) Miguel Cardona como secretário de Educação, batendo o recorde de latinos no gabinete.

"Em Miguel Cardona, os Estados Unidos terão um professor de escola pública experiente e dedicado", afirmou Biden, assinalando que o perfil do escolhido poderá ajudar a "abordar as desigualdades sistêmicas", lidar com a crise de saúde emocional entre os professores e garantir um ensino pré-escolar universal e de alta qualidade.

A Liga de Cidadãos Latinos Americanos (Lulac) comemorou a nomeação e cumprimentou Biden por cumprir a promessa de superar a cota de latinos dos governos de Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. "A escolha de Miguel A. Cardona significa que temos agora a possibilidade de, pela primeira vez na História, três latinos estarem no gabinete", assinalou a organização.

A Associação Nacional de Funcionários Latinos Eleitos e Designados (Naleo) destacou que, como originário de Porto Rico, Cardona enfrentou dificuldade para aprender inglês na pré-escola e passou a maior parte de sua carreira trabalhando para eliminar o abismo entre os estudantes de minorias e os demais.

O assessor sênior da Casa Branca do presidente eleito, Joe Biden, o congressista Cedric Richmond, testou positivo para Covid-19 após "interações" ao ar livre com Biden, informou a equipe de transição nesta quinta-feira (17).

Richmond viajou de forma independente para o estado da Geórgia para fazer campanha com Biden, na terça-feira (15), pelos dois democratas que concorrem ao Senado em um segundo turno apertado contra senadores republicanos em exercício.

"As interações de Richmond com o presidente eleito aconteceram ao ar livre, foram usando máscara e totalizaram menos de 15 minutos consecutivos, o prazo do CDC para contato próximo", disse a porta-voz da transição Kate Bedingfield em comunicado, referindo-se às diretrizes estabelecidas pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Ela disse que o parlamentar, que atuará como diretor do Escritório de Engajamento Público da Casa Branca, "não manteve contato próximo, conforme definido pelo CDC, com o presidente eleito" ou com os candidatos democratas Jon Ossoff e Raphael Warnock. Biden, 78 anos, apresentou resultado negativo para Covid-19 em teste nesta quinta-feira, afirmou sua equipe.

Richmond, 47 anos, desenvolveu sintomas na quarta-feira (16) e fez um teste rápido, que deu positivo, de acordo com Bedingfield. Um segundo teste também deu positivo e Richmond entrou em quarentena de 14 dias.

Dezenas de pessoas na órbita do presidente Donald Trump contraíram o vírus, que causou pelo menos 310 mil mortes nos Estados Unidos. O mais recente a adoecer de Covid-19 foi o secretário do Interior, David Bernhardt, que supostamente testou positivo na quarta-feira, antes de uma reunião de gabinete com Trump, à qual, por esse motivo, não compareceu.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, fez nesta segunda-feira (14) sua maior crítica a Donald Trump desde as eleições de novembro, ao afirmar que o presidente republicano desafiou a Constituição e "a vontade do povo" com sua insistência em não reconhecer os resultados eleitorais.

"É uma posição tão extrema, que nunca haviamos visto. Uma posição que se recusou a respeitar a vontade do povo, a respeitar o Estado de Direito e a honrar a nossa Constituição", disse Biden em discurso após ter sua vitória confirmada pelo Colégio Eleitoral.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, sofreu uma fratura no pé direito durante uma brincadeira com seu cachorro, informou no domingo (29) sua equipe. Biden, 78 anos, sofreu a fratura ao escorregar enquanto brincava no sábado com um de seus dois pastores alemães, Major.

O médico pessoal do presidente eleito, Kevin O'Connor, informou em um primeiro momento que Biden sofrera "uma torção no pé direito" sem "fratura aparente". Mas uma tomografia computadorizada "confirmou fissuras (...) no meio do pé", indicou o médico pouco depois, em um comunicado publicado pela assessoria de imprensa do democrata.

O'Connor informou que o presidente eleito "terá que usar provavelmente uma bota ortopédica durante várias semanas". O ex-vice-presidente de Barack Obama tomará posse em 20 de janeiro e será o presidente mais idosos da história dos Estados Unidos.

O democrata levará para a Casa Branca seus dois pastores alemães, Major, adotado em 2018, e Champ, que está com a família Biden desde 2008.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (29) que a equipe de comunicações da Casa Branca será integrada exclusivamente por mulheres - algo inédito na história do país, anunciou a Presidência.

Entre as nomeadas está Jen Psaki, que atuará como secretária de imprensa da Casa Branca, um cargo de alta exposição.

Psaki, de 41 anos, ocupou vários cargos de alto nível, inclusive o de diretora de comunicações da Casa Branca durante o governo do presidente Barack Obama, de quem o futuro presidente foi vice.

Biden e a vice-presidente eleita, Kamala Harris, tentou fomentar a diversidade nas nomeações que foram anunciadas até agora para integrar o Executivo, que assumirá suas funções em 20 de janeiro.

