Tópicos | cargos de liderança

Em um levantamento feito pelo 'Quero Bolsa', plataforma de vagas e bolsas de estudo de ensino superior, aponta que no estado de São Paulo, em 2019, apenas 3,68% dos contratados para cargos de liderança eram negros (pardos ou pretos). A pesquisa foi feita utilizando os dados do Cadastro Geral de Empregado e Desempregados (Cadeg).

Para isso, foram analisadas todas as contratações de ocupações de direção e gerência de pessoas com diploma de ensino superior, em 2019. De acordo com a pesquisa, ao todo, no Estado foram 58.083 admissões desse tipo. Dessas, 2.140 foram  de negros (3,68%) e 41.042 (70,66%) foram de profissionais brancos.

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Além disso, negros recebem menos que brancos nesses cargos. O salário médio de um profissional branco foi de R﹩ 8.692,41, isso significa 8% a mais que os R$  8.056,41 recebidos por profissionais negros. A pesquisa ainda aponta que comparando em gêneros, mulheres também estão menos inseridas nesses cargos que homens.

Foram 25.029 (43,09%) profissionais femininas, enquanto 33.054 homens foram contratados (56,91%). “Quando fazemos o recorte de raça, chegamos à conlusão de que homens negros representam apenas 2,24% dos cargos de liderança. Olhando para mulheres negras, esse percentual cai bem mais, chegando a 1,45%. No caso de homens brancos, a taxa representa 39,77%. Ou seja, homens brancos preencheram mais que 1675% cargos de liderança que homens negros e mais que 2642% a mais que mulheres negras”, informa o levantamento feito pelo Quero Bolsa.

O setor moteleiro vem registrando aumento na participação de homens em seus postos de trabalho, mas dados registrados e divulgados pela Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis) mostraram que as mulheres ainda prevalecem nesse mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa de mercado, elas representam 80% dos funcionários do setor em mais de cinco mil motéis em todas as regiões do Brasil. 

Segundo o presidente da ABMotéis, Felipe Martinez, mesmo que a presença majoritária de mulheres seja um fato histórico, o perfil dos cargos ocupados por elas está se tornando mais diverso. Se antes a presença feminina se concentrava nas funções de camareira e recepcionista, por exemplo, hoje há mulheres em cargos de liderança como gerentes, supervisoras e governantas. 

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Sobre a chegada dos homens ao setor, o presidente da associação afirma que no passado os homens costumavam atuar apenas em cargos ligados à segurança e manutenção, mas hoje já começam a exercer uma diversidade de funções maior. “Você começa a ter um mix e percebemos que a tendência é ter mais homens em setores que antes eram exclusivos de mulheres. Em cargos de recepção, por exemplo, já contamos com homens”, disse o Martinez. 

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Uma pesquisa elaborada pela Ernst & Young (EY), empresa do ramo de auditoria, revelou que o Brasil está na quinta colocação entre os países de representatividade feminina em posições de liderança em cargos públicos. As nações mais bem colocadas no ranking são Canadá, Austrália, África do Sul e Reino Unido.

No contexto geral, segundo o estudo – denominado Worldwide Women Public Sector Leaders Index -, as mulheres representam 48% da força de trabalho global do setor público, porém, somente 20% desse total correspondem a cargos de liderança entre os países do G20 . "Muitos setores permanecem com o pensamento ultrapassado de que a mulher pode ter imprevistos que a impeçam de participar assídua e ativamente das reuniões”, comenta a sócia líder para governo e setor público da EY, Liliana Junqueira, conforme informações da assessoria de imprensa da empresa.

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Mais detalhes sobre a realização da pesquisa podem ser conseguidos no endereço virtual da Ernst & Young. No mesmo site é possível constatar todos os resultados dos países pesquisados.  

 

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