"Tenho o orgulho de anunciar hoje a primeira equipe de comunicações de alto nível da Casa Branca, composto em sua totalidade por mulheres", disse o presidente eleito em um comunicado.

"Estas comunicadoras qualificadas e experientes aportam diversas perspectivas ao seu trabalho e um compromisso compartilhado de reconstruir este país", acrescentou.

Além de Psaki, foram anunciadas mais seis nomeações.

Kate Bedingfield, que foi vice-diretora de campanha de Biden, assumirá o cargo de diretora de comunicações da Casa Branca.

Ela foi diretora de comunicações de Biden, quando ele era vice.

Ashley Etienne dirigirá as comunicações de Harris, de quem Symone Sanders será a porta-voz principal.

Pili Tobar foi nomeada como vice-diretora de comunicações da Casa Branca e Karine Jean Pierre será a vice-diretora principal de imprensa.

Elizabeth Alexander ocupará, por sua vez, a direção de comunicações da futura primeira-dama, Jill Biden.

Estas nomeações não precisam de confirmação no Senado, diferentemente da maioria dos cargos no nível de gabinete.

A equipe de política externa do presidente eleito Joe Biden entrou em cena com promessas de retornar à cooperação internacional e aos valores democráticos após os caóticos quatro anos de Donald Trump.

O governo que tomará posse no dia 20 de janeiro já disse que sua maior prioridade é o combate à covid-19, mas também precisará enfrentar decisões em diversos assuntos mundiais.

- China e Rússia -

Em seu último ano, o governo Trump deu uma guinada agressiva contra a China. Tachou como um fracasso os anos de comprometimento dos EUA com a segunda potência mundial e se envolveu em um grande confronto com Pequim, cujo governo ele culpou pela pandemia de covid-19.

Biden, que tem experiência diplomática nas relações com a China, concorda que os tempos mudaram e que a potência asiática deve ser tratada como concorrente.

No entanto, a equipe de Biden provavelmente vai moderar sua retórica. O secretário de Estado escolhido, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos serão muito francos em relação aos direitos humanos e outras questões, mas também buscarão áreas nas quais possam trabalhar junto com Pequim, como o combate à pandemia e as mudanças climáticas.

Em contrapartida, Biden promete assumir uma posição mais dura com a Rússia, cujo presidente Vladimir Putin é admirado por Trump. Essa abordagem de Biden inclui a imposição de custos a Moscou por sua suposta interferência nas eleições dos EUA e o apoio a grupos pró-democracia de Belarus, aliada da Rússia.

Mas, embora Biden provavelmente não fale em "reajustar" as relações, como fez o presidente Barack Obama, muitos especialistas acreditam que ele não tem outra escolha a não ser um acordo com a Rússia.

Um dos primeiros testes para Biden poderia ser o tratado Novo START, que limita o número de ogivas nucleares e expira em 5 de fevereiro. Os líderes democratas concordam com Putin em prorrogar esse tratado por um ano.

- Virada no Oriente Médio -

Biden defende que a diplomacia volte a reinar nas relações com o Irã, país que tem sido alvo de sanções de Trump, mas é preciso considerar que qualquer negociação com Teerã será difícil.

Biden, Irã e países europeus ainda apoiam o tratado de desnuclearização negociado por Obama, ao qual o governo de Teerã aderiu, até que Trump retirou os Estados Unidos do pacto.

Biden pede que o acordo seja mais severo e extenso, mas o Irã já está jogando duro. Advertiu que não revisará as condições e que não apenas buscará amenizar as sanções impostas por Trump, mas também quer que Washington indenize o país pelos prejuízos sofridos.

Como fator de pressão para ambos as partes estão as eleições presidenciais no Irã, que serão realizadas em junho. Os favoritos são adeptos da linha-dura que argumentam que Teerã errou ao confiar nos EUA.

Biden também alertou que será enérgico com a Arábia Saudita, um aliado tradicional de Washington que foi cortejado por Trump apesar de seu histórico questionável nos direitos humanos, que inclui o assassinato brutal do escritor Jamal Khashoggi.

- Tropas no Afeganistão -

Biden herda de Trump um acordo com o Talibã, por meio do qual as tropas americanas deixarão o Afeganistão em maio e encerrarão a guerra iniciada há quase 20 anos. Trump já está acelerando o retorno dos soldados e planeja retirar cerca de 2 mil até meados de janeiro.

O Afeganistão é uma das poucas questões em que Biden concorda com Trump. Quando era vice-presidente de Obama, Biden questionou os compromissos militares assumidos por tempo indeterminado com Cabul.

Mas Biden, ciente da turbulência gerada no Iraque quando Obama retirou todas as tropas americanas, disse em setembro que deseja manter uma pequena força antiterrorismo no Afeganistão capaz de enfrentar extremistas do grupo Estado Islâmico.

- Fim do romance com a Coreia do Norte -

Um dos gestos diplomáticos mais incomuns de Trump foram seus três encontros com o líder norte-coreano Kim Jong Un, por quem ele disse ter "se apaixonado".

Biden, que foi chamado pela mídia estatal norte-coreana de um "cachorro louco" que deve ser "espancado até a morte", afirmou que não se encontraria com Kim sem condições pré-estabelecidas.

O presidente eleito acusa Trump de ter legitimado Kim, mas está aberto a negociações de nível baixo com Pyongyang.

- Mudança com a Venezuela? -

A equipe de Biden deu sinais claros sobre como vai lidar com a Venezuela depois que Trump tentou sem sucesso derrubar, por meio de sanções, o governo socialista de Nicolás Maduro.

Alguns analistas acreditam que Biden será mais moderado com Caracas e defenderá mais a mediação internacional para conseguir uma transição gradual para um novo governo venezuelano.

Maduro disse que espera um diálogo "decente" com Biden, mas o líder da oposição Juan Guaidó quer continuar contando com o apoio de Washington.

A China enviou nesta sexta-feira (13) felicitações a Joe Biden por sua eleição como presidente dos Estados Unidos, quase uma semana depois do anúncio da vitória do candidato democrata.

"Respeitamos a escolha do povo americano. Enviamos nossas felicitações a Biden e a (vice-presidente eleita, Kamala) Harris", declarou o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin.

Muitos líderes mundiais parabenizaram o ex-vice-presidente de Barack Obama ainda no dia 7 de novembro, quando a vitória foi anunciada, mas a China aguardou até esta sexta-feira para reconhecer sua vitória, alegando que desejava aguardar os resultados definitivos da eleição.

O presidente Donald Trump não admitiu a derrota. O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores reiterou nesta sexta-feira que o resultado da eleição americana seria "confirmado de acordo com as leis e procedimentos em vigor nos Estados Unidos".

A lentidão da reação chinesa pode levar alguns analistas a acreditar que Pequim apostava na reeleição de Trump, percebido na China como alguém que enfraqueceu seu país e o Ocidente, apesar de ter contribuído amplamente para enfraquecer as relações entre as duas potências, ao iniciar, por exemplo, uma guerra comercial.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira (11) a nomeação de Ron Klain, experiente assessor democrata, como chefe de seu futuro gabinete, a primeira escolha pública para sua equipe na Casa Branca.

"Ron foi indispensável para mim durante os muitos anos em que trabalhamos juntos", declarou Biden ao se referir a Klain, 59, que foi seu chefe de gabinete quando o democrata era vice-presidente do país.

"Sua experiência ampla e profunda e sua capacidade de trabalhar com pessoas de todos os espectros políticos é, precisamente, o que preciso em um chefe de gabinete da Casa Branca enquanto enfrentamos este momento de crise e voltamos a unir o nosso país", assinalou Biden em comunicado.

Os ministros do futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, reúnem-se nesta quinta-feira (27) em Brasília. Serão duas etapas de reuniões: inicialmente para capacitação e outra ministerial. A segunda reunião, a ministerial, será no gabinete de transição, que funciona no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Antes pela manhã, haverá um encontro na Escola Nacional de Capacitação Pública (Enap), utilizada com freqüência para cursos destinados a funcionários graduados da União.

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O ministro extraordinário da Transição, Onyx Lorenzoni, confirmado para a Casa Civil, deve coordenar as atividades. Não foram divulgados os temas nem detalhes sobre os participantes.

As reuniões ocorrem a cinco dias da posse de Bolsonaro, no próximo dia 1º de janeiro de 2019. A expectativa é que o presidente eleito e sua família desembarquem em Brasília no sábado (29) já para se preparar para as cerimônias.

Bolsonaro passou o feriado do Natal na Restinga da Marambaia, região litorânea do Rio de Janeiro. A previsão é que ele retorne ainda hoje para a capital fluminense.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira (26) no Twitter que assim que assumir o governo, em 1º de janeiro de 2019, vai trabalhar para um controle rígido de concessões de recursos. Para Bolsonaro, o uso do dinheiro público deve ser repensado e direcionado a setores prioritários no país.

 “Há claro desperdício rotineiro de recursos, que podem ser aplicados em áreas essenciais”, afirmou Bolsonaro. “Num só dia, o gerente de Responsabilidade Sociocultural de Furnas [Furnas Centrais elétricas S.A, subsidiária da Eletrobras] autorizou, via Lei Rouanet, R$ 7,3 milhões para 21 entidades”, acrescentou. O presidente eleito é um crítico ao atual modelo de distribuição de recursos via Lei Rouanet, norma que trata da disponibilização de repasses federais para projetos artísticos-culturais.

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“O que acabará são os milhões do dinheiro público financiando 'famosos' sob falso argumento de incentivo cultural, mas que só compram apoio! Isso terá fim!", completou. Na gestão Bolsonaro, a pasta da Cultura foi incorporada pelo Ministério da Educação, cujo titular será Ricardo Vélez Rodríguez.

Desde o período da campanha, Bolsonaro têm se manifestado sobre a Lei Rouanet. Em setembro, antes mesmo de ser eleito, reforçou que os benefícios continuariam sendo concedidos. “Mas para artistas talentosos, que estão iniciando suas carreiras e não possuem estrutura”, disse no Twitter à época o até então candidato.

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